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Razões Para Crer Que Deus Criou O Universo
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Razões Para Crer Que Deus Criou O Universo
E-book802 páginas7 horas

Razões Para Crer Que Deus Criou O Universo

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Sobre este e-book

A finalidade deste livro sobre “Razões para crer que Deus criou o universo”, afirmando que a curiosidade sobre a Origem do Universo, sempre esteve presente nas diferentes culturas que temos conhecimento e inúmeras foram as tentativas de explicar como tudo teve início, como tudo começou e qual a origem do ser humano. Ao longo da trajetória humana, na tentativa de sanar suas dúvidas e suas necessidades, cada povo em cada tempo, tentou à sua maneira, com os recursos disponíveis naquele momento, encontrar a resposta que precisava e que os deixassem satisfeitos em relação ao universo ao seu redor. Vamos dar início a uma viagem que possibilite reconhecer a evolução das ideias que os seres humanos construíram sobre o Universo ao longo dos séculos, compreendendo as concepções e os meios disponíveis em cada momento histórico, até chegarmos ao modelo atual. Também estarão disponíveis reflexões que permitam compreender que os conhecimentos científicos não foram construídos de um dia para o outro, mas ao longo de discussões, observações, confusões, estudos e conclusões, além de reconhecer que, com os avanços tecnológicos, a cada momento novas descobertas possibilitam novos conhecimentos. Buscaremos meditar qual o sentido de nossa vida, para que viemos e para onde vamos. Então, acredito que todos nós, em algum momento, já tenha feito a si mesmo estas perguntas: “Será que eu sei ser cristão? Como eu vivo meu ser cristão? O que é ser filho de Deus?”. Se você já se fez essas perguntas, não pense que está errado ou que isso é um problema. Pois, vejo, por trás desses questionamentos, alguém preocupado com a vida espiritual e com o relacionamento com Deus. O objetivo deste livro, que é uma proposta de intervenção didática, não é encontrar o certo e o errado, mas reconhecer as condições que cada povo considerou para que naquele momento de sua história, considerasse certos pensamentos como certo e abandonassem o que julgavam como errado. Nesse contexto, queremos percorrer a trajetória humana desses últimos milênios, sobre a Origem e Evolução do Universo. Além de realizarmos um encontro com a Trindade Santa através de uma experiência dos exercícios espirituais inacianos
IdiomaPortuguês
Data de lançamento10 de ago. de 2020
Razões Para Crer Que Deus Criou O Universo

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    Pré-visualização do livro

