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Pianíssimo
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E-book272 páginas3 horas

Pianíssimo

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Sobre este e-book

Darryl e Corinne Richards compram sua primeira casa. Com a carreira de Darryl no exército chegando ao fim, eles se sentem prontos para se estabelecer em Louisville, Kentucky. Ao mesmo tempo, Darryl é convocado uma última vez, deixando Corinne nesta nova casa e em uma nova cidade sozinha.

Oprimida, Corinne se torna reclusa, vivendo uma vida tranquila e chata com suas gatas enquanto se ajusta ao novo ambiente. O problema é: alguém ou alguma coisa não quer que sua vida seja tranquila ou chata, seguido do piano assustador no porão...

Há muito mais naquele piano assustador e destruído em seu novo lar do que Corinne poderia imaginar. Através de altos e baixos, voltas e reviravoltas, ela começa a entender que mesmo a música mais delicada e tocada pode ser poderosa - e que mesmo realizações simplórias e mudanças discretas e sutis podem ter um efeito profundo.

IdiomaPortuguês
Data de lançamento16 de mai. de 2019
ISBN9781547579136
Pianíssimo

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    Pianíssimo - Lauren Shiro

    Pianíssimo

    Lauren Shiro

    ––––––––

    Traduzido por Gilson Cardozo de Arruda 

    Pianíssimo

    Escrito por Lauren Shiro

    Copyright © 2019 Lauren Shiro

    Todos os direitos reservados

    Distribuído por Babelcube, Inc.

    www.babelcube.com

    Traduzido por Gilson Cardozo de Arruda

    Babelcube Books e Babelcube são marcas comerciais da Babelcube Inc.

    ––––––––

    Pianíssimo

    por Lauren Shiro

    ––––––––

    Copyright 2014 Lauren Shiro

    Publicado por: Vanilla Heart Publishing

    Edição Ebook, Notas da licença

    Este ebook está autorizado apenas para a sua diversão pessoal. Este ebook não pode ser revendido ou distribuído a outras pessoas. Se você quiser compartilhar este livro com outras pessoas, por favor, compre uma cópia adicional para cada pessoa que você queira compartilhar. Se você está lendo este livro e não o adquiriu, ou se ele não foi adquirido apenas para seu uso, você deve retornar ao revendedor e comprar sua própria cópia. Obrigado por respeitar o trabalho duro deste autor.

    Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida ou transmitida de qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer sistema de armazenamento e recuperação de informações sem permissão por escrito do editor, exceto pela inclusão de breves citações em uma revisão.

    Índice

    Dedicatória

    Prólogo

    Capítulo Um

    Capítulo Dois

    Capítulo Três

    Capítulo Quatro

    Capítulo Cinco

    Capítulo Seis

    Capítulo Sete

    Capítulo Oito

    Capítulo Nove

    Capítulo Dez

    Capítulo Onze

    Capítulo Doze

    Capítulo Treze

    Capítulo Quatorze

    Capítulo Quinze

    Capítulo Dezesseis

    Capítulo Dezessete

    Capítulo Dezoito

    Capítulo Dezenove

    Capítulo Vinte

    Capítulo Vinte e Um

    Mais livros por Lauren Shiro

    Lauren Shiro Autora Biografia e Foto

    Dedicatória

    Este livro é dedicado a todos os membros corajosos da comunidade LGBT que vieram antes de nós. Todos os heróis que trabalharam diligentemente para que todos pudéssemos ter direitos e status iguais. Dos mais famosos aos mais desconhecidos, seu sacrifício e trabalho abençoaram e beneficiaram a todos nós. Por isso, sou grato.

    Prólogo

    Era um dia frio de primavera em Manhattan. O céu da manhã estava pintado em vários tons de cinza, enquanto uma leve névoa salpicava a cidade. O sol não era visível, mas havia um ponto brilhante onde as nuvens pareciam fracas e finas. Este se transformaria em um lindo dia e Harold sabia disso.

