Hipnose de Perda de Peso Rápida e Extrema para Mulheres: Pare de Comer Emocionalmente e Aprenda a comer com Atenção Através da Auto-Hipnose e da Meditação Guiada

De Susana Cruz

Está cansado de acordar a meio da noite e de se render a uma alimentação emocional?
Quer perder os quilos a mais e ficar em forma sem ter de pensar demasiado no planeamento das refeições?
Quer transformar a sua vida com mini hábitos, meditação e alimentação consciente?

Este livro é para si...

 

Muitas dietas estão desactualizadas e são ineficazes, baseando-se na contagem de calorias e em planos alimentares desmotivantes.

Mas há outra forma: a hipnoterapia!

A hipnoterapia é indicada para os comedores emocionais, que normalmente são também nervosos e noctívagos. O objetivo deste tipo de abordagem é quebrar esta falsa ligação.

 

Baseando-se numa combinação de exercícios que transformam a mente, este poderoso livro oferece-lhe um plano comprovado para se libertar dos excessos alimentares e criar uma vida mais feliz, mais saudável e mais gratificante.

 

Este livro explica:

 

Na parte 1:

• Porque é que o seu cérebro lidera o seu corpo - o segredo para uma perda de peso duradoura.
• Como ultrapassar a compulsão alimentar e mudar a forma como encara a comida.
• Quais são as melhores dicas e truques para aumentar a sua motivação e manter-se fiel ao seu plano.
• Como usar a meditação para vencer os desejos de comida e deixar de precisar de açúcar.

Na parte 2:

• O que é o mindful eating e porque é que tantas pessoas o defendem
• Técnicas e estratégias essenciais para a auto-hipnose
• As melhores técnicas de mindful eating que tem de experimentar
• Quais são as regras de ouro fundamentais da banda gástrica hipnótica.

Mesmo que já tenha tentado e falhado antes quando se tratava de fazer dieta, este método comprovado não só o fará ter sucesso com o seu plano de perda de peso, como também aumentará a sua autoestima com mais de 99 afirmações que o motivarão e inspirarão.

 

Feche os olhos e imagine que está a usar a sua forma corporal ideal.

 

• Idioma: Português
• Editora: Susana Cruz
• Data de lançamento: 16 de jun. de 2023
• ISBN: 9798223100935

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INTRODUÇÃO

Olhar-me nos olhos. O termo evoca visões de um psicoterapeuta a acenar com um relógio de bolso. Talvez se lembre de Catherine Keener no filme Get Out, batendo na chávena de chá e hipnotizando um tipo relutante.

Existem numerosas falácias em relação à hipnose, a maioria das quais provém de apresentações mediáticas, como filmes e livros fictícios, diz Irving Kirsch, professor e diretor do Programa de Estudos Placebo da Harvard Medical School. Mas, ignorando os clichés da cultura pop, Kirsch afirma que a hipnose é um tipo de tratamento suplementar bem estudado e genuíno para doenças que vão desde a obesidade e as dores pós-cirúrgicas até à ansiedade e ao stress.

Em termos de perda de peso, algumas das pesquisas de Kirsch descobriram que, quando comparadas com pessoas que recebem terapia cognitivo-comportamental (TCC), que é um dos tratamentos não medicamentosos mais comprovados para perda de peso, depressão e uma variedade de outras condições, aqueles que recebem TCC combinada com hipnose tendem a perder significativamente mais peso. As pessoas que receberam TCC+hipnose perderam mais de 6 quilos ao fim de quatro a seis meses, enquanto as que receberam apenas TCC perderam cerca de metade desse valor. Durante um período de acompanhamento de 18 meses, o grupo que recebeu hipnose manteve a redução de peso, mas o grupo que recebeu apenas TCC ganhou algum peso.

Para além de ajudar a reduzir o peso, existem fortes provas de estudos de que a hipnose pode aliviar com êxito o desconforto físico, segundo Len Milling, psicólogo clínico e professor de psicologia na Universidade de Hartford.

A palavra hipnose deriva da palavra grega antiga para sono (hypnos).

