Armadilhas Cerebrais que causam a obesidade: Emagrecer é possível!! Não é um sonho, é científico, é real
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Sobre este e-book
Não é minha intenção minimizar a nutrição, a correta ingestão de calorias, a dieta balanceada, a atividade física diária e a queima de calorias. Esses critérios continuam sendo válidos. Mas você já percebeu que apenas isso não o levou ao resultado permanente?
O que busco apresentar é onde está a raiz desse problema, que até aqui você tem percebido apenas os sintomas e os resultados visíveis. Para alcançar o seu objetivo, você precisa conhecer quem é esse vilão que tem levado inúmeras pessoas ao ganho de peso e, assim, aprender a usar a alavanca que vai resgatá-lo. E, com certeza, você vai desejar convidar o seu maior aliado para participar dessa jornada, o seu cérebro.
Ao fazer um link com as técnicas aqui apresentadas, no final desta leitura, você se tornará um neurotrainner, capaz de se libertar desse círculo vicioso de perda e ganho de peso. De certa forma, você pode se sentir aliviado ao saber que isso não está acontecendo apenas com você, mas é exatamente a partir deste ponto que você deve sair da zona de conforto, levantar, respirar fundo e começar a autoinvestigação que essas páginas lhe oferecem.
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Armadilhas Cerebrais que causam a obesidade - Elaine Schesmann
1º CAPÍTULO
MAGRA E MAGRO PRA SEMPRE – COMO ALCANÇAR ESSE OBJETIVO?
Se você deseja encontrar uma forma segura para emagrecer e já fez várias tentativas, ao ler este livro você vai esquecer tudo o que já ouviu sobre perda de medidas e emagrecimento, ao compreender a verdadeira razão que leva à obesidade e como solucionar essa problemática.
Não estou falando de mágica nem de um produto novo, mas de soluções simples e técnicas práticas que o ajudarão a alcançar o seu objetivo.
Quando idealizei escrever este livro foi pensando em oferecer a você um caminho seguro, sem necessitar dos métodos arcaicos, ineficientes, inseguros, agressivos, prejudiciais e até desumanos para gerenciamento de peso. O projeto deste livro nasceu do forte desejo que senti de encontrar uma forma saudável para ajudá-lo a alcançar seu peso ideal.
Se algum dia você parou em frente ao espelho, com certeza veio a sua mente: Preciso emagrecer!
. Esse é um conceito geral. Ao ver a necessidade de perder peso, a solução parece óbvia: Preciso ter força de vontade, domínio próprio e fazer dieta! Isto é, fechar a boca!
. Mas quantas vezes você enfrentou frustrações após várias tentativas?
Isso não está acontecendo apenas com você. De acordo com a pesquisa realizada pelo Instituto Synovate e pelo Hospital do Coração de São Paulo, atualmente no Brasil 50% das mulheres e ¼ dos homens brasileiros estão fazendo algum tipo de dieta.
Por que as pessoas não estão alcançando o seu objetivo? Apesar de já terem experimentado várias dietas, privando-se de alimentos calóricos e restringido a quantidade de alimentos ingeridos por algum tempo, para logo em seguida simplesmente voltar à estaca zero.
O consenso geral é que você é responsável por tudo isso, já que ninguém o está obrigando a comer, mas você sabe quantas vezes prometeu a si mesmo que iria resistir, e novamente, sem perceber, cedeu. Depois de ingerir mais calorias acima do que você tinha programado, sente-se frustrado. E é muito difícil ouvir as pessoas dizerem que a perda de peso não acontece por causa de sua falta de força de vontade, autodisciplina e falta de moderação em tudo.
Essa afirmação não é de forma alguma verdadeira. Acompanhe-me nesta leitura e você descobrirá quem é o culpado, e por que as pessoas estão ficando acima do peso. E o melhor é que você encontrará a verdadeira forma de superar tudo isso e alcançar o seu objetivo. Você vai se surpreender!
2º CAPÍTULO
EFEITO SANFONA
Não tem nada pior do que, depois de passar um bom tempo fazendo dieta, ao voltar a sua vida normal
, você ser surpreendido ao ver quão rapidamente começa a ganhar peso novamente. E o que é mais difícil de encarar: agora você está pesando mais do que antes! Afinal o que está acontecendo com o meu corpo? Você deve se perguntar e com certeza você quer saber a resposta.
