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Nova York Para Sempre: Um Amor Para Recomeçar
Nova York Para Sempre: Um Amor Para Recomeçar
Nova York Para Sempre: Um Amor Para Recomeçar
E-book115 páginas1 hora

Nova York Para Sempre: Um Amor Para Recomeçar

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Sobre este e-book

Cristina Müller tinha o grande sonho de ir embora para os Estados Unidos da América e quando finalmente chega ao seu destino, há tempos desejado, vive inesquecíveis momentos de alegria, dúvidas, dor e realizações.
Na cidade de Nova York ela começa a trabalhar como babá na casa da família Olsen, onde encontra pela primeira vez Eric Preston, um empresário próspero e feliz que administra a empresa dos pais. No entanto, após enfrentar a maior tristeza de sua vida ele se torna um homem amargo e solitário, quase incapaz de viver o amor.
Cristina tenta conquistar o coração de Eric que o tempo todo se mostra resistente sempre fugindo de seus sentimentos, afinal amar não é algo tão simples assim, e isso porque os obstáculos precisam ser vencidos e toda dor superada.
IdiomaPortuguês
EditoraXinXii
Data de lançamento16 de ago. de 2023
ISBN9783989116177
Nova York Para Sempre: Um Amor Para Recomeçar

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    Nova York Para Sempre - Jamila Mafra

    Cristina estava eufórica com a notícia que acabara de receber. Saltitante e aos gritos, invadiu o quarto da irmã mais nova:

    — Amanda! Amandinha, minha fofa!

    — O que foi?

    — Você não vai acreditar!

    — O que aconteceu?

    — Deu certo! Eu consegui!

    — O que deu certo? Que gritaria é essa? Você mal consegue respirar!

    — Eu vou para os Estados Unidos da América! Fui aceita no programa de intercâmbio e consegui o visto de trabalho! – sem fôlego, revelou a novidade.

    Amanda fez uma feição de surpresa, erguendo as sobrancelhas depois de ver a irmã tão entusiasmada.

    — Calma, Cris! Fale devagar, sem gritar, respire. Então você finalmente entrou para o tal intercâmbio de babás?

    Respirou bem fundo, tentou se acalmar e explicou:

    — Sim, eu consegui! Enfim vou realizar meu sonho! Embarco para Nova York ainda esta semana! Já está tudo acertado! – exclamou, empolgada.

    — Que bom que deu tudo certo depois de tanto tempo tentando. Mas você realmente acredita que terá algum futuro por lá trabalhando como babá? Pense bem, as coisas não são tão simples como parecem. – Amanda questionou-a em tom quase desmotivador.

    — Mas é claro que eu terei um futuro nos Estados Unidos! Isso é tudo que eu sempre quis! A princípio, ficarei lá por dois anos. Sei que não será fácil e que ser uma simples babá não é grande coisa para as pessoas que me cercam e me criticam, mas, se eu não tentar por esse caminho, posso me arrepender para o resto da minha vida. – Defendeu seu sonho mais vez.

    Cristina tinha apenas dezenove anos de idade e muitos sonhos para tentar realizar. Eram tantas as expectativas guardadas no coração daquela garota...

    Seu encantamento pelos Estados Unidos começou cedo, logo na infância, sempre repetindo que queria muito viver em Los Angeles ou Nova York, ser atriz de cinema, conquistar o mundo. Trabalhou durante toda a adolescência e juntou dinheiro para um dia poder ir embora. Estudou inglês por muito tempo até começar a falar fluentemente. Ela agia como se tudo sempre estivesse prestes a acontecer.

    Seu pai, Santiago Rodríguez, homem simples, dono de uma pequena oficina mecânica no bairro República, imigrante colombiano que há décadas adotara o Brasil como residência, e sua mãe, Sofia Mueller, brasileira nata de São Paulo, descendente de alemães e professora concursada no estado, não aprovaram no início a ideia de ver a filha ir embora sem destino certo para uma terra estranha.

    — Eu não entendo você, Cris. Vai aos Estados Unidos para cuidar de crianças! Ce é pra ser uma simples babá, pode continuar aqui, estudar e ser algo melhor que isso – Santiago comentava, sem entender direito as razões da filha.

