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O Pediatra Instruindo a Família: Um guia para pais e profissionais sobre os cuidados com a gravidez e o bebê
O Pediatra Instruindo a Família: Um guia para pais e profissionais sobre os cuidados com a gravidez e o bebê
O Pediatra Instruindo a Família: Um guia para pais e profissionais sobre os cuidados com a gravidez e o bebê
E-book567 páginas3 horas

O Pediatra Instruindo a Família: Um guia para pais e profissionais sobre os cuidados com a gravidez e o bebê

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Sobre este e-book

Você está grávida, planeja engravidar ou já deu à luz? Este livro será uma grande ajuda nesta importante fase da vida! O Pediatra instruindo a família é um guia completo e prático para os cuidados com o bebê em casa, e grande aliado no atendimento clínico, pois oferece informações essenciais para a promoção da saúde infantil e a prevenção aos principais problemas de saúde.
As orientações pediátricas fornecidas neste livro enfocam a criança a partir de seu núcleo familiar, por excelência, o lugar especial de atenção, amor e proteção. Por acreditarmos na família como o melhor espaço para o desenvolvimento infantil, dirigimos esta obra principalmente às mamães e aos papais, e também aos cuidadores, que se dedicam a proporcionar uma infância saudável e feliz às crianças, num período crítico de grandes transformações rumo à vida adulta.
Assim, nutrimos nossa convicção de que o investimento na primeira infância resultará em um crescimento saudável aos filhos e também em muitos outros benefícios para a sociedade, florescendo vidas, fortalecendo famílias e desenvolvendo comunidades.
Com conteúdo científico revisado e acessível, este guia de orientações estará sempre à sua disposição para apoiá-la(o) nesta que é uma das tarefas mais importantes e valiosas: zelar pelas crianças, nosso bem mais precioso, hoje e amanhã!
IdiomaPortuguês
Data de lançamento29 de mar. de 2021
ISBN9786599383908
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    Pré-visualização do livro

    O Pediatra Instruindo a Família - Prof Dr Francisco de Agostinho Junior

    Capa do livro 'O pediatra instruindo a família', de Prof. Dr. Francisco de Agostinho JúniorFolha de rosto. Título: O pediatra instruindo a família. Autor: Prof. Dr. Francisco de Agostinho Júnior. 1ª edição. Revisão técnica: Prof. Dra. Gilda Porta, professora livre-docente do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e médica do Hospital A. C. Camargo e do Sírio Libanês, São Paulo. Atuou como médica da Unidade de Gastroenterologia, Hepatologia e Nutrição do Instituto da Criança no Hospital das Clínicas da USP. É consultora em Hepatologia Pediátrica da Universidade de Marília (UNIMAR). Dra. Dolores Camargo Nishimura, médica especializada em Ginecologia e Obstetrícia, formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP – Ribeirão Preto), fez residências no Hospital das Clínicas da USP de Ribeirão Preto e no Sírio Libanês, e atua com atendimentos humanizados em clínica privada. Dr. Clécio Pereira Barbieri, médico pediatra especializado em Medicina Intensiva Pediátrica, formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), trabalha na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Sírio Libanês, São Paulo. Editora: Vila Crescente. Pompeia, São Paulo. 2020.

    © por Francisco de Agostinho Júnior

    As citações bíblicas foram retiradas das versões Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH) e Almeida Revista e Atualizada (ARA).

    Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta edição pode ser reproduzida, armazenada ou transmitida de qualquer modo ou por quaisquer meios sem prévia permissão por escrito da Editora Vila Crescente.

    Direção e edição: Stefan Dyo Nishimura

    Preparação de texto: Damaris Barradas

    Revisão de texto e leitura de prova: Helena Barradas de Souza

    Revisão técnica: Dra. Dolores Camargo Nishimura & Dr. Clécio Pereira Barbieri

    Capa: Adam Agência

    Ilustrações: Max Francioli dos Santos

    Colaboração: Thiago José Tozzato & Heloísa Helou Doca

    Diagramação: Waldemar Suguihara

    Produção de e-book: André Caniato

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

    (eDOC BRASIL, Belo Horizonte/MG)

    A275p

    Agostinho Júnior, Francisco de.

    O pediatra instruindo a família: um guia para pais e profissionais sobre o cuidado com a gravidez e o bebê / Francisco de Agostinho Júnior. – Pompeia, SP: Vila Crescente, 2020.