Esse é o efeito sanfona. Isso acontece porque essas flutuações de peso podem ser tão ou mais nefastas que o excesso de peso inicial. Perdas e ganhos de peso consecutivos podem desencadear alterações no comportamento alimentar, diminuir o metabolismo basal dificultando ainda mais o controle de peso a longo prazo e podem ainda originar problemas psicológicos, como a diminuição da autoestima, sentimentos de fracasso e frustração.
E os resultados do efeito sanfona não param por aí. O emagrecimento ocorre devido à perda de massa magra e não por perda de gordura corporal. Esse tipo de emagrecimento leva à deficiência de nutrientes, o que deixa a imunidade baixa e o organismo suscetível a doenças inflamatórias, infecções e viroses. O novo fitness dura pouco tempo, isto é, quanto mais rápido emagrece, mais rápido ganha peso.
A pergunta ainda continua: Por quê? Por que engordamos? E quem é o culpado? Mas, principalmente: Como perder medidas e obter resultados satisfatórios e permanentes?
São vários os fatores que contribuem para o ganho de peso e podem assim ser classificados: neurológicos, endócrinos, genéticos, inatividade física, ambientais e psicológicos. Dentre as múltiplas causas, a Organização Mundial de Saúde destaca as causas mais comuns. E elas são: os fatores dietéticos, ambientais e a predisposição genética.
Contudo, existem poucas evidências de que algumas populações são mais suscetíveis à obesidade por motivos genéticos, o que reforça serem os fatores alimentares responsáveis pela prevalência da obesidade em diferentes grupos populacionais.
Nos Estados Unidos, na década de 1990, o governo enfrentou um problema com a saúde pública, o qual estava se agravando de forma exponencial. O povo americano estava cada dia mais acima do peso, a obesidade chegou a níveis alarmantes.
Os governos e cientistas, intrigados com a situação, perguntavam-se, o que estava provocando essa problemática?
Quando se fala em obesidade, muitas vezes as pessoas olham apenas a aparência. O aspecto físico é apenas a ponta de um grande iceberg mergulhado nas profundezas do organismo. O ganho de peso é considerado um fator de risco para o aparecimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs). O que significa uma grande chance de adquirir diabetes tipo 2, hipertensão arterial que está associada as doenças do aparelho circulatório e outras tantas mais.
Bem, mas voltando aos Estados Unidos, como esse país decidiu resolver essa questão?
O alerta veio não só pelo peso da situação, mas porque o sistema de saúde americano havia quebrado, e o governo não estava conseguindo atender à demanda. Colocou então essa problemática nas mãos dos cientistas, os quais descobriram que o fator mais importante para a mudança de peso estava na mudança dos hábitos alimentares ocorrido nas últimas décadas.
A partir de então, novas pesquisas começaram a ser realizadas direcionadas a encontrar uma solução. A Harvard Medical School (faculdade de Medicina de Harvard) realizou uma pesquisa com 559 crianças, desde o nascimento, e constatou que muitas dessas crianças começavam a ficar acima do peso aos seis meses de idade e, aos três anos, já estavam obesas.
A decisão foi buscar descobrir o porquê de toda essa situação. E a grande descoberta foi avassaladora, já que a solução para ela estava tão intrincada e enraizada, tornando a solução pública muito complicada. A grande e terrível descoberta foi que o tipo de alimento que é oferecido para o povo americano estava desencadeando o ganho de peso de forma assustadora.
O que estava acontecendo com a alimentação do povo americano para contribuir de forma tão rápida na implantação de uma problemática de tal proporção?
Voltando um pouco no tempo, vemos que no passado a alimentação era provida na zona rural; toda família, mesmo as que moravam nas cidades, tinha um belo quintal com pomar e uma horta para prover parte da alimentação da casa. Era comum ir às feiras livres e ver os agricultores vendendo seus próprios produtos fresquinhos colhidos na região.
