A vida dos pinguins
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Sobre este e-book
Porém, não se trata de um mundo morto, senão de nosso mundo feito ruínas, fragmentos do que poderíamos ser, ter sido, a rigor, do que somos. Para lembrar Eliot, trata-se de uma terra devastada, como sobrante de um bombardeio que nos desfez e nos restos do qual nossos corpos e nossa mente se movem em busca de alguma coisa. Ao leitor cabe conviver com as fortíssimas tensões dos textos e alinhar-se à aventura de pensar e refletir em suas propostas e seus temas, como algo que a vida intelectual não oferece de barato mas recompensa como poucos livros da nossa literatura contemporânea. É um desconforto para crescer e humanizar-se.
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A vida dos pinguins - Airton Paschoa
Airton Paschoa
A VIDA DOS PINGUINS
2a edição
(revista)
ao André e ao Artur,
meus melhores pinguins
Índice
Que bicho é esse? por Valentim Facioli (à guisa de prefácio)
Baixo Íleo
Autoimobilismo
Artrose
ATV
Parábola
Circulatura do quadrado
Banho de sol
A vida dos pinguins (fim)
A vida dos pinguins (continuação)
Trote
Disposição
Idade da ração
Chinesinhos
Interior
Arabesco
Pousada
Precipitação
Promessa
Usucapião (ou do amor terreno)
Ponto pacífico
Inexistência
Nuvens
Desfeita
Morte digna (estudo de escaravelho)
Duplamente qualificado
Santa assepsia
O diretor
Ad miraculum
O Cortiço II
Ara
INSS
Luz
Três terços
Dignidades
Gatos e homens (goeldiana)
Poeta
In vitro
O saco
Preparando o enterro na rede
Artista
De artes e malas-artes
Suporte
Entre as pernas
Ancien régime
Ruína
Cozinhando
Urna
Quebra-cabeça
Aos nossos pais
O sorriso da sociedade
Neofranquismo
Empreendedorismo
Direito de resposta
Mistério dos transportes
Labirintite
Justiça poética
Anestesia
Dado
Mimese
Formigamento
Sobre o autor
Que bicho é esse?
Estes pinguins de Airton Paschoa parecem aves, bichos, mas são humanos — especialmente humanos, fundamentalmente humanos, que é o que de fato interessa — aparentemente provenientes dos cronópios e famas de Julio Cortázar e dos bichos-humanos subterrâneos nascidos de Kafka, mas talvez de outras origens, que falam de uma humanidade nos limites do quase nada, mas falam de si e de nós todos.
Trata-se de uma fala de mínimos limites, de mínimos argumentos ou constatações, um mundo semifalante, como se a palavra se dissolvesse na não-fala, em busca de sentidos indisponíveis, que arcam com as palavras feito um peso morto, no qual a metáfora ou alegoria do título do livro remetesse a um mundo remoto e perdido.
Porém, não se trata de um mundo morto, senão de nosso mundo feito ruínas, fragmentos do que poderíamos ser, ter sido, a rigor, do que somos. Para lembrar Eliot, trata-se de uma terra devastada, como sobrante de um bombardeio que nos desfez e nos restos do qual nossos corpos e nossa mente se movem em busca de alguma coisa. Que coisa?
Este livro de Airton Paschoa é um modelo excelente