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Mar De Criaturas
Mar De Criaturas
Mar De Criaturas
E-book261 páginas3 horas

Mar De Criaturas

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Sobre este e-book

Em um vasto mundo de mares intermináveis, onde ilhas e arquipélagos são os únicos vestígios de terra, as nações coexistem em uma atmosfera de descobertas, criações extraordinárias e poderes nunca antes vistos. Caspher-Noltred, um modesto pescador que herda o navio de seu pai, sonha em ingressar na prestigiada Escola de Engenheiros na Ilha Capital. No entanto, sua jornada toma um rumo inesperado quando ele se depara com uma invenção revolucionária que pode transformar completamente o mundo em que ele vive. A invenção, fruto da colaboração entre Caspher e o engenheiro Thuluse-Marreki, utiliza um cristal impregnado de energia, extraído do que restou do Medalhão de Dekar. Thuluse, impressionado com o talento não reconhecido de Caspher, decide levar a invenção para Shinuwa, onde poderá concluir suas criações há muito iniciadas. No entanto, o plano é ameaçado quando Belek, outro engenheiro da Capital, descobre a invenção e coloca em movimento uma série de eventos que força Caspher e Thuluse a enfrentarem mares desconhecidos e batalhas inesperadas. Em uma narrativa repleta de reviravoltas e desafios, Caspher embarca em uma jornada além dos limites conhecidos, enfrentando não apenas as forças da natureza, mas também intrigas e rivalidades entre os engenheiros. “Mar de Criaturas” é uma emocionante saga de determinação, amizade e a busca incansável por realizar os sonhos em um mundo onde a única constante é a vastidão dos oceanos.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento2 de jan. de 2024
Mar De Criaturas

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    Mar De Criaturas - Rafael Fornazzi

    MAR DE

    CRIATURAS

    1

    ÍNDICE

    Capítulo 01 – Puxe a Rede!…………….…....03

    Capítulo 02 – O Condutor…………………...17

    Capítulo 03 – O Plano de Thuluse…………...39

    Capítulo 04 – Ilha Ponacha…………………..57

    Capítulo 05 – Navegando no Mar de Gelo…...78

    Capítulo 06 – O Nobre Nortiano…………....102

    Capítulo 07 – Até o Fim!…………………....120

    Capítulo 08 – As Areias de Estalka………....138

    Capítulo 09 – Preso Dentro de Si…………...153

    Capítulo 10 – Os Irmãos Doran……………..179

    Capítulo 11 – Goshina……………………....187

    Capítulo 12 – O Engenheiro de Shinuwa…...205

    Capítulo 13 – Voando no Mar……..………..223

    Capítulo 14 – Construindo o Mergulhador.....244

    Capítulo 15 – A Qualquer Custo………….....261

    Capítulo 16 – Sem Opções……………….....272

    Capítulo 17 – O Senhor das Criaturas……....295

    2

    – CAPÍTULO UM –

    Puxe a Rede!

    Página 58 do livro A Serpente Insólita – O Troféu dos Monstros

    ***

    -MONSTRO? FALE A VERDADE! -Gritava raivosamente o Investidor da expedição, que pressionava o garoto e único sobrevivente do naufrágio.

    -Se acalme Oster, deixe o garoto contar o que aconteceu para mim! -O juiz tenta acalmar os ânimos e até mesmo o garoto que ainda assustado pelo ocorrido durante o naufrágio. -Vamos garoto, mas desta vez nos conte com todos os detalhes pois o escrivão precisa destas informações!

    -Era noite, o mar estava calmo, sem tempestades ou neblina, a luz das luas clareavam o mar e toda a sua extensão até o horizonte. Mas algo estava errado, mesmo com a calmaria.

    Acordamos com o navio balançando, como se algo tivesse passado por nós. Até então não sabíamos o que era, mas o som de algo sendo esmagado… era como se pegasse uma caixa de madeira e você conseguisse esmagá-la com as mãos, os gritos criou instantaneamente o pânico entre todos nós. -O garoto faz 3

    uma pausa olhando para o chão. -Em questão de segundos estávamos todos no convés, e apenas vimos a proa do navio afundando rapidamente como se alguma coisa o puxasse, boa parte da tripulação tentando chegar segurar nas cordas que o outro navio estava jogando para eles. -O garoto como se a lembrança o apavorasse.

    -Continue!

