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A Ponte.
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E-book671 páginas5 horas

A Ponte.

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Sobre este e-book

Esta obra foi escrita com a finalidade de rever os artigos publicados pelo autor e médico José Valdaí de Souza, desde 1974, em revistas, jornais e livros. Uma espécie de Antropologia Literária cujos conteúdos discorrem sobre vários assuntos do nosso dia a dia, versando sobre pesquisas, medicina, avanços na área de terapias e novas descobertas sobre biologia molecular, com possíveis aplicações na saúde e bem-estar social. Neste estão presentes também alguns artigos sobre momentos políticos, alimentos saudáveis e perspectivas para o futuro do homem e do meio ambiente. Resumindo, a trajetória do autor desde 1974 até os dias atuais, em 2023. Por isso, o título da obra, A PONTE – Ligando o Passado ao Presente. José Valdaí de Souza
IdiomaPortuguês
Data de lançamento28 de nov. de 2023
A Ponte.

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    A Ponte. - Dr. José Valdaí De Souza

    1974

    Certificado de Qualificação Profissional da Associação Médica do Rio Grande do Sul – Exame da AMRIGS, em 14 de setembro de 1974.

    Formatura em Medicina pela Fundação Faculdade Católica e Medicina de Porto Alegre, em 1º de dezembro de 1974.

    1975

    Participante Efetivo do 2º Congresso Argentino de Oncologia Clínica e Quimioterapia Antineoplásica e 2º Jornada Rio-platense de Quimioterapia Antineoplásica.

    Participou do III encontro Brasil-Paraguai de Prevenção de Câncer Ginecológico, em Foz do Iguaçu, Brasil, com pesquisa de campo com as Índias Paraguaias, coordenação do Prof. Moyses Parcinik da Universidade de Curitiba, Paraná.

    1976

    Última novidade

    para controlar o envelhecimento celular

    Primeira descoberta de um Imunoterápico, realizada por pesquisadores brasileiros em 1965 e tornada medicação em 1970.

    Esta placa está próxima ao vulcão Rano Rau, Ilha da Páscoa, para lembrar o feito dos pesquisadores brasileiros.

    http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/9/96/Rapamycin_plaque_on_Easter_Island.JPG/200px-Rapamycin_plaque_on_Easter_Island.JPG

    Fotografia pelo autor em fevereiro de 1976, na Ilha de Páscoa: esta ilha foi descoberta por Jacob Roggerveen, holandês, em 1722, num domingo de Páscoa, por isso o nome.

    Na língua Rongorongo (escrita pascoense), chama-se:

    Te Pito O Te Henuá: Umbigo do mundo;

    Mata Ki te Rangi: Olhos fixos no céu;

    Rapamicina: Rapamune (sirolimus), do fungo Streptomyces Hygroscopicus, descoberto por pesquisadores brasileiros na Ilha de páscoa, em 1965.

    Rapamicina afeta a proteína mTOR que controla o metabolismo celular. Ela é usada como imunomodulador em transplantes renais e revestimento de stents arteriais; também vem sendo usada para várias doenças, sendo que agora vamos iniciar para controle do Alzheimer do marcador presente APO E 4 e SOD baixo.

    Ilha de Páscoa, fevereiro de 1976

    1978

    Participante Efetivo do XII Congresso Internacional do Câncer, em Buenos Aires, Argentina.

    1979

    Certificado de Participação do Seminário Sobre Câncer e Meio Ambiente e do Curso Sobre Câncer Ocupacional, em 24 de janeiro de 1979.

    1981

    Interiorização dos Estudantes

    Esta proposição foi apresentada no II SINAMP (Simpósio Nacional de Assistência Médico-Previdenciária), em Brasília, 1981.

    O autor da proposição, José Valdaí de Souza, considerou a necessidade de interiorização das áreas de saúde no meio rural, dos estudantes de último ano nas faculdades de Medicina, Agronomia, Veterinária, Serviço Social e Odontologia. Esta tem a finalidade de despertar o sentido de responsabilidade, integração e compromisso social com o desenvolvimento no interior do pais. Prestando assistência, promovendo programas de educação e conhecimento das necessidades do interior do país e desempenhando nos estudantes o interesse de trabalhar nas regiões para as quais forem designados.

