Tácticas de sedução
De Emily McKay
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Sobre este e-book
Aquela pequena abandonada à sua porta era sem dúvida nenhuma sua filha, embora o último que Derek Messina esperava era que lhe dissessem que era pai. Mas mais ainda o surpreendeu a descoberta de que a sua assistente o ia abandonar.
Prestes a realizar una importante fusão empresarial, Derek não podia perder Raina, a mulher que lhe organizava a vida há tantos anos. Para o impedir, o poderoso empresário estava disposto a utilizar todas as suas artes… incluindo a sedução.
Emily McKay
Emily McKay has been reading Harlequin romance novels since she was eleven years old. She lives in Texas with her geeky husband, her two kids and too many pets. Her debut novel, Baby, Be Mine, was a RITA® Award finalist for Best First Book and Best Short Contemporary. She was also a 2009 RT Book Reviews Career Achievement nominee for Series Romance. To learn more, visit her website at www.EmilyMcKay.com.
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Tácticas de sedução - Emily McKay
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2008 Emily Mckaskle
© 2017 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Tácticas de sedução, n.º 2201 - janeiro 2017
Título original: Baby Benefits
Publicado originalmente por Silhouette® Books
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.
As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-687-9401-3
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Página de título
Créditos
Sumário
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Capítulo Doze
Epílogo
Se gostou deste livro…
Capítulo Um
– Mas é minha como?!
Derek Messina olhou para o irmão, atónito. Nos seus braços, Dex tinha um bebé adormecido para quem Derek não queria nem olhar.
A menina não podia ser sua.
Ora bem, dezasseis dias antes tinham-na deixado à porta da sua casa com um ambíguo bilhete pregado com um alfinete. Mas como o seu irmão vivia com ele, o lógico era pensar que o problema era dele. E por isso, depois de fazerem os dois um exame de paternidade, Derek tinha partido para Nova Iorque e Antwerp, certo de que não tinha nada a ver com ele.
– A menina não pode ser minha – repetiu. Mas a convicção que havia na sua voz não conseguia dissimular a dúvida que tinha começado a instalar-se no seu coração.
Dex limitou-se a sorrir.
– É tua.
Havia certa desilusão na voz do seu irmão?
– Se isto é uma piada, não tem graça nenhuma.
– Achas que brincaria com uma coisa destas? – Dex olhou-o, incrédulo. – Não, não respondas. Os resultados do teste de paternidade estão aí, comprova-os por ti próprio.
Com uma crescente sensação de pânico, Derek aproximou-se da bancada, sobre a qual havia um monte de papéis. Mas não era capaz de olhá-los. Enfrentar a possibilidade de o irmão estar a dizer a verdade…
Mas sabia que Dex não mentia. Longe disso! Se o seu irmão dizia que aquela menina era sua, tinha de ser sua.
Maldição.
Não podia ter chegado em pior altura. Claro que não havia boa altura para descobrir que se tinha uma filha de cinco meses da qual não se sabia nada.
Por fim, Derek pegou nos papéis e começou a ler. A documentação confirmava que o seu ADN coincidia com o da pequena Isabella.
– Quando soubeste?
– Há cinco dias.
– E não me ligaste?
Dex fez uma careta.
– Para quê? Não terias voltado antes do previsto.
Pois não. Mas teria feito as coisas de outra maneira.
– Não tenho de te sublinhar a importância da viagem – tentou defender-se.
– Pois, claro. Diamantes Messina por fim abriu escritório em Antwerp. Já não somos uma família de toscos mineiros. Agora jogamos com os grandes – replicou Dex, num tom amargurado. – Tudo isso é muito mais importante do que a tua filha.
Derek estudou o irmão que segurava a cabecinha da menina como se quisesse protegê-la. Qualquer um diria que levava toda a vida a tomar conta de crianças.
Isso fê-lo sorrir. Se havia alguém menos preparado do que ele para ser pai de família, esse alguém era Dex. E duas semanas a cuidar de uma menina de cinco meses não podiam tê-lo transformado de repente.
Por fim, Derek obrigou-se a si próprio a olhar para a menina: caracolinhos acobreados; a cabecinha apoiada sobre o peito do seu irmão; pestanas longuíssimas sobre umas bochechas gorduchas…
Se não fosse por ter sujado a camisa do seu irmão de saliva, pensaria que era uma boneca.
