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A quebra de patentes e o esforço para ampliar a oferta de vacinas
A quebra de patentes e o esforço para ampliar a oferta de vacinas
notas:
Duração:
25 minutos
Lançados:
22 de jun. de 2021
Formato:
Episódio de podcast
Descrição
Ainda em 2020, a África do Sul e a Índia, aliados do Brasil no Brics, apresentaram um pedido ao conselho de propriedade intelectual da Organização Mundial do Comércio (OMC), para suspender temporariamente os direitos de patentes de insumos, vacinas e equipamentos médicos para combater a Covid-19. A suspensão seria mantida até que a maioria da população mundial estivesse vacinada. O pleito conta com o apoio de outras 55 nações pobres ou em desenvolvimento. No último dia 15, um grupo de 60 ex-líderes mundiais, entre eles o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, se associou à iniciativa e pediu ao presidente americano Joe Biden que apoie a quebra de patentes. Mas os Estados Unidos, assim como outros países ricos, como Reino Unido e Suiça, que abrigam matrizes de grandes farmacêuticas, resistem à ideia Segundo os laboratórios, a suspensão de licenças desestimula os investimentos em inovação, sem os quais seria impossível produzir vacinas contra o coronavírus em menos de um ano. Em meio ao impasse, o Brasil se posicionou contra seus aliados nos Brics e se alinhou aos EUA e à Europa. Agora, no entanto, o Itamaraty passou a defender uma proposta alternativa para que a OMC mobilize as nações e acelere a capacidade mundial de produção de vacinas. No Ao Ponto desta segunda-feira, Paulo Buss, ex-presidente e atual coordenador do Centro de Relações Internacionais em Saúde da Fiocruz, explica o que está em jogo na batalha pelos direitos de propriedade intelectual de produtos farmacêuticos durante a pandemia.
Lançados:
22 de jun. de 2021
Formato:
Episódio de podcast
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Vacina da Pfizer: a autópsia de um atraso de 216 dias: Em seu depoimento à CPI da Covid no Senado, na quinta-feira, o gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, confirmou que não faltaram oportunidades para que o Brasil tivesse à disposição a vacina desenvolvida pela farmacêutica americana. Não por generosidade da empresa, mas por duas razões: o país é maior mercado do laboratório em toda a região e brasileiros participaram dos testes clínicos do imunizante, o que daria preferência em comparação com outros potenciais clientes. Por isso, o Brasil foi o 6º país em todo o planeta a receber uma oferta para compra de doses da chamada vacina de RNA mensageiro. Só em agosto de 2020, foram três ofertas, nos dias 14, 18 e 26 daquele mês. A empresa sempre oferecia opções que variavam entre 30 milhões e 70 milhões de doses. No entanto, todas as propostas foram ignoradas pelo governo federal. Posteriormente, a Pfizer fez ainda outras duas ações junto ao governo de Jair Bolsonaro, e de Ao Ponto (podcast do jornal O Globo)