Paixão no mediterrâneo
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Sobre este e-book
O milionário espanhol Alejandro Santiago era moreno, sedutor e conseguia sempre o que desejava. Então, descobriu que tinha um filho e, assim, o dinheiro e o poder serviram-lhe para tirar a custódia do menino à sua tia, Brynne Sullivan. Todavia, não imaginava que Brynne seria uma mulher tão bela e apaixonada…
Brynne aceitou passar um mês com Alejandro e com o seu filho, mas havia um pequeno problema: o milionário espanhol, para além de arrogante… era muito bonito, o que a desesperava. Uma vez na sua luxuosa mansão, Brynne acabou por se deixar levar pelo desejo, mas… Alejandro alguma vez conseguiria vê-la como algo mais do que uma breve aventura?
Carole Mortimer
Carole Mortimer was born in England, the youngest of three children. She began writing in 1978, and has now written over one hundred and seventy books for Harlequin Mills and Boon®. Carole has six sons, Matthew, Joshua, Timothy, Michael, David and Peter. She says, ‘I’m happily married to Peter senior; we’re best friends as well as lovers, which is probably the best recipe for a successful relationship. We live in a lovely part of England.’
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Paixão no mediterrâneo - Carole Mortimer
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2007 Carole Mortimer
© 2017 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Paixão no mediterrâneo, n.º 1103 - agosto 2017
Título original: The Mediterranean Millionaire’s Reluctant Mistress
Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.
As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-9170-253-5
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Página de título
Créditos
Sumário
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
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Capítulo 1
– Senhor Symmonds, poderia dizer à sua cliente que, quando ontem fui buscar Miguel a sua casa, o comportamento dela foi irracional…?
– Senhor Shaw, poderia dizer ao seu cliente que considero o comportamento dele de ontem pior do que irracional? Foi desumano! – os olhos de Brynne brilharam com o seu azul profundo e as suas faces ficaram vermelhas quando olhou para o homem alto que estava ali, distante, à frente da janela do escritório do seu advogado.
O rosto atraente de Alejandro Santiago estava metade nas sombras quando este lhe devolveu o olhar.
Paul Symmonds, o advogado dela, falou-lhe serenamente, enquanto se sentava ao seu lado.
– Receio, menina Sullivan, que o senhor Santiago realmente tenha a lei do seu lado…
– Talvez seja assim…
– Não há um «talvez» neste assunto, menina Sullivan. Há três semanas, o juiz decretou que, como sou o pai de Miguel, o menino deve estar comigo – informou-a Alejandro, com frieza. – Mas quando fui a sua casa ontem, como fora acordado, você recusou-se a dar-me Miguel.
– Michael é um menino de seis anos – disse ela, deliberadamente, usando a versão inglesa do nome do seu sobrinho. – Acabou de perder os únicos pais que conheceu num acidente de carro. Não é um embrulho que deixaram nos Perdidos e Achados, para você, por ser o seu pai natural, ir levantar e seguir a sua vida como se nada fosse! – exclamou ela, com a respiração agitada e os punhos apertados.
O que realmente queria fazer era gritar e dizer àquele homem que, embora se tivesse provado que ele era o pai natural de Michael e que ela era apenas sua tia afectiva, o menino iria ficar com ela.
Só que sabia que isso não iria acontecer. A batalha legal com aquele homem já acabara. Fora uma batalha legal privada, uma batalha que Brynne perdera e que recebera muita atenção por parte da imprensa.
Mas, de qualquer modo, ela tinha vontade de gritar.
Alejandro olhou friamente para ela, com as suas feições duras de origem espanhola totalmente imperturbáveis.
Era alto, com o cabelo escuro um pouco comprido e os olhos cinzentos mais frios que Brynne já vira na sua vida. Tinha um rosto duro e o seu fato aumentava o seu ar de distância.
Durante aquelas semanas, Brynne acabara por o odiar e recear.
– Sei muito bem a idade que Michael tem, menina Sullivan – respondeu Alejandro. – Também sei, tal como você, que, como é meu filho, deve estar comigo – acrescentou com determinação.
– Nem sequer o conhece! – protestou ela.
– Também já me dei conta disso – respondeu o espanhol, bruscamente. – Infelizmente, não posso fazer nada para recuperar os seis anos que perdi do meu filho…
– Poderia ter tentado casar-se com a sua mãe há sete anos! – exclamou Brynne.
Alejandro respondeu, furioso:
– Você não faz ideia de quais foram as circunstâncias naquela altura! Não se atreva a dizer-me o que poderia ter feito ou não há sete anos!
– Bolas! – explodiu Brynne.
Se ele não podia responsabilizar-se por uma situação de sete anos antes, pelo menos podia prestar contas de algo que não fizera recentemente.
