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Como Nossa Consciência Nos Conduz A Deus
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Como Nossa Consciência Nos Conduz A Deus
E-book508 páginas16 horas

Como Nossa Consciência Nos Conduz A Deus

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Sobre este e-book

Meu objetivo com este livro sobre “Como nossa consciência nos conduz a Deus”, é afirmar que desde o início dos tempos o homem têm se questionado sobre o que é a consciência e de que forma esta influência o comportamento e atitudes do ser humano. Desta forma a consciência é estudada por inúmeras ciências, tais como a filosofia, a neurologia, a ciência cognitiva, e a psicologia. Atualmente existe uma área da psicologia que se “interessa” particularmente pela consciência, é a psicologia transpessoal. Afirmando que a consciência é essencial para sermos quem somos. Faremos uma tentativa de definir a consciência que é considerada uma qualidade da mente, abrangendo qualificações como a subjetividade, a autoconsciência, a sabedoria, a capacidade de perceber a relação entre si e o meio ambiente. É complexo definir consciência, também é considerada um atributo do espírito, outros mesmo consideram o próprio espírito. Ela é fundamental para sermos quem somos, mais que nos percebemos no mundo, ela é responsável por percebemos qual quem somos nós na nossa existência. Primeiramente, à maneira como a consciência vai progressivamente constituindo as suas diversas faces. O processo se inicia com a face biológica - com toda a controvérsia que cerca essa questão e, aos poucos, desenvolve as outras faces, ou seja, a psicológica, a social, a moral e a teologal. Em segundo lugar, a ideia de consciência peregrina ao longo da história, assumindo e sendo apresentada de diversas formas. Em terceiro lugar, a consciência peregrina através do ciclo de existência humana. Todo o percurso que faz na constituição de si mesma lembra a palavra do Evangelho: “Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, poucos há que a encontrem” (Mateus 7, 13 e 14). São estreitos os caminhos da consciência que peregrina. No entanto, são caminhos que, inevitavelmente, precisam ser seguidos. Os mais diversos caminhos, na verdade. Onde é que se encontra um ser humano a consciência se faz presente. Seja peregrinando pelo asfalto dos grandes centros urbanos, atravessando desertos, singrando os mares ou descendo às suas regiões mais abissais, subindo as montanhas, voando pelo espaço sideral. É nesse sentido que se justifica falar de consciência. São muitos os que se sentem atraídos para esse debate na tentativa de decifrá-la. Gente de diversas origens, de saberes distintos, de áreas de pesquisa diferentes. Teólogos, filósofos, médicos, biólogos, neurocientistas, químicos, filólogos, antropólogos, psicólogos, sociólogos, historiadores e etc. Segundo Junges, “a consciência se tornou palavra chave no mundo moderno e o surgimento da modernidade se identifica com uma eclosão da consciência em todos os sentidos”. Estudá-la se torna algo imprescindível se quisermos compreender como o ser humano chega a responder moralmente a partir da consciência vista, como mostra Demmer , citando as conclusões do Concílio Vaticano II, como o lugar hermenêutico mais privilegiado em que se revela o projeto de Deus com o homem, o sacrário mais íntimo do indivíduo, seu centro mais oculto, do qual brotam todas as decisões morais da pessoa humana, a compreensão de si mesmo, a relação com os outros e a sociedade em geral. Portanto, consciência é o termo que significa conhecimento, percepção, honestidade. Também pode revelar a noção dos estímulos à volta de um indivíduo que confirmam a sua existência. Por esse motivo se costuma dizer que quem está desmaiado ou em coma está inconsciente. A consciência também está relacionada com o sentido de moralidade e de dever, pois é a noção das próprias ações ou sentimentos internos no momento em que essas ações são executadas. A consciência pode ser relativa a uma experiência, problemas, experiências ou situações. Por exemplo: Ele estava completamente viciado, mas não tinha consciência disso. O conceito de consciência e
IdiomaPortuguês
Data de lançamento16 de abr. de 2023
Como Nossa Consciência Nos Conduz A Deus

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    Como Nossa Consciência Nos Conduz A Deus - Saluar Antonio Magni