    Os programas deverão contar com a participação financeira dos Municípios, Estado e Faculdades, sendo estágio curricular e de caráter obrigatório com duração de 6 (seis) meses, utilizando toda a rede local de serviços de saúde, sob a coordenação dos docentes das faculdades integradas no programa.

    O grupo de discussão no congresso aprovou a proposta, por unanimidade. Também encaminhou para o MEC para assumir o compromisso político de participar do processo de desenvolvimento dos Recursos Humanos no País, no que diz respeito à qualidade e à adequação do ensino superior às necessidades reais da população, não apenas incentivando, mas, principalmente, promovendo a destinação efetiva e adequada em todas Universidades Federais dos projetos do IDA.

    Publicado no livro II SINAMP – Brasília

    18 de setembro de 1981

    1982

    Médico osoriense participa de congresso internacional

    José Valdaí de Souza, médico cirurgião osoriense com especialidade em câncer, é, até agora, o único participante gaúcho do 13º Congresso Internacional promovido pela União Internacional de Combate ao Câncer (UICC), a realizar-se de 8 a 15 de setembro em Seattle, Washington, EUA. Este é o maior evento médico mundial afirma Valdaí de Souza, com convicção, pois também participou do 12º Congresso realizado em Buenos Aires, há quatro anos.

    De acordo com o programa recebido da UICC, o congresso está aberto a todas as especialidades médicas e abordará temas de grande valia como: Avanços em Terapia do câncer; Radiologia do câncer; Programas Internacionais de Oncologia; Cirurgia oncológica; últimas terapias disponíveis; consequência do câncer avançado; diagnósticos tardios; Bioquímica e Endocrinologia; vida e câncer; Imunologia; Meio Ambiente e mutações ambientais que desencadeiam tumores.

    Para o médico, esta é uma oportunidade de obter novos conhecimentos e técnicas de grande valia nas atividades que exerce na sua clínica particular, no posto do INAMPS, onde, como médico chefe, já conseguiu instalar uma unidade de prevenção contra o câncer, além de ser o fundador do núcleo da Liga de Combate ao Câncer, em Osório-RS, à qual pretende dar novos rumos após o seu regresso. O congresso que, além de abordar os temas citados, tem o objetivo de integrar os especialistas, proporcionando-lhes uma atualização de alto nível no campo da oncologia, envolve, segundo o médico, conhecimentos que só serão acessíveis aos médicos não participantes meses e até anos após o evento, tendo em vista o grande número de informações e a demora para as suas respectivas publicações.

    Sobre o fato de ser, até o único médico brasileiro a participar deste congresso Valdaí de Souza, culpa a falta de uma maior divulgação, não acreditando que seja por falta de interesse, pois sem dúvida, trata-se de um acontecimento importante nesta área.

    Jornal Revisão – Osório

    2 de setembro de 1982

    1983

    Recebeu Certificado de Cirurgião Geral pelo Conselho Federal de Medicina.

    29 de dezembro de 1983

    1986

    Membro da União Internacional de Combate ao Câncer.

    Recebido em Budapest, Hungria, no 14º Congresso Internacional de Câncer.

    27 de agosto de 1986

    Radicais livres

    Em 1954, o médico e químico Dr. Denham Harman concluiu, após anos de pesquisas, que os radicais livres são a causa básica do envelhecimento e que a sua ação no organismo pode ser modificada por fatores genéticos e ambientais. Vários estudos posteriores demonstraram o efeito dos radicais livres em diversas doenças, como o câncer, diabetes, asma, depressão, doenças reumatológicas e as doenças cardiovasculares.

    Radicais livres são átomos que têm um elétron não pareado no seu orbital mais externo. Esse elétron não pareado é extremamente instável e, na busca de estabilidade, rouba um elétron de outro átomo. Cada vez que uma proteína ou um lipídio perde um elétron sofre modificações irreversíveis na sua forma e função e, por haver perdido um elétron, torna-se um novo radical livre, criando uma verdadeira reação em cadeia.