– Durante as últimas três semanas, em que o juiz decidiu a seu favor, estive à espera, em vão, que você aproveitasse o tempo para ir conhecendo Michael. Mas nem sequer tentou vê-lo. De facto, nem sequer tenho a certeza de que estivesse no país!
Alejandro olhou para ela, semicerrando os olhos.
– O que eu fiz nas últimas semanas não lhe… – calou-se, de repente, impaciente. – Senhor Symmonds, não pode explicar à sua cliente que ela não tem o direito legal de ficar com o meu filho? O único motivo pelo qual aceitei hoje este encontro na presença dos nossos respectivos advogados foi por cortesia para com ela…
– Terá sido para não ter de voltar ao tribunal… – respondeu Brynne, com desagrado.
– Não tenho medo de voltar a vê-la no tribunal, menina Sullivan! – garantiu-lhe Alejandro Santiago. – Ambos sabemos que perderia. Outra vez! – torceu a boca. – Mas entendo que sinta carinho pelo menino…
– Carinho? – repetiu ela, furiosa. – Amo-o. Michael é meu sobrinho…
– Não tem parentesco de sangue consigo – disse-lhe o espanhol. – Miguel já tinha quatro anos quando a sua mãe se casou com o seu irmão…
– O seu nome é Michael! – exclamou ela.
– Ouça, menina Sullivan – interrompeu Paul Symmonds, com tacto. – Antes desta reunião, avisei-a que não tem escolha, mas…
– Michael ainda está muito afectado pela perda dos seus pais – continuou a protestar Brynne, ainda ela mesma afectada pela morte do seu irmão mais velho e da sua esposa num acidente de carro, o qual deixara Michael órfão. – Tenho a certeza de que, quando o juiz decretou a sentença, esperava que o senhor Santiago utilizasse esse período de três semanas para ir conhecendo o menino, não que apenas fosse a minha casa com a ideia de mo tirar.
Alejandro levantou as suas sobrancelhas escuras com impaciência, perguntando-se porque aquela mulher continuava a opor-se a ele. Fizera-o durante as últimas seis semanas, desde que se descobrira que o seu sobrinho, pelo casamento do seu irmão com a mãe do menino, era, na verdade, fruto de uma breve relação que Alejandro tivera com Joanna, a cunhada dela, sete anos antes.
E, se Brynne Sullivan pensava que aquela revelação o deixara frio, enganava-se, pensou ele.
Fora horrível ler os jornais e saber do acidente terrível na estrada em que tinham morrido oito pessoas, incluindo Joanna e o seu marido, Tom.
Mas a fotografia do filho de Joanna no jornal, o menino que sobrevivera milagrosamente ao embate e que tinha uma parecença espantosa com Alejandro naquela idade, fora suficiente para despertar a suspeita da paternidade do menino.
Ele seguira aquelas suspeitas com perguntas discretas sobre Joanna e Michael, e depressa descobrira que o menino tinha quatro anos quando Joanna se casara com Tom Sullivan, e que até então não existira um pai.
Aquela informação demonstrara que a época e as circunstâncias coincidiam com a altura em que ele conhecera Joanna, e que a parecença enorme do menino com ele tornava muito provável que Miguel fosse seu filho.
Alejandro viajara imediatamente para Inglaterra para fazer mais averiguações e depois reclamá-lo legalmente, o que resultara na ordem do juiz de testes de ADN para confirmar a paternidade.
E fora provada, sem dúvida alguma!
Mas aquela mulher, Brynne Sullivan, a irmã mais nova do marido de Joanna, continuava a lutar contra aquela decisão.
Chamando-lhe desumano, entre outras coisas!
Alejandro afastou-se, impacientemente, da janela.
– Como disse, este encontro de hoje foi apenas por cortesia e acabou.
– Não, não acabou! – protestou Brynne, firmemente.
– Sim, acabou! – insistiu Alejandro, com tom comedido para se controlar. – Prepare as coisas de Miguel para que o menino possa ir-se embora comigo, amanhã a esta hora…
– Não, não o farei – Brynne abanou a cabeça. – Não posso deixar que, simplesmente, o leve assim…
– Receio que não tenha escolha, menina Sullivan – disse o advogado de Alejandro, amavelmente. – A lei está do lado do senhor Santiago…
Brynne cravou-lhe os seus olhos azuis.
Noutras circunstâncias, Alejandro teria pensado que a mulher era atraente, com aquela figura magra, o cabelo ruivo comprido, a sua pele branca, aqueles olhos azuis brilhantes e aquele ar de segurança juvenil. Mas como era a única coisa que se interpunha entre o seu filho e ele, considerava-a totalmente irritante.
– Então, a lei é uma porcaria! – exclamou ela, zangada, como resposta ao advogado.
Noutras circunstâncias, Alejandro também teria considerado a sua