    1

    SUMÁRIO PG

    INTRODUÇÃO 5

    CAPÍTULO 1 O NOSSO SISTEMA NERVOSO CENTRAL

    (SNC)E O NOSSO CÉREBRO 11

    CAPÍTULO 2 SIGNIFICADO DE MENTE HUMANA E

    SUAS INTERAÇÕES 28

    CAPÍTULO 3 AS FACES DA NOSSA CONSCIÊNCIA 50

    CAPÍTULO 4 A CONSCIÊNCIA SEGUNDO SANTO

    AGOSTINHO E SANTO TOMÁS DE AQUINO 81

    CAPÍTULO 5 A CONSCIÊNCIA HUMANA SEGUNDO A

    VISÃO BÍBLICA 88

    CAPÍTULO 6 FORMAR A NOSSA CONSCIÊNCIA CRISTÃ 98

    CAPÍTULO 7 TOMAR CONSCIÊNCIA DO PRINCÍPIO E

    FUNDAMENTO DA VIDA 104

    CAPÍTULO 8 DISCERNINDO A VONTADE DE DEUS

    EM NOSSA BUSCA DE FORMARMOS NOSSA

    CONSCIÊNCIA 124

    CAPÍTULO

    9

    O

    QUE

    DEFORMA

    NOSSA

    CONSCIÊNCIA, NOS LEVA AO PECADO 137

    CAPÍTULO 10 A MISERICÓRDIA E O PERDÃO DE

    DEUS NOS AJUDAM A INTEGRARMOS NOSSA

    CONSCIÊNCIA 150

    CAPÍTULO 11 COMO BUSCAR A PAZ E ALEGRIA EM

    NOSSA INTEGRAÇÃO 157

    CAPÍTULO 12: CONTEMPLAR JESUS CRISTO PARA FORMAR A NOSSA CONSCIÊNCIA CRISTÃ 166

    CAPÍTULO 13 TESTAR A NOSSA CONSCIÊNCIA CRISTÃ COM JESUS CRISTO 192

    CAPÍTULO 14 EM MINHA CONSCIENTIZAÇÃO COM

    A PESSOA DE JESUS COMO VOU SERVIR A DEUS? 207

    CAPÍTULO 15 BUSCAR A CONSCIÊNCIA DO DOAR-SE

    E PERDER-SE ATÉ A MORTE 228

    CAPÍTULO

    16

    CONTEMPLAR

    TOMANDO

    CONSCIÊNCIA

    DO

    AMOR

    EM

    TODOS

    OS

    MOMENTOS DE NOSSA VIDA 255

    2

    CAPÍTULO 17 PROJETANDO NOSSA VIDA NOVA DE

    INTEGRAÇÃO COM CRISTO 263

    EPÍLOGO 274

    BIBLIOGRAFIA 285

    LIVROS PUBLICADOS PELO AUTOR NO CLUBE DOS

    AUTORES 288

    3

    AGRADECIMENTO

    Agradeço de maneira toda especial à minha esposa Teka, pelo incentivo e toda retaguarda necessária para que eu pudesse ter tempo, paz e tranquilidade para contemplar e meditar os assuntos abordados neste livro. Agradeço também ao Padre: Adroaldo, orientador do CEI, que me orientou nos exercícios espirituais, e me ajudou a construir toda experiência dos retiros, contemplações, meditações e estudos, obtidos durante os Exercícios Espirituais em etapas, que realizamos eu e minha querida esposa, em Itaici. À

    Márcia, minha acompanhante nos exercícios, pelas suas inspiradas orientações, à Irmã Fátima que orientou nosso grupo de oração e discernimento e me orientou na busca de conhecer a minha personalidade através das tipologias e em especial o eneagrama.

    Irmã Zenaide, psicóloga que acompanhou o nosso grupo de partilha e melhoria da personalidade. E a todo o pessoal do CEI, Centro de Espiritualidade Inaciana de Itaici, que me proporcionaram todo conhecimento intelectual, e especialmente afetivo, da metodologia Inaciana. E onde tive a oportunidade de realizar uma especialização sobre orientação e acompanhamento espiritual, coordenado pela FAGE de Belo Horizonte.

    Se queres chegar ao conhecimento de Deus, trata de antes te conheceres a ti mesmo. (Abade Evágrio Pôntico).

    Então, os seus olhos abriram-se e reconheceram-no (Jo 24, 31).

    4

    INTRODUÇÃO

    Quero iniciar este livro sobre Como nossa consciência nos conduz a Deus, afirmando que desde o início dos tempos o homem têm se questionado sobre o que é a consciência e de que forma esta influência o comportamento e atitudes do ser humano.

    Desta forma a consciência é estudada por inúmeras ciências, tais como a filosofia, a neurologia, a ciência cognitiva, e a psicologia.

    Atualmente existe uma área da psicologia que se interessa

    particularmente pela consciência, é a psicologia transpessoal.

