Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

Pesquisas e práticas no ensino de geografia
Pesquisas e práticas no ensino de geografia
Pesquisas e práticas no ensino de geografia
E-book205 páginas2 horas

Pesquisas e práticas no ensino de geografia

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

Este livro apresenta pesquisas e relatos de práticas tendo o ensino de Geografia como tema norteador da coleção. O livro está dividido em duas partes: a primeira parte apresenta artigos em que o tema Geografia Urbana na sala de aula foca possibilidades de ensino e pesquisa que abordem temáticas como o direito à cidade, segurança pública, geografia urbana e EJA. Essas foram algumas das pesquisas desenvolvidas em escolas de Caetité – Ba que apresentam como os professores podem abordar a Geografia e o urbano em sala de aula.

Na segunda parte, as pesquisas centram na discussão sobre as linguagens e metodologias no Ensino de Geografia, em que os autores apresentam relatos e pesquisas que abordam como as linguagens podem contribuir para o ensino da Geografia, abordando temas como estudo do meio, memória, charges, literatura entre outras possibilidades. Este livro é fruto de anos de pesquisas e atividades de extensão e ensino desenvolvidas nas escolas de Caetité - Ba, ele traz para professores, estudantes e pesquisadores da área um contributo para compreender a relação entre pesquisa e ensino e compartilhar experiências exitosas na e da sala de aula.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de jan. de 2016
ISBN9788547301569
Pesquisas e práticas no ensino de geografia

Relacionado a Pesquisas e práticas no ensino de geografia

Ebooks relacionados

Métodos e Materiais de Ensino para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Avaliações de Pesquisas e práticas no ensino de geografia

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    Pesquisas e práticas no ensino de geografia - GLAUBER BARROS ALVES COSTA

    COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO EDUCAÇÃO, TECNOLOGIAS E TRANSDISCIPLINARIDADE

    Agradecemos à gestão da Uneb Campus VI, aos discentes e docentes do curso de Geografia, aos professores das escolas públicas de Caetité e a todos que diretamente ou indiretamente contribuíram para o desenvolvimento dos projetos que culminaram neste livro.

    APRESENTAÇÃO

    Formar professores é um desafio constante em nossa prática como profissionais formadores. Estimular, construir, ensinar, discutir, refletir: essas são ações constantes que nós docentes sempre temos e teremos que lidar no cotidiano de nossa atividade profissional.

    Com o advento do Programa Institucional de Bolsas à Iniciação à Docência da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), formar professores em outras perspectivas e possibilidades nos faz acreditar em outro pensar no que tange à construção da identidade docente do professor de Geografia.

    O projeto do Pibid de Geografia da Uneb (Universidade do Estado da Bahia), no Campus VI, foi pensado em uma articulação constante com a rede municipal e estadual de ensino da cidade de Caetité. O projeto abrange escolas do Ensino Fundamental I e II, Ensino Médio, Ensino Médio Profissionalizante e Educação de Jovens e Adultos.

    A ideia do livro surge como produto de um ano de execução do projeto, e as pesquisas aqui apresentadas são concebidas a partir da relação dos coordenadores do Pibid de Geografia, com os professores das escolas envolvidas no projeto e com os alunos da Uneb, bolsistas do programa.

    Durante o período de um ano, os participantes do projeto Linguagens e Ensino de Geografia: práticas, pesquisas e possibilidades discutiram os temas Direito à Cidade e Linguagens no ensino de Geografia, e a partir das discussões teóricas foram elaboradas metodologias e pesquisa-ação para as investigações aqui apresentadas.

    Na primeira parte expomos as pesquisas feitas nas escolas relacionadas ao tema O direito à cidade, em que os alunos da Educação Básica tiveram contato com temas relacionados à Geografia Urbana, investigando temas como acessibilidade, direito à segurança, segregação socioespacial, memória, políticas públicas e gestão de cidades.

    Na segunda parte do livro, as investigações relacionadas ao Ensino de Geografia aparecem como temática central. Abordamos como os quadrinhos (HQ), a música, a poesia, a cartografia escolar, a fotografias e os filmes são utilizados nas aulas de Geografia e a compreensão dos alunos da Educação Básica na relação ensino aprendizagem.