    Razões Para Crer Que Deus Criou O Universo - Saluar Antonio Magni

    1

    SUMÁRIO PG

    INTRODUÇÃO 5

    CAPÍTULO 1 AS TEORIAS DA ORIGEM E EVOLUÇÃO

    DO UNIVERSO 8

    CAPÍTULO 2 ÚLTIMAS DESCOBERTAS E O QUE FOI

    DESCOBERTO SOBRE O UNIVERSO NOS ÚLTIMOS

    ANOS? 37

    CAPÍTULO 3 A VERDADEIRA FACE DE JESUS

    MARCADA NO SUDÁRIO PELA ENERGIA DO AMOR

    DE DEUS 60

    CAPÍTULO 4 A PRESENÇA REAL DE JESUS NA

    HÓSTIA E NO VINHO CONSAGRADOS PELAS MÃOS

    SACERDOTAIS 83

    CAPÍTULO 5 A VIRGEM DE GUADALUPE, A FACE DE

    MARIA EM NOSSO MEIO! 121

    CAPÍTULO 6 A RELAÇÃO ENTRE FÉ E RAZÃO: A FILOSOFIA NOS AJUDA A ENCONTRAR DEUS

    CRIADOR 147

    CAPÍTULO 7 QUE EU ME CONHEÇA SENHOR PARA

    PODER TE CONHECER 159

    CAPÍTULO 8 O CONHECIMENTO DE COMO

    INTEGRAR MINHA PERSONALIDADE 165

    CAPÍTULO 9 DESCOBRINDO OS VÍCIOS CAPITAIS

    QUE DEFINEM AS NOSSAS PERSONALIDADES 175

    CAPÍTULO 10 COMO PODEMOS MELHORAR NOSSA

    PERSONALIDADE? 221

    CAPÍTULO 11 BUSCAMOS EM DEUS O NOSSO EU

    ESSENCIAL, NOSSA VERDADEIRA PERSONALIDADE

    CRISTÃ! 242

    CAPÍTULO 12 A ESSÊNCIA DIVINA QUE DEUS NOS

    CRIOU 260

    CAPÍTULO 13 DISCERNINDO A VONTADE DE DEUS

    EM NOSSA BUSCA DE INTEGRAÇÃO 267

    CAPÍTULO 14: O QUE NOS DESINTEGRA, NOS LEVA

    AO VÍCIO EMOCIONAL: O PECADO 282

    2

    CAPÍTULO 15 A MISERICÓRDIA E O PERDÃO DE

    DEUS NOS AJUDAM A INTEGRARMOS NOSSA

    PERSONALIDADE 297

    CAPÍTULO 16: COMO BUSCAR A PAZ E ALEGRIA EM

    NOSSA INTEGRAÇÃO 304

    CAPÍTULO 17: BUSCAR O NOSSO TIPO INTEGRADOR

    JESUS CRISTO PARA MELHOR SEGUI-LO: SER

    DISCÍPULO E MISIONÁRIO! 313

    CAPÍTULO 18 TESTAR A NOSSA INTEGRAÇÃO COM

    JESUS CRISTO 341

    CAPÍTULO 19 EM MINHA INTEGRAÇÃO COM A

    PESSOA DE JESUS COMO VOU SERVIR A DEUS? 357

    CAPÍTULO 20 BUSCAR A INTEGRAÇÃO COM A DOR

    DO DOAR-SE E PERDER-SE ATÉ A MORTE 379

    CAPÍTULO 21 CONTEMPLAR O AMOR EM TODOS OS

    MOMENTOS DE NOSSA VIDA 406

    CAPÍTULO 22 PROJETANDO NOSSA VIDA NOVA DE

    INTEGRAÇÃO COM CRISTO 415

    EPÍLOGO 426

    BIBLIOGRAFIA 436

    LIVROS PUBLICADOS PELO AUTOR NO CLUBE DOS

    AUTORES 437

    3

    AGRADECIMENTO

    Agradeço de maneira toda especial à minha esposa Teka, pelo incentivo e toda retaguarda necessária para que eu pudesse ter tempo, paz e tranquilidade para contemplar e meditar os assuntos abordados neste livro. Agradeço também aos Padres: Adroaldo, orientador do CEI, que me orientou nos exercícios espirituais, e me ajudou a construir toda experiência dos retiros, contemplações, meditações e estudos, obtidos durante os Exercícios Espirituais em etapas, que realizamos eu e minha querida esposa, em Itaici. Ao padre Chiquinho, Vitor e em especial Geraldo de almeida Sampaio, que ajudaram na minha formação religiosa e apostólica no movimento de Cursilhos de Cristandade que fiz em 1983. À

    Márcia, minha acompanhante nos exercícios, pelas suas inspiradas orientações, à Irmã Fátima que orientou nosso grupo de oração e discernimento e me orientou na busca de conhecer a minha personalidade através das tipologias e em especial o eneagrama.

    Irmã Zenaide, psicóloga que acompanhou o nosso grupo de partilha e melhoria da personalidade. E a todo o pessoal do CEI, Centro de Espiritualidade Inaciana de Itaici, que me proporcionaram todo conhecimento intelectual, e especialmente afetivo, da metodologia Inaciana. E onde tive a oportunidade de realizar uma especialização sobre orientação e acompanhamento espiritual, coordenado pela FAGE de Belo Horizonte. Ao Movimento de Cursilho de Cristandade, especialmente à Escola Vivencial, onde durante mais de 35 anos tenho recebido e compartilhado com amigos e irmãos de fé, a minha vida de cristão comprometido, procurando vivenciar o tripé: oração, formação e ação evangelizadora. Em especial à Canção Nova, especialmente ao Padre Léo, que já vive na eternidade, pelos ensinamentos e orientações nos muitos seminários de cura interior que tive oportunidade e a felicidade de participar, sob a orientação do nosso querido e cheio da Graça de Deus, Monsenhor Jonas Abib, fundador da Canção Nova, hoje a maior e mais efetiva comunidade de evangelização do mundo católico.

    Se queres chegar ao conhecimento de Deus, trata de antes te conheceres a ti mesmo. (Abade Evágrio Pôntico).

    Então, os seus olhos abriram-se e reconheceram-no (Jo 24, 31).

    4

    INTRODUÇÃO

    Quero iniciar este livro sobre Razões para crer que Deus criou o universo, afirmando que a curiosidade sobre a Origem do Universo, sempre esteve presente nas diferentes culturas que temos conhecimento e inúmeras foram as tentativas de explicar como tudo teve início, como tudo começou e qual a origem do ser humano. Ofereço este estudo a um amigo e companheiro de jogo de tênis amigos do tênis, pois sempre conversamos sobre Deus e a criação, espero que ele tenha a paciência de ler até o fim e que Deus faça maravilhas na sua vida. Abraços amigão!

    Ao longo da trajetória humana, na tentativa de sanar suas dúvidas e suas necessidades, cada povo em cada tempo, tentou à sua maneira, com os recursos disponíveis naquele momento, encontrar a resposta que precisava e que os deixassem satisfeitos em relação ao universo ao seu redor.

    Vamos dar início a uma viagem que possibilite reconhecer a evolução das ideias que os seres humanos construíram sobre o Universo ao longo dos séculos, compreendendo as concepções e os meios disponíveis em cada momento histórico, até chegarmos ao modelo atual. Também estarão disponíveis reflexões que permitam compreender que os conhecimentos científicos não foram construídos de um dia para o outro, mas ao longo de discussões, observações, confusões, estudos e conclusões, além de reconhecer que, com os avanços tecnológicos, a cada momento novas descobertas possibilitam novos conhecimentos.

    À medida que as respostas deixavam de satisfazer as dúvidas, novas respostas, novas explicações eram criadas. Isso tudo, em longos intervalos de tempos. Somente nas últimas décadas, pudemos perceber que o conhecimento sofreu bruscas mudanças em intervalos de tempo muito curtos, devido aos avanços tecnológicos dos últimas décadas, que nos beneficiam não somente no conhecimento sobre o Universo, mas em diversas áreas do dia a dia de todos.

    É importante ressaltar, que tudo o que foi concebido, mesmo que hoje encontremos respostas totalmente contrárias, exatamente tudo, deve ser considerando como peça importante na construção do conhecimento que temos hoje. Os mitos, a religião, 5

    a filosofia e tantas outras formas de explicar o Universo e sua Origem, foram baseadas na observação do ambiente e interpretação que as pessoas tinham naquele momento. Pode-se perceber também que, sempre houve diferentes formas de explicar as mesmas coisas. Veremos algumas comparações mais adiante.

    Nesta viagem, vamos conhecer alguns dos protagonistas dessa caminhada e como seus feitos foram consolidados ao longo da história da civilização humana, pois conforme refletimos com Albert Einstein: Tudo aquilo que o homem ignora, não existe para ele. Por isso o universo de cada um, se resumo no tamanho de seu saber. O objetivo deste livro, que é uma proposta de intervenção didática, não é encontrar o certo e o errado, mas reconhecer as condições que cada povo considerou para que naquele momento de sua história, considerasse certos pensamentos como certo e abandonassem o que julgavam como errado. Nesse contexto, queremos percorrer a trajetória humana desses últimos milênios, sobre a Origem e Evolução do Universo.