    -Sim! Eu me apoiei no parapeito do navio junto com vários outros membros da tripulação, nós vimos luzes verdes vindo da profundeza do mar, elas vinham fazendo movimentos ondulares, e um a um, a tripulação que ainda estava no mar foi brutalmente sendo puxadas para baixo. Eu pude ver um marujo que lutou conta a criatura. Ela se parecia com uma enguia, seu corpo era cinza brilhante com uma série de riscos que se iluminavam na cor verde claro da ponta da cauda até o centro da boca, só que sua cabeça parecia como a de um tubarão e os dentes como ganchos e virados para dentro. O marujo até tentou matar a criatura mas ele ficou paralisado completamente imóvel como se a criatura lhe tivesse causado algum ataque que não conseguíamos ver, e ela enrolou e o puxou para baixo.

    -Então a criatura era pequena? -Questionou o Juiz.

    -Esta sim, mas a outra era de tamanho descomunal! -O

    garoto respirou fundo trazendo as piores lembranças do ocorrido como se a sua mente relutasse para reaver tal memória. -O

    silêncio durou minutos, e o outro navio que estava a nossa frente, começou a balançar, algo estava passando por baixo o 4

    fazendo quase virar. Mas em um momento uma luz muito forte clareou todo aquele espaço do mar e uma criatura com as mesmas características da qual eu relatei anteriormente emergiu e enrolou o seu corpo esmagando com facilidade o navio que afundou junto com a criatura e novamente as criaturas menores surgiram para puxar os tripulantes para o fundo do mar. Era como se a criatura maior estivesse alimentando seus filhotes, ela estava nos caçando. -Após uma pausa de reflexão o garoto se silencia.

    -Continue garroto!- Muito atento o juiz o desperta para que continue a relatar.

    -Pois bem! Só restava o nosso navio, pelo menos três barcos foram lançados ao mar, e enquanto tentávamos fugir com os barcos a luz novamente, clareando tudo ao nosso redor, e a criatura reaparece e afunda o terceiro e último navio. Nós que já estávamos nos barcos somos surpreendidos com a calda da criatura que acaba por afundar todos os barcos que estávamos usando para fugir. Neste momento eu cai no mar e afundei alguns metros e pude ver as pequenas, mas não tão pequenas assim, criaturas saírem das profundezas e subirem em direção dos tripulantes e mais uma vez um a um foi sendo puxado para baixo.

    -E como sobreviveu, nos conte!-Perguntou o juiz intrigado com a história.

    -Eu nadei até a superfície e ao meu lado havia um barril com provisões, eu entrei neste barril que era revestido com 5

    goma e mais adiante encontrei um remo e assim eu fui remando.

    As criaturas ficavam em volta e até mordiam o barril, mas parecia que eles não entendiam o que estava acontecendo, talvez o cheiro da goma ou algo do tipo. Só sei que quando amanheceu eu pude avistar uma ilha, e lá eu fiquei por dez dias até ser encontrado e me trouxeram para cá.

    -Foram três navios, mais de quinhentos tripulantes e somente você sobreviveu. -Disse o juiz, tentando entender a situação.

    -Você poderia ser escritor garoto! Consegue inventar histórias de uma maneira fantástica. -Expressou sarcasticamente não acreditando em uma só palavra que o garoto dissera.

    ***

    -CASPHER! PUXE A REDE! -Em um navio de pesca o capitão grita pedindo ajuda de Caspher para puxar a rede repleta de peixes e que prontamente guarda seu livro em sua inseparável mochila e o ajuda a pescar.

    Caspher-Noltred é um jovem esguio, notavelmente alto, com membros longos que o fazem parecer um tanto desengonçado em sua postura. Seu nariz proeminente é uma característica icônica, conferindo-lhe uma aparência distinta. As profundas olheiras sob seus olhos revelam noites maldormidas, resultado de sua dedicação incansável à leitura ou, talvez, um testemunho de suas inúmeras horas imerso nos livros. Ele veste roupas simples, optando por uma aparência despretensiosa. No 6

    entanto, o que realmente se destaca é sua mochila única, uma criação pessoal meticulosa. Esta mochila foi projetada por ele para proteger seus preciosos livros da água, com um sistema de fechamento especial que mantém suas páginas secas, mesmo imerso no mar.

    O dia segue com uma boa pescaria, o capitão paga a tripulação e se aproxima de Caspher que esta sentado em uma caixote de madeira lendo o seu livro com atenção e avinco.

    -Não sabia que gostava deste tipo de histórias? -Comenta o capitão para Caspher que sorri.

