Só queria te dizer: histórias de saudade, distância e espera
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Sobre este e-book
Artur Rodrigues
José Artur Rodrigues de Castro é escritor, editor, radialista, produtor cultural e musical. Tecnólogo em Propaganda e Marketing. Titular do Conselho Municipal de Cultura de Barra Mansa da pasta de Literatura. Atua na área de produção de livros e eventos culturais em todo o país há 33 anos, tendo começado profissionalmente em 1983 ao lado do escritor Paulo Coelho, com quem trabalhou durante 3 anos. Fundou há 28 anos o Grupo Editorial Litteris e Editora e Arte Tempo Presente. Tem 8 livros publicados. É editor e produtor literário de nomes como: Vera Fischer, Carlos Vereza, Lady Francisco, Paulo Sergio Valle, Bemvindo Sequeira, Tamara Taxman, Cláudio Cavalcanti, Débora Duarte, Edney Giovenazzi, Van Furlanetti, Luhli entre outros. Primeiro apresentador de vídeos de MPB da TV brasileira, no programa Em Tempo (TV Record) 1983/85 e dos programas culturais em rádio fm: Bom Dia Poesia e Agenda Litteris(Imprensa FM - 1988/95).
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Só queria te dizer - Artur Rodrigues
histórias de saudade, distância e espera
SÓ
QUERIA
TE DIZER
Organizador
Artur Rodrigues
litterisCopyright© 2020 by Litteris® Editora
Direitos em Língua Portuguesa reservados aos autores através da
LITTERIS®EDITORA
ISBN: 978-65-5573-012-8
ISBN: 978-65-5573-009-8 (versão impressa)
Diagramação e capa: A7 Produções
Imagem de capa: Pixabay
Assessoria Editorial: M. Nora
Organizador: Artur Rodrigues
Editoria: Artur Rodrigues
Deucimar Cevolela
Conversão: Cevolela Editions
litterisLITTERIS® EDITORA
CNPJ 32.067.910/0001-88 - Insc. Estadual 83.581.948
Av. Marechal Floriano, 143 sala 805 - Centro
20080-005 - Rio de Janeiro - RJ
Tel: (21)2223-0030/ 2263-3141
E-mail: litteris@litteris.com.br
www.litteris.com.br
www.litteriseditora.com.br
www.livrarialitteris.com.br
CIP - Brasil. Catalogação-na-fonte
Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ.
Apresentação
Só Queria te Dizer que a vida é cheia de histórias, muitas, repletas de momentos que se alternam entre alegrias e tristezas, mas todos capazes de encantar e, mais que isso, somar dividendos para o nosso crescimento.
Quando conseguimos colocar esses momentos no papel, de modo a eternizar sonhos e verdades, é por demais espetacular, é com certeza um feito que merece ser comemorado, assim como a vida!
Poder dizer o que sentimos com todas as letras nos deixa livres, nos possibilita exorcizar todos os medos, ansiedades, nos torna mais vigorosos e ricos como pessoas, expurgando toda a sorte de reveses.
Imagine, então, perpetuar tudo isso em um livro, e o melhor: ao lado de outras pessoas que de alguma forma também sonharam e se sentiram encorajadas a colocar no papel suas realidades e até ficções.
Só Queria te Dizer que a vida é bela e decifrá-la é algo fantástico, uma viagem que somente através dos livros conseguimos imortalizar.
Este livro é a prova viva do poder da palavra escrita e a certeza de que ser protagonista da história ou o seu narrador é um mérito que poucos conseguem ter.
Portanto, viver com vocês esses momentos, acredite, foi algo apaixonante e inesquecível, pois mesmo após a leitura da última página deste livro, tudo o que está escrito nele vai ficar para sempre dentro de mim como um marco simbolizando o valor do saber bem dizer.
Artur Rodrigues
Organizador
1Uma Eternidade A Mais
Ana Cava
Talvez fosse seu momento mais prematuro de solidão. Sentia um vazio que nunca havia sentido. Um frio em pleno janeiro.
Não seria a única, a primeira, mas não queria esse pesadelo.
Nas manhãs aquele homem alegre saía para trabalhar e jurava voltar com rosquinhas, aquelas diversas, salgadas,amanteigadas, recheadas de carinho.
E não esquecia. Muito menos de levar as filhas à praia para, felizes, catar conchinhas. E cantavam e brincavam como se tudo fosse eterno. E foi. Nas lembranças.
Lembranças tantas de meninas felizes.
Um dia um grito. Uma internação, seguida de outra até ser finito todo o conflito, toda dor. Até ser sepultado um corpo, mas nunca o amor.
E o único querer foi de um dia a mais, um ano a mais, uma eternidade a mais. Não havia vitimismo, apenas uma dor real de perder de vista o toque, o abraço, o olhar de um ser muito amado.
Não havia desespero, mas uma saudade colocada no colo pesa uma tonelada. Você sabe.
Assim começava o distanciamento que nunca foi ausência. As lembranças continuavam povoando mente e coração. E o tempo seguiu em frente. E o pai não mais existiu fisicamente. E ela moça adolescente, virou mulher. E aprendeu que a vida normalmente poderia ser precedida de bons e maus momentos. Até que um dia, ela se viu diante de uma pandemia e só queria te dizer que a vida tem muitos casos e esse eu te conto outro dia. Até.
Solo De Bandoneón
Ernane Catroli
(…) e pode ser que tenhas te exilado atendendo a um apelo interior. Irrevogável. Mas como saber agora de ti - figura de pedra. E se por aqui me embrenho é porque algo nos sustém ainda que por um fio. Um fio de palavras. Revejo a letra da música da nossa história real. O papel com a tua caligrafia miúda desfazendo nas dobras. Mais antiga, a lembrança de aprender dar o nó na gravata quando tu me tornaste um expert na tarefa. E estávamos tão próximos. Tão próximos e aquele calor abrasador. Data deste dia o acerto para dividirmos o mesmo apartamento. E reviver aquela paixão, ancorado na tua juventude, é reacender o arco-íris flamejante. Que o tempo. O tempo amplifica o inextinguível de uma memória. E quem não iria querer a cabine do comandante se, àquela época, o nosso cotidiano de total irrealidade.
Há muito não tenho notícias tuas e troco o ritmo e as palavras para agora te escrever na ânsia de uma-publicação-digital-ou-impressa-âmbito-nacional na qual – de pronto – tu te reconheças. Programação do dia. É como o rodar de um filme. Tu ainda existes. E existes com tua voz redonda, um jeito de andar, a camisa aberta no peito e tudo mais que sei de ti até os cheiros da última refeição que partilhamos. Depois. Depois esta minha outra voz e postura, mas sem deixar de aqui registrar o legado tão pouco extasiante da tua performance sexual com as pantominas de eterno flerte – que soubeste usar – sem comprometimento. Sem o comprometimento com as entranhas. E o que me apazigua é não ter sido partícipe na mesma intensidade daquele teu falso tesão. Mas o maior descuido - quando te elegi meeiro nessa trajetória de