    A origem do universo é um tema que sempre interessou a toda a humanidade. Em todos os povos, em todas as épocas, surgiram muitas e muitas tentativas de compreender de onde veio tudo o que conhecemos. No passado, a religião e a mitologia eram as únicas fontes de conhecimento. Elas propunham uma certa visão de como um ou vários deuses produziram este mundo.

    Há mais de dois mil anos, surgiu o pensamento filosófico.

    Ele propôs novas ideias, modificando ou mesmo abandonando a tradição religiosa. Por fim, com o desenvolvimento da ciência, apareceu um outro modo de estudar a evolução do universo.

    Atualmente, a ciência predomina. É dessa ciência que muitos esperam obter a resposta às suas indagações sobre a origem do universo.

    A ciência tem evoluído, isso é inegável. Durante o século XX, nossos conhecimentos aumentaram de um modo inconcebível. Entretanto, nem todos os problemas foram resolvidos. A ciência ainda não esclareceu a maior parte das dúvidas. As teorias sobre a origem do universo ainda devem sofrer 6

    muitas mudanças, no futuro. Por isso, ninguém deve esperar encontrar aqui a resposta final. A última palavra ainda não foi dita.

    No próximo capítulo iremos ver que todos fazemos parte do grande plano de Deus para suas criaturas e que conhece-lo e vive-lo é uma atitude própria e necessária a todo o cristão. Vamos apresentar as Teorias da Origem e Evolução do Universo. Mais para frente buscaremos meditar qual o sentido de nossa vida, para que viemos e para onde vamos. Então, acredito que todos nós, em algum momento, já tenha feito a si mesmo estas perguntas: Será que eu sei ser cristão? Como eu vivo meu ser cristão? O que é ser filho de Deus?. Se você já se fez essas perguntas, não pense que está errado ou que isso é um problema. Pois, vejo, por trás desses questionamentos, alguém preocupado com a vida espiritual e com o relacionamento com Deus.

    Esse é o grande motivo pelo qual escrevo este livro: que minha experiência e a experiência de minha esposa, nossos erros e acertos, ajudem a cada um de vocês leitores/as amigos, a buscarem uma vida feliz e cheia de sentido e que a cura interior seja alcançada através do conhecimento de quem somos, qual nossa personalidade, nossa máscara e como podemos ser o que realmente somos: nossa verdadeira personalidade. Para que isto aconteça teremos estudos, exercícios, testes, oração, meditações e contemplações, na busca de nos conformarmos à pessoa de Jesus Cristo, nosso Mestre e Senhor.

    No próximo capítulo iremos conferir as principais teorias religiosas do tronco judaico-cristão que ora se opõem, ora se entrelaçam com o darwinismo, ou teoria evolucionista na resposta a evolução do universo criado por nosso Deus criador. Que saímos destas leituras, orações, meditações, contemplações e exercícios com a certeza da criação de Deus, tanto do universo em evolução 7

    como

    de

    nós

    á

    sua

    imagem

    e

    semelhança.

    8

    CAPÍTULO 1 AS TEORIAS DA ORIGEM E EVOLUÇÃO

    DO UNIVERSO

    As principais teorias sobre a criação do mundo: Sobre as origens: Caros leitores/as há diversos modos de se debruçar sobre o mistério da criação do mundo e do homem. Vamos conferir as principais teorias religiosas do tronco judaico-cristão que ora se opõem, ora se entrelaçam com o darwinismo, ou teoria evolucionista.

    Criacionismo:

    - Os Criacionistas da Terra Jovem: em comum, os integrantes desta linha criacionista acreditam que o planeta tenha sido criado por Deus há apenas 6 mil ou, no máximo, 10 mil anos.

    Subdividem-se em três grupos principais:

    - Terra Plana: para esse grupo, que faz interpretação literal da Bíblia, a Terra é chata, coberta por um firmamento, e as águas suspensas seriam as causadoras do Dilúvio. Embora seja um grupo cada vez menos expressivo, essa visão que remete à Antiguidade e à Idade Média persiste em pleno século XXI. Ex.: Charles K.

    Johnson (International Flat Earth Society)

    - Geocêntricos: aceitam que a Terra é redonda, mas negam todas as evidências científicas que, desde Copérnico (1473-1543) e Galileu (1564-1642), provam que é a Terra que gira ao redor do Sol e de seu próprio eixo - e não o contrário. Ex.: Gerardus Bouw (Biblical Astronomer Organization) e Tom Wil is (Creation Science Assotiation for Mid-America)

    - Heliocêntricos: aceitam as modernas concepções da Mecânica Celeste, embora não concordem com a idade estimada pela Ciência do Universo (15 bilhões de anos) e da Terra (4,5 bilhões de anos).

    Ajudaram a popularizar a Teoria do Dilúvio e o criacionismo científico de George McCready Price. Ex.: Henry Morris e Duane Gish (Institute for Creation Research)

    - Criacionistas da Terra Antiga

    Aceitam as evidências da antiguidade do planeta, mas ainda as encaixam na lógica das escrituras bíblicas. Subdividem-se em quatro grupos principais:

    9

    - Teoria do Intervalo: estabelece que houve um longo intervalo temporal entre os versículos 1:1 e 1:2 do Gênesis, após o qual Deus teria criado o mundo em seis dias. Busca assim conjugar evidências geológicas e cosmológicas mais remotas sem abrir mão da criação divina literal registrada na Bíblia. Ex.: Herbert W. Armstrong (autor de Mistery of the Ages)

    - Teoria do Dia-Era: estabelece que o conceito de ''dia'' nas Escrituras representa, de forma figurada, períodos muito mais longos que 24 horas, compreendendo até mesmo intervalos de milhões de anos. Ex.: Testemunhas de Jeová (Watchtower Bible and Tract Society of New York)

    - Teoria Progressiva: aceita o big bang e a maioria das teorias da Física Moderna como reforços do poder criativo de Deus. Mas acredita que todos os seres vivos foram criados de modo progressivo e sequencial por Deus, sem relação de parentesco ou ancestralidade. Ex.: Hugh Ross (autor de Reasons to Believe)

    - Design Inteligente: versão criacionista mais sofisticada e de maior repercussão nos círculos acadêmicos e de poder do mundo atual.

