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O Senhor Das Letras
O Senhor Das Letras
O Senhor Das Letras
E-book171 páginas2 horas

O Senhor Das Letras

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Sobre este e-book

Esses são os primeiros relatos de que se tem notícia sobre uma história que se tornou realidade. Para um velho escritor qualquer, acostumado a escrever histórias, essa poderia ser apenas mais uma delas, mas não para Eliabe, o Mestre das Letras. Dono de um belíssimo sítio a beira de uma corredeira, com campos que mais pareciam um tapete aveludado tingido de verde e salpicado de um rosa tão suave capaz de amansar a alma de qualquer fera incontrolável, Eliabe era fascinado pelo lugar e é lá que tudo pode começar.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento10 de set. de 2015
O Senhor Das Letras

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    O Senhor Das Letras - Danyllo Bueno

    O Senhor das Letras

    A Era Nasha

    Danyllo Bueno

    [ 2 ]

    Prefácio ................................................................................. 5

    O Bilhete ............................................................................. 14

    A Grande Casa ................................................................... 18

    A Caverna ............................................................................ 31

    O Segredo ........................................................................... 46

    O Guardião das Luzes ...................................................... 54

    O Segundo Canto .............................................................. 66

    Um Cavalinho chamado... .............................................. 69

    O Terceiro Canto ............................................................... 73

    O Começo do Princípio .................................................... 85

    Um dia Inesquecível ........................................................ 97

    Chad, a Primeira Guerra ................................................ 111

    O Grande Guerreiro de Kendal .................................... 121

    Uma surpresa agradável .............................................. 124

    O Enigma Proibido e Princípio da Jornada.............. 138

    [ 3 ]

    Dedico este livro ao verdadeiro Senhor das Letras, ao que

    a cada dia surpreende com suas histórias de encanto.

    Aguardo pelos capítulos que irá escrever em mim.

    À minha esposa pelo apoio, paciência e dedicação. Sem

    você com certeza este livro não seria realidade.

    À minha pequena princesa. Foi para você cada uma

    dessas letras. Foi em você que pensei em cada parágrafo.

    Desejo que você se veja em cada parte deste livro. Viaje

    em cada parágrafo, ponto e exclamação. Tenho certeza

    que você não será a mesma.

    O Senhor das Letras, por Danyl o Bueno

    Prefácio

    Esses são os primeiros relatos de que se tem notícia sobre

    uma história que se tornou realidade. Para um velho

    escritor qualquer, acostumado a escrever histórias, essa

    poderia ser apenas mais uma delas, mas não para Eliabe,

    o Mestre das Letras.

    Já se sabia que ele tinha o dom das palavras e o poder de

    controla-las, um hábil mestre na arte de organizar ideias

    em versos e versos em histórias magníficas, muitas delas

    até hoje são contadas; arregalam os olhos de

    espectadores ainda imaturos e trazem experiência aos já

    experientes. Histórias que foram motivos de discórdias e

    de polêmicas aterrorizantes e é provável que ainda trarão,

    até que seus mistérios sejam revelados.

    Com as repercussões de suas histórias, o Mestre das

    Letras, foi amado por uns e desprezado por outros, mas

    por sua conduta sempre irrepreensível, fora respeitado até

    por seus inimigos.

    Dono de um belíssimo sítio a beira de uma corredeira,

    com campos que mais pareciam um tapete aveludado

    tingido de verde e salpicado de um rosa tão suave capaz

    de amansar a alma de qualquer fera incontrolável, Eliabe

    era fascinado pelo lugar. Lá se vê de tudo um pouco: de

    aves coloridas e cantos dos mais diversos, até arvores

    com os frutos dos quais se possa imaginar, sempre

    grandes, atraentes e muito apetitosos. Tudo era muito

    bem cuidado e levado a sério pelo Mestre, assim como

    suas histórias. Arranjava tempo para tudo. O dia para ele

    [ 5 ]

    O Senhor das Letras, por Danyl o Bueno

    na verdade pareciam ser mil anos de tanto empenho,

    dedicação e cuidado com tudo o que fazia. Era sempre

    impecável. Seus animais nunca sentiam fome; ele sempre

    regava a terra em sua falta de água. O sítio mais parecia

    um paraíso, não atoa, fora codinomeado "Jardim das

    Delicias".

    Logo na entrada do sítio, havia um imenso portão expeço

    de madeira maciça trabalhada, provavelmente tirada dos

    grandes cedros que havia entre os Bosques da redondeza.

