Prazer e sofrimento no trabalho do enfermeiro hospitalar
()
Sobre este e-book
Este livro ajuda a responder algumas questões sobre o prazer e o sofrimento no labor do enfermeiro hospitalar, sobre a doença e a saúde mental desses trabalhadores frente à instituição de trabalho, e possíveis soluções para a promoção da saúde desses profissionais.
O leitor irá reviver suas próprias experiências no hospital, trazendo para si aprendizado, autoconhecimento e um sentido para o trabalho de enfermagem.
Relacionado a Prazer e sofrimento no trabalho do enfermeiro hospitalar
Ebooks relacionados
Cuidar em enfermagem é assim Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHumanização da saúde e do cuidado Nota: 0 de 5 estrelas0 notasBilhete de plataforma: vivências em cuidados paliativos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Hospital dos Afetos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Apoio Psicológico nas Especialidades Médicas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHumanização parapsíquica na UTI: Assistência integral ao paciente crítico Nota: 0 de 5 estrelas0 notasUm Burn Out pra chamar de seu Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCuidados Paliativos: Conheça-os melhor Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO ser humano diante do câncer e a vontade de curar: A visão de uma oncologista humanista Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAs principais tensões psicológicas presentes na prática assistencial hospitalar Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAbrindo o jogo: Uma conversa direta sobre câncer de mama Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCartas que Respiram, Histórias que Inspiram Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO cuidar em Oncologia: Diretrizes e perspectivas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCuidados Paliativos: Uma Questão de Direitos Humanos, Saúde e Cidadania Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAdministração em Enfermagem: como lidar com dificuldades no exercício gerencial Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Enfermagem Prevenindo o Suicídio por Meio do Relacionamento Terapêutico Nota: 0 de 5 estrelas0 notasQuem cuida do cuidador: uma proposta para os profissionais de saúde Nota: 0 de 5 estrelas0 notasUrgência e sujeito numa unidade hospitalar: ensaios sobre a práxis da psicanálise na instituição de saúde Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHumanização na saúde Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA meta da humanização: Do atendimento à gestão na saúde Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSimulação em Saúde: Construindo um Ambiente Simulado Nota: 0 de 5 estrelas0 notasRaciocínio clínico do enfermeiro: repercussões na qualidade do cuidado e na segurança do paciente Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEnvelhecimento Humano: abordagens interdisciplinares e contemporâneas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEducação em saúde: Tecnologias educacionais em foco Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCuidados Paliativos: Quando Cuidar é um Privilégio Nota: 0 de 5 estrelas0 notasContextos e condutas em atenção primária à saúde – Volume 1 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEnfermagem em saúde da mulher Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Médico para você
Neurologia Essencial Nota: 5 de 5 estrelas5/5Descomplicando a psicofarmacologia: Psicofármacos de uso clínico e recreacional Nota: 5 de 5 estrelas5/5Medicina da alma Nota: 5 de 5 estrelas5/5Nutrição Esportiva fundamentos e guia prático para alcançar o sucesso Nota: 5 de 5 estrelas5/5S.O.S. Autismo: Guia completo para entender o transtorno do espectro autista Nota: 5 de 5 estrelas5/5Cérebro Singular: Como estimular crianças no espectro autista ou com atrasos no desenvolvimento Nota: 5 de 5 estrelas5/5Fórmulas mágicas Nota: 4 de 5 estrelas4/5Código da Alma: Descubra a causa secreta das doenças Nota: 5 de 5 estrelas5/5Dieta Anti-inflamatória Para Iniciantes Nota: 0 de 5 estrelas0 notasManual da Gestante Nota: 5 de 5 estrelas5/5O cérebro que se transforma Nota: 4 de 5 estrelas4/5Manual De Tdah Para Adultos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDieta Anti-inflamatória Estratégica Nota: 5 de 5 estrelas5/5Neurociência aplicada a técnicas de estudos: Técnicas práticas para estudar de forma eficiente Nota: 4 de 5 estrelas4/5Ressignificando sua vida #AlimentaçãoSaudável Nota: 4 