Suspirando, dirigiu-se ao bar para servir dois cálices de conhaque e ofereceu um a Dex, que o tinha seguido até à sala. Parecia que levava toda a vida a segurar um bebé com uma mão e um cálice na outra.
– Não se parece comigo.
– Se se parecesse contigo seria feiíssima – respondeu o seu irmão, olhando para a bebé. – Tem os olhos do pai. Os teus também, imagino.
Os olhos do seu pai? Isso era como um soco no estômago.
Mesmo não sendo culpa sua. Nada daquilo era culpa sua, claro. Não, só tinha sido uma questão de azar. E talvez certa despreocupação. Sabia que havia uma possibilidade de a menina ser sua quando partiu de viagem, mas não tinha querido acreditar. Esse fora o seu erro e nenhum outro a não ser esse.
– Então deveria abrir uma garrafa de champanhe para dar as boas-vindas ao segundo novo membro da família Messina.
Dex levantou uma sobrancelha.
– Segundo?
– Sim, passei por Nova Iorque a caminho de Antwerp e convenci a Kitty para que fizesse a viagem comigo.
– A Kitty.
A censura na voz do seu irmão não o surpreendeu. Dex nunca tinha gostado de Kitty. Muito embora Derek não tivesse querido pensar nisso durante os três anos de calculado cortejo.
– Não vais dar-me os parabéns?
Dex levantou o cálice de conhaque.
– Parabéns. Estiveste duas semanas com uma mulher que não tem coração.
– A verdade é que foi muito bom.
– Não pensarias impressioná-la com o escritório de Antwerp, pois não? Certamente que está habituada a ver como se cortam e pulem diamantes desde que era pequenina.
– Sim, imagino que sim – Kitty era a herdeira da fortuna dos Biedermann e a sua família tinha a maior cadeia de joalharias de todo o país. – Essa foi uma das razões pela qual lhe pedi para se casar comigo.
Dex engasgou-se.
– O quê? Não me digas que ela aceitou?!
– Pois claro que sim – Derek não entendia a expressão surpreendida do seu irmão. – Não lho teria pedido se não soubesse que ela diria que sim. Além disso, é uma mulher inteligente e entende as vantagens deste casamento.
Dex olhou para a menina que dormia nos seus braços.
– E o que lhe vais dizer quando souber da existência da Isabella?
– Não faço a menor ideia.
Claro que isso não era totalmente verdade.
Kitty era uma mulher bela e inteligente, um tubarão dos negócios, tudo o que a tornava na esposa perfeita para ele. Mas não era o tipo de mulher disposta a criar a filha de outra.
– Desta vez vou-me embora – apoiando as mãos no lavabo de mármore do piso executivo, Raina Huffman olhou-se ao espelho. Apesar do tom decidido, não estava convencida de todo.
Mas já era hora.
– Não vais deixá-lo – ouviu uma voz atrás dela.
Era uma das suas colegas, Trinity, com uma expressão trocista na sua carita de duende.
– Vou pois, vou-me embora.
– Não, não é verdade. Dizes sempre o mesmo, mas depois não fazes nada.
Raina enrugou a testa.
– Desta vez falo a sério – insistiu, contando com os dedos. – Estou cansada de ser a menina dos recados, de fazer tudo o que quer assim que ele quer…
– És a sua assistente, é o teu trabalho – interrompeu-a Trinity.
– Quando me telefona num domingo à uma da madrugada para que lhe faça um recado, isso não é o meu trabalho. Derek Messina é um castigo dos céus, é o que é.
– Talvez seja um castigo dos céus, não digo que não. Inclusive poderia ser o chefe mais exigente e mais insuportável de toda Dallas. Olha, até poderia ser pior do que a Meryl Streep em O Diabo Veste de Prada, mas não vais deixar o teu trabalho porque te paga um dinheirão. E tu precisas dele.
Raina teve de conter o desejo de defender Derek. Muita gente, Trinity incluída, pensava que o seu chefe era um ditador, mas na verdade não era assim. Sim, era um homem de negócios impiedoso e um chefe muito exigente, mas como sua assistente executiva e quase constante companheira, via um lado dele que mais ninguém via. Mas, além de ser generoso e leal, também era um homem muito reservado e ele não gostaria que o defendesse perante quem quer que fosse.
De modo que, em lugar de citar qualidades que Trinity não poderia entender, concentrou-se no dinheiro.
– O meu salário é muito bom – Raina suspirou pensando no dinheiro que ganhara nos últimos nove anos, dinheiro que tinha dado fielmente à sua mãe para