    Os radicais livres são formados na mitocôndria, que pode ser considerada o motor das células. É nas mitocôndrias que a célula produz energia a partir da glicose e do O2. É neste processo que os radicais livres são formados e imediatamente neutralizados pelas enzimas existentes dentro da mitocôndria. Essas enzimas têm vários minerais na sua composição, como ferro, manganês e selênio. No caso de deficiência na síntese dessas enzimas por falta dos minerais necessários, ou no excesso de O2 a ser metabolizado, teremos um aumento dos radicais livres que podem escapar da mitocôndria atingindo a célula e a corrente sanguínea, sendo então combatidos pelas vitaminas antioxidantes (vitamina C, E, A, betacaroteno, riboflavina, etc.) e por outras enzimas que têm cobre, zinco e selênio na sua composição.

    Os radicais livres não neutralizados pelas substâncias antioxidantes causam danos ao organismo. Várias condições causam aumento dos radicais livres: cigarro (100 mil novos radicais livres por tragada), drogas, álcool, infecções, asma, câncer, diabetes, hipoglicemia, hipertensão arterial, exercício intenso em pessoas sem condicionamento físico apropriado, estresse profissional, escolar ou familiar, alimentação inadequada, poluição ambiental, radiações solares, etc. A ingestão adequada dos minerais e das vitaminas que atuam no sistema antioxidante do organismo contribui para que os radicais livres permaneçam dentro dos limites fisiológicos não causando danos ao organismo.

    10 de abril de 1986

    1987

    Esgoto na Lagoa

    Dr. José Valdaí de Souza, defende uma imediata solução para o grave problema do lançamento dos esgotos de Osório na Lagoa Marcelino. Um dos objetivos é a preservação da própria água que abastece a cidade.

    Jornal Momento – Osório

    15 de janeiro de 1987

    Volta

    O Dr. José Valdaí de Souza encontra-se nos Estados Unidos, participando do Congresso Internacional de Medicina Ortomolecular, em Orlando. Ele retorna dia 15 de maio, contando as novidades da terra de Reagan.

    Jornal Momento – Osório

    3 de maio de 1987

    AIDS: o cuidado com o veraneio

    Com a AIDS próxima de você, a população do Litoral Norte do estado atinge índices assustadores. As cidades, com média de 50 mil no inverno, de repente veem sua população atingir, no caso de Tramandaí, até 1 milhão de pessoas.

    Certamente esse aumento de população também significará um aumento das doenças sexualmente transmissíveis, e, neste caso, a AIDS merecerá uma atenção especial da Secretária de Saúde do estado e das próprias Prefeituras Municipais.

    Preocupada com essa situação, a reportagem do Jornal Momento procurou o médico José Valdaí de Souza, para saber da sua opinião sobre essa situação. O médico, a princípio, não é de total apoio com o tipo de propaganda que o governo está fazendo para evitar a AIDS. Segundo o médico, a propaganda não deve ser tão violenta, pois o termo AIDS mata. Apesar de verdadeira, a propaganda transmite uma ideia para as pessoas se afastarem do aidético, e isso não é a melhor forma, sendo exatamente o contrário pois é nesse momento que o doente mais precisa de apoio humano.

    Para o verão, o Dr. José Valdaí de Souza propõe que as prefeituras façam uma propaganda de que as pessoas tenham mais cuidados nas suas relações sexuais e conheçam o parceiro. Hoje, a faixa etária de 13 a 19 anos é a que mais tem atividade sexual sem orientação nenhuma, destaca o médico. As prefeituras da região deveriam fixar orientações em lugares de acesso ao público. Todos os municípios deveriam fazer isso, e não ficar esperando somente pelo estado. Acredito que as Unidades de Saúde e Secretarias de Saúde das Prefeituras devem ter controle, principalmente, sobre as casas noturnas, no bom sentido de orientar as pessoas e tornar esses ambientes menos promíscuos.

    Outra sugestão do Dr. Valdaí é a dos órgãos públicos responsabilizarem os donos das casas noturnas para que se tenha uma melhor higiene, banheiros e roupas de camas limpas, com um controle todo especial. A melhor maneira ainda de se evitar não só a AIDS, mas também as outras doenças sexualmente transmissíveis, é a higiene.

