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Educação Científica: Outras Vertentes do Conhecimento
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Educação Científica: Outras Vertentes do Conhecimento
E-book169 páginas1 hora

Educação Científica: Outras Vertentes do Conhecimento

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Sobre este e-book

A educação se reconstrói e novos conhecimentos emergem, (re)significando o ato pedagógico e educativo, tornando a escola um lugar de (re)construção das novas culturas e inúmeras possibilidades, (re)edificando o conhecimento e os processos sociais, políticos, midiáticos e tecnológicos dos alunos e professores.

Este livro tem como objetivo apresentar o projeto "A rádio da escola na escola da rádio", como estratégia teórica, metodológica e interventiva na educação básica. Tal propósito envolve a educação científica como elemento de mobilização, transformação e tomada de consciência pelos sujeitos, mediado pelas potencialidades das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), ao entendimento do "lugar".

Nesta obra é destacada a educação básica, para refletirmos sobre como a construção do conhecimento se delineia nessa etapa formativa, as relações estabelecidas entre a educação como reprodução e a educação como processo criativo/construtivo.

A necessidade de inaugurar uma discussão sobre a importância da educação científica na educação básica emerge da perspectiva de tornar a escola um lugar de (re)construção das novas culturas e outras possibilidades, (re)edificando o conhecimento, e de compreender os processos sociais, políticos, midiáticos e tecnológicos com e a partir dos alunos.

Assim, esta produção tem um percurso empírico, em que se buscou entender os aspectos que envolvem a educação por meio da pesquisa e da aplicação do projeto em uma unidade da rede pública, como uma possibilidade (re)constituinte do aprender e (re)construtora do conhecimento.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento5 de fev. de 2018
ISBN9788547308322
Educação Científica: Outras Vertentes do Conhecimento

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    Educação Científica - Kátia Soane Santos Araújo

    COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO EDUCAÇÃO, TECNOLOGIAS E TRANSDISCIPLINARIDADE

    A todos aqueles que acreditam.

    AGRADECIMENTOS

    Antoine de Saint-Exupéry (1983) disse Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si e levam um pouco de nós. E, neste caminhar tive muito de muitos, pessoas que por grandeza da alma fizeram a diferença, quer seja por um olhar, uma ação, um gesto ou apoio, tornando essa jornada especial.

    Dessa forma, espero que o que os deixo aqui também seja bom, pois apesar da singularidade da construção, o produto é reflexo de um caminhar coletivo, colaborativo e solidário munido de diferentes vozes e interlocuções.

    Assim, agradeço:

    A Deus, Pai, todo Poderoso, pela existência e pelas generosas oportunidades ofertadas ao longo da minha vida.

    Aos meus orixás e guias espirituais, que me fortalecem e me conduzem nas entrelinhas desta tortuosa vida.

    A Rosana, Luara e a minha mãe, por me impulsionarem a querer da vida o que ela tem de melhor.

    À amiga, professora Tânia Maria Hetkowski, por ter plantado em mim a semente da descoberta, impulsionando-me a enveredar pelos bosques do conhecimento, cultivando o respeito e a simplicidade como base de todas as ações.

    Ao Geotec, pelo compromisso em viabilizar ações em prol da melhoria da educação, reduzindo a distância entre a escola e a universidade.

    Aos meus alunos, por tudo, pelos momentos que aprendemos juntos, pela sensação de poder ser útil e melhorar um pouco essa condição que nos foi imposta.

    A todos que contribuíram para a concretização deste sonho, pessoas que estão em meu coração, que ocupam o espaço dos verdadeiros amigos e colegas de profissão.

    Muito obrigada.

    Kátia Soane

    PREFÁCIO

    A pessoa conscientizada tem uma compreensão diferente da história e de seu papel nela. Recusa acomodar-se, mobiliza-se, organiza-se para mudar o mundo.

    Paulo Freire, Cartas à Cristina, 1994

    O sol era mais quente que milhares de dias vividos no Sul do País, os espaços mais amplos e os fluxos da cidade muito mais velozes, as casas, os prédios e as ruas em quantidades metropolitanas e o cheiro no ar eram únicos... Eu estava em Salvador, Bahia, terra do sol, do mar e de contrastes.