De acordo com a investigação, foi cunhado no início do século XIX por Étienne Félix d'Henin de Cuvillers, um francês interessado na influência da sugestão na mente e nos processos mentais e comportamentais que ocorriam quando alguém caía num transe hipnótico. De acordo com alguns relatos, o nome foi inventado pelo cirurgião escocês Dr. James Braid.

No entanto, a noção de transe hipnótico foi desenvolvida anteriormente, no século XVIII, pelo infame físico alemão Franz MesmerFonte fidedigna. Mesmer afirmou ser capaz de demonstrar a presença de magnetismo animal, que ele definiu como um fluido invisível que flui entre humanos, animais, plantas e coisas e que pode ser gerido para afetar o comportamento das pessoas.

As técnicas falsas de Mesmer deram à hipnose um mau começo, mas a curiosidade médica pelas suas possibilidades manteve-se. Nos séculos XX e XXI, a hipnose foi mais investigada, e os profissionais ficaram a saber melhor o que é e como pode ocasionalmente ser aproveitada para proporcionar vantagens para a saúde.

O que é a hipnose?

A hipnose é um estado mental semelhante a um transe, caracterizado por uma maior atenção, concentração e sugestionabilidade. Embora a hipnose seja geralmente considerada como um estado semelhante ao sono, é mais corretamente definida como um estado de concentração concentrada, maior sugestionabilidade e imaginações vívidas. As pessoas em estado hipnótico podem parecer cansadas ou distraídas, mas na realidade estão hiperconscientes.

Embora existam muitos mitos e ideias erradas sobre a hipnose, trata-se de um procedimento muito genuíno que pode ser utilizado para fins terapêuticos. Foram demonstradas as vantagens médicas e terapêuticas da hipnose, nomeadamente no alívio da dor e da ansiedade. Foi mesmo proposto que a hipnose pode ajudar a aliviar os sintomas da demência.

A hipnose é uma opção terapêutica que pode ajudá-lo a enfrentar e a tratar uma série de doenças.

Para isso, um hipnotizador ou hipnoterapeuta qualificado leva-o a um nível de relaxamento profundo (por vezes descrito como um estado de transe). Enquanto se encontra neste estado, o hipnotista pode fornecer ideias para o ajudar a tornar-se mais recetivo à mudança ou à melhoria terapêutica.

As experiências de transe não são invulgares. Já esteve num estado de transe semelhante se alguma vez se deixou dormir enquanto via um filme ou sonhava acordado.

A verdadeira hipnose ou hipnoterapia não implica balançar relógios de bolso ou ser apresentada em palco como parte de um espetáculo.

Há mais de 200 anos que se debate e discute a hipnose, mas a ciência não consegue explicar adequadamente como funciona. Testemunhamos o que uma pessoa faz quando está sob hipnose, mas não sabemos porquê. Esta é uma única peça de um puzzle muito maior: o funcionamento da mente humana. É duvidoso que a ciência venha a fornecer uma explicação sólida para a mente num futuro próximo, pelo que a hipnose também continuará a ser um mistério.

Os psiquiatras, por outro lado, compreendem as características gerais da hipnose e têm alguma noção do seu funcionamento. Trata-se de um estado de transe que se distingue por uma grande sugestibilidade, relaxamento e imaginação exaltada. Não é exatamente como o sono, porque o indivíduo está acordado durante todo o tempo. É frequentemente equiparado a sonhar acordado ou a perder-se num livro ou num filme. A pessoa está totalmente consciente, mas filtra a maior parte dos estímulos à sua volta. Concentra-se no assunto que tem em mãos, excluindo todos os outros pensamentos.

Um mundo imaginado parece-lhe parcialmente real no transe quotidiano de um sonho acordado ou de um filme, no sentido em que envolve completamente as suas emoções. As ocorrências imaginárias podem produzir medo, desespero ou prazer reais, e pode até dar um solavanco no seu assento se algo inesperado acontecer (um monstro que salta das sombras, por exemplo). Alguns académicos classificam todos estes transes como tipos de auto-hipnose. Milton Erickson, o maior especialista mundial em hipnotismo do século XX, afirmou que os indivíduos se hipnotizam a si próprios com regularidade. No entanto, a maior parte dos psiquiatras concentra-se no estado de transe induzido por técnicas de relaxamento e de concentração intencionais. A hipnose profunda é por vezes associada ao estado mental calmo que existe entre a vigília e o sono.