    347 p. : 16x23 cm

    Inclui bibliografia

    ISBN 978-65-993839-0-8

    1. Crianças – Cuidado e tratamento 2. Pais e filhos. 3. Pediatria – Miscelânea. I. Título.

    CDD 649.1

    Elaborado por Maurício Amormino Júnior – CRB6/2422

    ASSOCIAÇÃO NOVA SHALOM

    Rua José Cândido Prizão, 543

    17580-000 – Pompeia, SP

    telefone: (14) 3405-8500

    SUMÁRIO

    Prefácio

    O pediatra

    Gratidão

    Reconhecimento

    Apresentação

    1ª Parte: O pediatra e seus valores

    1.1 – O pediatra, um ser privilegiado

    1.2 – O pediatra e Deus

    1.3 – O pediatra e o amor dos pais

    1.4 – O pediatra e as mamães

    1.5 – O pediatra e os papais

    1.6 – O pediatra e os pais de crianças especiais

    1.7 – O pediatra diante das dúvidas dos pais

    1.8 – O pediatra conhece o coração de pai e mãe

    1.9 – O pediatra e a responsabilidade profissional

    1.10 – O pediatra e sua formação

    1.11 – O dia e a noite do pediatra

    1.12 – O pediatra e o telefone

    1.13 – O pediatra como docente

    1.14 – O pediatra e outros pediatras

    1.15 - O pediatra e outras especialidades

    1.16 - o pediatra e o Sistema Único de Saúde (SUS)

    1.17 – O pediatra e a morte

    2ª Parte: O pediatra e a importância da gravidez saudável para o bebê

    2.1 – O pediatra e as orientações para uma gestação saudável

    2.2 – O pediatra e a alimentação da gestante

    2.3 – O pediatra e as doenças infecciosas e genéticas na gravidez

    2.4 – O pediatra diante das mães com dependência química na gravidez

    2.5 – O pediatra e a preparação de outro filho para a chegada do bebê

    2.6 – O pediatra e a expectativa do pai para o parto

    2.7 – O pediatra e a opção do obstetra na definição do parto vaginal ou cesáreo

    2.8 – O pediatra recebendo o recém-nascido no momento do parto

    2.9 – O pediatra e a gestante após o parto

    2.10 – O pediatra e a recém-mamãe examinando o bebê que acabou de nascer

    2.11 – O pediatra e o recém-nascido internado na uti

    2.12 – O pediatra e as roupas de bebê que as gestantes devem levar para a maternidade

