Dança de amor
De Linda Conrad
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Sobre este e-book
Linda Conrad
Bestseller Linda Conrad first published in 2002. Her more than thirty novels have been translated into over sixteen languages and sold in twenty countries! Winner of the Romantic Times Reviewers Choice and National Readers' Choice, Linda has numerous other awards. Linda has written for Silhouette Desire, Silhouette Intimate Moments, and Silhouette Romantic Suspense Visit: http://www.LindaConrad.com for more info.
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Dança de amor - Linda Conrad
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2004 Linda Lucas Sankpill
© 2019 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Dança de amor, n.º 598 - junho 2019
Título original: Slow Dancing with a Texan
Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd.
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.
As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited.
Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-1328-051-6
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Créditos
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
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Capítulo Um
Ruiva, ousada e obstinada.
Com um suspiro, o ranger texano Sloan Abbott viu as horas e encaminhou-se para o hall de vidro onde a insensata mulher se expunha à vista de todos, desafiando o perigo.
Não estava previsto que ele se reunisse com Lainie Gardner até meia hora mais tarde, no seu escritório do décimo segundo andar do edifício do jornal Houston News.
Tivera sérias reservas antes de aceitar aquela missão. Converter-se em guarda-costas não era algo a que estivesse habituado. Mas o que sem sombra de dúvida sabia era que uma vítima de assédio devia cumprir as ordens recebidas. A sua própria vida dependia disso.
Sloan passara todo o dia a examinar cada centímetro do edifício e da zona circundante. Sabia como funcionavam os elevadores, como se ligavam os corredores e por onde passavam os circuitos de ar condicionado. Ninguém poderia executar melhor a tarefa de controlar a segurança das instalações.
Também dedicara bastante tempo a estudar um dossiê sobre a senhorita Gardner que o capitão lhe entregara, e o mais curioso era que se sentira fascinado por determinados detalhes da vida dessa mulher.
Sloan já chegara à conclusão que merecia a pena adiar a viagem particular que tinha prevista e para a qual tinha pedido autorização especial aos rangers do Texas. A protecção de uma linda jornalista parecia-lhe um plano muito melhor do que dispor-se a descobrir penosas histórias sobre o seu passado.
Mas… o que é que a mulher de rosto sobejamente conhecido de todos tinha decidido fazer em vez de estar na segurança do seu escritório até que ele chegasse? Nada menos do que sair do elevador e expor-se à vista pública e em plena luz do dia no hall envidraçado do edifício.
Não tivera dificuldade em a reconhecer do passeio da frente. Claro que tinha estudado as suas fotos, mas a imagem do seu rosto aparecia diariamente junto da coluna que escrevia sobre conselhos sentimentais. Aliás, era impossível confundir essa exuberante melena ruiva.
Mesmo irritado pelo seu descuido, não pôde evitar que um sorriso aflorasse aos seus lábios enquanto atravessava a rua. As fotografias não lhe faziam justiça. Tinha um corpo compacto, mas arredondado nos locais precisos. Vestida como estava, Sloan imaginou que se sustinha sobre duas pernas muito compridas. Ele tinha um fraquinho pelas pernas femininas.
Mudou automaticamente de humor assim que a viu parar junto a outra mulher e iniciar uma conversa informal. Recebera instruções para permanecer no seu escritório até ele chegar para a escoltar até casa. Estava em perigo e tinha sido ameaçada de morte. Que raio pensava que estava a fazer?
Ouviu os tiros precisamente no momento em que a parede envidraçada se estilhaçava em mil bocados. Alguém gritou. Mas Sloan não perdeu tempo a pensar de onde procediam os tiros.
Saltou por cima dos vidros partidos, não ligou ao ambiente de histeria e aproximou-se do lugar onde as duas mulheres jaziam no chão. Ambas de barriga para baixo sobre o chão de mármore e cheias de sangue por todas as partes.
Comprovou em questão de segundos que ambas estavam vivas e que Lainie não tinha perdido os sentidos. Arrastou-a sem que ela opusesse resistência até a colocar fora da linha de tiro. Não tinha tempo para comprovar a gravidade das suas feridas, o fundamental era prevenir um novo ataque.
A segunda rajada de disparos atingiu várias pessoas que fugiam para a rua.
– Chamem a polícia! – gritou Sloan.
Mas Sloan sabia que uma vez desaparecida Lainie, o tiroteio cessaria, posto que era ela o objectivo dos criminosos.
Fora uma verdadeira sorte que ele tivesse examinado o edifício com antecedência. Sloan pegou em Lainie ao colo, empurrou a porta de serviço e dirigiu-se ao estacionamento traseiro. Depois depositou-a com afinco no chão e ajoelhou-se junto dela para lhe verificar o pulso e examinar as feridas. Ela abriu os olhos de repente e o seu olhar denotava que estava em estado de choque, mas não dorida.