Na hipnose tradicional, as recomendações do hipnotizador ou os seus próprios pensamentos são encarados como se fossem genuínos. Se o hipnotizador indicar que a sua língua se expandiu para o dobro do tamanho normal, pode sentir uma sensação na boca e ter dificuldade em falar. Se o hipnotizador aconselhar que beba um batido de chocolate, irá saboreá-lo e senti-lo arrefecer a língua e a garganta. Se o hipnotizador sugerir que está aterrorizado, pode sentir medo ou começar a suar. Mas está sempre consciente de que tudo não passa de um sonho. Essencialmente, está a brincar ao faz-de-conta a um nível elevado, tal como uma criança.

As pessoas sentem-se libertadas e confortáveis neste estado mental invulgar. Isto deve-se, muito provavelmente, ao facto de se desligarem das ansiedades e dúvidas que normalmente controlam as suas actividades. Poderá sentir-se da mesma forma quando vê um filme: à medida que se interessa pela narrativa, as suas preocupações com a sua carreira, família, etc., desaparecem, até que só se consegue concentrar no que está a passar no ecrã.

Neste estado de espírito, é também muito sugestionável. Ou seja, se o hipnotizador o aconselhar a fazer alguma coisa, é provável que aceite totalmente o conceito. É isto que torna as apresentações dos hipnotizadores em palco tão excitantes. Adultos que normalmente são reservados e razoáveis, de repente andam pelo palco a cacarejar como galinhas ou a cantar a plenos pulmões. O medo da vergonha parece ter desaparecido. No entanto, o sentimento de segurança e moralidade do sujeito permanece firmemente enraizado durante todo o evento. Não se pode obrigar um hipnotizador a fazer algo que não se quer fazer.

CAPÍTULO 1: COMPREENDER A HIPNOSE

A expressão hipnose faz-nos pensar numa figura sombria que diz Dorme... Dorme... com uma voz grave de barítono, ou de um pêndulo que balança e encanta a todos. De facto, a hipnose está longe dessas fantasias de Hollywood.

Longe de ser um meio de controlar as faculdades mentais (e físicas) de outra pessoa, a hipnose é uma técnica para ganhar foco, concentração e relaxamento. Também ajuda no tratamento de fobias, traumas e até mesmo desconforto físico.

Como a maioria dos praticantes descreve, toda a hipnose é apenas auto-hipnose, com ou sem orientação externa. Trata-se de alcançar um estado de espírito diferente, semelhante ao estado de calma e concentração obtido durante o transe meditativo. Quando uma pessoa entra num transe hipnótico de boa fé e como extensão da sua colaboração voluntária, pode fazer muito mais do que é facilmente alcançável no estado normal (totalmente acordado).

É fundamental lembrar que a maioria dos equívocos sobre hipnoterapia são simplesmente isso - mitos e ansiedades mal direccionadas. Para começar, a hipnose não significa perder o controlo ou entrar em coma quando se ignora o mundo à sua volta. Na realidade, na fase de relaxamento da hipnose, a pessoa pode concentrar-se consideravelmente melhor, ouvir e focar vozes e ruídos muito mais longe do que o habitual.

O receio de que se possa entrar num transe hipnótico irreversível, do qual o hipnotizador não conseguirá despertar, também não tem fundamento. Este receio, juntamente com o pressuposto de que o hipnotizador é todo-poderoso e pode obrigar-nos a fazer tudo o que quiser, é uma das principais razões pelas quais muitas pessoas têm dificuldade em ser hipnotizadas.

A hipnose tem a ver com a cooperação voluntária do sujeito numa viagem mental aos mundos da sua própria consciência. É um transe que transforma o estado consciente para permitir que a pessoa se concentre e se focalize melhor no assunto ou tópico em questão - e assim encontrar respostas usando toda a força do intelecto.

Mesmo nas circunstâncias mais improváveis, se alguém adormecer, será o sono típico que todos nós experimentamos, e o sono cessará após um curto período de tempo, e o indivíduo acordará corretamente. Se o hipnotizador alguma vez ordenar ao sujeito hipnotizado que faça algo que não faria em circunstâncias normais - ou um ato que vá contra o seu enquadramento moral - o sujeito acordará e voltará a um estado totalmente consciente.

