Motivação Para Aprender na Vida Adulta

De Magda Altafini

Motivação para aprender na vida adulta é um livro que fala sobre o amor pela aprendizagem e o desejo de aprender. Quando falamos em motivação para aprender ou falta de motivação, pensamos logo nas crianças em idade escolar, principalmente aquelas com dificuldades de aprendizagem. Esquecemos que aprendemos ao longo da vida, que podemos ter dificuldades de aprendizagem ao longo da vida também. Quando ficamos adultos, mergulhamos no mundo do trabalho e muitas vezes esquecemos as emoções positivas que a aprendizagem nos proporciona e como elas podem contribuir para que tenhamos uma vida mais plena e feliz. Aprender na vida adulta vai muito além das cadeiras das universidades. Aprender significa evoluir enquanto pessoa, cidadão, ser humano. É ter o desejo de ser melhor e se superar a cada dia na experiência maravilhosa que é a vida. O livro apresenta dados de pesquisa da professora Magda Altafini com estudantes adultos, o que caracteriza o ineditismo do tema. Como motivar estudantes universitários a aprender? Qual o papel do professor na motivação do aluno? Qual o papel da família nessa motivação? Que estratégias de motivação a família e os professores podem utilizar para motivar seus filhos e/ou alunos a aprenderem? Essas e outras reflexões vocês podem encontrar ao longo da leitura deste livro, que nos traz também a fala de estudantes adultos com dificuldades de aprendizagem. Esta obra é destinada a todos que se interessam pela Educação, pela Aprendizagem e pelo Desenvolvimento Humano; principalmente professores, estudantes, psicopedagogos e psicólogos.

• Idioma: Português
• Editora: Editora Appris
• Data de lançamento: 20 de set. de 2019
• ISBN: 9788547323752

Pré-visualização do livro

COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO EDUCAÇÃO, TECNOLOGIAS E TRANSDISCIPLINARIDADE

Dedico este estudo a todos os meus alunos e pacientes, aprendentes e ensinantes, pois, se não fossem eles, este trabalho não teria sentido. Eles são o meu objeto de estudo e o motivo principal da minha busca incessante de conhecimento e de motivação para aprender e ensinar.

AGRADECIMENTOS

A gratidão pode tornar sua vida mais feliz e satisfatória. Quando sentimos gratidão, nos beneficiamos da lembrança agradável de um acontecimento positivo em nossa vida. Igualmente quando expressamos nossa gratidão aos outros fortalecemos nosso relacionamento com eles. (SELIGMAN, 2011, p. 41).

Quero iniciar os meus agradecimentos aos meus pais, que sempre me motivaram a aprender, ao meu companheiro, Paulo Prestes, por todo o apoio e pelas longas conversas sobre as possibilidades de uma escola pública de qualidade, à minha filha, Iohana, por sempre me ensinar a ser uma pessoa melhor e às minhas enteadas, Ana Cristina e Letícia, que me mostraram que o sangue não determina o afeto.

PREFÁCIO

Amor pela compreensão do outro é o que transborda nesta obra. Magda Altafini, minha parceira querida, traça um percurso coerente, do primeiro ao último capítulo, buscando o entendimento sobre a falta de motivação para aprender dos estudantes universitários, oferecendo ao leitor esperança para pensar sobre o desenvolvimento de estratégias para intervenção com novos elementos oferecidos pela ciência. Fica clara, em cada capítulo, a paixão da autora pelos processos de ensino e aprendizagem. De maneira coerente nos conduz do nascimento desta teoria e prática, que surgiu da necessidade de solução para os emperramentos diante do processo de aquisição de conhecimento, até a atualidade, tempo em que a Psicologia Positiva pode oferecer ferramentas que auxiliam a potencialização do sujeito que aprende.

Em cada página deste livro é evidente o comprometimento da Altafini com os processos de aquisição de conhecimento, com o movimento de constituição do sujeito e com sua transformação nas várias etapas da vida. O fato de ser professora desde adolescente contribuiu para o interesse absoluto na construção de pessoas que assumam a individualidade e caminhem para a autonomia e autoria do pensamento para além dos esquemas já prontos, oferecidos pelo senso comum. Focar no processo de aprendizagem do adulto na universidade e nas suas dificuldades específicas é resultado de um olhar delicado e amplificado da natureza humana, na compreensão de que se pode motivar a aprender desde que se ouça o sujeito em sua singularidade. A diversidade é o pano de fundo desta pesquisadora ávida por estimular os processos de aprendizagem e de ensinagem focando na relação entre o aprendente e o outro, díade protagonista desta obra. Aqui, a dificuldade na aquisição de conhecimento é considerada como um sintoma relacional. Importante notar que outros aspectos também são levados em conta, como os fatores individuais e familiares e questões neurológicas que podem também interferir na motivação para aprender.

O olhar amoroso da atenção e da sincronicidade da pesquisadora faz com que esta obra nos leve a refletir sobre as relações que podem, de fato, orientar o adulto a ter motivação para buscar conhecimento. Os dois anos intensos de trabalho e dedicação nos conduz a pensar sobre a importância da relação afetiva entre alunos e professores, a relevância do conteúdo para o sujeito na aprendizagem, o quanto emoções positivas podem contribuir para o sucesso do processo e sobre a importância do reconhecimento e valorização das conquistas dos indivíduos pelos seus pares, seja na universidade ou nos primeiros anos da escola infantil.