    Este livro não visa preencher uma lacuna nos estudos e pesquisas relacionados ao Pibid; a nossa pretensão é apresentar o impacto do programa na Educação Básica, e possibilidades de formação de professores a partir da pesquisa, pesquisa essa voltada para o ensino da Geografia.

    Glauber Barros Alves Costa,

    Gabriela Silveira Rocha,

    Junivio da Silva Pimentel

    sumário

    PARTE I

    Geografia Urbana na sala de aula

    CAPÍTULO 1 - O direito à cidade no ensino de Geografia

    Gabriela Silveira Rocha

    Glauber Barros Alves Costa

    Junívio da Silva Pimentel

    CAPÍTULO 2 - O DIREITO À CIDADE: UM OLHAR SOBRE A CIDADE DE CAETITÉ

    Maria Ercília Oliveira de Jesus

    Bruna dos Santos

    Daiane dos Santos Gomes

    Maria Aparecida de Jesus Santos

    Danilo Figueiredo dos Santos

    Sandra Lícian Sacramento Neves de Jesus

    CAPÍTULO 3 - A LINGUAGEM CARTOGRÁFICA E A SEGURANÇA PÚBLICA COMO DIREITO À CIDADE

    Euvânia Maíra Silva Moura

    Simone Aguiar dos Santos

    Luciana da Silva Gomes

    CAPÍTULO 4 - ACESSIBILIDADE COMO UM DIREITO À CIDADE EM CAETITÉ-BA: Uma discussão em sala de aula

    Zilneide Pereira da Silva Araújo

    Joelma Miranda C. de Souza

    Célio Trindade Souza

    CAPÍTULO 5 - O DIREITO À CIDADE: A PARTIR DAS VIVÊNCIAS DOS ALUNOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO GRUPO ESCOLAR SENADOR OVÍDIO TEIXEIRA

    Edineuza da Silva

    Leandro da Silva Fagundes

    Rosemeire da Rocha Couto

    Rosicléia Jesus da Silva

    Raquel Aparecida Ledo Brito

    Tadeus Dias Duca

    PARTE II

    LINGUAGEM E ENSINO DE GEOGRAFIA

    CAPÍTULO 6 - AS LINGUAGENS E O ENSINO DE GEOGRAFIA

    Junívio Pimentel

    Gabriela Silveira Rocha

    Glauber Barros Alves Costa

    CAPÍTULO 7 - O LUGAR, A HISTÓRIA E O ESPAÇO EM CAETITÉ: O ESTUDO DO MEIO COMO METODOLOGIA PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