Aliviado, Sloan inspeccionou os arredores e decidiu que tudo estava calmo, embora soubesse que na brilhante tarde de sol, Lainie não passaria desapercebida. Teriam de correr para a sua camioneta, por isso ergueu-a e enlaçou-a pela cintura para empreender a fuga.
– A minha… a minha irmã, ajude-a, por favor.
– Silêncio! – sussurrou ele. – O pessoal sanitário já estará a socorrer os feridos. Temos de ir. Estás em perigo.
Empreenderam a corrida evitando os carros meio agachados.
– Espera! – gritou Lainie. – Não consigo…
Ele não lhe fez caso, mas alegrou-se que a sua voz soasse firme. Não parecia ter feridas graves. Na realidade era possível que nem uma só bala a tivesse atingido. Mais tarde comprová-lo-ia, naquele momento não tinha tempo. Até então tinham-se deslocado furtivamente, mas a Sloan pareceu-lhe melhor optar pela velocidade, havia que chegar à camioneta o antes possível. Ao cabo de uns metros, retirou as chaves do bolso e accionou o comando electrónico de abertura de portas, reconhecendo de imediato os apitos da sua camioneta, e apercebeu-se de que acabava de cometer um erro. Mas já era demasiado tarde para se arrepender.
Sloan atirou-a sobre o banco do passageiro e fechou a porta de golpe antes de correr para o seu posto à frente do volante. Conseguiu ligar o carro e sair a toda a velocidade enquanto ouvia uma rajada de disparos que cruzavam o bocado de asfalto que acabavam de abandonar.
– Permanece agachada! – avisou ele.
– Tenho de regressar – disse ela, levantando a cabeça. – A minha irmã… e todos os outros… Precisam de ajuda. Tenho de ajudá-los.
– A polícia ocupar-se-á de tudo. Mantém-te agachada.
A cabeça de Lainie embateu contra o tabliê enquanto se deixava resvalar para o chão à medida que a camioneta virava violentamente à saída do estacionamento.
Depois de inspirar uma enorme lufada de ar, ela dignou-se a dar uma olhadela ao vaqueiro que parecia ter decidido tomar o leme da sua vida. O primeiro que viu foram umas imaculadas botas de cabedal e um chapéu texano branco. Por uns instantes, perguntou-se se estaria a ser alvo de um sequestro, mas antes que esse pensamento tomasse forma no seu cérebro, a camioneta virou cento e oitenta graus sobre duas rodas.
Uns segundos mais tarde, ele sorriu e retomou uma condução mais segura. Foi nesse momento que ela se deu conta da placa que ele possuía na lapela esquerda. A sua mãe dissera-lhe que o capitão Chet Johnson lhe ia enviar nessa mesma tarde uma pessoa da sua confiança para que a protegesse. Como se chamava? Ah, sim, Sargento Sloan Abbott, dos rangers do Texas.
– Uma furgoneta preta persegue-nos – disse ele com os olhos fixos no espelho retrovisor.
– Perseguem-nos? Porquê?
Ele lançou-lhe um olhar sombrio.
– Não sei se te terás apercebido, mas acabam de te disparar há minutos atrás.
Lainie lembrou-se do estrépito que causara a parede de vidro do hall a estilhaçar-se quando ela brincava com a sua irmã. Ambas caíram ao chão de imediato devido à onda expansiva. Mas a Susy… estaria ferida a sua irmã?
– Por favor – gritou por cima do ruído do motor. – Temos de voltar para nos certificarmos de que todos estão bem.
– A polícia e as ambulância já estarão lá – cochichou ele. – Eles são profissionais, nós só estorvaríamos – acrescentou, fazendo a camioneta virar de modo a inverter a marcha.
Lainie reparou pela primeira vez na roupa ensanguentada.
– Estás ferida? – perguntou o sargento.
– Não sei…, acho que não – mas sentia-se tão dormente pela postura que não o poderia jurar.
– A furgoneta preta tem os vidros laterais fumados, mas consigo ver pelo menos três homens pelo pára-brisas da frente. Vou livrar-me deles. Depois do seguinte quarteirão, viraremos violentamente para entrar na auto-estrada. Estas preparada Lainie?
Ela assentiu sabendo que não tinha mais remédio.
– Tu és o Sloan Abbott, não és?
Ele assentiu, mas não se incomodou em falar. Os pneus da camioneta chiaram em sinal de protesto quando viraram bruscamente à direita antes de acelerar pelo que parecia uma colina, seguramente a rampa de acesso à auto-estrada que ele anunciara, embora Lainie não soubesse de qual se tratava. O edifício do jornal estava perto de ao menos seis estradas interestaduais diferentes, mas como não podia olhar pela janela, nem sequer se podia orientar.
Sloan esticou o braço de repente e puxou-lhe pela blusa.