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Inclusão: Uma Questão de Atitude
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Inclusão: Uma Questão de Atitude
E-book201 páginas2 horas

Inclusão: Uma Questão de Atitude

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Sobre este e-book

O livro INCLUSÃO: Uma Questão de ATITUDE nos traz algumas reflexões sobre a Educação Inclusiva na universidade. Aluno com Deficiência Visual em um curso de graduação. Conquistas, desafios, superações, muito empenho e determinação, essas são características dessas pessoas em busca de um diploma de graduação. Nesse viés, a universidade não pode ficar indiferente nem neutra em face do movimento de Educação Inclusiva. O apoio educativo constitui pedra basilar para que a inclusão se realize. A educação não é apenas uma opção; revela-se um direito do qual nenhuma pessoa pode ser cerceada.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento24 de ago. de 2020
ISBN9788547344344
Inclusão: Uma Questão de Atitude

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    Inclusão - Rosemari Silva da Veiga

    COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO PSICOPEDAGOGIA

    Para meus filhos, Alexandra, Gilson Jr. e Leandro.

    E, especialmente, para meus netos, Cássio e Érica.

    Amores de minha vida.

    Com carinho, dedico-lhes esta conquista.

    Prefácio

    Prefaciar uma obra como esta que Rosemari Silva da Veiga apresenta é um grande prazer, pois estou intimamente ligada à temática e, pelo mesmo motivo, uma imensa responsabilidade, até porque a inclusão escolar é mudança de postura! Cada palavra escrita tem de cristalizar essa afirmação: postura! E, nesse sentido, docentes que atuam diretamente em escolas felizmente estão contribuindo para perceber que a educação básica e o ensino superior hoje atuam nessa direção. Estamos avançando. No entanto, a dissertação de Rosemari − uma pesquisa séria e consistente – agora transformada neste livro, escancara o cenário de dificuldades e de superações para conclusão da graduação por pessoas com deficiência visual.

    A pesquisa de campo foi realizada com seis pessoas cegas ou de baixa visão em sua trajetória acadêmica. Foram meses de conversas, entrevistas, reuniões e muito estudo, buscando uma relação permanente entre a realidade vivida na universidade por pessoas cegas e a literatura existente, pesquisas já realizadas, balizadas por conceitos aceitos e, muitas vezes, repetidos exaustivamente sobre inclusão, escola inclusiva, políticas públicas, deficiência… com rigor metodológico e orientação acadêmica.

    Rosemari sempre quis ser PROFESSORA! Exatamente assim, com letras maiúsculas. Desde muito pequena era comum, na escola, na hora do recreio ou em casa, ela brincar de dar aulas. Mas foi no ensino médio que Rosemari teve certeza de sua escolha: ficava dando aulas no recreio para colegas, que pediam para ela explicar os conteúdos. Dessa maneira, esses colegas conseguiam aprender o que era ensinado.

    Ao iniciar o mestrado, todo o percurso da formação acadêmica associado às primeiras experiências como profissional foi se entrelaçando e tomou forma com o tema sobre inclusão, que levou à aprovação da dissertação de mestrado com o título: A Inclusão de Alunos com Deficiência Visual no Ensino Superior: estudo de caso em universidades do Brasil.

    A temática da inclusão, centrada na integração de pessoas cegas ou com deficiência visual, surge depois de sua formação no Instituto Benjamin Constant (IBC/RJ), onde residiu por seis meses até o término do curso. Ao retornar a sua cidade, com uma bagagem significativa proporcionada pelo curso, pela inquietação e pelo desejo de vivenciar tudo o que estudou, Rosemari inicia um atendimento voluntário para Pessoas Deficientes Visuais (PDV), que necessitavam de um atendimento específico no sistema de escrita Braille, na orientação e na mobilidade, dentre outros. Atua até hoje, nessa instituição.

    Apresento esses fragmentos da vida de Rosemari para reforçar o modo como um tema se transforma em objeto de pesquisa, depois vira dissertação de mestrado e, em seguida, livro.

    Orientei Rosemari, uma apaixonada pela escola, ciente das lutas coletivas e dos desafios permanentes, nessa aventura de cursar um mestrado em outro país e com uma temática que, infelizmente, ainda gera constrangimentos. Se há algumas décadas discutíamos a inclusão de crianças na educação básica, hoje já estamos, na condição de universidade, recebendo discentes cegos para cursarem a graduação. E, nesse sentido, a universidade repete os mesmos equívocos na forma de inclusão que as escolas cometeram. Primeiramente, o discurso dos docentes de que não têm preparo para trabalharem com pessoas com deficiências e, em seguida, que necessitam de cursos para serem preparados para a inclusão escolar. Quiçá um cursinho rápido trouxesse esse preparo. Mas incluir − superar preconceitos − é algo mais profundo, pois mexe com nossas crenças e cultura.

