Unidade entre Teoria e Prática na Formação do Técnico em Agroecologia: Estudo em uma Escola do Campo Catarinense
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Sobre este e-book
A obra busca contribuir com as escolas de formação técnica e também com a formação superior quando se trata de constituir o ser humano em sua totalidade. Ou seja, preparar para pensar e para fazer, não de forma dissociada, dual, mas de forma unitária, enquanto dois elementos do trabalho que a sociedade de classe separou.
Pensar a formação do técnico para contribuir com os camponeses na construção da agroecologia é o que aborda o livro. Nesse sentido, este material é destinado aos professores de forma geral, e em específico aos professores da Educação do Campo e do ensino profissionalizante, educadores populares, militantes de movimentos sociais; enfim, todos aqueles que acreditam em um mundo de seres humanos emancipados.
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Unidade entre Teoria e Prática na Formação do Técnico em Agroecologia - Paulo Davi Johann
COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO EDUCAÇÃO, TECNOLOGIAS E TRANSDISCIPLINARIDADE
AGRADECIMENTOS
Quero, em primeiro lugar, agradecer aos que lutaram para que os filhos da classe trabalhadora tivessem acesso ao ensino superior e à pós-graduação; sem eles eu não teria chegado à universidade. Entre esses, especialmente aos integrantes da grande família Sem Terra, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Agradeço também aos meus grandes incentivadores ao estudo, meus pais, Ermindo Johann e Olivia Johann (in memoriam). Na sua simplicidade sempre sonharam que seus filhos tivessem acesso ao conhecimento que a humanidade produziu para contribuir na luta pela emancipação da classe trabalhadora.
Agradeço, também, à orientadora da pesquisa do mestrado cujo resultado está neste livro, a professora doutora Marlene Ribeiro e à coorientadora, professora doutora Sandra Luciana Dalmagro. Ambas contribuíram imensamente para que este trabalho fosse realizado. Sem essas duas extraordinárias pessoas, que não se cansam de lutar pela emancipação humana, este trabalho não se realizaria com a qualidade que tem.
E, ainda, quero registrar o meu agradecimento a todos e a todas que estão em luta para construir uma sociedade liberta das amarras do capital, uma sociedade da livre associação dos produtores. Uma sociedade comunista. Nessa sociedade, o homem poderá ser verdadeiramente livre, e todos os seres humanos terão acesso ao conhecimento socialmente produzido pela humanidade.
PREFÁCIO
Paulo Johann, ou Paulinho, é um agricultor-filósofo ou vice-versa. As mãos rudes do trabalho na agricultura contrastam com a disposição do cérebro para pensar, refletindo a histórica separação entre trabalho manual e trabalho intelectual. Os agricultores e operários são sobrecarregados com as tarefas do corpo e, com isso, são alijados de conhecimentos, o que para muitos liberais é condição necessária para que melhor aceitem e desempenhem sua condição de subjugados e extenuados pelo trabalho. Paulinho, porém, é um exemplar, dentre muitos outros agricultores que exercitam o intelecto com destreza e, de igual modo, cultivam o vigor do corpo no trabalho.
Trabalhar e pensar, trabalho manual e trabalho intelectual, prática e teoria. Talvez, não casualmente, essa imbricação seja a temática que cativou o autor do presente estudo, cujo debate enraíza-se na formação do técnico em agroecologia. Isso é possível observar nas relações que Paulinho mantém com os colegas com os quais convive na condição de agricultor e de educador, na escola onde hoje atua. A agroecologia é o que buscam fazer, cujo desafio mostra-se mais prático do que teórico. Mas, no técnico agrícola ou mesmo no agrônomo, o problema da formação teórico-prática também se evidencia.
No caso do técnico em agroecologia, o problema reveste-se de particularidades, seja pela novidade
da questão, seja porque se contrapõe ao padrão produtivo e formativo dominante. A agroecologia e a formação agroecológica pesquisadas padecem dos graves problemas que afetam a educação brasileira e a escola do campo. Mas, sob a ótica dos Movimentos Sociais Populares, fortalecem-se ao se articularem com uma perspectiva global de transformação social e pelas necessidades objetivas dos que se propõem a colocá-la em prática. Essas questões ganham espaço de análise neste livro.