    -Eddgar, nem vi se aproximar! -Caspher guarda o livro e continua. -Eu não gosto mas terei que escrever um texto sobre o autor, faz parte do teste para entrar na escola de Engenheiros.

    -Essa já é a sexta tentativa?

    -Oitava!

    -Olha, eu admiro a sua determinação! Seu lugar não é pescando, você é mais inteligente que toda a tripulação dos navios juntos!

    -Meu pai sempre me disse para me concentrar na pesca, ele queria que eu fosse como ele.

    -Você tem que esquecer o passado.

    7

    -Quem nem a Ilha Capital? -Caspher olha para a enorme cratera no porto como se algo tivesse rasgado a rua do meio, como ficou chamada depois da invasão de Thubal e seus contratados. -Já faz 50 anos que tudo aconteceu e não concertaram.

    -Tem certas cicatrizes que servem para nos lembrar do que devemos ou não fazer! Esqueça o que seu pai queria pra você!

    Tudo que ele lhe ensinou de bom, continue com isso, mas quanto a pesca… Você é melhor do que isso!

    -Tem razão, vamos para a oitava tentativa!

    -Estou com fome! Vamos comer algo, que tal!

    -Pode ser!

    -E você paga, já que trabalhou menos hoje. - Os dois seguem em direção ao restaurante da pousada e sorriem conversando sobre os mais diversos assuntos.

    Eddgar-Pansta era um indivíduo corpulento, com roupas modestas que não atraíam muita atenção. Ele não possuía características físicas particularmente distintas, mas sua robustez denunciava uma força subjacente. Apesar de sua constituição volumosa, ele era surpreendentemente ágil e astuto, capaz de se movimentar com agilidade surpreendente quando necessário. A característica mais notável de Eddgar era sua inclinação constante para a alimentação. Ele estava sempre comendo, e essa paixão pela comida era uma parte inseparável de sua 8

    personalidade. Eddgar encontrava prazer em saborear uma variedade de pratos e, muitas vezes, sua disposição alegre era alimentada por suas aventuras gastronômicas.

    Caspher e Eddgar compartilhavam uma amizade antiga que remontava aos tempos em que o pai de Caspher era o proprietário do navio. Após a trágica morte do pai, Caspher herdou o navio, mas logo ficou claro que ele não tinha uma vocação natural para a pesca. Foi então que ele tomou uma decisão que moldaria o curso de suas vidas, convidou Eddgar para se juntar a ele e compartilhar os lucros das pescarias.

    Eddgar, um amigo leal e destemido, aceitou prontamente o convite. Ele trouxe sua força física e conhecimento das águas, enquanto Caspher contribuiu com sua inteligência e determinação. Juntos, eles formaram uma equipe dinâmica e harmoniosa, combinando suas habilidades de maneira complementar.

    Essa parceria não apenas trouxe sucesso comercial para eles, mas também fortaleceu ainda mais o laço de amizade que compartilhavam. Ao enfrentarem os desafios do mar juntos, Caspher e Eddgar demonstraram a importância da confiança mútua e da colaboração em suas vidas.

    Após desfrutarem de um jantar delicioso, Caspher e Eddgar seguiram seus caminhos para suas respectivas casas. Caspher residia na Ilha Capital, localizada no porto número sete, e sua casa tinha o número oitocentos e sessenta e oito. Era muito comum haver prédios com várias espécies de pequenas casas 9

    neles, com o básico para sobreviver, a casa tinha um quarto que dividia espaço com a cozinha e um banheiro, o suficiente para alguém sem muitas ambições morar. O aluguel era cobrado mensalmente sem tolerância para atrasos, um dia de atrasos e no dia seguinte alguém poderia estar morando na sua casa. São poucos contratos redigidos desta maneira mas o de Caspher era, até mesmo porque este prédio em que Caspher morava era do sindicato e como ele possui-a um navio de pesca automaticamente ele fazia parte do sindicato que por sua vez dispunha de vários benefícios, inclusive estas casas eram disponibilizadas com um considerável desconto.