    3ª Parte: O pediatra e o recém-nascido

    3.1 – O pediatra e as orientações iniciais para os cuidados com o recém-nascido

    3.2 – O pediatra e o uso de medicamentos durante a amamentação

    3.3 – O pediatra e os exames do recém-nascido

    3.4 – O pediatra e os reflexos do recém-nascido

    3.5 – O pediatra e a icterícia neonatal

    3.6 – Cólica do lactente

    4ª Parte: O pediatra instruindo e prevenindo doenças

    1. Crescimento e desenvolvimento das crianças

    2. Vacinas

    3. Gastroenterologia e nutrição

    3.1 A criança com refluxo gastroesofágico

    3.2 A criança com dor abdominal

    3.3 O funcionamento do intestino da criança

    3.4 A criança com diarreia

    3.5 A criança com constipação intestinal

    3.6 Intolerância à lactose

    3.7 A criança com doença celíaca

    3.8 A escolha do leite: materno, fórmula ou ambos

    3.9 Alimentação complementar do bebê

    3.10 Introduzindo as papas

    3.10.1 Perguntas e respostas sobre a oferta das papinhas

    3.10.2 Receita de Papa

    3.11 Riscos do sal

    3.12 Os primeiros mil dias de vida da criança

    3.13 Microbiota

    3.13.1 Desenvolvimento da microbiota intestinal

    3.13.2 A microbiota intestinal e o sistema imunológico

    3.13.3 Dieta e microbiota intestinal

    3.14 Dicas do Sistema Digestório

    3.14.1 Vômitos

    3.14.2 Diarreia aguda

    3.14.3 Remédios para vermes

    3.14.4 Hepatites

    3.14.5 Estomatite

    3.14.6 Hérnia umbilical e inguinal na criança

    3.15 Dicas de Nutrição

    3.15.1 Refrigerantes e sucos

    3.15.2 Biscoitos e doces

    3.15.3 O sol e a vitamina D

    3.15.4 Alimentos orgânicos

    3.15.5 Fibras alimentares

    3.15.6 Proteínas

    3.15.7 Vitaminas

    3.15.8 Gorduras

    4. Otorrinolaringologia

    4.1 Infecções

    4.1.1 Vias aéreas superiores

    4.1.2 Faringites e laringites

    4.1.3 Sinusite e rinossinusite

    4.1.4 Otites (média, interna e externa)

    4.1.5 Amigdalites

    4.1.6 Infecção respiratória de repetição

    4.1.7 Resfriado comum e gripe

    4.2 Dicas Otorrinolaringológicas

    4.2.1 Coriza e obstrução nasal

    4.2.2 Tosse e rouquidão de madrugada

    4.2.3 Laringomalácia

    4.2.4 Sangramento no nariz ou epistaxe

    5. Endocrinologia

    5.1 Diabetes na criança

    5.2 Colesterol na criança

    5.3 Síndrome metabólica, obesidade e hipertensão arterial na criança

    5.3.1 Síndrome metabólica

    5.3.2 Obesidade

    5.3.3 Hipertensão

    5.4 Obesidade na criança

    5.5 Baixa estatura das crianças

    5.6 Puberdade precoce

    5.6.1 Telarca precoce isolada

    5.6.2 Pubarca precoce isolada

    5.6.3 Sangramento vaginal precoce isolado

    6. Hematologia e neoplasias

    6.1 Anemias na criança

    6.2 Anemia fisiológica

    6.3 Anemia carencial

    6.3.1 Anemia ferropriva

    6.3.2 Deficiência de ácido fólico (folato) e vitamina B12

    6.4 Anemias hereditárias

    6.5 Câncer infantil

    6.6 Dicas Hematológicas: púrpuras, petéquias e equimoses

    7. Alergologia

    7.1 Doença alérgica

    7.2 Rinite alérgica e asma

    7.3 Dicas sobre inaloterapia

    7.4 Alergia alimentar

    7.5 Alergia à Proteína do Leite de Vaca

    7.6 Alergia à Proteína do Leite de Vaca e Déficit de Crescimento

    7.7 Colite alérgica em lactentes

    7.8 A escolha da fórmula infantil para criança com alergia à Proteína do Leite de Vaca

    7.9 Alergia a corantes de alimentos

    7.10 Leia os rótulos!

    7.11 Alergia à picada de inseto

    7.12 Alergia que se manifesta na primavera

    8. Cardiologia

    8.1 Doenças cardíacas na criança

    9. Dermatologia

    9.1 Cuidados com a pele das crianças no calor

    9.2 Dicas Dermatológicas

    9.2.1 Molusco contagioso

    9.2.2 Escabiose

    9.2.3 Piolhos

    9.2.4 Urticária

    9.2.5 Brotoejas ou miliária

    9.2.6 Hiperidrose

    9.2.7 Hemangiomas

    9.2.8 Protetor solar

    9.2.9 Alergia a cloro de piscina

    9.2.10 Esmalte infantil

    9.2.11 Batons e brilho labiais

    10. Infectologia

    10.1 Crianças com doenças exantemáticas

    10.2 Mononucleose infecciosa e Kawasaki

    10.3 Infecções transmitidas por mosquitos

    10.4 Febre

    10.5 Dicas do pediatra

    10.5.1 Febre

    10.5.2 Infecção urinária

    10.5.3 Monilíase ou candidíase oral e perineal

    11. Acidentes e maus-tratos com crianças

    11.1 Afogamento

    11.2 Quedas

    11.3 Queimaduras

    11.4 Engasgos

    11.5 Cuidados com picadas de animais peçonhentos

    11.5.1 Picada de aranha

    11.5.2 Picada de escorpião

    11.5.3 Picada de cobra

    11.5.4 Picada de abelhas, vespas e marimbondos

    11.5.5 Picada de centopeia ou lacraia

    11.6 Acidente com taturanas

    11.7 Risco de acidentes com corpo estranho em crianças

    11.8 Dicas sobre Acidentes e Maus-tratos

    11.8.1 Atropelamentos

    11.8.2 Picada de inseto

    11.8.3 Mordidas de cachorro e gato

    11.8.4 Violência doméstica

    11.8.5 Abuso sexual

    11.8.6 Equipamentos de segurança para crianças nos automóveis

    11.8.7 Síndrome de bebê sacudido (Shaken baby syndrome)

    12. Neurologia e psicologia

    12.1 Sono das crianças

    12.2 Terror noturno e sonambulismo

    12.3 Transtorno do Espectro Autista (TEA)

    12.4 Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)