    Iniciava um novo ciclo da minha vida: morar em Salvador, trabalhar em duas universidades com perfis e estruturas muito diferentes, mas eu sou professora, amo o que faço e o desafio estava posto. Uma carga imensa de trabalho, uma trajetória a ser construída e um espaço a ser coletivamente conquistado, com alunos, professores, pesquisadores, colegas e amigos. Nesse entremeio, encontrei minha primeira interlocutora baiana. Mulher linda, disciplinada, inteligente, amante da escola, dos alunos e dos espaços de conhecimentos, desafiadora dos preceitos e preconceitos de gênero, sexualidade, amor, sensibilidade e ternura. Ela, Kátia Soane, minha primeira comparsa na academia e no imenso percurso de amizade traçado ao longo desses 11 onze anos.

    Ela aluna de graduação, e eu orientadora de seu Trabalho de Conclusão de Curso, nesse momento nasceu uma relação de cumplicidade entre o ato de educar, de ensinar, de respeitar e de amar as crianças e os fazeres e saberes delas. Descobri em Kátia que a docência estava cartografada em suas veias, no seu coração e na sua vida.

    As lidas da sala de aula, durante muitos anos, conduziram-na a ser pesquisadora. Entre duas graduações, muitas especializações e inúmeras tentativas de fazer mestrado, a menina curiosa que eu orientei estava crescida, madura e se constituiu uma investigadora-mestra dentro dos espaços escolares, entrelaçada com as comunidades onde sempre atuou.

    Minha interlocutora cresceu, descobriu que sua função como docente e pesquisadora era enfrentar e compreender as tensões e dificuldades de fazer com que seus alunos percebessem que o mundo demanda uma luta pela liberdade, como uns instrumentos de comunhão, e essa comunhão só pode ser construída por meio da consciência dos sujeitos, mas eles precisam de conhecimentos, saberes, escutas e sentidos para aprender, viver e lutar pelos seus direitos.

    Ciente de que a educação bancária é um instrumento de opressão, Kátia sempre investiu no saber como doação. Doação que se funda no outro, ou seja, nos seus alunos, colegas, pais e nas comunidades do entorno das escolas, mas que estão explicitamente ou subliminarmente dentro dos espaços e fazeres da escola. Assim, a concepção problematizadora da educação é o saber a serviço da libertação, do homem como ser inconcluso e da dialogia.

    Problematizar tornou-se um desafio para Kátia Soane, pois o diálogo é uma condição fundamental para a humanização, e não uma concessão, mas como dialogar com esses sujeitos de forma a colaborar? Colaboração como característica da ação dialógica, que provoca uma fusão e uma união em/com respeito ao outro. Assim, sua maturidade como pesquisadora lhe conduziu a investigar seus sujeitos-alunos e pensar com eles o contexto dos saberes e fazeres que ultrapassem as paredes e os muros da escola. Era o momento de agir na comunidade, nos bairros e na cidade... Nascia a proposta da educação científica na escola, na sua escola, na escola de seus alunos e nesse espaço da escola como lugar da/para a comunidade.

    Educação científica como processo humano criativo, em que a ciência e a empiria harmonizam-se à construção de conhecimentos e permitem que sujeitos-alunos possam expressar suas vozes, suas narrativas à compreensão e interpretação do mundo. Mundo constituído por sistemas de objetos, mas também de conceitos, normas, pertencimentos, ideias, valores e de vivências que nele se concretizam.

    O desafio de Kátia estava posto: oportunizar aos alunos do ensino fundamental de uma escola da rede pública de Salvador/BA a experiência do ato de pesquisar. A voz desses sujeitos, suas vivências nos bairros periféricos e suas experiências como citadinos de uma grande metrópole permitiram enfrentar as divergências que a educação traz em suas metanarrativas, as quais não acreditam nos potenciais dos sujeitos de classes populares, não demonstram outras formas efetivas para potencializar os saberes cotidianos, nem mesmo compreender as itinerâncias e percursos singulares desses alunos, muito menos enxergar que os jovens cientistas não nascem em berços de ouro, mas de oportunidades que a escola, as políticas públicas e a comunidade arquitetam.

    A ideia foi lançada, abraçada e adotada pelos alunos, professores, pais e comunidades, pois se fazia premente repensar os processos de ensinar e aprender as nuances de um espaço vivido, mediado pelas tecnologias digitais, pois a escola está imersa em experiências de vida, de momentos vividos, de vivencias reinventadas, de cotidianos ansiosos por ressignificações, de movimentos e trajetórias singulares e de aprendizagens que podem ser ressignificadas e ampliadas pelos sujeitos que nela passam uma

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