Para sempre
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Sobre este e-book
Robin Medford negava-se a recordar. Aquela única noite junto a Jake Bronson encontrava-se enterrada no mais fundo do seu coração. Tinha conseguido ter uma nova vida e a única coisa que desejava era ter outro filho. Mas não queria um filho qualquer, queria um filho de Jake! Será que conseguiria arranjar maneira de o convencer?
Barbara Dunlop
New York Times and USA Today bestselling author Barbara Dunlop has written more than fifty novels for Harlequin Books, including the acclaimed GAMBLING MEN series for Harlequin Desire. Her sexy, light-hearted stories regularly hit bestsellers lists. Barbara is a four time finalist for the Romance Writers of America's RITA award.
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Para sempre - Barbara Dunlop
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2001 Barbara Dunlop
© 2018 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Para sempre, n.º 435 - setembro 2018
Título original: Forever Jake
Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd.
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.
As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-9188-794-2
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Créditos
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Capítulo Doze
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Capítulo Um
Nos dias que corriam era impossível confiar-se num banco de esperma!, pensou Robin Medford, pondo a revista médica na maleta de cabedal que estava entre a sua cadeira e o encosto do assento da frente do avião. Em breve, conseguiria ver a cidade de Forever, à esquerda, através das minúsculas janelas da aeronave.
Forever ficava entre montanhas, num vale muito verde, onde corria o rio perene que lhe valera o nome.
As bandeiras do Canadá e do território de Yukon agitavam-se no armazém das docas, por isso o piloto não teve dificuldades para as ver naquela ensolarada tarde.
Robin respirou fundo e recostou-se na sua cadeira, fechando os olhos e pensando sobre o que lera. Era incrível que fossem cometidos tantos erros por médicos que, ainda bem intencionados, não conseguiam alcançar os resultados desejados. Na verdade, surgiam graves problemas e, por vezes, perdiam o controlo sobre as suas experiências.
Ficara convencida, em menos de três dias de pesquisa, que os bancos de esperma não eram a opção correcta para o filho que tencionava ter. Assim, as suas alternativas ficavam muito reduzidas, embora isso não a fizesse desistir dos seus planos. Teria que engravidar da forma tradicional, ao que parecia. Precisava de escolher bem um homem, de ter a certeza de que estava num dia fértil e seguir em frente. Seria fácil!
Afinal, dizia para si própria, há dois anos, dormira com Juan Carlos no acampamento feito no sopé Monte Edelrich, na Suíça, o que nada tinha a ver com a ciência… Na verdade, o exame ginecológico que fizera no fim do ano tinha sido muito mais complicado do que o encontro com Juan e também muito mais excitante. Por isso poderia repetir a experiência para ter o seu bebé. Porém não queria repeti-la com Juan, já que ele era demasiadamente egocêntrico para ser um candidato a pai do seu filho.
O avião cumpria os procedimentos para se posicionar para a aterragem. Robin visualizava mentalmente a atitude e os movimentos do piloto. Ela já não pilotava um Beaver como aquele há muito tempo. Também já não ia há muito tempo à cidade onde crescera. Quinze anos, precisamente.
Quinze anos desde que acabara o liceu e partira em busca de aventuras. Partira determinada a encontrar uma vida nova, uma vida diferente da que tinha na isolada comunidade que ficava quase na fronteira dos territórios do Nordeste do Alasca.
E tinha sido bem sucedida.
O avião aterraria no rio, como sempre. O impacto fê-la recostar-se mais ao encosto, enquanto o piloto recorria à sua habilidade para controlar as pás que tocavam na água.
Robin tinha sido bem sucedida tanto na sua carreira como na sua vontade de conhecer o mundo. E agora, pela primeira vez, regressava. Retirou os protectores dos ouvidos, necessários devido ao barulho do motor da aeronave, e passou as mãos pelo cabelo comprido e ondulado, enquanto se aproximavam das docas.
Forever era uma cidade construída por mineiros e sobrevivia na actualidade devido ao turismo e à produção de excelente mobília cuja madeira era retirada das florestas que circundavam o lugar. As ruas ainda eram poeirentas, os prédios velhos e a vida selvagem que existia à volta da cidade continuava intacta devido aos esforços dos seus novecentos e cinquenta habitantes.
Quando o avião parou, Robin tirou o cinto de segurança e, ao ver que a porta se abria, preparou-se para o ataque dos mosquitos e das moscas que abundavam naquele local.
Ainda que não gostasse de tais insectos, ela ficou surpreendida por estar feliz com o seu regresso. Mal podia esperar para ver a expressão da sua avó quando se apercebesse que todos os seus filhos, netos e bisnetos estavam ali, para comemorar o seu septuagésimo sétimo aniversário.