    12.5 Depressão

    12.6 A criança que não come

    12.7 O valor dos limites na criação de filhos

    12.8 Adoção de crianças

    12.9 O adolescente e a bebida alcoólica

    12.10 Dicas do Sistema Nervoso

    12.10.1 Convulsão febril

    12.10.2 Cefaleia (dor de cabeça)

    12.11 Dicas Psicológicas ou Fatores Emocionais

    12.11.1 Perda de fôlego

    12.11.2 Tiques

    12.11.3 Mordidas na escola

    12.11.4 Gagueira

    12.11.5 Birras

    12.11.6 Chupar o dedo

    12.11.7 Encoprese e Enurese

    12.11.8 Televisão, tablet, celular

    13. Oftalmologia

    13.1 Visão

    13.2 Dicas de Oftalmologia

    13.2.1 Catarata congênita

    13.2.2 Canal lacrimal entupido

    14. Odontologia

    14.1 Dentes das crianças

    15. Assuntos gerais

    15.1 Epigenética

    15.2 Síndrome de Down

    15.3 A retirada de fraldas

    15.4 Atividade física para a criança

    15.5 Creches

    15.6 Remédios: riscos e benefícios

    15.7 Chupeta

    15.8 Dicas de Ortopedia

    15.8.1 Dores de crescimento

    15.8.2 Sinovite transitória do quadril

    15.8.3 Pé plano ou pé chato

    15.9 Dicas do Sistema Urogenital

    15.9.1 Fimose

    15.9.2 Parafimose

    15.9.2 Criptorquidia, Testículo Retrátil e Hidrocele

    15.9.4 Torção de testículo

    15.9.5 Balanopostite

    15.9.6 Torção de ovário

    15.9.7 Sinéquia vaginal

    15.10 Dicas de Cirurgia Plástica

    15.10.1 Orelhas de abano. Quando operar?

    15.11 Outras dicas

    15.11.1 Remédios para viagens

    15.11.2 Ar-condicionado e ventilador

    15.11.3 Banho de balde

    O pediatra e a melhor de todas as dicas

    O pediatra, a COVID-19 e as crianças

    Notas

    PREFÁCIO

    Sinto-me lisonjeada por escrever o prefácio deste livro, obra do Dr. Francisco de Agostinho Junior dedicada aos pais, cuidadores e profissionais. Trata-se de um manual completo, o qual demonstra que o papel do pediatra na infância e adolescência é fundamental.

    Segundo Jean Piaget, a criança é um ser dinâmico, que a todo momento interage com a realidade e utiliza suas estruturas lógicas já adquiridas para relacionar-se ativamente com os objetos do mundo, dentre os quais estão as pessoas, as ideias e seu próprio corpo. Neste livro, o Dr. Francisco demonstra exatamente o que Piaget escreveu.

    Trata-se de um compêndio que explicita a importância do pediatra no ambiente familiar para orientar desde a gravidez até que a criança se torne adolescente. Ao longo de 40 anos de experiência, o Dr. Francisco conviveu com as crianças e seus familiares, sempre orientando do melhor modo possível. Além disso, acreditou um estado de equilíbrio que a criança desenvolve ao longo da infância mostrando as características biopsicossociais.

    Os capítulos desta obra trazem informações sobre o período neonatal – os testes que são realizados ainda no hospital (como o Teste do Pezinho, dentre outros), cuidados gerais com o bebê na maternidade e em casa, além de orientação quanto ao aleitamento, higiene e curativo do umbigo. Também deixa claro a importância das consultas, visando o desenvolvimento ponderoestatural, e instrui os pais quanto ao uso de medimentos durante a amamentação e vacinações, sempre ressaltando que a orientação médica deve estar presente.

    Este livro abrange os primeiros mil dias de vida da criança, colocando ênfase sobre a a alimentação e as possíveis doenças pelas quais seus pacientes podem ser acometidos, como as infecções de vias aéreas superiores, inferiores, diarreias, constipação, refluxo. Além disso, aborda um tema bastante atual, que são as doenças alérgicas, mostrando a importância dos pais no auxílio ao diagnóstico.