    Caspher antes de seguir para a sua casa passou em uma padaria e comprou um pote de pó de café, pães e biscoitos, pois era de costume ele passar a noite lendo e o café era a sua bebida favorita, apesar de não ser tão barata assim. Chegando no prédio Caspher abre a porta que estava trancada, uma porta que sempre esta trancada por segurança e apenas os moradores do prédio tinham uma cópia, ele segue até uma escada e sobe quatro lances de escada até chegar no andar onde mora, ele segue pelo corredor estreito e escuro até chegar em frente da porta com o número oitocentos e sessenta e oito. Ao abrir a porta ele se depara com seu arrumado quarto e cozinha que ficam no mesmo cômodo, ele retira o que comprou de dentro da mochila e coloca em cima de uma pia, no armário de cima ele pega uma chaleira coloca um pouco de água e deixa esquentando em seu fogão que ele abastece com lenha. Ele pendura a sua mochila atrás da porta e segue para tomar um banho enquanto a água esquenta, após o banho ele prepara o seu café e segue para uma pequena mesa que ficava ao lado da sua cama. Com uma 10

    lamparina acesa ele continua lendo o livro que havia começado a ler naquele mesmo dia e que provavelmente não demoraria mais que duas horas para terminar um livro de trezentas páginas.

    Horas se passam e Caspher finalmente termina de ler seu livro, então ele apaga a lamparina, confere para ver se a porta do fogão esta realmente fechada e deita em sua cama, que lhe parece pequena pois são quase que do comprimento exato e seus pés quase que ficam para fora da cama.

    A noite segue tranquila e batidas em sua porta o despertam, fazendo com que ele praticamente pule da cama. Não era comum alguém lhe fazer visitas.

    -Já estou indo! -Gritou Caspher enquanto seguia para a porta e a abria, vendo que era Eddgar. -O que houve? -

    Perguntou ainda coçando os olhos.

    -Temos um problema! Eddgar vai logo entrando e se servindo dos biscoitos que estão em um pote de vidro em cima de uma pequena mesa.

    -Como conseguiu entrar?

    -Disse que era mensageiro e uma senhora me deixou entrar!

    -Você sabe que se passar por qualquer membro que esta a serviço da Capital é crime e você pode ser preso!

    11

    -Só se descobrirem! Caspher, você é muito certinho, as vezes temos que fazer as coisas de outro jeito!

    -Preciso de um café! -Caspher acende o seu fogão a lenha e coloca a chaleira para esquentar para preparar seu café. -Mas o que aconteceu? Você ainda não falou!

    -Precisamos reformar o navio!

    -Mas agora? -Caspher pergunta com um tom de preocupação. -Ele não consegue aguentar mais alguns meses!

    -Eu já venho fazendo o possível há meses, ele já está todo quebrado, as redes estão velhas, as velas remendadas as cordas então quase todas desfiadas.

    -Este navio foi um herança do meu avô para a minha mãe!

    -Ele já era velho quando o seu avo navegava com aquele capitão que só dormia… eu lembro das histórias que ele contava. Fizeram parte da Guerra de Thubal.

    -Sim, acho que já está na hora de arrumá-lo. Mas isso vai me complicar!

    -Porque?

    -Acabei de pagar o aluguel, e os livros que tive que comprar foi quase toda a minha economia fora o que tenho que pagar para me inscrever na prova.

    12

    -Como eles conseguem arrancar dinheiro de tanta gente inteligente, não é mesmo?

    -Como assim?

    -Pense comigo! -Eddgar se senta na cadeira enquanto Caspher se serve com uma caneca de café e se encosta na pia ouvindo atentamente a explicação de seu amigo. -Só para esta primeira etapa da prova são mais de três mil candidatos, que vem de todos os lugares, onde cada inscrito paga uma taxa, além de terem que comprar os livros oficiais nas bibliotecas da capital, além dos livros também podemos contar com os quartos, lojas e mercados disponibilizados com desconto pela capital onde os inscritos ficam morando até que os resultados saiam são pelo menos seis meses e durante esses seis meses eles faturam com tudo isso, depois há mais uma outra prova onde são mais três meses e são mil e quinhentos alunos, e depois mais três meses setecentos e cinquenta alunos. -Eddgar balança o pote percebendo que os biscoitos haviam acabado mas continua. -

    Tudo isso para eles escolherem cem inscritos que possivelmente são filhos de algum nobre ou capitão da guarda e que nem sabe amarrar as próprias botas sozinhos

    -Por incrível que pareça eu tenho que concordar, as vezes isso me desanima!

    -O que eles tem e você não tem?

    -Dinheiro?

    13

    -Influencia, indicação! Você precisa de conhecer alguém que trabalhe lá dentro! Alguém influente para te indicar!

    -Mas e se dentre estas cem pessoas uma da vaga eles não levem em consideração este requisito?

    -Você já fez sete vezes esta prova, e em todas da mesma maneira, seguindo todas as regras, com inteligência absurda, passou em todas as etapas menso na última onde eles disseram que havia excesso de contingente. Você não reprovou em nenhuma prova, somente na decisão final!

