Missões
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Missões - Carlos Araujo Carujo
MISSÕES
A Conquista Religiosa do Pará
Carlos Araujo Carujo
MISSÕES
A Conquista Religiosa do Pará
2023
© 2023 Carlos Araujo Carujo
Todos os direitos reservados.
Proibida a reprodução.
Copyright © 2023
By Carlos Araujo Carujo
Capa do Autor
Edição publicada em JULHO de 2023
IMPRESSO NO BRASIL - PRINTED IN BRAZIL
C257c Carujo, Carlos Araujo
MISSÕES - A Conquista Religiosa do Pará / Carlos Araujo Carujo — 2023.
115f.
1. Colonização. 2. Amazônia. 3. Jesuítas. 4. Carmelitas Mercedários. 5. Franciscanos. 6. Pará I. Título.
ISBN 978-985-11-2133-1 CDU 34
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mediante dados fornecidos pelo autor.
RESUMO
Introdução
As Missões Religiosas
Capítulo 1
A Companhia de Jesus
Capítulo 2
As Missões de Conquista
Capítulo 3
Marcos Militares e Religiosos
Capítulo 4
Poder Paralelo
Capítulo 5
Choque de Civilizações
Capítulo 6
Negro no Pará Colônia
Capítulo 7
Doce Inferno dos Negros
Capítulo 8
Bibliografia e Referências
Sugestões de Leitura
Capítulo 9
Perfil Biográfico do Autor
Introdução
As Missões Religiosas
As missões religiosas, assim como os fortes militares, contribuíram para fixar marcos da penetração portuguesa na Amazônia. Isso foi fundamental, para a conquista, uma vez que colonização. desse território já era disputada por outros povos.
As ordens religiosas que atuaram nesse sentido, na Amazônia, foram a dos Frades de Santo Antônio, Jesuítas, Carmelitas, Mercedários, Capuchos da Piedade e Frades da Conceição da Beira do Minho.
As ordens religiosas não chegaram todas juntas. Os Carmelitas, por exemplo, vieram em 1627, os Jesuítas em 1636. Os padres tiveram que enfrentar fortes reações, a competição entre os colonos.
Destaque-se que as próprias ordens religiosas disputavam, entre si, o direito sobre o indígena, não apenas como servos de Deus, mas como necessária mão-de-obra para a subsistência das missões. Isso, num momento de maior tensão, exigiu a intervenção governamental, inclusive.
Para resolver a contenda religiosa, no Vale Amazônico, Cartas Régias foram editadas ficando cinco áreas de atuação:
1 - Os franciscanos de Santo Antônio receberam as missões do Cabo do Norte, do Marajó e do Norte do Rio Amazonas.
2 – Os jesuítas receberam as áreas dos Rios Tocantins, Xingu, Tapajós e Madeira.
3 – Aos franciscanos capuchinhos foi dada as áreas da Piedade, do Baixo Amazonas e o centro Gurupá.
4 - Os mercedários ficaram com as áreas com as do Urubu, Anibá, Uatumã e trechos do Baixo Amazonas.
5 - Aos carmelitas couberam as áreas dos Rios Negro, Branco e Solimões.
Já no final do Século XVII as missões religiosas ocupavam larga área que viria se tornar a região amazônica brasileira.
A ocupação do Vale do Amazonas, pelos indígenas, tinha uma importância fundamental. Os índios conheciam bem o território. Eles eram os guias na floresta, nos rios. Além de caçadores, coletavam as drogas do sertão
, pois conheciam totalmente a flora local.
Os missionários organizaram a coleta. Os padres, para utilizar o trabalho indígena, pregavam que, da totalidade da colheita, partes seriam destinadas a Tupã. No entanto, essas porções eram, posteriormente, levadas para a Europa e comercializadas com grande lucro.
A colonização se impôs. Fundamentou-se no extrativismo, o que marcou a vida econômica da região.
A obra dos religiosos, na colonização da Amazônia, compreendia no Regimento das Missões (1686). Haveria a conversão católica dos gentios, sua sujeição ao domínio da coroa. Aprenderiam a língua portuguesa, as tribos seriam organizadas em núcleos urbanos e haveria o aproveitamento de sua força de trabalho para os trabalhos de extrativismo e serviços agrícolas.
O território foi distribuído entre as ordens, conforma as cartas régias de 1687 e1714. Os grupos de religiosos iniciaram a missão colonizadora, espalhando-se em milhares de quilômetros no vale amazônico.
Os carmelitas expandiram a colonização no que antigamente fora domínios espanhóis. Depois deles vieram os inacianos e os mercedários, que ocuparam a área na qual fica, atualmente, o Estado do Amazonas.
As missões jesuíticas ocuparam as vizinhanças dos rios Tapajós e Madeira.
Os mercedários, por sua vez, foram se estabelecer junto à divisa do Pará, nos cursos dos rios Urubu e Uatumã.
Os carmelitas formaram aldeamentos às margens dos rios Solimões, Negro e Branco. Este último onde fica o atual Estado de Roraima.
As missões atendiam ao trabalho de exploração econômica de suas regiões. A metrópole precisava de tais empreendimentos porque, depois que perdeu o império asiático, era uma forma de dar continuidade ao comércio de especiarias no que a Amazônia era riquíssima.
Na tarefa de conversão dos índios e de coletar as drogas do sertão
, os religiosos iam criando missões junto às margens dos