    Como seria feito esse trabalho de conscientização? Ao responder essa pergunta, o Dr. José Valdaí sugere que os motéis e casas noturnas vendam preservativos, pois a melhor maneira para se evitar a AIDS é uma educação sadia. Sobre a publicidade, visando evitar a doença, o médico sugere que se faça uma propaganda menos agressiva, pois esta, ao contrário, poderá prejudicar profundamente os doentes e facilitar que as pessoas encarem com menos credibilidade a própria doença, pois, em não dando chance de sobrevida ao portador de uma determinada enfermidade, poderá levar a população ao descrédito de tais afirmações.

    Outro assunto levantado pelo médico é de que as prefeituras devem fazer um grande trabalho de combate ao mosquito. "Isso é apenas um alerta, pois, se o mosquito transmite doenças como febre amarela e malária, por que o dito vírus não poderá ser transmitido, se está na corrente sanguínea? E, se não transmite, pelo menos incomoda bastante a população.

    Finalizando, o médico sugere uma reunião com os proprietários das Casas Noturnas e Motéis, para uma espécie de alerta geral. Isso certamente ocasionará uma diminuição das doenças venéreas. Fora isso, somente a Educação Sexual nas Escolas poderá evitar um mal maior.

    Jornal Momento – Osório

    15 de outubro de 1987

    1988

    Hormonioterapia hoje

    Hormonioterapia é atualmente o tema que vem atraindo mais cientistas e médicos de todo o mundo para estudos e pesquisas. Estamos regressando dos Estados Unidos, onde, por vários dias, num encontro Internacional, podemos discutir e rever conceitos sobre o uso de terapia de reposição. As pesquisas estão voltadas, primeiro, para avaliar a real necessidade do uso de hormônios e como cada organismo se comporta antes e após a terapia. São testes de laboratório que são enviados para São Paulo, alguns e outros para os Estados Unidos, sem grandes custos.

    Existe uma rígida conduta quanto à avaliação, pois o que vem se observando é o uso indiscriminado por médicos e terapeutas com pouco conhecimento sobre o assunto. Verdadeiros absurdos estão sendo cometidos com a reposição hormonal sem qualificação e quantificação das necessidades do paciente.

    As mulheres são as que mais vêm sofrendo com essa iatrogenia. Estando no pré ou pós-menopausa, recebendo, sem a devida avaliação, verdadeiras bombas aceleradoras do desenvolvimento do câncer de mama, útero e ovários, bem como causadoras de total desequilíbrio no seu sistema endócrino. Resultado disso é o chamado efeito ioiô – emagrece engorda –, um crime brutal à saúde. Quanto aos homens, o tema passa a ser melhor avaliado, pois os tumores de próstata estão aumentando e certamente os grandes responsáveis são os hormônios sintéticos, usados para perder peso e ganhar força física, um perigo para os jovens adolescentes e para a impotência sexual, o que levará a um aumento da pressão arterial e a um maior risco de infarto do coração e derrames cerebrais.

    Todos os médicos foram unânimes ao concordar que o uso do hormônio sintético isoladamente é perigoso, e que sempre se precisa combinar a orientação nutricional com o uso de antioxidantes, vitaminas, sais minerais e aminoácidos, bem como com a adequação do ambiente associada a exercícios físicos adequados a cada indivíduo.

    A osteoporose, os cânceres de mama, intestino grosso, útero, ovários, próstata, rins, as alterações nas gorduras do sangue, a impotência sexual, a obesidade, as doenças circulatórias e a diminuição da elasticidade da pele são patologias de que se pode fazer a prevenção e reverter, desde que seja feita adequadamente a correta terapêutica. O médico deve assumir o seu papel com o paciente, ser atencioso, atualizado e humilde para não se deixar levar por induções mercantilistas de propagandas enganosas de determinados laboratórios. Precisa tentar curar o paciente, e não piorar os seus problemas.

