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Análise das Agendas Ambiental e Agrícola: nas gestões dos governos estaduais do Mato Grosso entre 2011 e 2018
Análise das Agendas Ambiental e Agrícola: nas gestões dos governos estaduais do Mato Grosso entre 2011 e 2018
Análise das Agendas Ambiental e Agrícola: nas gestões dos governos estaduais do Mato Grosso entre 2011 e 2018
E-book100 páginas58 minutos

Análise das Agendas Ambiental e Agrícola: nas gestões dos governos estaduais do Mato Grosso entre 2011 e 2018

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Sobre este e-book

A conservação ambiental é uma preocupação comum da humanidade, por ser indispensável para sua subsistência e, ao mesmo tempo, sofrer diretamente com os efeitos da sua utilização para produção de alimentos às populações. O planeta se encontra no limite, apresentando uma desproporção entre o seu número populacional e a sua capacidade de produção, sendo necessária uma reorganização na forma do ser humano se relacionar com os recursos naturais, para assegurar a possibilidade de sobrevivência das gerações futuras. Diante da devastação dos recursos naturais em escala global, decorrentes da relação do ser humano com o ambiente, os debates sobre as agendas ambiental e agrícola foram incluídos entre as preocupações de todas as nações. O Brasil, por abrigar 70% da biodiversidade do mundo e deter a maior planície inundável e a maior floresta tropical úmida e, ao mesmo tempo, ser um dos maiores produtores agrícolas mundiais, não pode ignorar o seu papel nos debates em relação a ambas as agendas. Por o Mato Grosso ser o estado brasileiro mais rico em biodiversidade e, ao mesmo tempo, o maior produtor agrícola do país, não se pode negar a importância da análise do tratamento dispensado pelas gestões públicas estaduais na busca de desenvolvimento de políticas públicas, que tenham como objetivo a busca pelo equilíbrio da relação entre as agendas ambiental e agrícola.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento25 de fev. de 2022
ISBN9786525224473
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    Análise das Agendas Ambiental e Agrícola - Alexander Santos

    REFERENCIAL TEÓRICO

    A interação entre homem e a biodiversidade é indispensável para a sobrevivência humana, na medida em que extrai dela sua própria subsistência, como alimentação, o ar que respira, a água que o hidrata, elementos necessários para a manutenção da vida (FARIA, 2016). Além disso, o ser humano contemporâneo possui outras necessidades, que igualmente são extraídas da biodiversidade, para lhe prover vestimentas, infraestruturas para sua proteção e de sua família, para manutenção do seu modelo sociocultural, que dependem, cada vez mais, de tecnologias (WANDSCHEER, 2008).

    Ainda que o ser humano precise utilizar da biodiversidade para sua própria subsistência, a forma como ele se relaciona com ela pode determinar se essa relação é equilibrada ou não (BARBA, 2017).

    O planeta se encontra no limite, revelando uma desproporção entre o seu número populacional e a sua capacidade de produção, sendo necessário uma reorganização na forma do ser humano se relacionar com os recursos naturais que existem no planeta, para assegurar a possibilidade de sobrevivência futura (ALVES, 2010). A relação do homem com a vegetação existente no planeta é fundamental para a subsistência da sua espécie, sendo necessário que ele adeque seu comportamento para que possa conviver em harmonia com o meio ambiente que o rodeia (LEÃO, 2000).

    O aumento populacional trouxe como consequência um aumento na degradação das áreas cobertas por vegetação no planeta, estando os olhos do mundo voltado para o grande aumento do desmatamento (ALENCAR, 2004).

    EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA AGENDA AMBIENTAL NO MUNDO

    Após a Primeira Guerra Mundial (1914 a 1918), os países, preocupados com o resultado e com o temor de que o mundo pudesse se envolver novamente em um evento daquela magnitude, no dia 28 de junho de 1919, reuniram 44 Estados para assinarem o Tratado de Versalhes, que na sua 1ª parte estabelecia a Sociedade das Nações, conhecida como Ligas das Nações (GILL, 1996). A Sociedade das Nações, além do objetivo de instaurarem compromisso para evitarem um novo conflito de ordem mundial, possuíam, entre seus principais ideais, a criação de uma comunidade, de ordem internacional, para estabelecer normas a serem adotadas por todas as nações que desta fizessem parte (BAER, 1976).

    Com o advento da Segunda Guerra Mundial, por volta de 1942, a Sociedade das Nações foi extinta por não ter conseguido alcançar seu principal objetivo, que era assegurar a paz mundial. Em 24 de outubro de 1945, após a Segunda Guerra Mundial, 51 países, incluindo o Brasil, se reuniram para instituírem a Organização das Nações Unidas – ONU, objetivando retomar os mesmos almejos da Sociedade das Nações, entre eles, a criação de um Organismo Internacional (SEITENFUS, 2007). Desde então, hoje contando com a participação de 193 países, a ONU vem buscando estabelecer padrões internacionais a serem seguidos pelos seus signatários, sempre elevando a dignidade humana ao status de preocupação central (CHRISTENSEN, 2013: FERREIRA, 2013).

    A conservação da biodiversidade é uma preocupação comum da humanidade e é parte integrante do processo de desenvolvimento. Diante da devastação dos recursos ambientais em escala global, decorrentes da relação do ser humano com o ambiente, o assunto foi incluído entre as preocupações das Nações Unidas, que reconhece que os ecossistemas, as espécies e os recursos genéticos estão a serviço do ser humano, como tal devem ser usados de forma sustentável. Aplicação do princípio da precaução nos processos de decisões que são tomadas pela Comunidade Internacional (HENRIQUES, 2009).

    Diante de tal cenário, durante a 2ª Conferência das Organizações das Nações Unidas, sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992 – Eco-92, foi assinada e ratificada pelo Brasil a Convenção sobre Diversidade Biológica - CDB, tendo a decisão sido adotada durante a 5ª Conferência das Partes, realizada em Nairóbi de 15 a 26 de maio de 2000. Sendo considerada um dos mais importantes instrumentos internacionais relacionados ao meio ambiente e funciona como um guarda-chuva legal/político para diversas convenções e acordos ambientais mais específicos. A CDB é o principal fórum mundial na definição do marco legal e político para temas e questões relacionados à biodiversidade. Mais de 190 países já a assinaram e mais de 180 países já a ratificaram.

    EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA AGENDA AMBIENTAL NO BRASIL

    Após o compromisso assumido pelo Brasil e outros países perante a ONU e, consequentemente, perante a Comunidade Internacional, iniciou-se o período de pressão para que todos os signatários regulamentassem o acesso à sua biodiversidade.

    O Brasil, na condição de detentor da maior extensão contínua de floresta do planeta, acaba por ser alvo da preocupação por partes das nações com quem mantém relações comerciais (MARENGO, 2007).

    A União Europeia, a segunda maior parceira comercial do Brasil, gerida pela Comissão Europeia, próxima da mudança da composição dos seus gestores (UNIÃO EUROPEIA, 2019), ao se reunirem para discutir os próximos temas a serem incluídas em sua agenda, em relação a preservação das vegetações no mundo, mobilizaram 602 pesquisadores que assinaram uma carta pedindo que fosse condicionado a relação comercial com os brasileiros ao cumprimento de compromissos ambientais. A carta chama atenção

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