    Há, também, os casos mais complexos, como crianças com acometimentos neurológicos, com câncer e doenças genéticas. Para essas famílias, o pediatra fornece orientação e auxílio na preparação para aquilo que o futuro pode reservar-lhes.

    O último capítulo traz dicas e revela-se como um manual prático e bem organizado, capaz de orientar os pais no período da infância e adolescência de seus filhos.

    Finalmente, este livro é valioso não somente para os pais e demais familiares, mas para todos os pediatras também. O objetivo do Dr. Francisco era ambicioso; o resultado foi excelente.

    Prof. Dra. Gilda Porta

    O PEDIATRA

    1

    Prof. Dr. Francisco de Agostinho Júnior

    Médico pediatra formado pela Faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA) e doutorado pela Universidade de São Paulo (USP)

    Especialista em gastroenterologia pediátrica pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG) e Associação Médica Brasileira (AMB)

    Membro da Sociedade Norte-americana de Gastroenterologia Pediátrica, Hepatologia e Nutrição (NASPGHAN)

    Docente da Universidade de Marília

    GRATIDÃO

    A DEUS TODA ETERNA GRATIDÃO

    MARCELA, ESPOSA

    Marcela, obrigado. Você é amor, apoio, vida.

    Poderia conhecer toda ciência e continuar instruindo, mas se não estivéssemos unidos pelo amor, nada valeria.

    FILHOS, NETOS E GENROS

    Francine, Gabriel, Luísa, Raquel, Renato.

    Benjamin, Olivia, Laura e Helena.

    Ariana, Jean e Thiago.

    Família amada.

    Filhos, heranças do Senhor Deus.

    PAPAI E MAMÃE

    Sr. Francisco (in memoriam) e Sra. Lourdes (in memoriam)

    Lembranças de árduas lutas.

    SOGRO E SOGRA

    Eclair e Enila

    Apoio, carinho e amizade.

    IRMÃO, CUNHADA E SOBRINHO

    Mário, Geni e Rodrigo.

    Amor fraternal sempre presente.

    RECONHECIMENTO

    Prof. Dr. Adolfo Meneses de Melo (in memoriam) – o princípio de toda minha formação em pediatria.

    Profa. Dra. Dorina Barbieri – orientadora, amiga e incentivadora.

    Às colegas:

    Profa. Dra. Gilda Porta, Profa. Renata Pugliese, Profa. Dra. Flavia Piazzon,

    Dra. Setsuko Ikeda Takahashi, Profa. Dra. Paula Cola Tozzato.

    À Universidade de Marília.

    Aos voluntários e colegas médicos do Projeto Amor de Criança.

    Aos voluntários e colegas médicos do Projeto Coração de Criança.

    Aos colegas médicos de Clínica:

    Dra. Elza Aquimi Adachi e Dr. José Manuel Costa Ribeiro.

    Aos colegas do Departamento de Pediatria da Universidade de Marília.

    A todas as famílias que confiaram em mim e me permitiram participar, em algum momento, da vida do seu bem maior, os filhos.

    À TV Canal 4, Programa Mundo da Criança e ao amigo Marcus Vinicius Coube.

    Aos secretários Gustavo, Cássia e Leia.

    Aos amigos do futebol.

    APRESENTAÇÃO

    O Pediatra Instruindo a Família é dirigido a pais com o simples objetivo de ser mais uma ferramenta que possa ajudá-los nessa desafiadora função que é cuidar da saúde dos filhos.

    A ênfase é valorizar a prevenção e informar em cada parágrafo sobre condutas adequadas diante dos agravos à saúde que ameaçam as crianças.

    O livro descreve, na primeira parte, os valores pessoais do autor, que traduz sentimentos construídos ao longo de anos por quem transformou a profissão num modus vivendi e conferidos pela fé no Deus que ama, abençoa e guia as boas oportunidades na vida. Isso faz refletir sobre o que a Bíblia ensina em Tiago 1.17: "Toda boa dádiva e todo dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação".

    A compreensão desses valores pessoais certamente aperfeiçoará o relacionamento dos pais que amam os filhos e buscam intensamente a sua saúde com o profissional médico, que também é gente e que vive sob os princípios naturais que determinam os limites de energia física, emocional, até espiritual. A atenção absoluta à criança pela família, sociedade e poderes constituídos é o sonho do autor, que considera a infância o período biológico de maiores transformações, o qual abrange desde a sua fragilidade e dependência até a esperançosa vida adulta saudável, passando por todo crescimento e desenvolvimento.