Robin ia ficar cinco dias com a sua família antes de voltar ao emprego, em Toronto. Estava feliz por ter chegado, mas sabia que ia ficar ainda mais feliz quando pudesse voltar à civilização.
Mesmo nos dias actuais, Forever ainda era extremamente isolada. Não se podia ir para lá nem de carro nem de avião, por isso as pessoas chegavam e partiam em barcos ou hidroaviões, ou simplesmente não saíam dali.
Todavia Robin estava ali, cheia de planos. Tinha voltado a um lugar onde sabia que havia homens a sério. Homens inteligentes e saudáveis que gostavam de sexo.
Lançou um olhar ao piloto, avaliando-o, enquanto ele a ajudava a sair do avião. Achou-o um pouco baixo. Sorriu apenas e, agradecendo, colocou a maleta ao ombro e seguiu pela plataforma de madeira.
Talvez o seu descrédito pelos bancos de esperma acabasse por ser inútil. Talvez fosse mais interessante encontrar e conhecer o pai do seu filho. Uma mulher conseguiria saber muito mais sobre um homem através de conversas e de observações do que através de um frio arquivo de uma clínica de reprodução. Colocou a mão espalmada sobre a barriga e lembrou-se do que diziam os seus relatórios sobre fertilidade. Aos trinta e dois anos, estava na idade considerada ideal para a reprodução. Com o emprego que tinha agora, poderia oferecer conforto e uma boa educação ao seu filho. Tudo estava certo e planeado. Só precisava do homem certo durante uns vinte minutos…
Jake Bronson ouviu o barulho do motor do avião, no lugar onde se escondia, entre o Café Fireweed e o armazém Forever. Puxou o seu chapéu mais para a frente, recostando-se à parede e ficou assim, na sombra, ao lado da parede do café.
Não era um cobarde, contudo, desde que o seu antigo amigo Derek Sullivan colocara um anúncio ridículo no jornal, as mulheres da cidade tinham decidido caçá-lo fosse como fosse. Não que quisessem casar-se; pelo menos, a ele não lhe parecia que quisessem… Tinha a certeza de que três das propostas públicas de casamento da semana anterior tinham sido uma brincadeira. Naquele momento viu Annie Miller a descer a Main Street. Ela parecia demasiado decidida para o gosto de Jake. Usava um vestido com flores, muito bonito, mas que não combinava com uma simples tarde de sábado. Jake não estava disposto a ser alvo da observação e dos comentários da cidade. Permaneceu onde estava, consciente da presença de Annie, mas procurando demonstrar que não a vira. Ouviu o barulho do cão atrás de si e soube de imediato o que ia acontecer. Os latidos fortes denunciaram a presença. Voltou-se para ver o cão peludo que o descobrira. Pateta era um cão que não tinha nada a ver com o nome que recebera. Costumava perambular pelas ruas de Forever, afugentando os animais mais pequenos com a sua força e com os seus dentes sempre à mostra. Jake pensou em escorraçar Pateta, porém sabia que o seu dono, o ferreiro da cidade, era a única pessoa que conseguia dar ordens àquele cão.
– Pateta, cala-te! – ouviu Jake, aliviado. – Mas o que é que estás a fazer aqui, escondido, Jake? – Patrick ia em direcção ao local onde Pateta se sentara, obediente, com os olhos carinhosos voltados para o dono.
Jake pôs o dedo indicador sobre os lábios, pedindo silêncio, moveu a cabeça ao de leve em direcção a Annie. Ela ainda se aproximava.
Patrick olhou para a rua e o seu rosto vermelho esboçou um sorriso. Mas não se moveu.
– Está muito bem vestida, não está? – comentou Patrick, num sussurro, para que somente Jake o ouvisse.
– É por isso que estou preocupado – observou Jake.
– Ouvi dizer que ela fez uma torta de morangos especial, hoje de manhã. Achas que a fez para te impressionar com os seus dotes culinários?
– Não, ela não quer impressionar-me. Quer deixar-me envergonhado – Jake baixou um pouco a cabeça, para que a aba do chapéu lhe cobrisse o rosto.
– Ela está a virar-se – avisou-o Patrick.
– Para cá? – Jake estava preocupado, mas não ousou olhar.
– Não. Para as docas. Bolas!
– O que foi?
– Aquilo, sim, é que eu chamo de beleza!
– O que é?
– Olha, eu não me importava nada que aquela rapariga tivesse respondido ao meu anúncio no jornal! – comentou Patrick, num tom zombeteiro, endireitando os ombros e ajeitando a camisa para dentro das calças.
– Tu não puseste nenhum anúncio… – observou Jake, com um ar aborrecido. Ergueu um pouco a cabeça para tentar ver de quem é que