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Mata-rato
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E-book69 páginas47 minutos

Mata-rato

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Sobre este e-book

Em um domingo de fim de tarde, quando o céu escurece ameaçando lavar a fila com uma tempestade, Rodrigo encara a missão de buscar um botijão de gás, no fiado. Para isso, o jovem adentra o bar do Miliano, um típico boteco de quebrada. Ali, é como se o garoto tivesse atravessado um portal para outro universo: bêbados, prostitutas, bandidos, traficantes, malandros e trabalhadores coabitam o estabelecimento. A chuva cai, um relâmpago rasga o céu, seguido de um baita estrondo, e a energia elétrica se acaba na vendinha. Na sequência, um tiro é disparado, e ninguém é inocente nessa história.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento6 de abr. de 2024
Mata-rato

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    Mata-rato - Jeff Ferreira

    Contos da Quebrada

    Era uma vez no bar

    2

    Mata-Rato

    2024

    3

    Era uma vez no bar

    O AGIOTA

    Jeff Ferreira

    www.editoradandoaletra.com.br

    4

    Mata-Rato

    5

    Era uma vez no bar

    6

    Mata-Rato

    Sumário

    2023. Escrito e p

    VOCÊ VIU AQUELE MANO NA PORTA DO BAR?...13

    CRUZEIRO......................................................................15

    NA MISSÃO DO BUJÃO.................................................19

    ESTEREÓTIPO DE QUEM ACABA CAINDO NESSA

    VIDA.................................................................................31

    FEIO ARRUMADINHO.................................................39

    HOJE VOCÊ MORRE,

    FILHO DA PUTA............................................................47

    ABRIRAM A PORTA DE LATA.....................................56

    JOGO DO BICHO...........................................................83

    VOA POMBINHA BRANCA.......................................... 63

    7

    Era uma vez no bar

    8

    Mata-Rato

    Dedicado aos trabalhadores que, depois de um dia fodido de trampo, encostam em boteco, o retiro do peão cansado.

    Dedicado aos filhos e esposas que ficam em casa esperando o pai e marido bêbado voltar, rezando para que ele não destrua o barraco.

    Aos que ardem.

    9

    Era uma vez no bar

    10

    Mata-Rato

    Naquele momento o juramento foi feito ali mesmo na porta do bar, e os quatro manos resolveram cobrar a bronca do finado

    Face da Morte

    11

    Era uma vez no bar

    O AGIOTA

    12

    Mata-Rato

    VOCÊ VIU AQUELE MANO NA PORTA

    DO BAR?

    Você viu aquele mano na porta do bar Jogando um bilhar descontraído e pá Cercado de uma pá de camaradas

    Da área uma das pessoas mais consideradas Ele não deixa brecha, não fode ninguém Adianta vários lados sem olhar quem Tem poucos bens, mais que nada, Um fusca 73 e uma mina apaixonada Ele é feliz e tem o que sempre quis Uma vida humilde porém sossegada Um bom filho, um bom irmão,

    Um cidadão comum

    com um pouco de ambição

    Tem seus defeitos,

    mas sabe relacionar

    Você viu aquele mano na porta do bar?

    Racionais MC’s

    13

    Era uma vez no bar

    14

    Mata-Rato

    CRUZEIRO

    — Rodrigo!

    — Já vou, pai!

    — Anda, lazarento!

    — Que é!

    — Que é, não! É senhor?!

    — Senhor?

    — Vai lá na venda buscar pão!

    — Eita Zacarias, vai pedir pro menino desse tamanho subir lá na Ivonete atrás de pão? Ele só tem seis anos, homi!

    — Que mané Ivonete o quê? Abriu uma vendinha aqui embaixo na esquina, mulher. O Miliano agora tá com um bar...

    — O Miliano que veio contigo lá de Cachoeira do Sul?

    — Ele mesmo, Miliano desde guri ajudava o pai dele, finado Seu Jesebel, numa vendinha lá em Passo da Areia.

    — Que benção que ele tá com comércio aqui. Que prospere!

    — Amém!

    — Pai, é pra buscar quanto de pão?

    15

    Era uma vez no bar

    — Quatro! Um pra você, um pra sua mãe e dois meu!

    Pega essas moeda aqui ó!

    — Posso levar essa também? - disse para meu coroa, apontando uma enorme moeda de Cruzeiro.

    — Larga a mão de ser burro! Essa moeda valia só até mês passado. Tua mãe não trocou e agora perdeu... Leva essas porcaria de moedas de Real que eu te dei e compra a porra do pão!

    — Não fala assim Zacarias, o menino tem só seis anos...

    — Eu sei Dirce, mas cê sabe como é, amanhã ele tá com 16 e se eu não impor respeito agora, ele forga nas minhas costas! Naquele momento meu pai era meu herói. Um exemplo que eu queria seguir. Se bem que a maioria das vezes ele tava bêbado, e eu não sabia. Sempre que ele inventava uma coisa da hora, tava chapado. Por exemplo, fingir que comíamos com classe em um restaurante estrela Michelin. O coroa me ensinava a usar talheres, guardanapo e a pedir algo pro garçom imaginário. Na verdade, meu pai nunca frequentou um restaurante sequer, malemá tinha uns trocos pra um sanduíche de

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