O espaço pesquisado é a Escola 25 de Maio, localizada em Fraiburgo/SC, escola do campo que é referência, tendo em vista o seu vínculo com os assentados de Reforma Agrária e com a formação voltada à cooperação e à agroecologia no ensino fundamental. A formação em nível médio e técnico é recente ali, e esta pesquisa contribui para refletir sobre os desafios que se colocam às escolas do campo, no sentido radical da expressão, e as exigências que se põem à formação técnica agroecológica, sintonizada com a construção de relações de produção economicamente viáveis, socialmente justas e ecologicamente sustentáveis. Esse é o coração do texto de Paulinho.
O livro possui três capítulos, cada qual com uma riqueza que estimula a leitura integral. No primeiro, discute-se a relação teoria e prática na educação escolar, tema caríssimo à escola de perspectiva crítica, cuja centralidade é atribuída ao trabalho. O segundo discute a agroecologia e essa no interior do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), evidenciando a complexidade desse empreendimento. No terceiro capítulo, a Escola 25 de Maio e seu curso técnico são apresentados e analisados, destacando-se a riqueza de dados obtidos na pesquisa realizada pelo autor e o rigor de sua análise. Esse, que é o último capítulo, combina com a amplitude do referencial teórico acionado nos capítulos anteriores, e aí retomado, constituindo-se num estudo que revela a realidade à luz do esforço teórico, demonstrando, assim, as habilidades do autor.
O mérito do presente trabalho é a reflexão crítica que o autor realiza do objeto pesquisado, revelando os limites e potencialidades da formação do técnico em agroecologia nas condições atuais das escolas do campo. A realização deste estudo e sua publicação justificam-se pela origem concreta de sua problemática e pela contribuição que oferece àqueles que trabalham com educação do campo, agroecologia, formação técnica e política, seja como educadores, agrônomos e técnicos agrícolas, agricultores ou dirigentes. A atualidade da reflexão apresentada revela-se concretamente nas concepções articuladas às ações daqueles que se mobilizam por uma educação emancipatória, por alimentação saudável e por vida e trabalho dignos. Portanto, e para finalizar, este livro atende aos interesses tanto de estudantes e educadores, quanto dos agrônomos e técnicos agrícolas. Mas vai além ao tratar de uma questão essencial – o cuidado com a Terra associado à manutenção da vida neste Planeta.
Boa leitura!
Sandra Luciana Dalmagro
Marlene Ribeiro
(Orientadoras da pesquisa que deu origem a este livro)
LISTA DE SIGLAS
Sumário
INTRODUÇÃO
A RELAÇÃO TEORIA E PRÁTICA NA EDUCAÇÃO
1.1 O trabalho e a formação humana
1.2 Unidade teoria e prática para a educação emancipatória
1.3 Unidade teoria e prática na educação escolar
A FORMAÇÃO EM AGROECOLOGIA NO MST E A RELAÇÃO TEORIA E PRÁTICA NA FORMAÇÃO DO TÉCNICO EM AGROECOLOGIA
2.1 Agroecologia e o processo de formação humana
2.2 Agroecologia no MST E A formação técnica
A FORMAÇÃO DO TÉCNICO EM AGROECOLGIA NA ESCOLA 25 DE MAIO
3.1 HISTÓRICO CARACTERIZAÇÃO DA Escola 25 de Maio
3.2 Caracterização do Curso Técnico em Agroecologia Na Escola 25 de Maio
3.3 A relação da teoria e prática na Escola 25 de Maio
3.4 A realidade do Curso Técnico em Agroecologia na Escola 25 de Maio
3.5 O desafio da Escola 25 de Maio na formação do Técnico em Agroecologia
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIA
APÊNDICES
INTRODUÇÃO
Este livro, fruto de pesquisa realizada para o mestrado, aborda a formação teórico-prática do Técnico em Agroecologia, a partir da relação entre trabalho e educação, trabalho manual e trabalho intelectual, como unidade dialética necessária a essa formação. Esta obra justifica-se pela contribuição que poderá oferecer à educação escolar de modo geral e, em particular, à educação do campo, sobretudo às escolas de formação técnica, para avançar, não só no sentido estritamente técnico, mas, principalmente, na oferta de uma formação que contemple a totalidade do ser humano.
A problemática da formação técnica está presente nas discussões da comunidade escolar em geral, e mais especificamente, no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em suas diferentes instâncias. Como militante do MST, e no sentido de poder colaborar na qualificação desse debate, abordo o tema: a articulação da teoria com a prática, ou do trabalho manual com trabalho intelectual, na formação do técnico em agroecologia de uma escola da rede pública de educação de Santa Catarina em um assentamento da Reforma Agrária no município de Fraiburgo-SC; a Escola 25 de Maio.