    Como estratégia de marketing, seus adeptos não gostam de ser classificados como criacionistas. Afirmam que a complexidade do mundo natural prova uma intencionalidade. Seus argumentos se organizam de forma cada vez mais técnica para combater a teoria darwinista, em campos como Genética e Microbiologia. Ex.: Phil ip Johnson, Michael Behe, Wil iam Dembski e George Gilder (Discovery Institute)

    Evolucionismo

    Evolucionismo teísta: corrente que aceita completamente a Teoria da Evolução, mas não abre mão de seu caráter divino original. Crê que a descrição do Gênesis é simbólica, levando em conta o estilo literário hebraico da Antiguidade. Acredita que o processo criativo de Deus se expressa através dos postulados da Evolução, não vendo oposição entre Ciência e Fé. É a visão oficial do Vaticano e do papa, é a nossa visão católica, assim como da maioria das confissões protestantes, especialmente as denominadas

    ''históricas''. Ex.: Teilhard de Chardin (autor de The Phenomenon of Man)

    10

    Evolucionismo metodológico materialista: acredita que Deus não interfere no processo evolutivo. Pode ser subdividido em dois grupos principais:

    - Linha Metodológica: limita-se a descrever o mundo natural por meio de métodos científicos de investigação, excluindo o componente sobrenatural da equação. Adota uma postura agnóstica, nem defendendo nem negando sua existência. Ex.: Stephen Jay Gould (autor de Rock of Ages: Science and Religion in the Ful ness of Life)

    - Linha Filosófica: mais próxima de uma atitude proclamada como

    ''ateísta positiva''. Entende que o sobrenatural não existe. Mas prefere não discutir sobre isso. Cabe a quem tem fé o ônus da prova. Todos os processos, incluindo aí a Evolução, são naturais e assim devem ser estudados e analisados. Ex.: Richard Dawkings (autor de The Blind Watchmaker)

    - Criacionismo evolucionário: grupo que conjuga influências tanto do ideário criacionista quanto do evolucionista. Considera que Adão não foi o primeiro ser humano criado, mas sim o primeiro dotado de alma por Deus. É muito semelhante ao Evolucionismo Teísta, diferindo apenas em alguns postulados teológicos, sendo mais próximo do judaísmo que do cristianismo. Ex.: Susan Schneider (autora de Evolutionary Creationism: Torah Solves the Problem of Missing Links)

    Bem caros leitores/as conferimos as principais teorias religiosas do tronco judaico-cristão que ora se opõem, ora se entrelaçam com o darwinismo, ou teoria evolucionista. Vamos continuar olhando a história da humanidade em busca da descoberta sobre a origem e evolução do Universo: atualmente, estima-se que o Universo tem idade de aproximadamente 13,7

    bilhões de anos e que a Terra teria se formado há cerca de 4,5

    bilhões de anos. Num passado bem próximo, há aproximadamente 200 mil anos, surge o homem moderno, denominado Homo sapiens. Foi exatamente com o desenvolvimento do homem moderno que, com o passar do tempo, habilidades foram desenvolvidas e aprimoradas. Com isso, foi surgindo o desenvolvimento da agricultura; a domesticação de animais; a invenção de ferramentas e a invenção da escrita.

    11

    Essas e outras habilidades permitiram que os homens deixassem de ser nômades e, aos poucos, foram agrupando-se e formando povoados. Com o passar do tempo, e através da observação do funcionamento da natureza e tentando encontrar explicações para os fenômenos naturais: tempestades, terremotos, enchentes, secas, chegada do inverno, pois passaram a se proteger melhor, pois dependiam disso para garantir sua sobrevivência.

    Dessas incansáveis observações, alguns fenômenos foram logo interpretados, outros foram compreendidos através de superstições, outros foram atribuídos às divindades. De uma forma ou de outra, sempre buscando formas de explicar os acontecimentos a sua volta.

    É importante ressaltar, que, estamos numa viagem que abordará a história da humanidade em busca da descoberta sobre a origem e evolução do Universo. Não se trata de julgar o certo e o errado, mas conhecer a trajetória e compreender como os homens chegaram a tais conclusões, naquele momento.

    Reconhece-se aqui, que toda a tecnologia disponível hoje, deve-se a cada uma dessas tentativas de explicação dos fenômenos naturais que a humanidade fez ao longo de sua existência, conforme podemos exemplificar na Figura abaixo.

    Teoria da Mitologia Nórdica - países gelados:

    Primeiro, havia o Caos, que era o Nada no Mundo, e isto era tudo quanto nele havia, nem Céu, nem Mar, nem Terra – nada disto havia. Apenas três reinos coexistiam: o Ginnungagap (o Grande Vazio), abismo primitivo e vazio, situado entre Musspell (o Reino do Fogo) e Niflheim (a Terra da Neblina), terra da escuridão e das nevoas começaram a subir lentamente das profundezas do Niflheim e formaram no medonho abismo de Ginnungagap um gigantesco bloco de gelo. Das alturas 12

    abominavelmente tórridas do Musspell, desceu um ar quente e este encontro do calor que descia com o frio que subia de Niflheim começou a provocar o derretimento do imenso bloco de gelo.

    Após mais alguns milhares de eras – pois que o tempo, então, não se media pelos brevíssimos anos de nossos afobados calendários – o gelo foi derretendo e pingando e deixando entrever, sob a outrora gelada e espessa capa branca, a forma de um gigante.

    (FRANCHINI, SEGANFREDO, 1979, p.9).

    A partir desse gigante e com os vários processos que ocorriam surgiriam os deuses e outras criaturas. A criação dos humanos teria sido realizada por três deuses (Wotan/Odin, Vili e Ve) que surgiram por meio desse gigante, esses três deuses, utilizando dois troncos de madeira fizeram um homem e uma mulher, Wotan deu a vida e o alento; Vili, a inteligência e os sentimentos; e Ve, os sentidos da visão e da audição.