    Jornal Revisão – Osório

    31 de maio de 1988

    A Nova Medicina

    Este século está marcado por grandes eventos em que o homem está conseguindo se reproduzir fora do seu meio natural, as máquinas ultrapassam a rapidez da inteligência humana, os veículos criados pelo homem estão atingindo velocidades nunca antes imaginadas, enfim, transformações quase de ficção. Porém a medicina, nesses cem anos, apesar de algumas áreas terem evoluído, não conseguiu curar doenças do século passado, como: doenças cardíacas, diabetes, arteriosclerose, artrites e outras. No entanto, criaram-se novas técnicas para diagnósticos e cirurgias, o que nos permite substituir peças do corpo humano, mesmo assim, não tínhamos como evitar o seu desgaste. Mas, como a ciência não parou, um eminente cientista, Dr. Denham Harman, descobriu o que poderíamos chamar de o maior avanço da Medicina neste século, OS RADICAIS LIVRES. Esses elementos atômicos são os assassinos do nosso organismo, e somente agora estão sendo desvendados.

    São os radicais livres que agridem e destroem os constituintes essenciais das células, e disso resultam as doenças. Uma verdadeira revolução na Medicina; essas mudanças já estão levando a alterações delicadas na área da tecnologia médica. Grandes produtores de medicamentos e de materiais cirúrgicos, bem como de drogas para tratamento de doenças crônicas, não servem só ao homem, pois com a acentuada pesquisa na área da engenharia genética todos os seres vivos também se beneficiarão. É imaginável a transformação que a descoberta dos radicais livres poderá trazer para a face da terra. As principais fontes de radicais livres são: doenças respiratórias que levam ao uso inadequado do oxigênio pelo nosso organismo; fagocitoses; síntese das prostaglandinas; sistema de produção do Citocromo P-450; reações não enzimáticas do oxigênio e radiações ionizantes.

    As principais doenças causadas pelos radicais livres são: arteriosclerose; câncer; hipertensão essencial; demência senil do tipo Alzheimer; amiloides; osteoartrites; degeneração senil de mácula; perda de visão progressiva; catarata senil; Parkinson; anemia de Fanconi; Síndrome das Florescências; Lúpus; eritematoso sistemático; diabete mellitus tipo II; pré-eclâmpsia; cirrose de Laennec do alcoólatra; pancreatite aguda; síndrome de angustia respiratória do adulto; e intoxicações por metais pesados. Como sabemos, são essas as doenças que fazem o maior número de óbitos e levam à morbidade que incapacita milhares de pessoas para as suas atividades físicas e psíquicas, causando uma grande perda para o trabalho e consequentemente o ônus para as instituições ou familiares. Porém a esperança é que hoje podemos evita-las fazendo o tratamento precoce com a inibição dos radicais livres, um tratamento relativamente fácil, mas que ainda demanda gastos, pois toda a terapêutica é importada e precisa de profissionais treinados, com conhecimento profundo de medicina, biofísica e bioquímica, o que é um grande obstáculo no nosso país, pois não temos material didático, livros, para estudarmos.

    Embora a prevenção seja o melhor meio de se manter uma boa saúde, é importante lembrar que aquelas pessoas que se submeteram a cirurgias cardíacas, tipo ponte de safena, by-pass, revascularização de membros inferiores, pacientes com câncer que receberam quimioterapia ou fizeram aplicações de radioterapia, devem fazer o tratamento ortomolecular, pois diminuirá muito os índices de complicações, e com isso poderão ter uma vida melhor e mais longa. Infelizmente são poucos os médicos brasileiros que estão estudando essa nova medicina, provavelmente pelo alto custo econômico, uma vez que é preciso ir para os Estados Unidos e não se pode contar com nenhum auxílio financeiro.

    Um grupo está estudando e promovendo encontros para podermos trazer esta oportunidade aos nossos colegas, e, para isso, criamos a Sociedade Brasileira de Medicina Ortomolecular, da qual sou o Secretário, e já promovemos o 1º Simpósio Internacional, em Porto Alegre, em outubro de 1987. Estiveram presentes mais de oitenta médicos de vários estados brasileiros e dos Estados Unidos, e já estamos organizando, para abril de 1989, na cidade de São Paulo, o 2º Simpósio, com a participação de especialistas de vários países. Isto, na certa, abrirá as portas para que os médicos, farmacêuticos e bioquímicos brasileiros tomem conhecimento dessa promissora perspectiva de melhorar a vida de nossos pacientes e curar doenças que até agora somente tratamos paliativamente.