    Edineuza da Silva

    Leandro de Fagundes

    Rosemeire da Rocha Couto

    Rosicléia Jesus da Silva

    Raquel Aparecida Ledo Brito

    Tadeus Dias Duca

    Glauber Barros Alves Costa

    CAPÍTULO 8 - O ESTUDO DO MEIO A PARTIR DA EXPANSÃO URBANA DE CAETITÉ- BA: UM OLHAR SOBRE O BAIRRO SÃO VICENTE

    Bruna dos Santos

    Maria Aparecida de Jesus Santos

    Daiane dos Santos Gomes

    Maria Ercília Oliveira de Jesus

    Danilo Figueiredo dos Santos

    Sandra Lícian Sacramento Neves de Jesus

    CAPÍTULO 9 - REMEMORANDO O PATRIMÔNIO CULTURAL DE CAETITÉ-BA PELAS PAISAGENS

    Luzia Barbosa de Oliveira

    Ângela Carla paixão de Souza

    Suélia Alves de Lima Soares

    Junívio da Silva Pimentel

    CAPÍTULO 10 - HISTÓRIAS EM QUADRINHOS: UMA NOVA LINGUAGEM PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA

    Elielza Guimarães

    Fernanda Batista da Silva

    Mirian Oliveira Silva

    Gabriela Silveira Rocha

    CAPÍTULO 11 - LINGUAGEM MUSICAL COMO RECURSO NO ENSINO DE GEOGRAFIA

    Patrícia Gislene Santos Pereira

    Katiane da Silva de Oliveira Cruz

    CAPÍTULO 12 - O ESTUDO DO MEIO E O ENSINO DE GEOGRAFIA

    Maria Santa Vilasboas Batista

    Cleide dos Santos Pereira

    Ana Valéria Ferreira da Silva

    os organizadores

    os autores

    PARTE I

    Geografia Urbana

    na sala de aula

    CAPÍTULO 1

    O direito à cidade no ensino de Geografia

    Gabriela Silveira Rocha

    Glauber Barros Alves Costa

    Junívio da Silva Pimentel

    A atualidade aponta para um crescimento mundial da população vivendo nas cidades. Estima-se que, nos próximos 30 anos, a taxa de urbanização no mundo chegará a 65%. Frente a esse percentual, planejar democraticamente as cidades com direitos iguais será um desafio para a humanidade.

    Com a urbanização crescente, grandes questões permeia o(s) estudo(s) da cidade. Afinal, como definir/pensar/analisar a cidade? O que seria o direito à cidade e como a Geografia, com seu ensino, trabalharia a cidade na contemporaneidade? Para responder às proposições levantadas recorremos a Lefebvre (1991) em sua obra O direito à cidade. Inicialmente concordamos com o autor quando argumenta que a cidade se tornou uma obra de arte por ser produção e reprodução de seres humanos. Mais do que uma produção de objetos, a cidade é obra de uma história. A cidade é a expressão predominante da beleza e dos locais de encontro, como também dos encontros dos locais.

    Os processos globais, econômicos, sociais, políticos e culturais, conforme Lefebvre, vem moldando a cidade, sem levar em conta a ação criadora que inventa e esculpe o espaço. As transformações da vida cotidiana modificam concomitantemente a realidade urbana e a cidade.

    A cidade é o nível específico da realidade social; da generalização das trocas comerciais, da industrialização global e do capitalismo. O nível das relações imediatas, pessoais e interpessoais (famílias, vizinhança, profissões etc.) está dentro da realidade urbana. Urbano e cidade estão interligados, não podendo separar-se para fugir do reducionismo organicista e do continuísmo. Portanto, deve-se evitar a continuidade ilusória e também as separações ou descontinuidades absolutas ao se tratar da cidade e do urbano.

    Temos que considerar também que a cidade sempre teve relações com a sociedade, com o campo e a agricultura, poder ofensivo e defensivo, poderes políticos, Estados etc. A cidade muda de acordo com as mudanças desses aspectos sociais. A cidade depende das relações (famílias, grupos, associações, corporações etc.). A cidade se situa entre a ordem próxima, relações interpessoais, e a ordem distante, as grandes instituições (Igreja, Estado etc.), regida por um código jurídico, por uma cultura e por conjuntos significantes. Sendo assim a cidade é uma mediação entre as mediações.

    Contendo a ordem próxima, ela a mantém; sustenta relações de produção e de propriedade; é o local de sua reprodução. Contida na ordem distante, ela se sustenta; encarna-a; projeta-a sobre um terreno e sobre um plano, o plano da vida imediata (Lefebvre, 1991, p.46).

    Partindo do pressuposto que a cidade é uma materialização histórica, um nível específico da realidade social vivida no período capitalista, e nela que se materializam as contradições do sistema atual. Não se pode negar que a cidade se transforma em razão de processos globais, e desse modo o espaço urbano não é homogêneo: há na cidade espaços segregados estimulados pela lógica da exclusão social.

    Para ir de encontro a esse espaço, que é contraditório, é necessário pensar/colocar em prática o direito à cidade. O direito à cidade refere-se à luta por um espaço social que oferece condições e oportunidades equitativas aos seus habitantes, de viverem com dignidade independentemente das características sociais, culturais, étnicas, de gênero e idade.

    O direito à cidade também deve ser compreendido como o direito de criação e plena fruição do espaço social, ou seja, é pensar num espaço democrático feito por todos e para todos. E, para que a cidade seja de todos,

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1