No entanto, desde que a população aumentou, a necessidade de um grande número de alimentos se tornou evidente. A alimentação da população humana se tornou uma preocupação ao surgir os grandes centros urbanos. Os alimentos agora precisavam ser transportados para longas distâncias e no trajeto muitos deterioravam e não era mais indicado para o consumo.
Surgiu então uma grande necessidade, era preciso estocar esses alimentos por tempo prolongado, mas que preço a saúde humana teria que pagar? Hoje é possível encontrar o leite que era vendido na porta das casas diariamente, nas prateleiras, com dois anos de validade. E outros alimentos delicados e de fácil deterioração viajando quilômetros dentro de embalagens, preservados para chegar as suas mãos. Como isso é possível? Os alimentos são submetidos ao calor, à pasteurização e a adição de aditivos químicos; a estrutura molecular do alimento muda, dificultando a assimilação e absorção dos poucos nutrientes que restam.
No caso do açúcar, por exemplo, que está ganhando cada dia mais adeptos, nem sempre teve todo esse sucesso. No passado, ninguém tinha um potinho de açúcar em sua casa, ele foi desconhecido e ignorado pela humanidade por mais de trinta e cinco séculos, mas era normal encontrar um pote de mel nas moradias, o que era usado muito raramente.
Ninguém preparava sucos adoçados ou doces em compotas, até que o almirante Nearchus, navegando pelas Índias Orientais, a serviço de Alexandre – o Grande, encontrou algo tão doce como o mel e o descreveu como um tipo de mel
, o açúcar preparado da cana-de-açúcar. Levou a grande descoberta para a Europa, e as famílias mais abastadas começaram a consumir o novo produto.
A partir do século XVI, foi registrado um crescente consumo do açúcar que já atingia oito milhões de quilos por ano.
Em 1674, um médico inglês, Dr. Thomas Willis, descreveu, pela primeira vez entre a nobreza, alguns sinais e sintomas da diabetes, uma doença desconhecida até então, que se caracterizava por micção constante e sabor adocicado da urina. Porém, como as duas classes dominantes, o clero e a nobreza, obtinham grandes riquezas da comercialização do açúcar, ele, com medo de perder o prestígio e a cabeça, colocou um nome em latim na enfermidade e a culpa no mel: Diabetes Mellitus, que significa excesso de micção causada por inflamação provocada pelo mel.
No princípio do século XX, o impacto negativo do aumento de consumo de açúcar sobre a saúde da população em geral já era evidente. O Dr. Robert Boesler, um dentista de Nova Jersey, escreveu em 1912:
O sistema moderno de refinamento de açúcar tem trazido uma série de enfermidades. O açúcar comercializado nada mais é do que ácido cristalizado. Se em tempos passados ele era tão custoso que somente os ricos podiam comprá-lo, era então do ponto de vista econômico sem consequências para a nação. Mas hoje, devido ao seu baixo custo, o açúcar tem causado uma degeneração no povo, que creio ser hora de um esclarecimento geral. A perda da força vital pelo consumo de açúcar no último século e na primeira década deste, jamais poderá ser recuperada e deixará para sempre sua marca sobre a raça humana. O que foi destruído pelo açúcar está perdido e não pode ser recuperado.
Ele falou com base comprovada cientificamente nos efeitos nocivos que o açúcar provoca no organismo humano. O açúcar branco passado pelo refinamento é um carboidrato puro com 99,5% de sacarose. É considerado como uma droga porque, no processo de refinamento, todos os nutrientes, tais como as vitaminas, minerais, proteínas, gorduras e enzimas são removidos, deixando apenas os carboidratos que, nessa condição, nada mais são do que calorias vazias, ou seja, sem os outros elementos que vão contribuir para a sua absorção e assimilação adequadas pelo organismo.
Uma vez ingerido dessa forma, o corpo tem que lançar mão de vários nutrientes para metabolizá-lo, principalmente as vitaminas do complexo B, roubando assim essa vitamina dos nervos, músculos, fígado, rins, coração, pele, olhos e sangue. Isso deixa esses órgãos com deficiência desta vitamina, o que vai contribuir para várias enfermidades, como: beribéri, pelagra, problemas cardíacos,