    Ele entrou na fábrica para começar mais um dia - um dia como outro qualquer. No entanto, ele sabia que hoje também seria um dia especial. Ele adorava sua vida, amava a primavera e adorava seu trabalho. Embora ele nunca possa a vir conhecer nenhum deles, ele sabia que seu trabalho tocava a vida de muitas pessoas.

    Harold foi até a parte de trás da fábrica e pendurou o longo casaco de chuva marrom. Ele foi o primeiro a entrar, o que era bastante comum para ele. Havia algo no silêncio e na solidão do grande edifício o que alimentava ainda mais o seu entusiasmo. Ele respirou profundamente. Ele amava o cheiro da madeira. Perfeito, um silêncio maravilhoso e o cheiro inebriante da madeira. Este foi realmente um dia maravilhoso!

    Harold sorri para si mesmo. Embora este fosse um dia comum para ele, ele sabia que aquele era um dia extraordinário para uma outra pessoa. Uma outra pessoa seria impressionada por seu trabalho hoje.

    Ele caminhou até seu projeto atual. Como uma tela em branco para a música. Este piano ainda não tinha sido terminado, muito menos ainda para ser tocado. A madeira de mogno era requintada e cheirava primorosamente. Ele fechou os olhos, imaginando esse piano perfeito. Era forte e robusto, bonito e clássico. A madeira era genuína, a música que saía das teclas competia  com o canto dos anjos nos Céus. Oh, que obra de arte isso será!

    Seu devaneio foi mais longe. Quem o tocaria? Seria uma peça pessoal para uma família desfrutar? Um futuro pianista profissional aprenderia nele? Seria usado em maior escala? Que tipo de música seria tocada? As possibilidades eram infinitas! Este piano que ele construiu com suas próprias mãos tem um futuro maior do que ele jamais poderia imaginar. Ele sorriu com orgulho e excitação. As infinitas possibilidades: é por isso que Harold adorava seu trabalho.

    Ele passou a mão sobre a madeira macia de mogno. Não é uma tarefa fácil criar um piano, e este não foi diferente. Levou mais de um ano para chegar a esse ponto. Este instrumento seria perfeito e ele garantiria que fosse. Depois de todo esse tempo, essa tela em branco seria concluída e depois lançada no mundo em breve. Que emocionante!

    Não havia necessidade de esperar por seus colegas de trabalho. Ele apenas começou a fazer o que fazia de melhor: construir pianos. Ele gentilmente pegou a tábua harmônica e cuidadosamente a colocou no móvel do piano. Ele abaixou o encordoamento em cima dele, pegou uma corda e começou a amarrá-la.

    Hoje ia ser um dia absolutamente maravilhoso! Sua próxima obra-prima seria completa para que ele e outras pessoas pudessem aproveitá-la nos próximos anos.

    Capítulo Um

    ––––––––

    Corinne estava sentada na sala de estar vazia, com a porta da frente da velha casa aberta. A tela da porta criava uma lamentável barreira entre ela e a furiosa tempestade lá fora. O leve e doce aroma da chuva fazia cócegas no fundo de suas narinas a cada rajada de vento. A chuva foi mais que bem-vinda, no entanto. A umidade finalmente diminuiu e houve até um leve frio no ar. Folhas verdes encharcadas dançavam e giravam do outro lado da porta.

    Ao redor de Corinne estava um mar de caixas. Toda a sua vida estava contida naqueles simples pacotes marrons. Fotos, lembranças, livros, itens sentimentais: de fato, toda a sua existência estava coberta de plástico-bolha e contida nas caixas que ela havia claramente marcado.

    Era irônico, na verdade, ela estar sentada sozinha na grande e velha casa vazia. Ela e Darryl tinham acabado de comprar a casa histórica e em um momento oportuno. Ele foi  convocado uma última vez. Depois de tantos anos, ela deveria estar acostumada com sua vida militar, mas nunca foi fácil.

    Ela se sentou em silêncio no escuro, simplesmente ouvindo a chuva e o trovão até que a tempestade finalmente passou.