    (FRANCHINI, SEGANFREDO, 1979, p. 11). Percebemos que o Universo sempre existiu, mas que a partir de um dado momento sem ter intervenção divina e através de um processo natural entre o fogo e a neblina teriam surgido as formas de vida e posteriormente com uma intervenção divina o homem e a mulher.

    Não se sabe exatamente como tal mitologia foi criada, mas o interessante é perceber que não se teve um início, o cosmo sempre existiu, mas devido ao Caos e suas subdivisões, o Universo foi se moldando de modo que com o passar do tempo vidas foram surgindo, é uma maneira mitológica de ver a criação!

    O mito babilônico da criação: o mais antigo mito conhecido sobre a origem de tudo é o Enuma elis, um mito babilônico que parece ter sido elaborado cerca de 4.000 anos atrás.

    Quando no alto o céu [Anshar] ainda não tinha sido nomeado e em baixo a terra [Kishar] ainda não tinha nome, nada existia senão uma mistura das águas de Apsu, o oceano primordial, o gerador, e da tumultuosa Mummu-Tiamat, a água doce, a mãe de todos.

    Então as trevas eram profundas, um tufão movia-se sem repouso.

    Então nenhum deus havia sido criado. Nenhum nome havia sido nomeado, nenhum destino havia sido fixado.

    Nesse mito babilônico, vão surgindo gradativamente diversos deuses. Na verdade, há uma enorme variedade de deuses 13

    e de mitos, na tradição babilônica. O mais importante é Marduk, filho de Ea, o deus das águas doces (rios, lagos). Marduk é associado às tempestades e aos raios, e suas armas são o arco e a flecha. Ele é também descrito como um grande mago, capaz de fazer com que as coisas apareçam e desapareçam. Por isso, ele é escolhido pelos outros deuses como seu líder, para livrá-los do poder de Tiamat. Marduk luta contra Tiamat, a deusa das águas e das trevas, que é representada às vezes por um dragão. Ele a mata e corta em dois pedaços. O pedaço de cima se torna o céu, e o de baixo se torna a terra. Anu se torna o deus celeste, e Enlil se torna a deusa da terra.

    É após a destruição de Tiamat que surgem os astros luminosos. Algumas vezes a criação das estrelas é descrita como sendo realizada por Marduk, outras vezes como realizada pelos deuses das várias regiões em que o universo ficou dividido: no tempo em que Anu, Enlil e Éa, os grandes deuses, criaram o céu e a terra, eles quiseram tornar visíveis os signos, fixaram as estações e estabeleceram a posição dos astros, deram nomes às estrelas e lhes atribuíram as trajetórias, desenharam, à sua própria imagem, as estrelas em constelações, mediram a duração do dia e da noite criaram o mês e o ano traçaram a rota da Lua e do Sol. Assim, eles tomaram suas decisões sobre o céu e a terra....

    Eles confiaram aos grandes deuses a produção do dia e a renovação do mês, para as observações astrológicas dos homens.

    Viu-se então o Sol se levantar e os astros brilharem para sempre em pleno céu. O mito descreve também as outras fases de criação do universo, até a produção dos homens. É interessante notar as semelhanças e diferenças entre os diversos mitos de criação. Há aspectos que se repetem em culturas muito diferentes, como a produção dos homens a partir do barro ou argila; e outros que parecem originais.

    O mito de criação na índia: surgiram na Índia (aparentemente, sem influência grega) mitos sobre a origem do universo que já apresentavam muitos elementos filosóficos. Um deles é apresentado em um texto anterior à era cristã, chamado

    Código de Manu. Esse texto apresenta a seguinte descrição: este mundo era trevas, imperceptível, sem distinções, impossível de 14

    descobrir, incognoscível, como se estivesse totalmente mergulhado no sono. Então este grande senhor auto existente indiscernível, manifestou-se, removendo a obscuridade; indiviso, ele tornou discernível este mundo com as cinco grandes substâncias e outros elementos. Ele, que só pode ser apreendido pelo órgão suprassensível, sutil, indiviso, eterno, que é a essência de tudo, o incompreensível, ele brilhou por si próprio.

    Aqui, no início da descrição do Código de Manu, vemos que desde o início existe um deus supremo e abstrato, e algo que é denominado de trevas. Esse deus, usualmente denominado Brahman (uma palavra neutra, isto

    é, nem masculina nem feminina)

    está além dos sentidos e do próprio

    pensamento.

    Desejando

    produzir

    diferentes criaturas de seu próprio

    corpo, por sua vontade criou

    inicialmente as águas e nelas

    depositou sua semente. Esta

    tornou-se um ovo dourado, brilhante como o astro de mil raios, no qual ele próprio nasceu como Brahmà, antecessor dos mundos.

    Esse senhor, tendo habitado esse ovo por um ano, dividiu-o em duas partes pelo seu mero conhecimento. Com essas duas conchas ele formou o céu e a terra, e no meio o firmamento, as oito regiões, e a eterna morada das águas. Mito no Egito: os Egípcios, ao contrário dos Babilônios, não tiveram interesse por Astronomia, mas sua explicação sobre o Universo seguiu o mesmo caminho de outras civilizações, tendo por base a criação por deuses. Na figura abaixo, vemos que a deusa Nut representa o céu e as estrelas, tendo seu corpo suspenso por Shu

    o deus do ar e deitado ao chão o deus da terra Geb. Nesse modelo imaginava-se que o universo era cíclico e eterno, o deus Ra simbolizado como sendo o Sol e percorre o corpo da deusa Nut (céu). Neste mito quando Ra entra na boca de Nut e sai pelo canal de nascimento, corresponderia respectivamente ao equinócio da primavera e ao solstício de inverno no hemisfério norte (ON, 2009, p. 18). Percebemos assim a explicação desses fenômenos a partir 15

    da interação dos deuses, e havia outra deusa chamada Nun, ela representava um oceano infinito que continha os elementos básicos para a vida e que através dela toda a vida surgiu.