de 5 estrelas4/5Programa do Máquina de Emagrecer Nota: 4 de 5 estrelas4/5Transtornos Alimentares e Neurociência Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTranstornos de ansiedade, estresse e depressões: Conhecer e tratar Nota: 4 de 5 estrelas4/5A crucificação de Cristo descrita por um cirurgião Nota: 4 de 5 estrelas4/5O poder dos mantras cotidianos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO cérebro ninja: Aprenda a usar 100% do seu cérebro Nota: 4 de 5 estrelas4/5TDAH Descomplicado: Tudo que os pais devem saber para ajudar seus filhos Nota: 5 de 5 estrelas5/5O reizinho autista: Guia para lidar com comportamentos difíceis Nota: 5 de 5 estrelas5/5Ayurveda Nota: 4 de 5 estrelas4/5O bate-papo entre o intestino e o cérebro - o que há de novo? Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTranstornos Emocionais: bases neuroquímicas e farmacoterápicas Nota: 5 de 5 estrelas5/5Mente Saudável: Uma jornada pessoal e global em busca da saúde e da conexão corpo e mente Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Avaliações de Prazer e sofrimento no trabalho do enfermeiro hospitalar
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
Prazer e sofrimento no trabalho do enfermeiro hospitalar - Marco Aurélio Ramos de Almeida
Referências
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
Todo trabalho inclui muitas fontes potenciais de tensão. Más condições de trabalho, número excessivo de horas, pressões de tempo e limites de prazo, além de relacionamentos difíceis com supervisores e companheiros de trabalho, são fatores que podem individualmente ou combinados, produzir pressões nocivas ao corpo e à mente dos trabalhadores. O ambiente também pode ser perturbador, como o ambiente físico (temperatura, pressão, barulho, irradiação, altitude), o ambiente químico (vapores, gases tóxicos, fumaças, poeiras), o ambiente biológico (vírus, bactérias, parasitas, fungos), condições de higiene, de segurança e, características ergonômicas do posto de trabalho. (SPIELBERGER, 1981; DEJOURS, 1992).
Tensão refere-se tanto às circunstâncias que impõem exigências físicas e psicológicas ao indivíduo como às reações experimentadas nessas situações. É o termo usado para descrever aflição, opressão, agrura e adversidade. (SPIELBERGER, 1981).
Quando o indivíduo interpreta uma situação como tensa ou perigosa, há mudanças fisiológicas e de comportamento que resultam da ativação e excitação do sistema nervoso autônomo, produzindo uma perturbação da homeostase. A intensidade da reação é proporcional à magnitude do perigo ou ameaça percebidos pelo ser humano (SPIELBERGER, 1981).
Em uma linha de raciocínio um tanto diferente da adotada por SPIELBERGER (op.cit.), mas que compartilha do princípio da homeostase (homeostase psíquica), Dejours (1992) afirma que durante o período da primeira guerra até 1968, houve uma preocupação com a proteção do corpo dos trabalhadores, contraditório à essa preocupação, surge a implementação da Teoria Científica da Administração proposta por Taylor. Essa tendência de trabalho perdura até os dias atuais, gerando exigências fisiológicas e fazendo com que o corpo apareça como ponto de impacto dos prejuízos do trabalho. O aparelho psíquico e a saúde mental dos trabalhadores não eram o foco dos estudos neste período. Dejours conclui que a teoria científica da administração também tinha o propósito de dividir os trabalhadores pela hierarquia de chefes de equipes, tornando-os cada vez mais enfraquecidos e isolados pela oposição entre os próprios trabalhadores. O fracionamento dessa coletividade exige respostas defensivas personalizadas, uma vez que o trabalhador não encontra mais o apoio no grupo.
Antes da adesão da organização científica proposta por Taylor, o trabalho físico era equilibrado por intermédio da programação espontânea do trabalho. O corpo obedecia ao desejo, à liberdade, ao prazer e à imaginação. A organização científica subtrai essa liberdade criativa e intelectual. A interação entre indivíduo dotado de uma história personalizada e a organização do trabalho, portadora de regulamentos e leis despersonalizantes, faz surgir uma vivência, um sofrimento.
Executar uma tarefa sem o envolvimento afetivo, o salário que não pode atender às necessidades básicas do trabalhador e de sua família, o não reconhecimento por parte dos colegas, chefia e instituição ou, a ansiedade e o medo que são comuns em ambientes insalubres produzem insatisfação, que por sua vez, exige uma adaptação física e mental do