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O loiro no cinema: um estudo analítico
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O loiro no cinema: um estudo analítico
E-book130 páginas1 hora

O loiro no cinema: um estudo analítico

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Sobre este e-book

A arte de representar como manifestação profissional e artística traz uma série de perguntas que compõem o processo criativo: como criar um corpo cênico? Como ser o outro com o mesmo rosto de todos os dias? Quais os elementos visuais que ajudarão a compor essa nova persona, em especial, por meio da coloração dos cabelos? Afinal de contas, as vilãs preferem as loiras ou as loiras preferem ser vilãs?

Este livro alinhava todas essas perguntas à luz de um único questionamento: qual o significado do loiro na construção das personagens no cinema? O autor faz um levantamento teórico do assunto e, com base em sua vasta experiência profissional como maquiador e professor universitário, fornece aos maquiadores, visagistas, estudantes de comunicação, atores e leitores em geral um instrumento para a execução do trabalho de maquiagem e uma maneira de olhar a tipificação do loiro como signo visual, ou seja, como função estética, semiótica e psicológica de transferência de personalidade e capaz de compor outra vida nas telas.

Armando Filho apresenta, aqui, seu olhar sobre a utilização da coloração loira na construção imagética de personagens ficcionais no cinema. Para isso, discorre e traça um panorama sobre o "loirismo" em diversas produções cinematográficas nacionais e internacionais, com principal foco em cinco filmes da pós-retomada. Trata-se de uma obra concisa e inédita no assunto, de especial interesse a profissionais da área de comunicação, visagismo, maquiagem e cinema.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de jan. de 2016
ISBN9788547300371
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    O loiro no cinema - Armando Filho

    Editora Appris Ltda.

    1ª Edição - Copyright© 2016 dos autores

    Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda.

    Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada indevidamente, sem estar de acordo com a Lei nº 9.610/98.

    Se incorreções forem encontradas, serão de exclusiva responsabilidade de seus organizadores.

    Foi feito o Depósito Legal na Fundação Biblioteca Nacional, de acordo com as Leis nºs 10.994, de 14/12/2004 e 12.192, de 14/01/2010.

    COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO

    Ao meu pai,

    pelos caminhos apontados, meu amor e minha saudade.

    Agradecimentos

    Aos meus pais, Armando e Clizeida, por me possibilitarem e incentivarem a viver da Arte.

    Às minhas irmãs, pelo amor e amizade sinceros.

    A Gelson Santana, cuja dedicada orientação engrandeceu esta obra.

    A João Batista de Andrade, que tão gentilmente me enviou sua obra Rua Seis, s/n para análise.

    A Cida Ferreira, pela entrevista concedida, e Janaina Freire, pela recepção afetuosa, ambas do Studio Glosss São Paulo.

    A Sérgio Duarte Julião da Silva, por aceitar ler minha obra de antemão e prefaciá-la.

    Aos diretores, atores e atrizes, roteiristas, produtores, maquiadores maravilhosos que fizeram e fazem a história do cinema.

    Ao Teatro, que me acolheu desde cedo com possibilidades criativas, antes inimagináveis, e que agora me leva a outros espaços da representação.

    A Deus, pela vida.

    cabelo vem lá de dentro

    cabelo é como pensamento

    (Arnaldo Antunes, Cabelo)

    APRESENTAÇÃO

    Este livro é um estudo do chamado loirismo, isto é, do loiro como elemento de caracterização e referência à figuração do personagem representado como imagem construída. Considero o loiro¹ uma entidade pertencente única e exclusivamente à imagem, sendo, nesse sentido, pensado como elemento resultante da maquiagem e, portanto, um dos elementos compositores da imagem (ou seja, funciona como uma engrenagem para a tipificação no cinema). A coloração dos cabelos como opção estética de composição dos personagens aparece nos filmes selecionados nesta obra como uma possibilidade de travestimento do ator em outra persona, o que resulta para o espectador em um mascaramento das características pessoais do ator para o melhor estabelecimento do jogo entre o público e o filme.

    Dessa maneira, defini a tipificação como o trabalho de construção do personagem e que, a partir da utilização de elementos externos tais como o uso da máscara para o ator no teatro, resulta ativamente numa performance do ator.

    E por que esse tema? A resposta está no fato de que, à luz de minha experiência no mercado profissional de maquiagem, verifiquei que pouco se encontra a respeito da maquiagem na composição estética do personagem. Tendo executado diversos trabalhos de caracterização em espetáculos teatrais, óperas e televisão e, ainda, como vencedor do Prêmio Avon Color de Maquiagem em 1999, constatei a falta de material especificamente voltado a essa área: na maioria das vezes, profissionais se debruçam no estudo e aplicação de tal artifício com maior ênfase no aspecto aparente de tal composição, deixando aí uma grande e incômoda lacuna para os profissionais do visagismo². A escassez de uma bibliografia específica também me serviu de estímulo à elaboração deste livro e foi determinante na minha escolha.

    O ponto de vista adotado foi o de uma reflexão sobre as estratégias construídas de tal uso para fazer emergir personagens, tornando-os imagem na produção fílmica recente do cinema brasileiro no período ao qual me refiro como pós-retomada.

    Nagib (2002, p. 13) localiza o período conhecido como a retomada do cinema brasileiro entre os anos 1994 e 1998: embora breve, esse período é historicamente significativo na produção nacional, saltando de zero no início da década, para quase vinte na segunda metade dos anos 1990. Estabelecida a volta das plateias às salas de exibição e resgatada a credibilidade na produção do cinema nacional, novos nomes surgem no cenário cinematográfico e vários outros se firmam na área gozando de reconhecimento internacional para seus filmes. É de um período mais atual da produção nacional, mais especificamente os anos posteriores a 1998 (daí a escolha do termo pós-retomada), que este trabalho retira seus objetos de

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