Peso de papel
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Contos para você
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Peso de papel - Airton Paschoa
Airton Paschoa
PESO DE PAPEL
logo da editora galácticoÀ Iná
nossa caramarada
Índice
Como conversar com fascista
Escorço de guilhotina
Réquiem brazuca
Brasil do choro (cobra na escada)
Negacionismo
Prevaricação
2020
Estado de sítio
Prisão domiciliar
Benjaminiana
Pandemia
Novo normal
O magro & o gordo
Picada
Vuitton
Terraplanismo
Estatística
Travessia (jubilai-vos)
Azia
Super-realismo
Geológica
endorfina
Sirigaita
Descasada (docinho)
Maculada conceição
Violência doméstica
Com média olímpica
Sujeito automático
Só fazendo
Matri & Mônio
Evita
Rodeio
bósforo
senlogismo
A vida dos pingüins (ou das boas)
A vida dos pingüins (ou dos camelos)
A vida dos pingüins (ou das rodas)
A vida dos pingüins (ou dos carlitos)
A vida dos pingüins (ou das preguiças)
A vida dos pingüins (ou das claraboias)
A vida dos pingüins (ou dos pigmeus)
Peso de papel
Gramatiqueta
Pompeia (casa do liberto)
De bode
Cenas de um casamento
chamada
Velho testamento
Massa cinzenta
Sala de espera (alucinação ótica)
Toque
Palco
Gaiata ciência
Decoração
Jazida
Linhas
Email a um jovem poeta
Do mesmo saco
Proesa
Naturalismo
Estante virtual
Assédio literário
Manual
Montanha & praia
Alzheimer poético
República das letras
Patônica
Desclassificados
Bagulho
Tomografia
Miniatureza
Campanário
rogo
Sobre o autor defunto
Como conversar com fascista
Em penhor de trato civilizado, sem o que não fora diálogo, mister é que ostente mente aberta. Atados sob a mesa pés e mãos, enfie-lhe a cabeça, aos tapas, se preciso, na abertura ao centro dela, a tal fim destinada, e regule o garrote ao lado, suspendendo-o pelos cabelos, senão pelas orelhas, se deles desprovido, até imobilizar-lhe o pescoço, na expectativa de calar calão de gogó giratório. Uma boa machadadinha, vistosa e vertical, partindo ao meio a cabaça, o habilita a ouvi-lo em condições controladas. Em hipótese alguma se recomenda, a