    Afirmando que a consciência é essencial para sermos quem somos.

    Faremos uma tentativa de definir a consciência que é considerada uma qualidade da mente, abrangendo qualificações como a subjetividade, a autoconsciência, a sabedoria, a capacidade de perceber a relação entre si e o meio ambiente. É complexo definir consciência, também é considerada um atributo do espírito, outros mesmo consideram o próprio espírito. Ela é fundamental para sermos quem somos, mais que nos percebemos no mundo, ela é responsável por percebemos qual quem somos nós na nossa existência.

    Primeiramente, à maneira como a consciência vai progressivamente constituindo as suas diversas faces. O processo se inicia com a face biológica - com toda a controvérsia que cerca essa questão e, aos poucos, desenvolve as outras faces, ou seja, a psicológica, a social, a moral e a teologal. Em segundo lugar, a ideia de consciência peregrina ao longo da história, assumindo e sendo apresentada de diversas formas. Em terceiro lugar, a consciência peregrina através do ciclo de existência humana. Todo o percurso que faz na constituição de si mesma lembra a palavra do Evangelho: Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, poucos há que a encontrem (Mateus 7, 13 e 14).

    São estreitos os caminhos da consciência que peregrina. No entanto, são caminhos que, inevitavelmente, precisam ser seguidos.

    Os mais diversos caminhos, na verdade. Onde é que se encontra um ser humano a consciência se faz presente. Seja peregrinando pelo asfalto dos grandes centros urbanos, atravessando desertos, 5

    singrando os mares ou descendo às suas regiões mais abissais, subindo as montanhas, voando pelo espaço sideral.

    É nesse sentido que se justifica falar de consciência. São muitos os que se sentem atraídos para esse debate na tentativa de decifrá-la. Gente de diversas origens, de saberes distintos, de áreas de pesquisa diferentes. Teólogos, filósofos, médicos, biólogos, neurocientistas, químicos, filólogos, antropólogos, psicólogos, sociólogos, historiadores e etc. Segundo Junges, a consciência se tornou palavra chave no mundo moderno e o surgimento da modernidade se identifica com uma eclosão da consciência em todos os sentidos. Estudá-la se torna algo imprescindível se quisermos compreender como o ser humano chega a responder moralmente a partir da consciência vista, como mostra Demmer , citando as conclusões do Concílio Vaticano II, como o lugar hermenêutico mais privilegiado em que se revela o projeto de Deus com o homem, o sacrário mais íntimo do indivíduo, seu centro mais oculto, do qual brotam todas as decisões morais da pessoa humana, a compreensão de si mesmo, a relação com os outros e a sociedade em geral.

    Portanto, consciência é o termo que significa conhecimento, percepção, honestidade. Também pode revelar a noção dos estímulos à volta de um indivíduo que confirmam a sua existência. Por esse motivo se costuma dizer que quem está desmaiado ou em coma está inconsciente. A consciência também está relacionada com o sentido de moralidade e de dever, pois é a noção das próprias ações ou sentimentos internos no momento em que essas ações são executadas. A consciência pode ser relativa a uma experiência, problemas, experiências ou situações. Por exemplo: Ele estava completamente viciado, mas não tinha consciência disso. O conceito de consciência está intimamente relacionado com termos como eu, existência, pessoa, revelando uma conexão existente entre consciência e a consciência moral. Em várias situações, pode ser o oposto da autoconsciência, onde o eu" é o objeto de reflexão e da consciência moral.

    É possível verificar que ao longo do tempo a filosofia abordou a consciência em duas vertentes: consciência intencional ou não intencional. De acordo com Edmund Husserl (fundador da 6

    fenomenologia), a consciência é uma atividade direcionada para alguma coisa da qual há consciência. A não intencional consiste a um mero reflexo da realidade que é apresentada. Segundo Descartes, pensar e pensar que pensamos são coisas iguais (Penso, logo existo). Kant fez a distinção entre a consciência empírica, que faz parte do universo dos fenômenos e a consciência transcendental, que capacita a associação de todo o conhecimento com a consciência empírica. Hegel aborda a consciência como um crescimento dialético, que atinge um nível transcendente, alcançando a sua superação. Faz também a distinção entre consciência empírica, racional e teórica. É também importante referir que a filosofia contemporânea dá muita importância à vertente de ato da consciência, dando-lhe uma conotação mais funcional.