    Um mito indígena do Brasil: de onde veio este mundo?

    Como ele surgiu? De onde vieram os homens? Qual o significado de tudo isso que existe? Em

    todos os tempos e em todas as

    civilizações,

    essas

    foram

    perguntas

    que

    sempre

    inquietaram a humanidade e

    que receberam diferentes tipos

    de respostas.

    Uma lenda indígena

    nheengatu, da Amazônia,

    assim conta a origem do

    mundo: no princípio, contam,

    havia só água, céu. Tudo era

    vazio, tudo noite grande. Um dia, contam, Tupana desceu de cima no meio de vento grande, quando já queria encostar na água saiu do fundo uma terra pequena, pisou nela. Nesse momento o Sol apareceu no tronco do céu, Tupana olhou para ele. Quando Sol chegou no meio do céu seu calor rachou a pele de Tupana, a pele de Tupana começou logo a escorregar pelas pernas dele abaixo.

    Quando Sol ia desaparecer para o outro lado do céu a pele de Tupana caiu do corpo dele, estendeu-se por cima da água para já ficar terra grande.

    No outro Sol [no dia seguinte] já havia terra, ainda não havia gente. Quando Sol chegou no meio do céu Tupana pegou em uma mão cheia de terra, amassou-a bem, depois fez uma figura de gente, soprou-lhe no nariz, deixou no chão. Essa figura de gente começou a engatinhar, não comia, não chorava, rolava à toa pelo chão. Ela foi crescendo, ficou grande como Tupana, ainda não sabia falar. Tupana, ao vê-lo já grande, soprou fumaça dentro da boca dele, então começou já querendo falar.

    No outro dia Tupana soprou também na boca dele, então, contam, ele falou. Ele falou assim:

    16

    - Como tudo é bonito para mim! Aqui está água com que hei de esfriar minha sede. Ali está fogo do céu com que hei de aquecer meu corpo quando ele estiver frio. Eu hei de brincar com água, hei de correr por cima da terra; como o fogo do céu está no alto, hei de falar com ele aqui de baixo. Tupana, contam, estava junto dele, ele não viu Tupana. E este é o mito indígena no Brasil!

    Origem do universo de acordo com a religião: caros leitores/as, voltando ao passado, antes do despertar das grandes civilizações ao longo dos rios Tigre e Eufrates, onde hoje é o Iraque, grupos de humanos, os caçadores, coletores, lutavam contra predadores e as forças da Natureza para sobreviver: enchentes, secas, terremotos, erupções vulcânicas e maremotos.

    A alternativa de aceitar que desastres naturais ocorrem ao acaso, sem uma premeditação divina, era aterrorizante demais para ser considerada. Era preciso acreditar no divino, para ter alguma chance de controlar o seu destino. O medo não era a única força que levava à crença no divino. Coisas boas também ocorriam: uma boa safra, uma caça produtiva, oceanos ricos em peixes. A natureza não era só ameaça, embora ela era doadora e tomadora, poderia tanto manter as pessoas vivas quanto mata-las. Os fenômenos naturais refletiam e refletem tanto regulares e seguros (como o ciclo do dia e da noite, estações de ano, as fases da Lua e as marés) quanto irregularidades e aterrorizantes (como os eclipses solares, os cometas, as avalanches e os incêndios florestais).

    Em todas as partes, culturas diferentes ergueram monumentos para celebrar e reproduzir a regularidade dos céus.

    Esses monumentos ajudam expressam a religiosidade desses povos. A origem bíblica do universo: a bíblia é um conjunto de livros escritos em diferentes épocas e por diferentes autores.

    Algumas fontes mostram que o livro de Gênesis foi escrito por volta do ano de 1200 a.C. Outras fontes afirmam que Gênesis foi escrito por volta de 700 a.C. De qualquer forma, ele foi escrito num passado bem distante, onde nada se sabia do micro e do macrocosmo. É importante relembrar que na bíblia predomina uma linguagem simbólica, ou seja, um termo é usado para dar outro 17

    significado, além do significado próprio da palavra. Um bom exemplo da linguagem simbólica da bíblia é a seguinte passagem: Então Pedro se aproximou dele e disse: Senhor, quantas vezes devo perdoar a meu irmão, quando ele pecar contra mim? Até sete vezes? Respondeu Jesus: Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete (MATEUS. 18, 21).

    Agora reflita o significado dessa passagem. Qual o verdadeiro significado de perdoar setenta vezes sete? Perdoar 490

    vezes é o suficiente e necessário para cumprir o ensinamento em questão?

    Outra passagem que possui conotação simbólica é a Criação do Mundo em 7 dias. Ao analisarmos o descrito na Criação do Mundo em 7 dias é possível encaixar as informações dentro dos acontecimentos dos 14 bilhões de anos que a ciência afirma ter o Universo. Pode-se dizer que, cada dia de criação citado na bíblia encaixa-se como uma referência há períodos de milhões ou bilhões de anos e não somente a um único dia de 24 horas. Na época em a que a bíblia foi redigida, com as informações que tinham disponíveis, não era possível compreender períodos tão longos.

    Ao realizar a leitura do texto de Gênesis, devemos considerar quais conhecimentos e recursos aqueles povos tinham na época e comparar as semelhanças entre os conhecimentos que se tinha na época da escrita do livro de Gênesis e os conhecimentos que se tem atualmente. É notável alguma semelhança?

    Responderemos mais adiante.

    Vamos analisar um recorte de uma das versões do livro de Gênesis, que trata da Criação do Universo.