    Exalavam uma fragrância magnífica. Um entrelaçado de

    três grossos fios servia de umbral, feito de um metal

    dourado, muito polido. Na maçaneta, havia um lindo

    brasão que se dividia ao meio entre duas partes do

    portão; tratava-se do rosto de um Leão, trabalhado em

    cobre ouro e prata, assim como os fios do umbral, em

    forma de uma semiesfera. Tudo muito resistente, não que

    lá oferecesse algum perigo mas, como Eliabe tinha um

    belo apreço por arquitetura, tudo era do mais preciso

    gosto. Por fora, apesar da imponência da estrutura não

    era muito convidativo a entrar, apenas para os amantes

    de aventuras e mistérios, é claro. Olhando do lado de fora

    se podia ver um pedacinho do sítio apenas por um

    pequeno espaço ao pé do portão.

    Nas laterais, formando um imenso muro, uma cerca-viva

    rodeava todo o sítio e margeava a pequenina, tortuosa e

    muito estreita rua de cascalho. De uma lado da margem

    da rua, o imenso paredão de cerca-viva; do outro, o

    imponente Bosque Sul. Era literalmente um corredor a se

    perder de vista. A propriedade parecia que escondia

    algum segredo em seu interior.

    [ 6 ]

    O Senhor das Letras, por Danyl o Bueno

    Dizem que, passando pelo portão, enquanto se caminha

    pela estrada que leva em direção à casa, pode se

    perceber às margens do caminho - ladrilhado por rochas

    médias, apanhadas do interior da corredeira - uma

    mistura inexplicável de cores e aromas vindos das mais

    variadas espécies de flores: jasmins, lavandas, orquídeas,

    margaridas e flores do campo; todas formando um

    corredor intenso, como se pudessem aplaudir a chegada

    de um honorário visitante. À frente, uma casinha simples

    de madeira: mistura de cedros, mognos e acácias

    desenhavam os três degraus e a varanda, a porta de

    entrada e todas as janelas da casa, a aparência era de

    que já havia sido construída há alguns bons anos. Do

    modo como foi feita despertava ainda mais encanto e

    convidativo a entrar. Nas laterais e por trás, formando

    uma verdadeira fortaleza a redor da casa, havia um lido e

    imenso pomar a se perder de vista. Fazia uma confusão

    maravilhosa de frutos, ervas e flores, um emaranhado

    colorido e divertido, era assim por todo o pomar. Havia de

    tudo:

    mangas,

    bananas,

    massalas,

    gabirobas,

    macadâmias, cerejeiras... enfim, tudo muito bem cuidado

    pelas próprias mãos de Eli, como era carinhosamente

    chamado por todos.

    Ao subir os degraus da varanda se vê na frente da casa o

    belo campo verde-rosado, como trigo em seu florescer,

    margeado pela corredeira que volta e meia dança entre o

    campo reluzindo um dourado estonteante ladeado com o

    bronze vivo do riacho refletindo o pôr-do-sol. Pelas

    manhãs, se ouve o quebrar cintilante do orvalho

    congelado pelo frio da montanha que cerca sítio, até o

    desabrochar das flores que bocejam um hálito de frescor

    [ 7 ]

    O Senhor das Letras, por Danyl o Bueno

    e aroma, como se desejassem um ótimo dia, juntamente

    com os bem-te-vis, jaós, canários e rolchinóls que

    declaram uma indisputável sinfonia. Se vê muitos animais

    passando de uma margem à outra do riacho; veados

    correndo pelos campos, pandas brincando ao pé da

    montanha congelada, cavalos-selvagens e cabritos-

    monteses e, logo mais, uma jaguatirica bebe a doce água

    do riacho.

    O clima, o aroma, tudo no sítio era fantástico, as mais

    pequenas criaturas exalavam um vislumbre de glória

    inexplicável. Mas nem sempre foi assim...

    Onde hoje é o sítio, uma bela floresta de mata fechada,

    árvores altas e de copas muito largas, uma parte do

    Bosque, chamado Sul, tomava conta de toda a imensa

    área. Foi por um longo tempo abandonada depois do

    arrebentamento duma represa próxima ao Bosque Sul.

    Toda a floresta foi destruída e alagada, devastando

    completamente a área. Periodicamente Eli enviava seu

    mensageiro para averiguar o estado em que se

    encontrava o terreno destinado a um arrendatário. Em

    suas idas percebeu que o local estava sendo dominado

    por invasores que o arrebentamento da represa trouxe. O

    mensageiro expulsou para longe dali uma espécie

    desconhecida de serpentes d’água e mosquitos

    infernizantes que habitaram a região.

    Ao voltar para seu senhor o mensageiro delatou o estado

    do seu terreno. Contou-lhe detalhadamente o estado com

    que o arrendatário deixara sua propriedade e, movido de

    compaixão por seu senhor, lembrou–lhe de certo tratado,

    uma reunião que haviam feito há um tempo a respeito de

    um velho desejo de seu senhor: escrever histórias. Talvez

    [ 8 ]

    O Senhor das Letras, por Danyl o Bueno

    fosse um bom momento de despertar novamente esse

    anseio.