A formação em foco neste livro está ligada à educação formal, que oferece a formação técnica em Agroecologia integrada ao ensino médio, vincula-se, por um lado, à rede estadual de educação de Santa Catarina e, por outro lado, tem um vínculo orgânico com o MST. Em seu Projeto Político Pedagógico (PPP), ela aponta o vínculo da teoria com a prática, tendo o trabalho como princípio educativo, além de instrumento didático pedagógico para auxiliar no aprendizado.
A educação ligada ao mundo do trabalho não pode ficar alheia às exigências complexas dos processos produtivos e a ação educativa deve refletir sobre estas questões selecionando conteúdos vinculados ao mundo do trabalho e acompanhando experiências de trabalho educativo. O trabalho torna-se, também um recurso pedagógico ao provocar, através, de sua prática, necessidades de aprendizagem, bem como pela sua condição de construtor das relações de classe.¹
A formação do técnico em Agroecologia, vinculada ao MST, é muito discutida nesse Movimento, em particular nos setores de Educação e Produção. A discussão que o MST está fazendo relaciona-se a essa formação de modo que possam apropriar-se dos elementos técnicos vinculados aos elementos políticos, ou ainda, realizar a articulação teórico-prática, ou seja, do conhecimento obtido no curso com o trabalho desenvolvido no campo. Em outras palavras, a questão é: como a escola poderá formar esse técnico em Agroecologia, com capacidade técnica e compromisso político, para atuar junto aos camponeses e contribuir tanto no aumento da produção de base agroecológica, quanto na organização dos camponeses, enquanto classe para a luta pela construção do paradigma da agroecologia em contraposição ao paradigma do agronegócio? Nesse sentido, a formação técnica pensada pelo MST procura aliar os elementos técnicos aos elementos políticos. Mas, a partir daí, podem ser formuladas novas questões como: é possível numa sociedade de classes, que separa o trabalho manual do intelectual e que produz uma educação escolar divorciada do processo produtivo, aliar a teoria à prática como uma unidade dialética? Ou ainda: formar simultaneamente para o trabalho manual e o trabalho intelectual? E como fazer isso na prática do cotidiano escolar?
O MST tem, como um dos seus princípios, que a escola deverá trabalhar a formação omnilateral do ser humano. Essa formação, segundo Marx², só se torna possível a partir da união entre a educação e o trabalho. Trata-se, portanto, de uma educação que articula a teoria com a prática, no sentido da práxis. A práxis é inerente à formação do ser humano omnilateral, isto é, a formação omnilateral fundamenta-se numa perspectiva científica crítica que aponta para a formação integral do ser humano, ou seja, nas dimensões: física, moral, espiritual, artística etc., possibilitando uma compreensão da totalidade da realidade e propiciando uma vivência crítica e até mesmo uma intervenção na sociedade. Nessa concepção, o trabalho deixa de ser uma atividade puramente prática para se converter em atividade teórico-prática. É uma atividade na qual se articulam o pensar e o fazer como uma unidade dialética.
É esta unidade dialética, fazer e pensar, prática e teoria que, no caso de uma formação omnilateral, sustenta a ação educativa da Escola 25 de Maio. Apesar disso, pela convivência como agricultor assentado e como liderança do MST, com alguns dos técnicos em Agroecologia egressos, muitas vezes acompanhando-os no trabalho junto aos agricultores, nas reuniões de planejamento das atividades que iriam desenvolver, assim como de técnicos egressos dessa escola que foram assentados, percebe-se a existência de um conhecimento superficial a respeito das técnicas agroecológicas, tanto no campo prático como teórico. Porém, por outro lado, apresentam um discurso político sobre agroecologia bastante avançado. Pode-se também perceber, no trabalho desses técnicos, a dificuldade em relacionar a atividade prática à assistência técnica, com o conhecimento político-organizativo, no sentido de uma melhor compreensão da unidade do conhecimento prático com o conhecimento teórico. Esse poderia ser um caminho estratégico para contribuir na luta em contraposição ao agronegócio e, ao mesmo tempo, para a construção do paradigma da Agroecologia, como instrumento por uma sociedade na qual a divisão de classes possa ser superada.
O objetivo da Educação do Campo, projetada pelos movimentos sociais populares do campo unificados na Via Campesina³, de forma geral, e de modo particular pelo MST, é a compreensão articulada à prática da educação como instrumento de emancipação humana. Por isso a Educação do Campo articula-se à luta pela Reforma Agrária, com a terra para os que nela trabalham e vivem