Mais do que qualquer outra coisa, a hipnose é uma questão de atenção e crença - um jogo de ver e sentir o que o hipnotizador propõe e, por sua vez, o que o paciente aceita percecionar. Simplificando, a hipnose é um método de visualização, um dos mais poderosos e úteis, especialmente para relaxamento, concentração e resolução de problemas.

Toda a compreensão está na experiência

A melhor maneira de compreender a hipnose é experimentá-la por si próprio. Ponha de lado os seus medos e receios e experimente!

Faça um punho entrelaçando os dedos de ambas as mãos. Feche os olhos e visualize - o mais claramente possível - os dedos a serem soldados no lugar com uma luz laser indolor. Imagine esta imagem como um filme nos seus pensamentos. Torne-a colorida, viva e autêntica.

Quando a soldadura estiver terminada, tente separar os dedos, acreditando que não se podem separar porque foram fundidos. Se fizer este exercício fechando os olhos, descobrirá que os dedos são de facto inseparáveis.

De facto, quanto mais se tenta, mais próximas e inseparáveis parecem. Depois de ter passado por isto, relaxe e visualize o mesmo laser a fazer a sua magia novamente - desta vez para apagar a soldadura. Abra os olhos, examine os dedos, abra e abra as mãos.

Se teve problemas com isto - ou seja, se não funcionou corretamente - faça-o novamente, desta vez acreditando que funcionará. Mais importante ainda, tente imaginar o processo de soldadura da forma mais clara possível. Vai funcionar.

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Uma forma eficaz de relaxamento rápido

A respiração é o núcleo da hipnose: respiração lenta, metódica e controlada. Leia esta pequena parte que descreve um método de relaxamento rápido e depois experimente-o você mesmo - pois esta é a essência da hipnose.

Sente-se numa cadeira com as costas direitas e os pés bem assentes no chão.

Feche os olhos. Mantenha-os fechados durante todo o exercício (por agora, leia e depois experimente como explicado).

Inspire longa e profundamente. Mantenha-a no lugar durante dois segundos. Deixe-a sair lenta e deliberadamente.

Repete. Respira fundo e deliberadamente. Agarre-se a ela. Deixe-se ir. Já pode sentir o seu corpo a relaxar.

Repetir o processo uma terceira vez. Respire fundo. Agarre-se a ela. Expire os seus pulmões. Faça tudo isto prestando muita atenção à sua respiração e dando-lhe toda a sua atenção.

Simplesmente sente-se imóvel no final da terceira respiração, repare no seu estado mental e experimente a calma que a sua mente e o seu corpo estão a sentir.

Após alguns segundos, diga a si próprio que vai abrir os olhos e voltar ao seu estado normal depois de contar até três.

Lenta e lentamente, conte 1-2-3 antes de abrir os olhos.

O que acabou de experimentar é o estado hipnótico primário - o modo de transe fundamental que lhe permite realizar a maior parte das actividades hipnóticas. São utilizadas várias técnicas para aprofundar o transe hipnótico e aumentar o seu impacto. Quanto mais profundo for o transe, maior será o êxito do tratamento hipnótico.

Partilhar a experiência com outros

Agora que já temos uma ideia fundamental do que é a hipnose, podemos testá-la noutra pessoa e deixá-la sentir o poder da calma. Uma vez que só irá utilizar o método de relaxamento, comece por informar a pessoa de que irá partilhar uma técnica de relaxamento e visualização. Desta forma, evita-se o receio que o termo hipnose evoca.

Instrua a pessoa a sentar-se confortavelmente, com as costas direitas e relaxadas e os pés apoiados no chão. Feche os olhos da pessoa e conduza-a através do método de respiração. Faça-o de forma lenta e deliberada; não se apresse nem se deixe levar pela excitação.

Quando a pessoa tiver atingido um estado de espírito tranquilo após três longas respirações, peça-lhe que junte as mãos, entrelaçando os dedos, e conduza-a através da visualização de soldadura (como discutido anteriormente). Lembre-se de passar pelo procedimento de forma metódica e deliberada, e dê tempo ao sujeito para passar pelas visualizações mentais.

Depois de se certificar de que a pessoa não consegue soltar as mãos, proceder à separação das