    Na segunda, terceira e quarta partes, os temas foram selecionados pelo autor por terem sido os mais abordados ao longo dos anos de trabalho nos berçários, nas consultas da clínica privada ou no ambulatório da universidade atendendo a rede pública.

    Com conteúdo científico revisado de acordo com publicações recentes da literatura médica, o autor, de maneira clara e numa linguagem simples, apresenta-se como o pediatra que explica aos pais as principais doenças da criança, de maneira semelhante ao que acontece numa consulta.

    O pediatra espera que os pais, ao consultarem este manual de orientação, possam estar tão sensíveis ao ponto de ver nestes conteúdos o próprio pediatra instruindo famílias.

    1ª Parte: O pediatra e seus valores

    1.1 – O PEDIATRA, UM SER PRIVILEGIADO

    Por cuidar de crianças, o pediatra tem o privilégio de participar de fatos muito interessantes. Ele vê a criança nascer, respirar, crescer e desenvolver-se até poder passar aos cuidados de outro médico. Com fé, percebe a verdade registrada na Bíblia em Atos 17.25, que enfatiza Deus como fundamento pessoal, que dá a vida ao que nasce e ainda lhe garante a respiração e tudo mais de que necessita. Participar da história de vida de uma criança dá ao pediatra um nível de satisfação indescritível.

    É bom reconhecer que Deus dá a vida e ainda mostra como viver. O pediatra entende que aquele que nasceu e que está sob seus cuidados não é um acidente, não é fruto de uma produção em massa ou um pequeno instrumento que reforça o mercado ou o ego. A criança é herança de Deus, como diz o Salmo 139.15, e seus pequeninos ossos não estavam encobertos, quando no oculto das profundezas da Terra essa criança estava sendo tecida e entremeada. O que a faz singular e especial é a assinatura de Deus em sua vida. O pediatra vê essa criança moldada à imagem e semelhança de Deus e filha de alguém que a desejou e a ama, um ser que foi maravilhosamente formado, complexamente organizado e o tesouro maior para o coração de seu pai e sua mãe.

    Conviver com esse relacionamento de amor de pais e filhos é um privilégio enorme; poder amar a criança como filho, auxiliando no desenvolvimento de sua vida, é o desafio do profissional consciente. Estar inserido nesse processo verdadeiramente interessante que traduz bem as coisas de Deus – não explicáveis, não mensuráveis, mas muito reais – e sentir a Sua presença em cada dia de trabalho é uma dádiva!

    1.2 – O PEDIATRA E DEUS

    O pediatra precisa de Deus. E ele tem uma matéria-prima (seu filho) tão importante nas mãos que também precisa de Deus. A maturidade desse profissional é determinada quando ele descobre que não é Deus, e sim que precisa Dele.

    A criança é um modelo de santidade, especial, muito claramente definida por Jesus. Isso por si só aumenta a responsabilidade e leva o pediatra a precisar de Deus.

    Deixai as crianças e não as impeçais de virem a mim, porque de tais é o reino dos céus (Mateus 19.14). Essa foi a palavra de Jesus Cristo credenciando e qualificando a criança, a qual é o valor maior, o tesouro imensurável para família e, para Deus, um modelo.

    A função do pediatra é especial, principalmente diante do querido filho doente. O profissional precisa exercer seu papel tão seriamente que o leva a precisar de Deus, uma vez que, além de cientificamente, sua batalha também é desafiadora espiritualmente.

    Davi é um bom exemplo. Não hesitou diante do forte Golias e o venceu, pois conhecia a Deus e reconheceu que precisava Dele. Para vencer seus Golias, as doenças infantis, o pediatra também precisa se especializar em Deus, assim como Davi, e, para isso, ele precisa da Bíblia, que é a palavra de Deus. O pediatra, com essa especialização, recebe o certificado da fé, da esperança e do temor a Deus, que é o princípio da sabedoria.

    1.3 – O PEDIATRA E O AMOR DOS PAIS

    O pediatra é aquele que pode enxergar no pai e na mãe o sentimento de temor a Deus. Ele observa a família, entende que Deus é Pai e também é amor. À medida que esse entendimento se expande, o profissional aprende e compreende mais sobre o ato de amar: é semear o que resulta em bem e, na dinâmica familiar, amor também é conceder espaço.