    A nova lavadora e a secadora finalmente chegaram depois de uma semana sem os aparelhos necessários. Empolgada para finalmente começar a viver como uma pessoa no século XXI, Corinne correu para a porta velha que ficava fora do porão para os trabalhadores descarregarem as máquinas.

    A ferrugem era tão espessa que ela não conseguia abri-la. Ela puxou e puxou com toda a força. Nada. As portas pareciam estar enferrujadas. Agora o que ela iria fazer? Os entregadores estariam chegando em poucos minutos, e eles precisariam de algum acesso para chegarem até lá. Ela pensou e pensou. Haveria alguma uma maneira de acabar com a ferrugem? Tinha tanta ferrugem, que agia como um selante. Mas a ferrugem fica assim? Você poderia quebrar a ferrugem? Ela não tinha ideia, mas tinha que tentar alguma coisa - qualquer coisa!

    Ela correu de volta para a casa e olhou através da caixa que estava rotulada de ferramentas. Ela empurrou e moveu tudo ao redor. Este era o domínio de Darryl. Por que ele não poderia estar lá para ajudar?

    Depois de examinar minuciosamente  a caixa por alguns minutos, ela pegou um martelo e uma chave de fenda e correu para fora.

    Ela encarou a porta novamente. Ela empurrou a chave de fenda na ferrugem com toda a sua força. Pedaços começaram a se soltar. Em algumas das áreas maiores, ela bateu na chave de fenda com um martelo. Ela bateu e entalhou  por um tempo. Ela deu uma última puxada na porta e ela finalmente se abriu.

    Curiosa, Corinne entrou; os técnicos ainda não tinham chegado. Ela nunca esteve aqui antes. Provavelmente seria uma boa ideia que ela se familiarize com o porão antes deles chegarem.

    Ela tirou as teias de aranha do rosto enquanto entrava lentamente no porão misterioso e escuro. Ela finalmente encontrou um interruptor de luz entre as sombras. Depois de algumas piscadas, a luz finalmente acendeu. O porão era simples. Pedras velhas e gesso formavam as paredes. O teto era baixo, lembrando-a de sua altura. Ela olhou em volta. Havia os canos normais, a caixa elétrica e as coisas usuais que se esperaria de um porão antigo.

    Quando ela espreitou ao virar para o canto, algo verde chamou sua atenção. Lentamente, a forma tomou corpo sob as sombras. Era um piano antigo. Um piano muito antigo. Quando Corinne se aproximou, ela leu uma grande placa de latão que ainda estava fixada majestosamente no instrumento antigo. R. S. Howard. Era um piano vertical da R. S. Howard. O encosto estava faltando, expondo as magras e nuas cordas e os martelos. Algumas das teclas estavam permanentemente danificadas. O rico acabamento original de madeira do piano estava escondido sob uma antiga camada de tinta verde oliva.

    Por que diabos havia um piano no porão? Quem manteria um piano lá embaixo? É um porão inacabado. As pessoas não gostariam de se divertir nesse buraco. Foi tão estranho.

    E por que foi pintado? Quem pintaria um piano? Especialmente com uma cor tão feia. Parecia estúpido.

    Corinne apenas balançou a cabeça confusa.

    Enquanto ela olhava direto para o instrumento antigo, as lembranças de seus dias musicais voltaram para ela. Ela se lembrou dos anos e anos de aulas de piano. Ela se lembrou de todos os recitais e concertos. Ela sorriu refletindo sobre todas aquelas grandes memórias.

    Ela foi até lá. Ela apenas podia imaginar a bela música que já havia sido tocada nesta antiga peça. Ela tocou suavemente. Uma explosão de uma sensação fria atingiu sua mão e correu por todo seu braço. Corinne imediatamente deixa cair sua mão. A sensação de frio se foi.

    Ela foi atingida por uma explosão de energia enquanto continuava a olhar para o piano.

    Olá? A voz de um homem ecoou pelas escadas.