    O mensageiro era Malco (também chamado de Naor, por

    suas, digamos que... peculiares habilidades), qual sempre

    fiel e leal a Eli. De estatura relativamente média, devia

    medir cerca de um metro e setenta e oito centímetros,

    não passava disso. Vestia sempre camisa, aparentemente

    de um algodão cru, de mangas longas simples, sem

    costuras. Calças largas de mesmo material. Usava sempre

    uma única túnica, uma espécie de manto, mistura de seda

    com um linho muito fino raro e luminoso, que parecia

    mudar de cor a medida que a se movia sob a Luz do dia:

    ora um branco reluzente, mesclado com as cores de um

    prisma, ora um cinza, cor do céu nublado. Seus cabelos

    longos, muito lisos, dourados e sedosos, sempre presos

    pelas metade com um rabo-de-cavalo, realçava ainda

    mais o sorriso fascinante e encantador de Malco, e que

    fazem brilhar ainda mais seus belos olhos acinzentados.

    Uma mistura de feições jovens e traços que demonstrava

    muita experiência e sabedoria.

    Era muito prestativo correndo de um lado para o outro e

    de uma sensibilidade inigualável, capaz de apenas com

    um olhar decifrar enigmas da alma de outrem. Todos

    tinham um prazer único de conversar com Malco. Se

    lembrava de todos os nome das pessoas com quem

    conversava, até mesmo dos que nunca tivera "o privilégio

    de conversar" – como ele dizia. É inevitável não arregalar

    os olhos para ele quando está por perto. Sua beleza é

    inquestionável. A voz, como o som das águas de um

    riacho caudaloso. Eu, particularmente, sou fascinado por

    sua elegância e carisma. A todo momento demonstra um

    [ 9 ]

    O Senhor das Letras, por Danyl o Bueno

    amor inconfundível, como se abraçasse sem tocar. Nos faz

    sentir únicos em todo mundo, mesmo que somente

    enquanto estamos perto dele. Sempre se referia a Eli com

    uma paixão vívida nos olhos, que ficavam cor de mel

    enquanto citava as palavras e histórias de Eli, as quais era

    citadas com muito respeito e apreço formidáveis. De que

    se tem notícia a respeito, Eli e seu mensageiro sempre se

    conheceram. Alguns dizem que Malco é irmão adotivo de

    Eli, mas acho que na verdade são gêmeos, de tão

    parecidos que são, nem tanto fisicamente mas, ver um é

    sempre lembrar-se do outro.

    O chamam de mensageiro por sempre resolver algumas

    questões e parábolas, andando de um lado para o outro;

    também era um excelente cobrador e gerenciador das

    coisas discernentes a Eli. Para onde o envia tem a mesma

    autonomia da presença de Eli. Todos demonstram grande

    respeito por eles adquiridos, tanto os da região Sul quanto

    da Cidade onde viviam.

    Um pacto, talvez dissertasse melhor a reunião feita há

    algum tempo entre Eli, Malco e Benjamim – Ben, como

    era mais chamado - filho Único de Eli, um jovem artesão,

    habilidoso em madeira e restauração de peças antigas,

    especialmente vasos, alguns quebrados os faz como

    novos: um espetáculo! A fisionomia de Ben não fugia a

    regra. Apesar de não ter uma beleza estonteante, a

    aparência jovem mantinha seu rosto luzidio e seu sorriso -

    ah! - o mais belo e cativante de todos, difícil não se

    apaixonar. Cabelos pouco acima dos ombros, sempre

    soltos, uma cascata acastanhada. Vestia-se de roupas

    também muito simples, mas de bom gosto: camisetas

    [ 10 ]

    O Senhor das Letras, por Danyl o Bueno

    com mangas arregaçadas acima dos cotovelos, calças

    largas e sandálias de couro (sempre empoeiradas por pó

    de madeira e argila). Era o mais baixo dos três, tinha lá

    seus um metro e no máximo sessenta e sete centímetros.

    Mantinha um físico invejável, não que desejasse, mas seu

    serviço árduo, sempre cuidava em manter os músculos de

    braços, pernas e costas bem desenvolvidos. Seus olhos

    castanhos avermelhados penetravam fundo, como se

    respondesse justamente aquilo que a alma sempre clama

    e nosso espírito desfalece. Seu sorriso sempre respondeu

    minhas perguntas antes mesmo delas terem sido

    expressas. Adoro sua companhia! Mesmo que sempre

    quando me chama para um animado papo

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