Educação Infantil: O que Dizem e como são Entendidas as Crianças
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Educação Infantil - Vanilza Jordão Silva
Educação infantil:
o que dizem e como são entendidas as crianças
Vanilza Jordão Silva
Educação infantil:
o que dizem e como são entendidas as crianças
COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO EDUCAÇÃO, TECNOLOGIAS E TRANSDISCIPLINARIDADE
AOS MEUS AMORES
Lucas e Gabriela, com suas energias vibrantes e palavras de afeto que me fazem sorrir...
AGRADECIMENTOS
À Mary Arapiraca,
À Risonete Almeida,
À Dinéa Maria Sobral,
À Raquel Nery
E às crianças, que me fazem reaprender, a cada dia, a importância e o cuidado com a palavra!
Um agradecimento especial ao Lucas e à Gabriela.
[...] outro dia precisei de papel impermeável, dirigi-me a uma seção de papelaria, falei com um jovem esportivo, limpo, atualizado, realizado, e pedi-lhe o que queria, certa de que seria rapidamente atendida. Ele, porém, com o seu belo sorriso profissional, também me respondeu: A senhora quer dizer papel metálico?
Não, eu quero dizer papel impermeável, mesmo
. Ele fechou o seu claro sorriso, como quem recebe uma notícia triste, e murmurou-se inconsolável: Não temos
. Mas como não tinha? Pois estava ali mesmo, muito bem enroladinho! E o moço ficou tão admirado como se ele fosse o computador e eu o dono do negócio.
Mas o que me assombra não é que as pessoas ignorem o que vendem: o meu assombro é pensarem que eu sempre quero dizer outra coisa. Não! eu sempre quero dizer o que eu digo.
(Cecília Meireles)
PREFÁCIO
Educação infantil: o que dizem e como são entendidas as crianças é uma obra que expressa muito sobre a escuta sensível praticada pela autora Vanilza Jordão em suas interações com professoras e crianças nos tempos e espaços da educação infantil da Rede Municipal de Ensino de Salvador (BA). Essa pedagoga se constituiu pesquisadora para, a partir da interlocução entre crianças e adultos e entre as crianças, construir compreensões sobre os sentidos das infâncias e os efeitos de sentidos do fazer pedagógico cotidiano na contemporaneidade.
A obra, heuristicamente, convida-nos a explorar a realidade construída pela pesquisadora com crianças e professoras a partir de suas inquietações científicas – O que é dito pelo adulto é considerado pelas crianças a partir de elementos de suas vivências socioculturais? O que é dito pelas crianças é escutado e abre possibilidades de o adulto produzir conhecimentos por meio da cultura infantil? O que dizem, quando dizem, por que dizem e como dizem as crianças e o adulto desse grupo? Que tipo de discurso prevalece nesse contexto? Há responsividade na relação dialógica entre crianças e adultos? Que aspectos marcam a relação de alteridade entre os sujeitos do Grupo 5 na educação infantil?
A pesquisadora encontra, na Etnopesquisa Crítica e Multirreferencial, bases para ler e compreender os etnométodos que são percebidos nos diferentes discursos presentes nas linguagens infantis e docentes. O texto, caro leitor, cara leitora, é um convite para conhecermos esses etnométodos e participarmos de dois movimentos analíticos: expressão oral e entendimento entre crianças e adultos; e expressão oral e descontinuidade no discurso entre crianças e adultos.
A leitura científica dessas expressões fortalece-se na interlocução com formulações bakhtinianas quando a autora concebe as atitudes responsivas e ressonantes nas narrativas dos sujeitos, sobretudo, nas expressões simbólicas das crianças com evocação de eventos e personagens que lhes são caros. Guiada por essa perspectiva teórica, a autora destaca as narrativas mágicas infantis como experiência discursiva resultante de um processo de apropriação criativa. A voz de Eni Orlandi também ressoa na polissemia dos discursos (o lúdico, o polêmico e o autoritário) que ecoam no ambiente escolar, o que nos leva a pensar nos diversos sentidos produzidos dentro de uma nova forma de se pensar o mundo e suas culturas.
Com inspiração nas linguagens imaginativas das infâncias, permita-se brincar nas cenas como leitor protagonista que, criativamente, entra na roda de interlocução para interagir com tantas outras vozes. Explore a oportunidade de recorrer aos conhecimentos das crianças e universos simbólicos de seu mundo extraescolar e de conhecer como elas teorizam e contextualizam as relações dialógicas, intertextuais e interdiscursivas com elementos das narrativas