    O pediatra vê o quanto os pais se doam para os filhos, dando-lhes o maior espaço da casa, que muitas vezes abrange cama, quarto, seio, prato, dinheiro, etc. O pediatra, ademais, também vê os pais e mães abrindo espaço no coração e na mente; percebe o quanto amam os filhos e o início da construção de um relacionamento de confiança absolutamente verdadeiro, puro, santo e tão espaçoso, grandioso, que não se pode medir.

    Os pais, diante do filho, não guardam ou encobrem o amor, que é expressado a cada momento, a cada fato, sem ter prazo de vencimento e que não espera por recompensa material. Como é bom ver isso, e melhor ainda é poder conviver em meio a esse relacionamento.

    O pediatra sabe que essa associação fundamentada no amor continua sendo o modelo de Deus. É a proposta divina para o relacionamento entre pais e filhos.

    1.4 – O PEDIATRA E AS MAMÃES

    O pediatra está inserido em um mundo de pessoas maravilhosas: as mães. Algumas felizes, outras infelizes, mas todas com razoável grau de preocupação.

    Certamente, o pediatra se regozija com a mãe consciente de suas funções e com ela celebra os sucessos maternos. Procura aliviar a carga daqueles insucessos não programados, fatos inesperados e os de prognósticos indesejáveis. Admira as mães que desfrutam de seus propósitos e de seus bens mais preciosos, os filhos. Participa com atenção desse natural desejo da mãe de alinhar a vida dos filhos às circunstâncias positivas e a cuidados, mesmo que isso resulte em sacrifício pessoal.

    Reconhece as habilidades maternas de força e coragem, que são pontos fortes, mas sabe que a mãe normalmente tem também fragilidades que a fazem sentir medo. A grandeza da maternidade vem acompanhada de medo: de falhar, de ver o filho doente ou em qualquer dificuldade. Seu desejo é sempre o de proteger. Esse panorama é comum a todas as mães. O pediatra entende que uma dose de medo garante alguns cuidados: leva a mãe a vacinar seu filho, faz com que ela amamente um pouco mais, mantém a atenção para as visitas regulares ao médico, impede uma criança de atravessar a rua sozinha, dentre outros. (Entretanto, o sentimento exagerado de medo pode levar à superproteção, que não é recomendável.)

    Em alguns momentos, o medo também pode aumentar a fé em Deus. O pediatra pode dizer às mães que Jesus Cristo está atento à coragem e ao medo de todas elas. A oração a Deus é o refúgio no qual o medo de toda mãe se desvanece, pois Ele está sempre disposto a dar mais do que qualquer mãe precisa para exercer verdadeiramente o seu papel no lar.

    Apesar de observar na mãe incertezas, também pode-se admirar forças expressas por braços que, sem medo, balançam e protegem, oferecem segurança e acolhem. Seios corajosos e ousados que nutrem. Lábios que expressam sentimentos de um desejo: acertar sempre.

    1.5 – O PEDIATRA E OS PAPAIS

    Do mesmo modo, o pediatra conhece o papai, que também é reconhecidamente importante. Geralmente tem dúvidas sobre as informações requeridas a respeito do filho: não sabe quanto mamou, não anotou a que temperatura chegou a febre do bebê, desconhece o funcionamento do intestino, dentre vários outros aspectos.

    Ao telefone com o pediatra, tem ainda menos informações. Em geral, é a mãe da criança quem socorre o pai com aquilo sobre o que ele precisa falar. No entanto, na doença do filho, este que é pai se transforma. Reconhece os limites, fica nervoso, propõe solução, chora, mas também atua. Ele é o elemento que direciona e proporciona segurança; não sem razão, é tido como super-herói no coração do filho.

    É emocionante ver o olhar fragilizado da pequena criança em direção ao rosto do pai, como se dissesse: Me ajude, você é a minha força. Da mesma forma, é muito prazeroso ver o olhar de força do pai em direção ao filho, mostrando-se pronto a retribuir com responsabilidade, firmeza e paixão: Estou aqui, meu filho. O pediatra observa que se abre o coração desse homem, cujas mãos se estendem em direção ao filho, seu tesouro fragilizado. Enquanto as inevitáveis lágrimas rolam, o apoio necessário surge.

    Também há os bons momentos para se observar o pai: enquanto acaricia o recém-nascido, quando busca agradar o filho em fase de crescimento, ou mesmo imaginando-se brincando com sua criança e se divertindo com ela.