    A última década do século XX foi considerada como a do cérebro. A neurociência e a pesquisa em psicologia da década passada conduziram novas teorias sobre o cérebro e sua maleabilidade, traçando um novo rumo às concepções da mente e da consciência humanas. O cérebro humano evolveu a um estágio que permitiu à raça humana erigir uma civilização diversificada, tornando o homem adaptável a praticamente qualquer região do globo terrestre, inclusive permitindo-lhe a elaboração de aparelhos móveis de função extraterritorial e comunicacional, conduzindo-o ao espaço cósmico. Além do contexto evolutivo das pesquisas da ciência, que levaram a uma mudança paradigmática traduzível por uma nova visão sistêmica ao que antes se estipulava cartesianamente, torna-se importante verificar as descobertas acerca do funcionamento do aparato cognitivo humano, que também possibilitaram modificações na forma de se compreender como o cérebro funciona. Isto tem sido de tal monta, que até questões anteriormente afastadas da ciência (principalmente da ciência clássica) como o funcionamento da fé religiosa e dos processos de cura, estão sendo encaradas por métodos e teorias inusitados, graças às tomografias computadorizadas. A evolução da vida animal na Terra decorreu de organismos unicelulares e o desenvolvimento do cérebro humano, como se sabe, carrega o conteúdo evolucionário de todos os estágios, desde os peixes, 7

    passando aos répteis (com seu cerebelo), ao sistema límbico nos mamíferos (composto pelo tálamo), tendo possibilitado uma utilização conjunta da visão, olfato e audição.

    Iremos refletir que consciência cristã é um estado de consciência que nos aproxima de Deus, despida do ego e de preconceitos. A verdadeira e original consciência crística é universal, coletiva, abnegada, solidária, fraterna e misericordiosa, atributos que Jesus conseguiu personificar e refletir do divino. De acordo com a Bíblia, a consciência é aquilo que nos ajuda a distinguir entre o certo e o errado. Todas as pessoas têm uma consciência mas essa consciência pode ser distorcida pelo pecado.

    A consciência precisa ser guiada por Deus, pois cada pessoa divide as coisas em bom ou ruim, certo ou errado. A consciência ensina a viver de acordo com o que é bom e certo, evitando o que é ruim e errado. Quando alguém faz o que é certo, fica tranquilo, mas quando faz algo errado, a consciência o deixa inquieto, ansioso. A Bíblia diz que todos têm consciência. A consciência mostra que mesmo quem não conhece a Deus pode conhecer as leis naturais de Deus (Romanos 2:14-15). A consciência tanto pode acusar ou defender uma pessoa. Mas cada pessoa tem uma consciência diferente e precisa aprender o que Deus valoriza como certo, como a consciência limpa, guiada por Deus, pois o pecado deixa a consciência pesada, trazendo sentimentos de culpa e ansiedade.

    Somente Jesus pode dar uma consciência limpa. Ele levou o castigo de todos os pecados na cruz! Agora quem se arrepende de seus pecados não está mais debaixo de condenação. A salvação de Jesus limpa do pecado e tranquiliza a consciência (Hebreus 10:21-22).

    Vamos refletir que para manter uma consciência limpa, é preciso obedecer a Deus. Quem é salvo não usa a salvação como desculpa para continuar pecando. Sua vida agora é dedicada a Deus, não ao pecado (Atos dos Apóstolos 24:15-16). Quanto mais a pessoa se aproxima de Deus, mais sua consciência se torna mais sensível para as coisas de Deus e encontra mais tranquilidade em fazer Sua vontade. A Bíblia diz que o pecado pode destruir a consciência.

    Cauterizar é queimar. Quem tem a consciência cauterizada não sente peso na consciência por seus pecados porque queimou a 8

    consciência e se tornou insensível às coisas de Deus (1 Timóteo 4:1-3). No próximo capítulo iremos ver que todos fazemos parte do grande plano de Deus para suas criaturas e que conhece-lo e vive-lo é uma atitude própria e necessária a todo o cristão. O ser humano se assemelha a uma máquina cujo complexo funcionamento é controlado pelo Sistema Nervoso Central (SNC), que seria o equivalente a um processador de computador. Dentro do SNC, o cérebro é uma de suas partes e se encarrega do controle das funções cerebrais mais complexas e da gestão e coordenação com outros sistemas. Veremos como funciona o cérebro humano.

