A Criança e a Natureza: Uma Simbiose Necessária ao Aprendizado Escolar na Primeira Infância
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Sobre este e-book
Por que não contar histórias, ou contos de fadas, ou os conteúdos programados no currículo escolar da Primeira Infância no gramado ensolarado ou sob a sombra de uma árvore? Ou será que continuaremos a ver estas novas posturas (aluno docente, aluno-natureza e docente-natureza) apenas em filmes como o icônico Sociedade dos Poetas Mortos, em que um professor de Literatura (interpretado maravilhosamente pelo ator Robin Williams) decide levar seus alunos para recitar poemas num belo gramado típico das universidades europeias, ao som do vento, das folhas das árvores e dos chutes na bola de futebol a cada poema recitado (mesmo que exista uma sala fechada tradicionalmente disponível para tal)?
Reflitamos juntos ao longo deste livro, professores, coordenadores, diretores de escolas, paisagistas, arquitetos, estudiosos, sonhadores e interessados em geral.
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A Criança e a Natureza - Cíntia Ribeiro Rondon
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INTRODUÇÃO
Defendemos nesta pesquisa a dimensão do verde como recurso pedagógico! Este gerando simbioses entre a criança e a natureza, e entre o verde
e as propostas pedagógicas.
Para tanto, pretendemos resgatar os laços
perdidos, ou melhor, desfeitos
entre a natureza e o ser humano, aqui entendido como alunos em sua Primeira Infância; e o meio natural enquanto ambiente favorável ao bem-estar psíquico, à saúde e às práticas educativas (em pátios escolares), visando a aprendizagens significativas na fase da Educação Infantil, de modo interdisciplinar. Então, tornamos visível uma série de contribuições de estudos e profissionais de inúmeras áreas. Como, por exemplo, conhecimentos na área da Pedagogia, do Paisagismo, da Arquitetura, do Cinema e até da Literatura!
Dessa maneira, seria necessário o leitor compreender a visão adotada neste momento: a de que os pátios escolares podem não se parecer com os atuais playgrounds de edifícios residenciais; e que a Natureza (espontânea/selvagem/sem intervenções humanas) ou o Paisagismo (natureza domesticada/produto da ação humana/obra artística) apresentam todas as qualidades para a plenitude de qualquer estilo de proposta educativa.
A afinidade, a necessidade do (re)encontro entre o ser humano e a natureza pode ser demonstrada em vários registros artísticos, como quadros, tapeçarias, louças, esculturas, entre outras manifestações artísticas (e até mesmo no próprio nome das pessoas, de ruas, bairros ou cidades) e no cerne de muitas religiões e filosofias.
Não seria desejável que nossas crianças da Educação Infantil (desde a tenra idade até seus 6 anos) saíssem de seu foco pessoal (por vezes hipervalorizado em ambiente familiar) e, pela sua imersão com a natureza, pudessem se sentir vivas de modo coletivo, parte de uma comunidade escolar, neste primeiro momento da infância; e, gradativamente, parte de um planeta em comum, no qual temos que conviver com outras espécies?
Convido-o a adentrar esta floresta
de ideias sobre a quase inexistente História dos pátios escolares da Educação Infantil enquanto recursos didáticos!
2
A CRIANÇA E A NATUREZA: UMA SIMBIOSE NECESSÁRIA AO APRENDIZADO ESCOLAR NA PRIMEIRA INFÂNCIA
Começaremos nossas reflexões multidisciplinares sobre a natureza
com Maria Elena Merege Vieira, arquiteta-professora doutora de Paisagismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), com a qual pudemos ter contato por anos, tanto na graduação em Arquitetura e Urbanismo (disciplina de Paisagismo) quanto na especialização em Desenho Ambiental e Arquitetura da Paisagem, ambas na Universidade Presbiteriana Mackenzie, quando nos presenteou com seu livro O jardim e a paisagem⁷, que nos demonstra como o jardim foi inventado e como os povos em todo o mundo sentiam a necessidade de tê-lo próximo, em palácios, castelos, praças, residências etc., preservando até mesmo mitos e crenças coletivas e pessoais.
Segundo sua posição, quando a natureza passa a ser destruída, nossa alma também se empobrece. O jardim ou os ambientes naturais, segundo sua tese apresentada neste livro, seriam também uma maneira de harmonizar nossa vida com as realidades, resguardando nossa alma, procurando um sentido para a vida: a experiência de estarmos vivos⁸.
Como é pertinente projetar-se, disponibilizar-se um local para o bem-estar e o aprendizado de crianças pequenas, pensando neste aspecto de lhes proporcionar a chance de tomar contato com a experiência delas de se sentirem vivas! De viver! De sentir a vida!
P. Wesley Schultz pode nos trazer informações complementares que fundamentam este ponto de vista, no quarto capítulo de seu reconhecido livro Psychology of sustainable development, chamado: Inclusion with nature: the psychology of human-nature relations
⁹.
Schultz é professor da California State University, Ph.D. em Psicologia, mestre e bacharel em Artes em Psicologia. E tem 45 publicações revisadas em jornais, como o Connecting with nature¹⁰, e o The moral call of the wild¹¹, publicado na revista Scientific American em 2009, pertinente a este estudo. E ainda presente em sete livros reconhecidos mundialmente¹².
Enfatizando a ideia de fazer as crianças se sentirem vivas, sentirem a dimensão do verde, em espaços escolares ou não, seguem palavras de Schultz em The moral call of the