26 minutos escutados
A relação entre explosão demográfica, chuvas e deslizamentos
A relação entre explosão demográfica, chuvas e deslizamentos
notas:
Duração:
26 minutos
Lançados:
3 de fev. de 2022
Formato:
Episódio de podcast
Descrição
Ao menos 27 pessoas morreram em decorrência das chuvas intensas que atingem o estado de São Paulo desde o fim de semana. Os temporais na região deixaram quase 4 mil famílias desabrigadas em 37 municípios. Entre as vítimas, estão oito crianças, incluindo um bebê de apenas três meses. O maior número de vítimas é da cidade de Franco da Rocha, na Região metropolitana, onde há alguns dias bombeiros precisaram até usar botes para ajudar no resgate. Franco da Rocha e Francisco Morato, município vizinho bastante afetado, ficam na região Norte da Grande São Paulo, cercados por matas e morros. A formação geográfica das cidades aumenta os riscos de desabamentos na região. Ambas as cidades são também regiões que viveram uma verdadeira explosão populacional nos últimos anos. Terrenos frágeis ocupados por famílias socialmente vulneráveis e de baixa renda que, para se manterem nas regiões centrais, acabam empurradas a áreas periféricas e de risco. A combinação perfeita para uma tragédia anunciada durante a época de chuvas mais intensas.
Na terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro fez um sobrevoo nas áreas mais afetadas pelo desastre e se encontrou com prefeitos para discutir a possibilidade de ajudas do governo federal para as cidades afetadas pelas chuvas. Ainda não há consenso do valor que será destinado, mas segundo Bolsonaro os municípios devem apresentar suas necessidades e o governo fará o "possível". O governo federal negou o pedido do governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB à presidência, João Doria, que solicitou R$ 470 milhões para obras antienchente e serviços emergenciais no estado. Ainda na terça-feira, em São Paulo, Bolsonaro afirmou que "faltou visão de futuro" de parte das vítimas que ergueram casas em locais de risco, e ressaltou que as construções também acontecem “por necessidade”. No Ao Ponto desta quinta-feira, o arquiteto e urbanista Kazuo Nakano, professor do Instituto das Cidades da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), explica a relação entre a explosão populacional e a ocupação de áreas de risco, uma combinação que tornou tragédias como a das chuvas em São Paulo ainda mais frequentes. Ele explica ainda como o conceito de “hiperperiferia” ajuda a entender o crescimento demográfico no entorno das grandes cidades e reforça a importância de políticas públicas de planejamento urbano nesse contexto.
Na terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro fez um sobrevoo nas áreas mais afetadas pelo desastre e se encontrou com prefeitos para discutir a possibilidade de ajudas do governo federal para as cidades afetadas pelas chuvas. Ainda não há consenso do valor que será destinado, mas segundo Bolsonaro os municípios devem apresentar suas necessidades e o governo fará o "possível". O governo federal negou o pedido do governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB à presidência, João Doria, que solicitou R$ 470 milhões para obras antienchente e serviços emergenciais no estado. Ainda na terça-feira, em São Paulo, Bolsonaro afirmou que "faltou visão de futuro" de parte das vítimas que ergueram casas em locais de risco, e ressaltou que as construções também acontecem “por necessidade”. No Ao Ponto desta quinta-feira, o arquiteto e urbanista Kazuo Nakano, professor do Instituto das Cidades da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), explica a relação entre a explosão populacional e a ocupação de áreas de risco, uma combinação que tornou tragédias como a das chuvas em São Paulo ainda mais frequentes. Ele explica ainda como o conceito de “hiperperiferia” ajuda a entender o crescimento demográfico no entorno das grandes cidades e reforça a importância de políticas públicas de planejamento urbano nesse contexto.
Lançados:
3 de fev. de 2022
Formato:
Episódio de podcast
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O jogo de gato e rato para coibir fake news nas redes sociais: Depois de ser apontado como incentivador da invasão do capitólio por extremistas em janeiro, o perfil do ex-presidente Donald Trump no Facebook foi suspenso. O Twitter já havia banido o republicado, da mesma forma que o Youtube. Antes, o político era visado pela disseminação de notícias falsas em relação à pandemia. Em outubro de 2020, um estudo da Universidade Cornell, nos Estados Unidos, indicou Trump como o campeão de desinformação na rede. Contra a Covid, ele chegou a recomendar até o uso de desinfetante. Mas, nesses casos, sua punição foi mais branda. Limitou-se a post marcados como duvidosos. No Brasil, também são inúmeros os exemplos postagens que disseminam os reproduzem notícias falsas, porém nem sempre coibidas, o que levanta questionamentos. O youtuber Felipe Neto publicou um desabafo em sua conta no Twitter, no último dia 11, afirmando que a rede no Brasil não atua de forma adequada contra esse tipo de postagem. de Ao Ponto (podcast do jornal O Globo)