    Vamos demonstrar com detalhes o que é o cérebro e dentro do que se inclui, descreveremos sua anatomia e detalharemos suas partes

    com

    suas

    respectivas

    funções. Por

    último,

    compartilharemos dez dicas importantes para manter o cérebro saudável e ativo, porque você é uma parte do mundo, como você vê o mundo também determina como você vê e cuida de si. Assim, é importante que resolvamos estas questões fundamentais. E é importante que descubramos a pura verdade. Respostas erradas a perguntas importantes não são úteis. Então, acredito que todos nós, em algum momento, já tenha feito a si mesmo estas perguntas:

    Será que eu sei ser cristão? Como eu vivo meu ser cristão? O que é ser filho de Deus?. Se você já se fez essas perguntas, não pense que está errado ou que isso é um problema. Pois, vejo, por trás desses questionamentos, alguém preocupado com a vida espiritual e com o relacionamento com Deus.

    Esse é o grande motivo pelo qual escrevo este livro: que minha experiência e a experiência de minha esposa, nossos erros e acertos, ajudem a cada um de vocês leitores/as amigos, a buscarem uma vida feliz e cheia de sentido e que a cura interior seja alcançada. Para que isto aconteça teremos estudos, exercícios, testes, oração, meditações e contemplações, na busca de nos conformarmos à pessoa de Jesus Cristo, nosso Mestre e Senhor.

    Que saímos destas leituras, orações, meditações, contemplações e exercícios com a certeza da criação de Deus, tanto do universo em evolução como de nós à sua imagem e semelhança.

    9

    10

    CAPÍTULO 1 O NOSSO SISTEMA NERVOSO CENTRAL

    (SNC)E O NOSSO CÉREBRO

    O ser humano se assemelha a uma máquina cujo complexo funcionamento é controlado pelo Sistema Nervoso Central (SNC), que seria o equivalente a um processador de computador. Dentro do SNC, o cérebro é uma de suas partes e se encarrega do controle das funções cerebrais mais complexas e da gestão e coordenação com outros sistemas. A evolução da vida animal na Terra decorreu de organismos unicelulares e o desenvolvimento do cérebro humano, como se sabe, carrega o conteúdo evolucionário de todos os estágios, desde os peixes, passando aos répteis (com seu cerebelo), ao sistema límbico nos mamíferos (composto pelo tálamo), tendo possibilitado uma utilização conjunta da visão, olfato e audição. O volume cerebral da espécie humana passou de 400 ml a 1500 ml, no percurso dos três últimos milhões de anos, tendo tal ganho ocorrido devido à

    mudança de estrutura do homem,

    quando foi modificando sua forma

    de viver, das copas de árvores para

    a bipedismo. Considera-se que,

    somente de 200 mil anos para cá, o

    homem definitivamente se tornou

    habitante exponencial da Terra,

    estabelecendo

    sociedades,

    principalmente após a conquista da

    linguagem. É interessante ressaltar como o cérebro humano permitiu à nossa espécie desenvolver esta marcha tecnológica, já que ele açambarcou diversas fases e etapas evolucionárias, desde o pó estelar liberado pelo big bang, até a conformação atual do neocórtex, que é a porção do córtex cerebral de evolução mais recente. Assim, a evolução do cérebro humano se processou à semelhança de uma casa à qual novas alas e superestruturas foram adicionadas no decorrer da filogênese. Esta, aparentemente, entregou ao homem uma herança de três cérebros. A natureza de nada se desfaz durante a evolução. O homem foi assim provido de um cérebro mais antigo, semelhante ao dos répteis. O segundo foi herdado dos mamíferos inferiores e o terceiro é uma aquisição dos 11

    mamíferos superiores, o qual atinge o seu máximo desenvolvimento no homem, dando-lhe o poder ímpar de linguagem simbólica. O cérebro, além de triádico em sua formação, possui ainda uma divisão de dois hemisférios, o hemisfério esquerdo, racional, e o direito, intuitivo e emotivo. O homem teria três cérebros, fruto de três estágios evolucionários: 1) O cérebro réptil, o eixo

    cerebral, hipotálamo, a sede primitiva

    dos

    comportamentos

    de

    autopreservação:

    alimentação,

    agressão e fuga, território e

    sexualidade;

    2) O complexo límbico, ou

    cérebro mamífero, apresenta os

    instintos de rebanho, cuidados com a

    prole e hierarquias sociais; e

    3) O neocórtex seria a última camada, onde se processam a linguagem simbólica, as abstrações e o cálculo matemático e o cruzamento heurístico e arquivos (criatividade).