    -Concordo! Mas eu não conheço ninguém! Na verdade nem sei como faz isso!

    -Deixa eu te ensinar! -Eddgar se levantou e estendeu a sua mão para cumprimentar. -Muito prazer! Meu nome é Caspher! -

    Caspher retribui o cumprimento e sorri terminando de beber o seu café sem responder ao amigo.-Bom já conversamos e estou de partida! Preciso ver o que precisamos para reparar o navio ou qualquer hora ele afunda.

    -Quanto tempo você acha que vai durar a reforma?

    -Eu vou começar amanhã, então será apor volta de um mês!

    -O que vou fazer durante este mês? -Caspher olha para o chão pensativo.

    14

    -Faça que nem eu, arrume um emprego temporário! -

    Eddgar retira uma folha com uma lista de empregos temporários onde havia o nome da vaga e o local.

    -Construtor, Reformador, Cozinheiro!-Caspher começou a ler em voz alta desanimado pois não tinha prepara para nenhuma daquelas funções que exigiam algum conhecimento específico e experiência.

    -Veja este! -Eddgar aponta para um nome na lista e complementa. -Limpador!

    -Pelo menos não precisa de experiência!

    -Não é isso, leia!

    -Limpador – Local Primeira Escola de Engenheiros da Ilha Capital.

    -Quem sabe você encontre a pessoa que pode te indicar!

    -Mas é de madrugada, quando não tem ninguém na escola.

    -Você exige demais, sabia?

    -Vendo o lado bom, eles pagam um extra, por ser de madrugada!

    -Viu! Não perca a esperança meu amigo! Agora tenho que ir! -Eddgar abriu a porta se aproveitou que viu um senhor 15

    seguindo em direção a saída, pois assim ele poderia aproveitar a porta aberta. E lembre-se de se apresentar!

    -Sem problemas, e obrigado!

    -Até! -Eddgar correu e saiu aproveitando a porta que o senhor havia aberto com a sua chave do morador.

    Caspher se sentou em sua cama e com a folha em mãos ele leu novamente.

    -Limpador! Está certo, eu queria entra na escola de Engenheiros! -Ele se deita pensando em tudo que já havia passado até ali e acaba chegando em uma conclusão. -As vezes os planos têm que ser mudados para chegar no objetivo final.

    16

    – CAPÍTULO DOIS –

    O Condutor!

    Caspher sabia que precisaria trabalhar neste mês em que o navio estivesse sendo reparado, ele poderia facilmente conseguir um emprego no porto, pois já conhecia os capitães e não teria problemas com isso, contudo ele queria se aventurar.

    Seguindo a sua rotina de sempre, Caspher acendia o fogão, colocava água para esquentar em sua chaleira, colocava duas colheres no pequeno coador de pano que ficava em um suporte, e abaixo ele colocava sua caneca de cerâmica azul escura, que por sinal cabia uma considerável quantia de café, algumas vezes utilizava açúcar ou mel para adoçar, mas como era um bom conhecedor de preparos de cafés e chás ele conhecia uma planta que crescia como erva daninha, mas que poderia adoçar qualquer coisa desde que secas e moídas e que ele misturava ao pó do café para coar junto.

    Ele ficava ali, esperando a água ferver e traçando o plano para o seu dia, mesmo que não tivesse muita coisa para fazer.

    Deixar a água cair no pó de café e sentir o aroma que se espalhava por toda a sua casa e até mesmo pelos corredores era satisfatório para quem apreciasse um bom café preparado na hora. Caspher com pequenos goles bebia a bebida ainda quente enquanto seguia para a sua mesa onde havia uma janela que dava vista direto para o porto, ele gostava de ficar observando a 17

    movimentação do porto que parecia não parar de funcionar, pois sempre havia navios atracando e mercadorias para serem descarregadas ou viagens parra serem contratadas. Amarrava as botas, pegava seu caderno de anotações, mantinha pelo menos três lápis e colocava tudo em sua mochila na qual ele mesmo havia confeccionado e que poderia ser mergulhada que não entraria uma gota dento, garantindo a integridade de seus livros e cadernos ou qualquer outra coisa que ele guarda-se ali.

    Com a folha de trabalho em mãos ele estava pronto para se candidatar ao emprego. Ele se dirigiu a escola de Engenheiros que ficava há alguns minutos dali, se aproximando da ilha onde a

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