    Os tempos caminham e os valores mudam, mas o pai continua sendo um modelo, um alicerce. Sua marca é um coração grande, bom e sensível, sempre presente nos momentos de maior necessidade. Poder acompanhar o crescimento do filho o torna mais responsável e é uma das experiências de maior felicidade e encantamento.

    1.6 – O PEDIATRA E OS PAIS DE CRIANÇAS ESPECIAIS

    Ao longo dos anos, o pediatra tem tido o privilégio de conviver com pais de crianças chamadas especiais. É uma experiência marcante atuar com a família daquelas crianças que, por causas diversas, tiveram um dano cerebral irreversível.

    Mesmo sabendo que pouco ou nada se pode fazer para tratar o cérebro, que é o órgão gerenciador da qualidade de vida dessa criança doente, o profissional aprende com elas, com os pais e com o relacionamento entre eles, que é de dor, mas também de amor, com uma profundidade difícil de medir.

    No ambulatório, os esforçados papais chegarem empurrando aquela cadeira de rodas especial, trazendo seu filho com gastrostomia, às vezes com traqueostomia, com deformidade ortopédica… O pediatra ainda se surpreende com a resposta à pergunta que é de rotina médica: Como vai a criança?. Muitas vezes, o profissional fica perplexo com a resposta: Está ótimo, doutor, agora está ótimo, apesar de toda a situação.

    Não há como não pensar no que significa esse ótimo. É tão espontâneo, mas carrega consigo a superação, vai além de um substituto para muito bom; o pediatra reconhece que essa resposta está amparada pelo poder e amor de Deus, que enche de graça a vida dessa família. A resposta realmente não poderia ser diferente: Ele está ótimo, doutor. Essa afirmação está imbuída de tanta força e coragem, e é uma verdadeira lição para quem encontra nos menores percalços motivo para se queixar da vida ou mesmo dela desistir.

    No Salmo 24.1, vemos que Ao SENHOR Deus pertencem o mundo e tudo o que nele existe; a terra e todos os seres vivos que nela vivem são dele (NTLH). Assim, o pediatra entende que todos – pais e filhos, com necessidades especiais ou não – pertencem ao mesmo Pai. Todos têm o mesmo DNA espiritual do Pai celestial, que é Deus e que muito ama os seus filhos. Que pai maravilhoso é este, que não faz acepção de pessoas, mas a todas ama igualmente.

    Que grandioso amor!

    1.7 – O PEDIATRA DIANTE DAS DÚVIDAS DOS PAIS

    Não é possível o pediatra responder a todas as dúvidas dessa complexa medicina interna, que funciona de maneira tão organizada no físico, no emocional e no espiritual da criança. No entanto, diante dos pais, a sua função é dar a devida importância às dúvidas, que são de complexidades variáveis.

    É ele quem responsavelmente esclarece as questões que surgem e celebra com a família a vida daquele que é filho, neto, sobrinho, irmão ou apenas criança. Celebrar significa desejar estar junto, estreitar a comunhão, criar laços, estabelecer aliança. O pediatra celebra a vida do filho com a respectiva família, sempre com alegria e a sensibilidade profissional que a especialidade exige.

    Se por um lado é muito fácil quando, no devido tempo, o bebê atendido nasce e chora, senta e engatinha, fala e discerne, cresce e aprende, por outro lado não é tão tranquilo celebrar quando a má formação está presente, ou uma síndrome surpreende, ou a paralisia cerebral surge ou mesmo quando ocorre a desagradável e assustadora surpresa da leucemia. Nessas condições não aceitáveis, a celebração da vida exige mais que qualificação profissional, exige sentimento e competência.

    E ele, o pediatra, nessas condições, tem de ser o celebrante que orienta, fortalece, ajuda, consola e garante segurança científica à fragilizada família que se apresenta cheia de dúvidas. Nesse momento, quando ele sabe que sombras cinzas tiram o brilho da vida da criança, a receita diante das dúvidas indica mais dobrar o joelho que usar o estetoscópio.

    O pediatra conhece esse procedimento e testemunha o que aprende na Bíblia – que Deus recompensa os que O buscam. Ele sabe que nenhuma criança tem imunidade absoluta como as famílias desejam e reconhece a existência dos riscos que tão de perto nos rodeiam e das oscilações desafiadoras da vida. Assim, o pediatra não foge das evidências, mas busca estabelecer prioridades e agir com segurança diante das dúvidas que surgem.

    Portanto, o profissional não responde a todos os por quês, mas

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