    Nesse sentido, embora de forma breve, Rosemari resgata a história da inclusão escolar, chegando até a universidade. Dedicada e sábia, como pesquisadora, entra na universidade e percebe que as mesmas situações vividas na escola estão sendo repetidas no ensino superior. Conclui que não basta a inclusão estar na lei: é preciso que haja uma mudança de postura em relação à aprendizagem. É preciso rever o ensino conteudista e as aulas homogêneas.

    Esta é uma leitura convidativa e, ao mesmo tempo, provocativa. Nesse sentido, em tempos em que tudo parece ser urgente, não basta apenas defender a inclusão, é preciso viver a inclusão, acreditando que todos e todas aprendem.

    Esta é, portanto, uma obra para todas as áreas e para todos os profissionais. Afinal, quem é o cego na Educação Inclusiva? Que visão temos sobre a Educação Inclusiva? Vale muito a pena ler esta obra. Vale muito debatê-la na escola e na universidade para buscar respostas a essas perguntas.

    Obrigada, Rosemari! Boa leitura a todos.

    Arisa Araujo da Luz

    Professora da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS)

    APRESENTAÇÃO

    O sonho de escrever este livro veio de encontro com a sugestão da banca de apresentação de minha tese de mestrado no pais vizinho da Argentina em Buenos Aires. Esta pesquisa foi realizada em Universidades no Rio Grande do Sul. Trata do estudo de casos sobre a inclusão de pessoas com deficiência visual na universidade, privilegiando as suas vivências, suas experiências de conviverem com a diversidade no seu cotidiano estudantil. Constatei que, muitos muros já foram derrubados e muitas pontes estão sendo construídas, com seus direitos, em baixo dos braços, com muita garra e determinação, firmando-se no plano internacional e na legislação brasileira como uma conquista dos direitos humanos. Trata-se de exigir uma concepção político-pedagógica que desloca a centralidade do processo para espaços acadêmicos, produzindo uma inversão de perspectivas no sentido de transformar a universidade para receber todos os educandos com suas diferenças e características individuais.

    Entretanto, apesar das políticas públicas que trazem proposta de não se excluir ninguém do acesso à educação por sua singular condição física ou mental, o que percebemos é um total despreparo da sociedade em geral e das instituições educacionais em particular, para empreender a tarefa de transformação que a inclusão exige. Diante desta triste constatação, acredito que seja necessário considerar não só os entraves político-pedagógicos tão comumente mencionados, mas também as vivências estimulantes e frustrantes surgidas no cotidiano das relações estabelecidas entre os participantes da comunidade educativa.

    Considerando que as vivências desses acadêmicos na universidade podem e devem contribuir como um instrumento de apoio para a educação inclusiva, este estudo, procurou identificar motivações e/ou resistências para a conclusão em um curso de graduação. Sou testemunha da importância da inclusão de qualidade para as pessoas com deficiência, percebendo o sofrimento destas quando da impossibilidade de acompanhar um ensino que absolutamente não considera a suas singularidades, seu ritmo particular de aprendizagem, como também os efeitos danosos para a autoestima provocados pela exclusão. Será preciso oferecer um ensino de qualidade, abrindo caminho para a descoberta de potencialidades e facilitando a sua aprendizagem.

    Acredito ser primordial sublinhar que como autora dessa pesquisa tenho um interesse pessoal na abordagem da questão da inclusão: sou tia de uma acadêmica deficiente visual, que tenta pela segunda vez sua graduação. Ao longo de sua escolarização, período esse prolongado pela exclusão por escolas e profissionais sem solidariedade e respeito, valores tão fundamentais e tão esquecidos no mundo competitivo no qual vivemos, acompanhei toda a sua trajetória e pude presenciar momentos de exclusão.

