Museus de arte e a deficiência visual: um encontro possível através da tecnologia: definição de requisitos para aplicativos destinados a prover acesso de pessoas com deficiência visual a museus de arte
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Sobre este e-book
Um ponto central da pesquisa foi compreender as necessidades que as pessoas com deficiência visual têm ao irem aos museus de arte. Como metodologia foram utilizados um estudo de caso exploratório que simulou o cenário do uso de um aplicativo no Jardim das Esculturas do Museu de Arte Moderna de São Paulo e abordagem da área de Engenharia de Software que compreende a construção do software como um processo que envolve diversas atividades, visando a construção de um documento de requisitos. Como resultado do estudo, foram desenvolvidos casos de uso bem como um documento de requisitos com vistas à construção de aplicativo destinado a prover o acesso de pessoas com deficiência visual a museus de arte.
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Pré-visualização do livro
Museus de arte e a deficiência visual - Cintia Rodrigues dos Santos Mariano
Dedico este livro a minha amada família e aos meus maiores presentes Ana Luiza, Yasmin e Silvio! Sem todos vocês nada faria sentido!
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus pela oportunidade de realizar mais esta conquista, almejada por tanto tempo e finalmente concluída.
E na caminhada árdua e longa que foram esses dois anos de pesquisa, agradeço imensamente a minha família, por todo apoio, dedicação e sei que sem todos vocês não conseguiria concluir esta pesquisa.
Agradeço o carinho de meus pais Miriam e João Samuel que com um olhar amoroso sempre acreditaram em mim, mesmo sabendo que seria um caminho difícil de trilhar.
Ao meu esposo Silvio pela sua compreensão, incentivo, dedicação e amor incondicional que desde sempre me ajudam muito e a minha filha Ana Luiza pelo carinho e agradeço por compreender minhas ausências.
Aos meus queridos irmãos Junior e Ana Paula que sempre me incentivaram e ajudaram a superar todas as dificuldades, obrigada por sempre desejarem o melhor para mim. Aos meus cunhados Ludmila e Rodrigo que pela imensa ajuda, força e carinho. Agradeço a Lara por sua alegria contagiante!
Ao meu orientador desta pesquisa Professor Dr. Juan Manuel Adán Coello, da Pontificia Universidade Católica de Campinas, pela paciência, dedicação, motivação e acima de tudo pela confiança e por acreditar que esta pesquisa poderia ser realizada! Agradeço imensamente pelo seu empenho e disposição para ajudar neste trabalho!
Aos educadores do Museu de Arte Moderna de São Paulo, em especial Gregório Sanches e a aos colaboradores Katia e Donizete por terem colaborado ativamente a esta pesquisa.
Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Linguagens, Mídia e Arte da Puc-Campinas que contribuíram para que esta pesquisa fosse realizada, Professora Dra. Luisa Paraguai, Professora Dra. Marcia Rosa e Professor Dr. Carlos Alberto Zanotti. E ao imenso carinho e grandes contribuições da Professora Dra. Lucia Helena Reily da Universidade Estadual de Campinas.
O correr da vida embrulha tudo.
A vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
Sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem.
Guimaraes Rosa
SUMÁRIO
Capa
Folha de Rosto
Créditos
1 INTRODUÇÃO
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA VISUAL NO BRASIL
1.2 ACESSIBILIDADE E MOBILIDADE
1.3 OBJETIVOS
1.4 METODOLOGIA
2 A ACESSIBILIDADE EM MUSEUS DE ARTE
2.1 PINACOTECA DO ESTADO DE SÃO PAULO
2.2 MUSEU DE ARTE MODERNA DE SÃO PAULO
2.3 MUSEU DO LOUVRE
2.4 MUSEU DE ARTE MODENA DO RIO DE JANEIRO, INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT-RIO DE JANEIRO, VICTORIA & ALBERT MUSEUM EM LONDRES, MUSEUM OF CYCLADIC ART - GRÉCIA
2.5 SÍNTESE DO CAPÍTULO
3 A MEDIAÇÃO TECNOLÓGICA E A MEDIAÇÃO CULTURAL
3.1 CONCEITOS SOBRE A RELAÇÃO DE MEDIAÇÃO TECNOLÓGICA ENTRE SOFTWARE E USUÁRIO
3.2 MEDIAÇÃO CULTURAL E MEDIAÇÃO A PARTIR DA ABORDAGEM DA ARTE-EDUCAÇÃO
3.3 APLICATIVOS PARA ACESSO À OBRAS DE ARTE
3.4 SÍNTESE DO CAPÍTULO
4 METODOLOGIA PARA A ELICITAÇÃO DE REQUISITOS DE SOFTWARE
4.1 A ENGENHARIA DE REQUISITOS
4.2 CLASSIFICAÇÃO DE REQUISITOS
4.3 A ELICITAÇÃO DE REQUISITOS
4.4 SÍNTESE DO CAPÍTULO
5 ESTUDO DE CASO: VISITA AO JARDIM DE ESCULTURAS DO MUSEU DE ARTE MODERNA DE SÃO PAULO
5.1 O JARDIM DE ESCULTURAS
5.2 CARACTERIZAÇÃO DOS PARTICIPANTES
5.3 ANÁLISE DO ESTUDO DE CASO
5.3.1 Mobilidade
5.3.2 Mediação e experiência estética
6 ESPECIFICAÇÃO DOS REQUISITOS DO APLICATIVO
6.1 DIAGRAMAS DE CASO DE USO
6.2 CENÁRIO
6.3 BREVE DESCRIÇÃO DAS INTERAÇÕES DO CASO DE USO
6.4 SÍNTESE DO CAPÍTULO
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
APÊNDICE 1 - DOCUMENTO DE REQUISITOS PARA APLICATIVOS DESTINADOS A PROVER O ACESSO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL A MUSEUS DE ARTE
APÊNDICE 2 - FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DOS PERCURSOS REALIZADOS NO MUSEU
Landmarks
Capa
Folha de Rosto
Página de Créditos
Sumário
Bibliografia
1 INTRODUÇÃO
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA VISUAL NO BRASIL
Esta pesquisa discute a importância do acesso de pessoas com deficiência visual a obras arte e foca o uso de dispositivos móveis que contribuem com a acessibilidade dessas pessoas a obras de arte expostas em museus.
Faz-se necessário salientar que, a partir das definições sobre acessibilidade apresentadas, a pesquisa discutiu a acessibilidade a obras de arte em museus nos seguintes quesitos: mobilidade, mediação das obras e experiência estética.
Como referencial teórico para embasar esta introdução foram utilizados os seguintes documentos: a Convenção das Pessoas com Deficiência-CPCD (2009), documento que consolida os direitos humanos de todas as pessoas com deficiência, o Relatório mundial sobre a deficiência-RMSD (2011), que fornece evidências para facilitar a implementação da CDPD, e os autores Deleuze (2014), Caiado (2009).
Para um melhor entendimento da importância do acesso de todas as pessoas aos museus e obras de arte é importante compreender como a arte pode afetar todos os sujeitos.
Para Deleuze (2014, p.164), o que podemos reconhecer como arte não é somente o conhecimento transmitindo significados, fornecendo informações, pois, arte não é ornamento ou, ainda, demonstração de estilos artísticos. O que faz a arte não é seu conteúdo, mas o seu efeito, que produz conteúdo
. Segundo o autor, a arte cria afetos e percepções que podem ser definidos da seguinte maneira: os afetos são experiências sensíveis singulares e livres de sistemas de representação, sendo as percepções relacionadas a fenômenos sentidos, por exemplo, os cheiros.
A arte