    Jornal Momento – Osório

    23 de junho de 1988

    Novas Terapêuticas

    A Clínica Osório (COL) já dispõe de novas terapêuticas para a osteoporose e doenças degenerativas, tais como: diabete, reumatismo, doenças cardiovasculares, câncer e a utilização do hormônio do crescimento, quando indicado.

    Jornal Momento – Osório

    11 de setembro de 1988

    1989

    Medicina Ortomolecular discutida em simpósio

    Realizado em São Paulo, nos dias 21 e 22 de setembro de 1989, no Maksoud Plaza, o 2º Simpósio Internacional de Medicina Ortomolecular contou com a presença de 650 médicos. Apesar da maioria ser brasileira, vieram também profissionais dos Estados Unidos, assim como da França, Alemanha, Inglaterra, Argentina e Uruguai. O secretário da Sociedade Brasileira de Medicina Ortomolecular, Dr. José Valdaí de Souza, com clínica nesta cidade, foi um dos participantes do Simpósio.

    Segundo o Dr. Valdaí, foi discutido o maior avanço em medicina, hoje, de todo o mundo, que é a medicina ortomolecular. Esta nova visão científica trata a causa das doenças através da ação da molécula, a menor partícula corrigível da matéria. Assim, as doenças degenerativas como reumatismo, enfarte do coração, trombose, diabetes, etc., que não tinham cura pela medicina comum, já podem receber tratamento eficaz através da medicina ortomolecular.

    Foi constatado no Simpósio que está sendo feito no Brasil o mesmo tratamento realizado nos centros mais avançados de outros países, principalmente nos Estados unidos, na França, no Japão e na Alemanha. Estamos crescendo junto com os outros países, no que se refere ao trabalho feito com doenças degenerativas, comenta o Secretário. A dificuldade no tratamento de pacientes no Brasil ainda existe, porém por três motivos básicos, destaca o Dr. Valdaí: falta de remédios que têm que ser importados, a realização dos exames no exterior e o desconhecimento dos médicos. Estes fatores tornam o tratamento um pouco caro.

    Outra conclusão extraída do Simpósio foi a necessidade de integração entre os vários profissionais que atuam na área da saúde: médicos, veterinários, engenheiros, nutricionistas, etc. para conjuntamente fazer medicina. O Secretário ressalta, contudo, a importância desses estudos que estão sendo realizados e a necessidade de a sociedade tomar conhecimento: Estamos fazendo uma medicina hoje que será de domínio geral só daqui uns cinco anos, finalizou.

    Jornal Momento – Osório

    28 de setembro de 1989

    1992

    Clínica Osório Ltda.

    (COL) traz médicos russos para Osório

    O russo Alexander Dolganov, sua esposa Alla Dolganova e a filha do casal, Julia Dolganova, chegaram a Osório no dia 16 de novembro passado, para desenvolver, aqui, diversas atividades no campo médico, após sua revalidação de diploma, como também a sua fixação permanente na cidade.

    A família é proveniente de São Petersburgo, na Rússia. Alexander é médico especializado pelo Departamento de Neurobiologia de São Petersburgo, na área de Neurologia e Neurofisiologia, e sua esposa Alla também é formada em medicina e especializada em Bioquímica e Virologia pelo Instituto de São Petersburgo.

    Em entrevista no dia 24 de novembro, na COL, juntamente com o Dr. Valdaí, Alexander explicou, (com tradução simultânea do Dr. Valdaí), os objetivos de sua vinda para o Brasil, e em especial para Osório. Após contatos, o Dr. Dolganov demonstrou interesse em desenvolver seu trabalho aqui, nós o aceitamos para uma primeira visita de adaptação e trâmites legais de imigração, no sentido de que possam permanecer definitivamente conosco, em Osório, trabalhando na COL, acrescenta o Dr. Valdaí.