O que torna esse trabalho ainda mais fascinante é saber o quanto a autora dedicou o seu tempo fazendo pesquisas. Na prática, a experiência adquirida ao longo da sua respeitada carreira, já é o suficiente para percebermos tanto conhecimento. Na teoria, seu empenho em querer saber, descobrir e trocar cada vez mais, a qualifica como diferenciada nessas questões. Tudo isso junto e misturado, nos faz viajar em cada página, como se estivéssemos praticando ao lado dela esse saber. Esta obra é mais que processo de construção teórica. É uma aula de vida! Faço o convite para que vocês se deliciem com esta leitura consistente, coerente e baseada em um trabalho de pesquisa exaustivo e, ao mesmo, tempo estimulante. Divirtam-se.

Adriana Santiago

Psicóloga Clínica, Palestrante Internacional, Professora, Especialista em Neurociências -UFRJ, Especialista em Psicologia Positiva – UCM, Diretora do NUAP (Núcleo de Aplicação da Psicologia Positiva) RJ, professora e autora do Livro: O Poder Terapêutico do Perdão e coautora de diversos capítulos referentes ao bem-estar subjetivo.

LISTA DE ABREVIATURAS

Sumário

INTRODUÇÃO

Contribuição da Psicopedagogia no entendimento das dificuldades de aprendizageM

1.1 O Objeto de Estudo da Psicopedagogia

1.2 Breve Histórico da Psicopedagogia

1.3 Dificuldades de aprendizagem e Transtorno de Aprendizagem.

1.4 Do desenvolvimento humano: adulto jovem

1.4.1 Períodos do Desenvolvimento Humano

1.4.1.1 Jovem adulto

1.5 DA MOTIVAÇÃO

1.6 Teoria da Motivação Humana de Maslow

1.7 Teoria da Autodeterminação

1.8 Teoria de Perspectiva de Tempo Futuro

1.9 Teoria das Metas de Realização

1.10 A PSICOLOGIA POSITIVA

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

2.1 Problema de pesquisa

2.2 Objetivo Geral

2.3 Objetivos Específicos

2.4 Questões de pesquisa

2.5 Procedimento de pesquisa 

2.6 Sujeitos da Pesquisa

2.7 INSTRUMENTO DE PESQUISA 

ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS

3.1 A HISTÓRIA ACADÊMICA E A INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA NA MOTIVAÇÃO PARA APRENDER

3.2 FATORES QUE CAUSAM A DESMOTIVAÇÃO NA FAMÍLIA, NA UNIVERSIDADE E NA SOCIEDADE.

3.3 FATORES MOTIVACIONAIS PARA A ESCOLHA DO CURSO

3.4 IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO

3.5 DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM/TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM

CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS 

INTRODUÇÃO

O objetivo principal do trabalho é identificar e analisar as evidências da falta de motivação para aprender dos estudantes universitários com Dificuldades de Aprendizagem, com o intuito de desenvolver estratégias de intervenção pedagógicas e psicopedagógicas que possam levá-los a aprender, com o apoio das Teorias da Motivação e da Psicologia Positiva.

Minhas inquietações podem ser sintetizadas nos seguintes questionamentos: o que motiva os estudantes universitários com Dificuldades de Aprendizagem? O que podemos fazer enquanto educadores para motivá-los? Essas questões sempre me inquietaram, tanto como professora quanto como psicopedagoga clínica e foram as linhas condutoras dessa pesquisa, que busca contribuir com o trabalho docente no sentido de diminuir o fracasso acadêmico. Os estudantes universitários com Dificuldades de Aprendizagem não têm motivação para aprender em função das dificuldades ou a falta de motivação causa as Dificuldades de Aprendizagem?

Pela sua relevância social, a Educação sempre foi um campo discutido por muitos profissionais das mais diversas áreas. Além dos educadores, filósofos, sociólogos e políticos discutem a educação, tentando diminuir os problemas encontrados atualmente como: repetência, falta de professores, absentismo, melhor qualidade de ensino etc.

Como educadora, escuto a queixa de muitos professores sobre a falta de motivação para aprender dos alunos, nos diferentes níveis de ensino, da Educação Básica aos bancos universitários. Esse fato sempre me inquietou, pois, para mim, que fui e ainda sou uma pessoa muito motivada para aprender, é muito difícil entender. Como alguém não tem prazer em aprender coisas novas? Como o novo não é motivo de motivação? O que a escola (universidade) pode fazer para motivar os alunos a aprender? Entendo que nós educadores temos que parar para pensar sobre essas questões e criar estratégias eficazes de motivação para os nossos alunos.

Por meio deste livro, desejo contribuir para manter a qualidade do Ensino Superior, diminuir o fracasso acadêmico, a desistência da universidade e as dificuldades de aprendizagem.

Como referencial teórico dessa proposta de dissertação, adota-se quatro temas que funcionarão como os pilares de todo o estudo.

O primeiro capítulo, intitulado Contribuição da Psicopedagogia no entendimento das Dificuldades de Aprendizagem e dos Transtornos de Aprendizagem, caracteriza o objeto de estudo da Psicopedagogia, apresenta um breve histórico da Psicopedagogia e define as dificuldades de aprendizagens e os Transtornos de Aprendizagem. A contribuição de Alicia Fernandez (1991), Sara Paín (1992), Maria Lúcia Weiss (2001), Nádia Bossa (2000) darão fundamentação a esse capítulo sobre as Dificuldades de Aprendizagem, além de outros educadores estudiosos da área.

O segundo capítulo apresenta o Desenvolvimento Humano, centrado principalmente no adulto jovem. Foi utilizado como referencial teórico Papalia e Olds (2000), que tem um