    Diferentes formas de dizer a mesma coisa: ao analisar os mitos, podemos ver que diferentes culturas, de épocas e localidades muito diferentes, usaram de diferentes fatos para descrever a mesma coisa. É comum a atribuição a um ou mais deus a origem de todas as coisas. Há muitas diferenças, mas há muitas semelhanças. É importante ressaltar mais uma vez, que não se trata de encontrar o certo ou o errado, mas de conhecermos como o conhecimento humano foi construído. Um bom exemplo de destacar diferentes formas de dizer a mesma coisa é a comparação da linguagem bíblica quanto a Criação do Universo e as 18

    descobertas científicas atuais, no

    caso da teoria mais aceita

    atualmente sobre a Origem do

    Universo, a teoria do Big Bang.

    Até o momento, a teoria

    mais aceita pelos cientistas foi

    proposta em meados do século

    XX, é a do Big Bang, termo

    inglês que significa "Grande

    Explosão". Para Francisco (2012),

    essa teoria foi anunciada em 1948, pelo cientista norte-americano George Gamow e pelo padre e astrônomo belga Georges Lemaítre.

    Ela apoia a teoria da Relatividade de Albert Einstein e os estudos dos astrônomos Edwin Hubble e Milton Humason, que evidenciaram que o universo se encontra em constante expansão, não sendo estático. Segundo a teoria Big Bang, o universo se originou após uma grande explosão cósmica, entre 14 ou 15

    bilhões de anos atrás. Barros e Paulino (2002, p.242) enfatizam que Havia uma única partícula, extraordinariamente densa e quente.

    Essa partícula teria sofrido uma imensa explosão – o Big Bang -, transformando-se numa enorme bola de gás também quentíssima e densa. A bola de gás foi se expandindo, resfriando-se, fragmentando-se, dando origem às galáxias. No interior das galáxias foram se formando as estrelas, os planetas e outros corpos celestes. Essa teoria cosmológica acredita que no início o universo era muito quente e denso, onde tudo que existia cabia na palma da mão. Com o passar do tempo, o universo foi se resfriando devido à expansão contínua, passando da cor violeta à amarela, depois laranja e vermelha. Aproximadamente 1 milhão de anos depois do instante inicial, o Universo tornou-se transparente e prótons e elétrons se combinaram formando átomos de hidrogênio. Cerca de 1 bilhão de anos após o Big Bang, os elementos químicos começaram a se unir dando origem às galáxias.

    Formação do planeta terra: há várias formas de representar os períodos de formação de nosso planeta. Vamos analisar o esquema a seguir, identificando por onde devemos iniciar a leitura, quais 19

    acontecimentos foram os mais marcantes, o que aconteceu sucessivamente até o momento atual.

    Pode-se observar que primeiramente surgiram os seres mais simples, com o passar de milhões de anos, modificações aconteceram, alguns se extinguiram por não deixarem descendentes capazes de sobreviver em um mundo com constantes alterações nas condições ambientais; outros seres continuam até hoje morfológica e fisiologicamente semelhantes aos seus antepassados, enquanto que outros, ainda, derivaram desses já citados, compondo a biodiversidade atual.

    É importante ressaltar que, o que a ciência afirma sobre a formação da Terra, se deve aos estudos e análises de fósseis e a derivação dos seres vivos ao longo desse tempo.

    Comparemos: a Bíblia foi redigida há séculos e a ciência, mais precisamente a Teoria do Big Bang, foi construída há menos de 100 anos. Mesmo que as condições de cada época foram 20

    totalmente diferentes (livro de Gênesis em 700 a.C. e a Teoria do Big Bang consolidada em 1945), é possível perceber alguma semelhança na forma de explicar a Origem do Universo?

    Quadro Comparação entre a bíblia e a ciência.

    CRIAÇÃO

    CRIAÇÃO SEGUNDO A

    SEGUNDO A BÍBLIA CIÊNCIA

    Primeiro dia

    13,7 bilhões de anos

    Início da formação do Início do Big Ban: a explosão, céu e da Terra, que era formação dos primeiros elementos sem forma e sem vida. químicos, altíssima temperatura, Havia trevas. Surgiu a formação

    luz.

    inicial

    dos

    corpos

    celestes

    (aglomeração das poeiras cósmicas).

    Segundo dia

    4 a 5 bilhões de anos

    Formação dos corpos A início da organização do Sistema celestes, de acordo com Solar e dos demais corpos celestes, a

    junção

    dos das órbitas dos satélites, dos planetas

    componentes de cada e dos astros formados naquele um.

    período.

    Terceiro dia

    4,5 bilhões de anos

    Formação da crosta Formação interna e externa da Terra, terrestre: separação dos organização dos movimentos dos oceanos e continentes. corpos celestes que já se definia Surgimento dos seres como a atual organização cósmica.

    que fazem fotossíntese.

    Quarto dia

    3,5 bilhões de anos

    Consolidação do Sol e A consolidação da crosta terrestre da Lua.

    (continentes e

    oceanos) e dos demais astros

    celestes, assim como suas

    rotações e translações, o surgimento

    dos organismos

    fotossintetizantes.

    Quinto dia

    550 a 50 milhões de anos

    Deus criou os animais

    Surgem primeiramente os animais

    aquáticos e as aves.

    aquáticos, depois os

    demais animais terrestres.

    21

    Sexto dia

    200 mil anos

    Deus criou os animais

    Surge o homem moderno.

    terrestres e o homem.

    A origem do universo de acordo com a filosofia: a filosofia surge quando as tradições religiosas e mitológicas são colocadas em dúvida. É na Grécia que nos deparamos com o nascimento da filosofia: um novo método de investigação através do questionamento e da argumentação, baseado na lógica, abordando um pensamento mais racional além dos deuses Em torno do século VI a.C., uma profunda mudança de perspectiva ocorreu na Grécia Antiga. Em cada época, o conhecimento vai se modificando e se modificam também, as formas de explicar o Universo. Algumas mudanças são mais radicais e outras mais profundas.

    A filosofia materialista dos atomistas: o atomismo grego se inicia com Leucipo (da cidade chamada Mileto) e Demócrito (de Abdera), ambos do século V antes da era cristã. Pode-se dizer que foram os primeiros gregos a admitir a existência de um espaço vazio, ou vácuo, no qual se moviam partículas eternas, imutáveis –

    os átomos. Admitem uma grande variedade de tipos diferentes de átomos. Todas as coisas se formam, segundo eles, quando os átomos se unem; e são destruídas quando seus átomos se separam.