    Perguntado por que escolheu o Brasil, Alexander respondeu que eu sabia que havia maior aceitação pela população de estrangeiros no Brasil, além do clima agradável deste país. Acredito no Brasil, ele tem muito futuro, por isso decidi vir para cá. Não escolhi a Inglaterra, a própria Europa ou os Estados Unidos porque são países que estão com os seus futuros definidos. Além disto, encontrei amizade nos correspondentes, o que foi muito importante.

    Alexander é especializado em neurologia e pós-graduado em epilepsia, desde o nascimento até a fase adulta. Ele traz, também, em bagagem, novos medicamentos e métodos para a doença. Alexander acrescenta que pretendo desenvolver um ótimo trabalho no Brasil e estou aberto para trocar experiências com meus novos colegas daqui.

    Alla Dolganova é essencialmente uma médica pesquisadora e pretende continuar desenvolvendo seu trabalho na área da virologia, como também na bioquímica, em especial no grupo dos antioxidantes e radicais livres na COL, utilizando, também, novos medicamentos neste setor. O início dos trabalhos está dependendo dos tramites legais de imigração e do reconhecimento do diploma no país.

    O Dr. Valdaí explica que trouxe Alexander e Alla para Osório após descobrir que os dois eram especialistas em áreas não muito desenvolvidas em nosso meio e de extrema necessidade, bem como por serem jovens e de fácil adaptação. Nós resolvemos aceitar o pedido de desenvolver seu trabalho aqui, porque irá, certamente, enriquecer a qualidade dos nossos serviços, o que resultará em uma melhor medicina para os nossos pacientes. A qualidade advém do poder de pesquisa e avanço cultural que eles têm. Pensamos que, em vez de irmos estudar fora do país, era melhor trazer alguém com capacidade de ensinar aqui.

    Em um momento posterior, adianta o Dr. Valdaí, serão abertas oportunidades de reuniões com médicos locais, da região e até mesmo do estado, para troca de experiências.

    Alexander, perguntado sobre a situação em seu país de origem, respondeu que está muito difícil viver lá. A máquina governamental foi destruída e o atual governo não tem experiência, só fala e promete e não realiza nada. A população está descrente e não confia na situação atual.

    Jornal Momento – Osório

    27 de novembro de 1992

    1993

    Dr. Valdaí retorna ao INAMPS

    O Dr. Valdaí de Souza, em entrevista ao Jornal Momento, explicou as razões da sua volta ao INAMPS e o que o levou a sair do Instituto.Durante dez anos, foi diretor do INAMPS, 5 anos no Posto e 5 na chefia do Serviço de Medicina Social do litoral norte do Rio Grande do Sul.

    O médico salientou que sempre adotou uma filosofia de trabalho na qual as pessoas procuravam o serviço do INAMPS e eram atendidas da melhor forma possível, sem discriminação política ou outra qualquer. Não permitindo interferência política no serviço de saúde, razão pela qual alguns vereadores de Osório, candidatos a prefeito na época (1989), não aceitaram e procuraram, junto à Superintendência do INAMPS, em Porto Alegre, uma forma de nos afastar do cargo, disse. Na ocasião foi instituída uma comissão de inquérito composta de 4 pessoas especializadas do INAMPS (vindas de Porto Alegre), que por oito meses receberam diárias e ajuda de custo para investigar a vida pessoal e profissional do médico.

    Conta o Dr. Valdaí que "na época foram datilografadas mais de duas mil páginas de papel e ouvidas centenas de pessoas, também nós fomos ouvidos e declaramos à comissão que desafiávamos encontrar qualquer irregularidade na atividade. Encerrada a Comissão de Inquérito sob grande pressão política, o Sr. Superintendente, Osmar Terra, achou por bem exonera-lo da função pública. Então o Dr. Valdaí procurou a justiça e agora, após três anos, foi reintegrado novamente ao cargo com todos os direitos adquiridos durante os três anos. Hoje está novamente no cargo atendendo apenas as consultas médicas.