    A evolução do cérebro data de 500 milhões de anos, com os animais vertebrados, sendo que o cérebro límbico dos mamíferos tem de 150 a 200 milhões de anos. Nos primatas, de há 40 a 50 milhões de anos, o volume cerebral era de duas a quatro vezes maior (donde o nome mamíferos superiores). Mas a evolução do neocórtex principiou há 250 mil anos e ainda continua sua marcha, só tendo estacionada a proporção entre a massa do encéfalo e a do corpo humano (DE GREGORI, 1999: 20). Porém, antes de se chegar a estas informações, Descartes acreditava que a glândula pineal era a responsável pela mediação entre a alma e a consciência. O filósofo do início do século XVII reconsiderou as formalizações dos gregos, principalmente o dualismo mente-corpo proposto por Platão, o que acabou influenciando todo o pensamento ocidental desde aquele período até há pouco tempo.

    Thomas Willis, ainda no século XVII auxiliou nos fundamentos da neurologia, coadunando uma nova concepção material aos funcionamentos do cérebro à mecanização engendrada pela revolução científica clássica, não mais com a necessidade 12

    de uma alma. A partir daí, à semelhança do pensamento científico da física clássica, já se começa a verificar que o cérebro é uma

    máquina complexa de incessantes comunicações elétricas, as sinapses. A frenologia, fundada pelo médico austríaco Franz Joseph Gall, no início do século XIX, supunha uma correlação no formato do crânio, subdividindo várias áreas, com comportamentos e inteligência humana. Mas, embora Gall acreditasse que a genialidade humana ou o espírito criativo fosse encontrado em alguma área, nada foi encontrado por ele e outros frenólogos nos sulcos, nas circunvoluções e no peso do cérebro.

    Em 1950, o neurocirurgião canadense Wilder Peinfeld cartografou, por meio de eletrodos, várias regiões do córtex cerebral (CARTER, 2003:45), descobrindo que toda a superfície do corpo é representada na superfície do cérebro de forma não homogênea. Peinfeld criou, assim, um desenho esquemático para ilustrar sua descoberta, chamado de homúnculo de Peinfeld

    13

    Posteriormente, graças aos desenvolvimentos propiciados pela tecnologia, surgiram modernas técnicas de neuroimagem, ampliando as pesquisas acerca do funcionamento do cérebro humano. Além de serem imprescindíveis no uso da medicina, as técnicas de ultrassonografia estão permitindo a pesquisadores de várias áreas conhecer exatamente como funcionam as regiões dos hemisférios, distinguindo suas especialidades com mais afinco. Isto não só contribuiu para a medicina geral e neurológica em específico, como também abriu caminhos para os vários outros conhecimentos, inclusive o desenvolvimento de uma provável inteligência artificial – que ainda está sendo engendrada.

    O cérebro, como mecanismo dual/sistêmico de funcionamento (hemisfério direito/esquerdo), está apenas começando a ser destrinchado, e muito graças às tecnologias atuais utilizadas, como a neuroimagem. Esta é realizada, na atualidade, principalmente em três técnicas: a tomografia computadorizada, a tomografia por ressonância nuclear magnética, e a tomografia por emissão de pósitrons, ou PET – Positron Emission Tomography.

    Estas técnicas atuais permitem visualizar o cérebro em pleno exercício. Assim, como se afirmou, as pesquisas concernentes ao cérebro humano se acirraram de tal forma na década de 1990, que o governo norte-americano a alcunhou de a década do cérebro.

    O cérebro forma a principal parte do sistema nervoso central. O mapeamento imagético do cérebro humano já permite saber sua composição e como as funções do corpo são comandadas, bem como as áreas dos hemisférios que atuam de acordo com cada tipo de estímulo. Sua composição é formada por uma massa de tecido cinza-róseo, mas por dentro apresenta duas substâncias diferentes: a branca, que ocupa o centro, e a cinza, formando o córtex cerebral. O córtex se divide em mais de 40 áreas com funções distintas: é ele o responsável pela memória, linguagem e pensamento abstrato, acobertado de pregas e sulcos, que se fossem esticados tornariam sua área muito maior do que aparenta.

    Na evolução dos mamíferos, este córtex no ser humano é maior e é dele, segundo Damásio e outros pesquisadores, que emerge a consciência: "as áreas que mais se expandiram são aquelas relacionadas ao pensamento, planejamento, organização e 14

    comunicação". No homem, com a expansão dos lobos frontais, surgiu o novo tecido cerebral, o neocórtex, a parte do córtex cerebral de evolução mais recente. Dentro do córtex está o sistema límbico, do qual fazem parte o corpo caloso, o hipocampo, o tálamo, hipotálamo, o cerebelo, as duas amígdalas e os bulbos olfativos, áreas envolvidas no processamento emocional.

