Anima

De Donnefar Skedar, Obook e Vários Autores

“Antes do mundo ser como o conhecemos, antes de tantas descobertas e destruições, a Terra era habitada por seres incrivelmente gigantes que dominavam todos os cantos e recantos. No entanto, mesmo diante dessa imponência, os primeiros humanos lutavam para conquistar seu espaço neste vasto mundo. Em ‘Anima’, adentramos em um universo onde os seres místicos se encontram, oferecendo aos leitores um vislumbre do passado distante da Terra. Das batalhas épicas às grandes aventuras, ‘Anima’ é uma jornada que revela a essência da alma humana diante de desafios colossais e mistérios milenares.”

• Idioma: Português
• Editora: Obook
• Data de lançamento: 14 de jun. de 2024
• ISBN: 9786583055033

Donnefar Skedar

Nascido na cidade de Santo André – São Paulo, Donnefar Skedar ou Jay Olce publica na internet desde 2009, criador do selo Elemental Editoração pelo qual realiza suas publicações. Atualmente o autor possui 11 livros publicados, dos quais 4 são coletâneas, o mesmo ainda possui diversos contos publicados em formato digital dos quais não fazem parte das coletâneas. Seus livros estão disponíveis de forma internacional, alguns títulos receberam traduções para os idiomas, Inglês, Espanhol, Francês e Italiano, como o livro Dirty Vampires – Revelações, que foi lançado em quatro idiomas. Seu mais recente trabalho é o livro “IV” publicado em 2018.

Pré-visualização do livro

Ficha do Livro

Anima,

Organizador: Donnefar Skedar

Projeto gráfico: Obook

Copyright desta edição: Obook, 2024

Imagem da capa: Adobe Stock

Capa: Obook

ISBN: 978-65-83055-03-3

Publicação independente.

Contato: [e-mail]

Site: https://obook.com.br/

Sumário

Ficha do Livro

Apresentação

Na Arena dos Gigantes

Desastres para uma nova era

O Despertar do Titãn

O encontro com o ciclope

Oceano Escarlate

Apresentação

Estou tão animado com os contos que consegui reunir neste projeto que espero de coração que o leitor também compartilhe dessa alegria.

A leitura será rápida, mas a viagem por cada história, pode ser imensa.

Aproveito para pedir que avalie o livro baseando-se no trabalho de cada autor, assim, os mesmos, poderão compreender o quão grande é o mundo literário.

Boa leitura.

Don,

Organizador

Na Arena dos Gigantes

Roberto Schima

Eis que as ondas corroem os rochedos

e os ventos milenares cinzelam montanhas.

Não existe rigidez no orgulho mais sólido

que não desmorone sob a brisa e a garoa.

(Provérbio Elemental)

O poeirento calor do dia cedia passagem ao frescor do crepúsculo.

Ainda não havia necessidade de se fazerem acender os milhares de archotes fixados em perímetros concêntricos por toda a área elíptica. Era vasta e tomada por brados, euforia, coragem, desespero, dor e morte.

A Arena dos Gigantes.

Sons de tambores foram ouvidos.

Vinte mil espectadores prenderam a respiração.

Depois, vieram as trompas numa onda crescente de excitação.

As espessas paredes ainda guardavam as cicatrizes das últimas guerras.

Quantas histórias não contariam as muralhas, as arquibancadas e as areias de sangue!

Uma multidão de todos os tamanhos, espécies, formatos, composições e procedências se acotovelavam — os que possuíam cotovelos, bem entendido — atentos ao último combate prestes por iniciar. Urraram no compasso dos tambores:

— Quebrok! Quebrok! Quebrok!...

A onda de energia percorreu o oceano de criaturas em marolas através do agitar de braços, tentáculos, asas, garras, gavinhas e pseudópodes. Era um espetáculo à parte. Inúmeras espécies do Reino de Algor fizeram-se representar. Não se tratava, contudo, de um mérito, pois revelaram da alma a sede por sangue nutrida por todos à vista dos mortos que se empilharam após cada contenda. Descarregavam através da torcida, a ira que se direcionaria ao seu vizinho nos campos de batalha, caso o monarca Algor não tivesse erguido a arena como uma maneira de canalizar e impedir o esfacelamento de seus domínios em milhares de conflitos tribais. O que significava a imolação de uma centena diante da vida de milhares?

A derradeira luta seria uma exibição à parte das competições, um bônus destinado ao divertimento das massas após uma semana de acirradas disputas e apostas na qual o vencedor fora, sem muita surpresa, o grande guerreiro e braço direito do Rei Algor: