A Saúde Não É Um Negócio

De Carlos Herrero Carcedo

Este livro pretende esclarecer, em detalhes e com base nos dados atualmente disponíveis, a verdadeira causa dos importantes problemas de saúde que a população sustenta. Alterações geradas pelos interesses econômicos abusivos das empresas farmacèuticas, indústria química e de pesticidas, e indústria agroalimentar, protegidos através de seus respectivos lobbies que tentam condicionar os processos de tomada de decisão na Comissão e no Parlamento Europeu.

• Idioma: Português
• Editora: Carlos Herrero Carcedo
• Data de lançamento: 27 de mar. de 2020

Carlos Herrero Carcedo

Autor de dos Libros con tapa: Manual Básico de Farmacología y 200 Ideas para Mejorar la Rentabilidad de tu Farmacia, una publicación en la revista Alimentación, Equipos y Tecnología: La histamina en las distintas etapas de fabricación de conservas de atún y seis Ebooks: Disruptores Endocrinos, La Salud no es un Negocio, Obesidad Infantil. Rista. Respuesta Insuficientemente Adecuada, Vivir sin Cáncer, Ser Mayor sin Edad y Predisposición a Ser Homosexual.Posee tres licenciaturas (Farmacia, Ciencias Químicas, Ciencia y Tecnología de los Alimentos) y experiencia en los departamentos de Calidad, Producción y Ventas.

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1. Investimento em Investigação das Multinacionais Farmacêuticas

O sistema atual de investigação e desenvolvimento de novos medicamentos é contrário à saúde da população em geral. Apenas uma em cada cinco drogas que chega ao mercado é inovadora ou melhora os resultados das anteriores. O problema torna-se mais agudo à medida que essas novas moléculas têm preços elevados e não há um órgão oficial global que garanta que essas drogas sejam acessíveis para quem precisa delas. Os governos permitiram que a indústria farmacêutica decidisse quais doenças abordar e quantos pacientes tratar. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, um terço das pessoas não têm acesso regular aos medicamentos. Se a capacidade de produção existe, será o custo do medicamento que determina o número de doentes que morrem (o tratamento de várias semanas de sofosbuvir para a hepatite C custa 60.000 euros).

Os governos financiam 80% da investigação básica de moléculas terapêuticas, que é realizada em universidades, hospitais e centros públicos, e os laboratórios farmacêuticos desenvolvem as idéias encontradas pelos cientistas dessas instituições públicas com um custo inferior a 8% do seu faturamento. Na verdade, o investimento final feito pelas multinacionais em investigação e desenvolvimento é 1% do volume de negócios anual em pesquisa básica, interna e privada, 3,35% em ensaios clínicos e 2,65% em colaboração com hospitais e universidades.

Os cidadãos pagam duas vezes pela pesquisa única e principal financiada por órgãos públicos. Os principais custos das empresas farmacêuticas privadas são socializados, assumindo-los toda a sociedade, e os benefícios, que caem exclusivamente nas empresas multinacionais, são privatizados.

As empresas farmacêuticas não perseguem os interesses da saúde pública em geral, mas quanto dinheiro vai me trazer um medicamento.

A cada ano, o gasto mundial em medicamentos excede um bilhão de dólares, um milhão de milhões de dólares, sendo a indústria farmacêutica, com 20% do lucro líquido, o setor mais rentável de