    Mas esses átomos continuam a existir e vão se reunir, depois, a outros átomos, para formar novos objetos.

    Os átomos não são produzidos a partir de nada. Eles existem sempre. Existiria no universo uma infinidade de átomos, capazes de formar todo tipo de coisas. Os átomos estariam sempre se movendo, exceto quando se prendessem uns aos outros.

    A produção de um novo mundo começaria quando muitas partículas, de todas as formas, se reunissem, vindas de todos os lados, em um grande espaço vazio. Elas se uniriam e produziriam um grande redemoinho, no qual, colidindo umas com as outras, e girando, começariam a se separar, de tal forma que as semelhantes se unissem. À medida que eles vão se separando, os menores vão para a parte externa, enquanto os maiores se juntam e, prendendo-se uns aos outros, formam uma figura esférica.

    22

    Na concepção dos antigos atomistas, os átomos não se atraem nem repelem: não existem forças entre eles. Eles se rendem unicamente porque não são lisos, e podem se enganchar uns nos outros. A união dos átomos semelhantes também não seria produzida por nenhuma força atrativa.

    O universo segundo Aristóteles: Em cada fase da humanidade, a tentativa de explicar o surgimento do universo precisa tentar dar conta daquilo que se conhece sobre a estrutura do próprio universo. Quando se imaginava a Terra como sendo um disco achatado, coberto por uma cúpula hemisférica, era isso o que precisava ser explicado. Mas o conhecimento sobre o mundo foi mudando. Na antiga Grécia, na época de Platão, já se sabia que a Terra era redonda. No século IV antes da era cristã, o grande filósofo Aristóteles, de Estagira (384 a 322 antes de Cristo) apresenta argumentos muito claros para mostrar a forma da Terra.

    Ele indica que, quando um navio se afasta do porto, uma pessoa que fica em terra vê, inicialmente, o navio todo que parece cada 23

    vez menor; mas, depois de uma certa distância, a parte de baixo do navio começa a ficar oculta pelo mar, e por fim só se vê a parte mais alta dos mastros. Se o mar fosse plano, isso não poderia acontecer. Tal acontece exatamente porque o mar é curvo. Nos navios, o melhor ponto de observação é no alto de um mastro. Em terra, o melhor ponto de observação é o alto de uma colina ou de um prédio alto. Se o mar fosse plano, a altura do observador não faria diferença nenhuma. Outra indicação apresentada por Aristóteles é que, quando se viaja para o Sul, na África, começam a ser observadas estrelas que não são vistas na Grécia. Isso é correto. Sabemos que a constelação do Cruzeiro do Sul, por exemplo, não pode ser vista por quem esteja na Europa.

    Isso também acontece por causa da curvatura da Terra: se ela fosse plana, seria possível ver exatamente as mesmas partes do céu de qualquer ponto em que estivéssemos.

    A astronomia grega: Aristóteles não era um astrônomo. Seu interesse era explicar o universo, mas sem entrar em detalhes e sem fazer cálculos. Praticamente todos aceitavam que a Terra estava parada no centro do universo, embora alguns (como Aristarco, de Samos – 310 a 230 antes de Cristo) afirmassem que a Terra girava em torno do Sol. O argumento de Aristarco se baseou nas suas avaliações de tamanho dos astros. O tamanho da Terra já era conhecido na época de Aristóteles; mas discutia-se muito se o Sol e a Lua eram muito menores, ou de tamanho semelhante, ou muito maiores do que a Terra. Aristarco fez as primeiras medidas das distâncias da Terra até a Lua

    e o Sol, e verificou que a Lua

    era menor do que a Terra,

    mas o Sol era muito maior.

    No entanto, as ideias de

    Aristarco não foram aceitas,

    na sua época.

    Ainda

    sobre

    a

    astronomia grega: sabia-se,

    há muito tempo, que a Lua

    estava mais próxima de nós

    do que o Sol. De fato, a Lua

    24

    pode passar entre a Terra e o Sol, produzindo eclipses solares; isso só pode acontecer se ela está mais perto de nós do que o Sol. Nada se sabia sobre as distâncias dos planetas. Conhecia-se, na Antiguidade, a existência de Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno. Sabia-se que Mercúrio e Vênus tinham alguma ligação com o Sol, pois nunca são vistos muito longe dele. Pensava-se que os planetas que se moviam mais lentamente eram os mais distantes da Terra. Nesse caso, Marte, que demora quase dois anos para percorrer os signos do zodíaco, estaria mais próximo. Depois viria Júpiter, que demora quase 12 anos para dar uma volta em relação às estrelas, depois Saturno, cujo período é de quase 30 anos. Mas tudo o que se acreditava eram suposições. Não havia nenhum modo de medir essas distâncias, na época.

    O mais famoso astrônomo da Antiguidade foi Claudio Ptolomeu, que viveu no século II depois de Cristo. Ele aceitou as ideias de Aristóteles, e elaborou uma detalhada teoria matemática dos movimentos dos planetas. Sua teoria permitia prever, com grande precisão, a posição de qualquer planeta, em qualquer época.

    Na época em que as grandes navegações levaram os europeus à América, à Ásia e ao sul da África, ainda se acreditava que a Terra estava parada no centro do universo, imóvel. Em torno dela, existiria uma camada de ar, de altura desconhecida; e, depois, a série de cascas esféricas ou orbes, com os astros. O orbe mais distante da Terra seria a esfera das estrelas fixas, onde estariam todas as constelações. Esse orbe não seria muito distante: apenas uma distância algumas vezes maior do que a que existe entre o Sol e a Terra. As estrelas, presas a essa esfera mais distante, eram imaginadas como coisas muito menores do que o Sol e semelhantes aos planetas.

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