    São 100 bilhões de células nervosas (neurônios) distribuídas em sua estrutura e conectadas entre si, respondendo pelas funções mentais: cérebros são constituídos de bilhões de neurônios e trilhões de conexões (sinapses) entre eles. (DEL

    NERO, 1997:33). O neurônio possui uma extensão longa, o axônio, que transmite sinais elétricos em sua extremidade. Cada ponto desses libera neurotransmissores através de uma sinapse até o dendrito de um neurônio adjacente. Além destas, operam também as chamadas células gliais ou de sustentação, os vasos sanguíneos e os órgãos secretores. É no tecido convoluto que se dividem os dois hemisférios, esquerdo e direito, compondo o sistema nervoso central, e que são conectados pelo centro através de fibras nervosas, o corpo caloso.

    Cada hemisfério, responsável pela inteligência e raciocínio, divide-se em quatro lobos: frontal, parietal, occipital e o temporal.

    O lobo frontal controla o comportamento motor especializado como a fala, pensamento e planejamento; o lobo parietal recebe e interpreta os estímulos sensoriais provenientes do resto do corpo; o lobo occipital que é o

    responsável por interpretar

    a visão externamente pelos

    olhos e respectivas partes

    próximas;

    e

    o

    lobo

    temporal onde são geradas

    recordações e emoções,

    reconhecimento de dados e

    onde se dá o início das

    comunicações e ações.

    Em 1836, Marc

    Dax, um médico francês,

    notou que, nos pacientes

    15

    com derrames cerebrais, os hemisférios tinham funções diferenciadas, pois quando as lesões eram do lado esquerdo do cérebro, a paralisia se dava no direito, e vice-versa. Apesar do pouco interesse dos acadêmicos da época, posteriormente Pierre Broca descobriu que a fala era coordenada pelo hemisfério esquerdo, em que esta metade ficou conhecida como dominante (pois ligada ao raciocínio), e a metade direita como secundária.

    Atualmente tal

    conceituação está

    ultrapassada. Em meados do

    século XX, Roger

    W.

    Sperry, do Instituto

    de

    tecnologia

    da

    Califórnia, apontou que o corpo

    caloso permite a comunicação

    dos

    dois

    hemisférios,

    transmitindo a memória e o

    aprendizado. Os hemisférios,

    embora

    funcionem

    distintamente, não o fazem de

    forma isolada, e, sim, conectados

    entre si. Na verdade, apesar e

    talvez

    mesmo

    devido

    à

    plasticidade do cérebro, este órgão ainda oculta questões obscuras.

    Neste sentido, como exemplo, tornou-se célebre na neurologia o caso de Phineas Gage, (um funcionário das ferrovias do século XIX, que teve seu crânio e cérebro perfurados por um bastão de aço devido a uma explosão. Ele perdeu uma grande área 16

    do prosencéfalo, sobreviveu, mas

    teve,

    aos

    poucos,

    sua

    personalidade mudada. Se antes

    era pacato e educado, passou a ser

    um andarilho bêbado que

    elaborava planos a todo instante,

    sem executá-los. Seu cérebro afetado o incapacitou de se conduzir ou controlar. Este é apenas um de muitos casos extraordinários que têm assolado as pesquisas médicas e neurológicas, incutindo nelas dúvidas que ampliam as noções cerca da potencialidade da mente humana e do funcionamento do cérebro.

    As pesquisas concernentes ao cérebro ampliaram-se com as cirurgias criadas para tratar pacientes epilépticos, por meio do corte do corpo caloso. Constatou-se, por exemplo, que pessoas com derrame no hemisfério esquerdo não podiam mais falar, mas, ainda assim, guardavam a capacidade de cantar: o lado esquerdo do cérebro sabe situar-se dentro do tempo e procura situações seguras, já o lado direito abstrai-se do tempo e gosta de se arriscar.

    Para o hemisfério direito não existe a expressão perder tempo.

    O esquerdo costuma imitar, representar, fingir; o direito é criativo e autêntico. É o que é. Por ser racional e crítico, o lado esquerdo do cérebro não se aventura a criar, inventar, sonhar. Prefere a segurança do conhecido, do lógico, do aceito pela sociedade em que vive. Já o lado direito solta a imaginação, viaja pelas asas do sonho, cria, inventa, recria e assume ser livre. O esquerdo é linear, objetivo, usa o conhecimento de forma dirigida, sequencial, analítica, convergente; o direito é não-linear, subjetivo, utiliza o conhecimento de maneira livre, múltipla, holística e divergente.