    O médico disse que está sensibilizado, pois após o seu regresso os pacientes estão voltando a consultar com ele, pacientes que tiveram dificuldade em procura-lo na clínica privada. Estou muito contente, esperando assim dar minha contribuição a estes clientes e rogando não sofrer mais intervenções políticas, podendo desenvolver o trabalho com atenção e dedicação ao público.

    O Dr. Valdaí deixou claro que na época não existiu ação ou interferência do partido que na época governava a prefeitura nem do atual que governa hoje.

    E quanto ao Sistema de Municipalização da Saúde? A atual política de saúde do município, o que nos interessa no momento é o paciente, e estamos conscientes que o atual sistema de municipalização da saúde é a melhor forma para se cuidar da saúde. Para isso é preciso uma boa dedicação médica, dos funcionários auxiliares e uma boa integração da administração da secretaria da saúde, médicos e funcionários, sem interferência política partidária, concluiu.

    Jornal Momento – Osório

    23 de abril de 1993

    1997

    COL (Clínica Osório LTDA.) apresenta o futuro

    na área da saúde

    Osório já conta com um importante serviço para pessoas que se preocupam com a saúde e ao mesmo tempo com o seu condicionamento físico. A Clínica Osório Ltda. (COL) está com um departamento especializado em preparação física, aliado a um trabalho de recuperação e prevenção. Conforme o médico José Valdaí de Souza, diretor da clínica, trata-se de um serviço que integra atendimento médico, psicológico e nutricional cujo objetivo é a prevenção de doenças cardiovasculares, obesidade e osteoporose.

    Numa sala da clínica estão localizados aparelhos como esteira computadorizada, bicicleta ergométrica, estação de musculação completa, mesa para supino e alongamento, aparelho para abdominais e todos os acessórios para ginástica. Rodrigo Rolim Rech é o preparador físico que atende individualmente cada pessoa. Conforme Rodrigo, a vantagem deste tipo de atendimento é que se tem a segurança de uma clínica. O rendimento do trabalho é mais rápido por ser individualizado, afirma. Ele ressalta que trabalha sozinho, mas com uma equipe formada por médico, psicólogo, fisioterapeuta e nutricionista. Rodrigo é o chamado personal trainer que dá aulas individuais e inclusive atende a domicílio em qualquer horário.

    Na COL a pessoa encontra um serviço moderno que conta com um monitor de frequência cardíaca, em formato de relógio, que tem a precisão de um eletrocardiograma. Fabricado na Finlândia, ele proporciona uma grande segurança para quem realiza os exercícios. Os alunos que realizam exercícios físicos na COL ganham grátis um teste de bioimpedância através do qual é possível conhecer a composição da sua massa corporal.

    Em relação à eficiência deste sistema de atendimento individual, Rodrigo Rolim frisa que os resultados aparecem mais rapidamente do que numa academia, onde, por sessão, cerca de 20 alunos são atendidos pelo instrutor. Dá como exemplo o caso de um indivíduo que perdeu dois quilos em quatro semanas.

    O médico José Valdaí de Souza explica que o objetivo da COL é a prevenção de doenças. Todo indivíduo de até 50 anos de idade deve fazer o exame preventivo e receber orientação, mais especificamente os grisalhos, fumantes e obesos, observa. Todo jovem obeso será um cardiopata em potencial alerta. Conforme Souza, o indivíduo que inicia a prática de atividade física precisa realizar exame cardiovascular.

    A COL utiliza suplementação alimentar após exames mineralógicos de cabelo, avaliação das vitaminas, aminoácidos e sais minerais em conjunto com os dados clínicos do paciente. Caso necessário, ele recebe uma suplementação alimentar. A clínica não utiliza moderador de apetite.

    A frequência mínima às sessões de preparação física é de duas a três vezes por semana, de acordo com a disponibilidade do paciente. O custo vai depender de cada indivíduo, de suas necessidades e do tempo. Na COL também existe o serviço de massoterapia, onde são realizadas massagens, aplicação de aparelhos, ultrassom, eletro-estimulantes e trabalho através de choques (TNS). Ali a pessoa pode tratar problemas de coluna, tornozelo, panturrilha, Tendão de Aquiles, entre outros. O massoterapeuta Juarez Azevedo prepara o paciente para passar para o trabalho físico

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