    Corinne se virou Oh oi! Venham até aqui. Os conectores estão...! Os olhos dela percorreram a sala, tentando encontrar os conectores das máquinas. Lá! Ela os encontrou. Eles estão aqui!"

    Ok! Obrigado.

    Corinne se afastou do piano para que ela ficasse fora do caminho dos técnicos. Ela os observou trabalhar, mas ela também foi estranhamente forçada a olhar o piano também.

    Corinne levou cuidadosamente a escova através de seus cabelos finos e muito emaranhados. Suas madeixas cor de areia pareciam mais castanho-chocolate no momento. Seus cabelos sempre pareciam muito mais escuros depois que ela tomava banho. Enquanto ela se olhava no espelho, ela notou que pequenas gotas de tinta ainda permaneciam em seu rosto. Como isso foi possível? Ela havia se esfregado no chuveiro.

    Eca, ela disse para si mesma. Ela decidiu não dar importância. Ninguém me veria de qualquer jeito.

    Ela continuou a tirar os nós do cabelo. Enquanto olhava profundamente em seus próprios olhos castanhos.

    Ela podia ouvir seu irmão Evan. "Olhe para você! Você tem mais tinta em si mesma do que nas paredes! Você não sabe o que está fazendo. Deixe essas coisas para os homens. Sabemos o que estamos fazendo e não faremos a bagunça que você fez! É melhor ir tomar banho de novo! Depois ela ouviu sua risada maldosa. Por que os irmãos dela sempre eram tão desagradáveis e cruéis assim? Eles nunca a deixavam fazer nada. E quando ela fazia - como tem feito aqui - tudo o que eles faziam era zombar dela.

    Ela fez tudo certo. A casa estava se juntando devagar, mas estava se juntando. Ela estava tentando cuidar de uma casa inteira completamente sozinha! Ela tinha feito um bom trabalho pintando.

    Ela não tinha? Ainda havia tinta no cabelo e no rosto. Evan estava certo.

    Oh, por que eu me incomodo, afinal ?! Ela gritou. Corinne correu e se jogou desanimada em sua cama e simplesmente chorou.

    Capítulo Dois

    Corinne estava deitada em silêncio em sua grande cama vazia. O novo quarto ainda era novo demais, muito estranho... muito vazio. Corinne ansiava pela familiaridade do perfume de Darryl; por seu corpo quente ocupando a maior parte da cama; até mesmo seu ronco.

    Ela estava deitada na cama olhando para o teto, sua mente focada em seu marido ausente quando um barulho alto e indistinguível a assustou. Não foi um acidente, talvez mais como um estrondo. Era alto, o que quer que fosse, era preocupante. O que poderia ter causado tanto barulho? Alguma coisa quebrou? A casa está caindo aos pedaços? Por favor, não deixe ser nada grande, estou muito estressada agora. Eu não aguento mais nada! Ela rezou.

    Corinne se levantou e correu escada abaixo para ver o que havia acontecido. Corinne foi de sala em sala, acendendo as luzes, explorando cada área com muito cuidado. Nada estava fora do lugar. Tudo parecia bem. Nada foi quebrado. Talvez ela apenas tenha imaginado isso.

    Quando todas as salas do primeiro andar foram verificadas, ela considerou se deveria voltar para a cama ou verificar o porão. Ela não era uma grande fã de porões. Era escuro, úmido e meio assustador.

    Alguma coisa havia caído ou algo aconteceu. Ela precisava ver o que havia acontecido. Ela não conseguiria descansar até saber que tudo estava bem.

    Ela finalmente decidiu entrar no porão pela entrada interna. A velha porta de madeira precisava de alguma persuasão para abrir. Com um leve empurrão de seu quadril, a porta se abriu e Corinne observou cuidadosamente a velha escadaria.

    Enquanto inspecionava a sala, nada parecia fora de ordem. Nada foi quebrado; nada caiu no chão. Todas as várias caixas, eletrodomésticos e pot-pourri permaneceram em suas posições originais. Confusa, Corinne olhou um pouco mais para dentro da sala e encontrou as garotas deitadas no piano.