    — Para ficar nos Estados Unidos, eu trabalharia até de catar papelão na rua. Estar e viver lá são as coisas que importam pra mim. Eu vou porque este é o meu sonho, essa é a minha vontade! É por isso que a maioria das pessoas não é feliz: se diminuem por causa da opinião dos outros e têm medo de seguir sua vontade. Mas eu seguirei os meus sonhos, mesmo que o mundo inteiro esteja contra mim – reforçou a ideia como alguém que defendia o mais nobre ideal.

    Um dia antes do embarque, ansiosa, Cristina arrumou suas malas. Amanda ajudou-a a escolher as melhores roupas e casacos de inverno. Disse à irmã:

    — Você foi mesmo muito corajosa e persistente nos seus ideais durante todos esses anos. Agora, enfim, estamos aqui arrumando suas malas para que você finalmente parta rumo à tão desejada América. Eu lembro bem quando as pessoas perguntavam por que você havia comprado tantos casacos de frio daquela maneira se aqui em São Paulo não faz tanto frio assim.

    — Achavam que eu era louca por gastar dinheiro aparentemente por nada.

    — A sua resposta era que não os usaria aqui, mas sim quando estivesse no inverno dos Estados Unidos. Agora finalmente chegou a hora do seu sonho se realizar.

    — Eu mal posso acreditar que estou partindo para o lugar dos meus sonhos! Estou tão feliz. Vou fazer um snowman no quintal!

    — Seus olhos brilham e confirmam as suas palavras, minha irmã. Nunca vi alguém amar tanto um país como você ama os Estados Unidos.

    Abraçaram-se.

    ***

    Acompanhada de Amanda e dos pais, dentro do carro, a caminho do aeroporto Internacional de Guarulhos, Cristina não conseguia disfarçar sua ansiedade. Observava pela janela o mundo acontecendo do lado de fora e as avenidas pareciam intermináveis. Roía as unhas.

    ***

    — Vá com Deus, minha irmã. Te desejo muita sorte. Quem sabe logo irei te visitar lá.

    — Eu vou te esperar, Amanda. Vamos fazer compras juntas na Times Square. Será incrível! – Cristina se empolgou novamente.

    — Filha, tenha cuidado. Você estará sozinha. Não tome decisões sem me consultar por telefone, me ligue e mande mensagens. Eu confio em você! – Sofia abraçou-a, beijando o rosto dela em seguida.

    — Cris, se cuida. Seu pai vai estar sempre aqui te esperando. – Santiago também a abraçou com força.

    O coração da viajante acelerava mais e mais conforme ela subia as escadas do avião. Ao sentar-se na poltrona, teve a sensação de estar a caminho das mais inesperadas experiências.

    Logo que desembarcou no aeroporto John F. Kennedy, sentiu a face regada por uma lágrima de emoção. Ao respirar pela primeira vez os ares das avenidas de Nova York City, a mulher recém-chegada ainda tinha lágrimas correndo pelo rosto. Se tudo aquilo fosse apenas um sonho, ela não queria acordar nunca mais.

    Dentro do carro de Ellen, a mais nova babá admirou o Queens com olhos brilhantes, encantados pela novidade. Os quarenta minutos até Manhattan foram os mais incríveis. De longe pôde avistar a Estátua da Liberdade. Seu coração disparou. Ao passar pela Times Square, pediu a Ellen que parasse o carro por um minuto, desceu e tirou muitas fotos com seu tablet.

    Era outono no hemisfério norte, o vento já soprava frio. Cristina estava vestida com seu sobretudo marrom, comprado há três anos e reservado para aquele momento único.

    Seguiram diretamente ao endereço de seu novo emprego, a casa de Ellen Olsen. Viúva, Ellen morava já há alguns anos em Manhattan e cuidava dos negócios da família com a ajuda das filhas e do genro. O tríplex se localizava a quarenta minutos da Estátua da Liberdade. Com ela moravam Joliet, sua filha mais velha, Jefferson, seu genro e a pequena Carolyn.

    — Cristina, essa é a pequena Carolyn, nossa querida bebê. A partir de agora você vai cuidar dessa princesinha e nos ajudar nos serviços da casa. – Ellen apresentou a pequena, que estava no carrinho.

    — Eu vou amar cuidar dela. Adorei este lugar e tudo que vi até agora. Estou feliz por estar aqui, dona Ellen. – Cristina agradeceu-a.

    — Eu tenho outra filha que se chama Daisy. Ela mora sozinha, acabou de comprar uma bela casa no Staten.

    — Em Staten?

    — Sim.

    — Nem é tão longe.

    — Uns quarenta minutos daqui. A Daisy sempre

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