    (CARNEIRO: 2002)

    Outras pesquisas descobriram como os hemisférios do cérebro agem no processo de memorização: o lado esquerdo se ativa ao ler determinada palavra (fonema), mas, ao visualizar-se algo desconhecido, é o lado direito que atua. Porém, Carneiro (1997) lembra que se o objeto visualizado possui um nome, os dois lados funcionam simultaneamente. Concluiu-se, assim, que o hemisfério esquerdo está envolvido com funções verbais e racionais, enquanto o direito com tarefas artísticas e visuo-17

    espaciais.

    Vários cientistas tentaram e muitos ainda estão tentando descobrir exatamente como o cérebro funciona. Eles já descobriram muitas coisas, mas sabem que ainda há muita coisa a ser descoberta. Então eu vou te

    contar um pouco do que eles já

    sabem, combinado? Antes de

    tudo, é preciso saber que nosso

    cérebro é formado por muitos

    neurônios. Você sabe o que é um

    neurônio? É uma célula parecida

    com uma estrela, mas com um

    dos bracinhos maior que os

    outros. O neurônio usa esse seu bracinho maior para se comunicar com outros neurônios. Um neurônio quase encosta seu braço na cabeça do outro e esse outro neurônio quase encosta seu braço na cabeça de um terceiro neurônio e por aí vai. A função dos neurônios é formar redes entre si, ou seja, um se comunica com vários, que se comunicam com vários e com vários, formando a chamada rede neuronal. Quando essa rede é formada, o cérebro faz um raciocínio, guarda uma lembrança, nos faz sentir um desejo, além de um montão de outras coisas.

    Acredita-se que o cérebro funcione a partir dessas redes.

    Imagina só. Você tem mais ou menos 100 bilhões de neurônios, cada um pode se comunicar com até 10 mil outros neurônios. É

    muita coisa! A capacidade de aprendizado e memória do nosso cérebro é impressionante. Essas redes se constroem e se 18

    desmancham por toda a vida de um

    sujeito. Isso explica, por exemplo,

    por que temos diferentes vontades e

    comportamentos em determinadas

    épocas da vida. A todo momento,

    redes neuronais estão se fazendo e

    se desfazendo dentro do seu

    cérebro, sabia? Além dos neurônios,

    há um conjunto de células,

    chamadas células da glia, que são

    muito importantes para ajudar os neurônios no processamento, na criação, na recepção e na transmissão de informações dentro do nosso corpo. Elas são indispensáveis à sobrevivência deles.

    Imagina o trabalho que elas têm!

    Ao entender como funciona o cérebro humano conseguiremos compreender como funciona o nosso corpo. O

    cérebro é o centro do nosso sistema nervoso e, através dele, que o corpo é comandado. Podemos dizer que o cérebro é o processador de um computador, que transfere todas as informações para as funções corporais, esse é o complexo Sistema Nervoso Central (SNC). No estudo do cérebro, pela neurociência, se analisa o órgão propriamente dito. Ao passo que a psicologia analisa como ele funciona na prática, com o estudo do comportamento humano.

    Como estamos refletindo, para compreender como funciona o cérebro, em suma, saiba que ele é o responsável pelo controle de nossas atividades neurológicas, estímulos sensoriais, memórias, interpretação de sensações, ações motoras, etc. Nesse sentido, o cérebro se relaciona intimamente com a linguagem, inteligência e consciência. Ele tem capacidade de processar todas as informações dos sentidos, movimentos e, principalmente, influenciar no comportamento emocional. Em suma, como parte central do SNC, o cérebro é o grande comandante, controlando as funções cerebrais e corporais. Basicamente, é por ele que são controladas as funções vitais, como respiração, apetite, sede. Bem como, as funções referentes ao raciocínio, atenção, memória, dentre outros. Ou seja, podemos resumir como funciona o cérebro como o órgão humano responsável pela garantia tanto das funções 19

    conscientes quanto inconscientes. Desse modo, tudo o que acontece em nossas vidas é dirigido pelo nosso cérebro, como, por exemplo: respirar, amar, dormir, ver, ouvir, tocar, escrever, dançar, pensar, amar, etc. Quais são as funções cerebrais?

    Diante de sua complexidade, para compreendermos como funciona o cérebro, saiba que ele é dividido entre duas funções, cada uma com suas responsabilidades:

    vitais:

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