    Oh meninas! Ela disse enquanto pegava suas duas gatas.

    Millie e Mollie, suas duas irmãs felinas que eram famosas por se meterem em encrencas, fizeram exatamente isso. Elas estavam se escondendo desde a mudança.

    Quando chegaram lá, Corinne colocou uma caixa de areia no porão e outra no banheiro do primeiro andar. Ela manteve os pratos de comida e água cheios na cozinha.

    Felizmente, elas haviam encontrado as caixas de areia, a comida e a água.

    Depois de dias se escondendo, elas decidiram explorar nesta noite... e sua curiosidade claramente tinha conseguido o melhor delas. Uma delas - ou talvez ambas - deve ter pulado em algumas das teclas quando saltaram para o instrumento arcaico.

    Com uma gata em cada braço, ela subiu as escadas para descansar um pouco.

    Corinne andou pela cozinha. Finalmente! Ela respondeu.

    Olá?

    "Ei Rach! É Corinne.

    Oi! Rachel respondeu animadamente. Então, como está indo? Sua voz calorosa e familiar foi reconfortante para Corinne.

    Ah!. Tudo bem, suponho. Corinne respondeu. Não é fácil fazer tudo isso sozinha.

    Eu sei, querida. Darry vai estar em casa em breve. Você já passou por isso antes; você é forte o suficiente para fazer isso de novo.

    Obrigada. É só que... É que é tão diferente de Nellis. As pessoas daqui são diferentes. Eu nem pareço como elas - eu falo diferente. Eu sinto que sou uma pessoa de fora. Que sou esquisita. Eu me sinto tão sozinha. Suavemente, Corinne começou a soluçar.

    Oh querida, disse Rachel. Eu sinto Muito. Você já tentou encontrar outras esposas?

    Nós não estamos na base, Corinne fungou. Eu me sinto tão longe de tudo e de todos. Eu....

    Rachel relembra silenciosa, mas com tolerância. "Querida, você sabe para onde ir e para quem ligar. Eu queria poder te ajudar. Mas eu não posso, estou muito distante. Você só precisa se aproximar da comunidade. Você vai encontrar amigos, tenho certeza.

    Corinne respirou fundo. Sim, eu sei que você está certa.

    Agora, me diga algo de bom sobre a vida lá fora. Rachel disse, esperando animar o espírito de sua amiga.

    Corinne parou para pensar por um momento. Ela hesitou em falar. É grande. As gatas gostam daqui. Há espaço para elas correrem, se divertirem e se esconderem... especialmente no piano.

    Que piano?

    Ah, tem um piano antigo no porão e as gatas adoram pular sobre ele no meio da noite, apertar todas as teclas e criar um tumulto adorável.

    Ah legal. Eu vejo que as gatas estão sendo incrivelmente atenciosas com você, como de costume. Rachel brincou. Ela fez uma pausa e respirou fundo. Olha, querida. Eu sei que isso é difícil. Você tem que aguentar, ok? Você pode superar tudo isso. Darryl estará em casa em breve e essa velha casa logo será seu lar, ok?

    Ok, Corinne respondeu através das lágrimas e com um sorriso triste.

    Uma mulher alta e magra estava parada no escuro, o braço apoiado em algum tipo de saliência - talvez uma escrivaninha ou outro móvel. Estava escuro demais para dizer. O luar deslizou pela janela, sombreando sua figura alta e magra na parede. Ela não se mexia. Ela não conseguia se mexer. Mesmo se ela pudesse, ela não iria querer. O silêncio perfurou sua alma. O quarto ficou mudo, mas a mulher parecia tensa e exausta  com o barulho em sua mente.

    Incapaz de respirar, incapaz de se mover, a mulher ficou imóvel; a mobília era a única coisa que a apoiava.

    Corinne acordou de seu sonho triste e confusa. Que imagem assombrosa: aquela mulher parada no escuro. O desânimo emanou dessa mulher. Quem era ela? O que o sonho significava?

    Lentamente se levantou para

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