    Assim assumi o desafio de tentar dialogar através de ações e sentimentos humanos que requerem a consideração deste estudo e seus efeitos sobre a inclusão e as possibilidades de uma prática pedagógica inclusiva e as dificuldades para implementá-las, os sentimentos ambivalentes despertados pela convivência com a deficiência. Concluí algumas reflexões sobre os resultados encontrados, observei que não se trata apenas de conhecerem mais sobre deficiências ou como ensinar a esses alunos, mas de criar espaços de reflexão. Portanto, indicamos que o acolhimento e a escuta da angústia de alunos, em suas mais variadas acepções, deve ser um aspecto fundamental. Espero que os depoimentos e reflexões aqui registrados contribuam para o avanço da educação inclusiva na universidade, ainda tão vulnerável diante dos impasses de nossa realidade educacional.

    a autora

    Sumário

    INTRODUÇÃO 15

    CAPÍTULO I

    PALAVRAS INICIAIS: O PERCURSO PROFISSIONAL NA BUSCA DA INCLUSÃO 19

    1 O NASCIMENTO DO TEMA: INCLUSÃO DE TODOS (AS) NA ESCOLA 21

    1.1 A CONSTITUIÇÃO DO LUGAR DA PESQUISADORA: Uma caminhada quase solitária 21

    2 PALAVRAS SOBRE A INCLUSÃO: como me tornei Educadora Inclusiva? 23

    3 UM CAMINHAR CONJUNTO: Histórias Individuais na Educação Inclusiva 26

    4 PRINCÍPIOS ORIENTADORES: os Princípios Básicos para uma Educação Inclusiva 27

    5 A EDUCAÇÃO INCLUSIVA É PARA ALUNOS DIFERENTES? 27

    6 AGORA SIM! Vamos Desatar os Nós e Encontrar o Verdadeiro Educador 29

    CAPÍTULO II

    RETRATO DA DEFICIÊNCIA NO BRASIL 31

    1 BEM-VINDO À HOLANDA! (por Emily Perl Knisley) 33

    2 A DIVERSIDADE HUMANA E A DEFICIÊNCIA 34

    3 CONCEITOS 35

    3.1 DEFICIÊNCIA 35

    3.2 DEFICIÊNCIA VISUAL 36

    3.3 CLASSIFICAÇÃO 36

    3.4 CAUSAS DA DEFICIÊNCIA VISUAL 37

    3.5 FATORES DE RISCO 37

    3.6 IDENTIFICAÇÃO 37

    3.7 DIAGNÓSTICO 38

    3.8 DESIGNAÇÃO 38

    3.9 DADOS ESTATÍSTICOS 39

    3.10 NA EDUCAÇÃO 40

    CAPÍTULO III

    INCLUSÃO: REVISÃO DE UM PASSADO CONSIDERADO VERGONHOSO 43

    1 HISTÓRIA DAS PESSOAS CEGAS NA SOCIEDADE 45

    1.1 REPRESENTAÇÕES SOCIOCULTURAIS DA CEGUEIRA 48

    1.2 O EXAGERO NAS REPRESENTAÇÕES DA ACUIDADE SENSORIAL DOS CEGOS 48

    1.3 O OUTRO NA CULTURA DA VISÃO 49

    2 INCLUSÃO: uma abordagem acerca de sua historicidade 51

    2.1 PRÉ-CONCEITO: o que vem antes… 52

    2.2 O CAMINHO SE FAZ AO CAMINHAR 52

    2.3 REVISÃO DE UM PASSADO QUE ENVERGONHA 54

    3 OS MOVIMENTOS SOCIAIS: traçando o caminho para chegar à inclusão 56

    3.1 DA INTEGRAÇÃO À INCLUSÃO 57

    3.2 FASES DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO 57

    4 CONCEITO DE INCLUSÃO: um processo em construção 59

    5 PRESSUPOSTOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: caminho para inclusão no

    sistema de ensino 60

    6 LEIS INTEGRACIONISTAS E INCLUSIVAS 63

    6.1 ACESSO AO ENSINO SUPERIOR 64

    7 EDUCAÇÃO PARA TODOS: Em defesa da inclusão 65

    CAPÍTULO IV

    UNIVERSIDADE E EDUCAÇÃO INCLUSIVA 71

    1 A UNIVERSIDADE VOLTADA PARA A EDUCAÇÃO INCLUSIVA 73

    2 INGRESSO NO ENSINO SUPERIOR: Ações Afirmativas no Brasil 79

    3 A EDUCAÇÃO INCLUSIVA: oportunidade para formação de cidadãos conscientes e participativos 81

    4 O CURRÍCULO UNIVERSITÁRIO FRENTE À INCLUSÃO 83

    5 E OS PROFESSORES FRENTE À INCLUSÃO? 88

    5.1 A FORMAÇÃO DE PROFESSORES 90

    6 INCLUSÃO: UMA QUESTÃO DE ATITUDE 91

    6.1 GESTÃO DA SALA DE AULA 91

    7 POR UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE NA SALA DE AULA 93

    8 ALGUMAS QUESTÕES SOBRE A AVALIAÇÃO DO DEFICIENTE VISUAL 94

    8.1 AVALIAÇÃO PEDAGÓGICA DO DEFICIENTE VISUAL 96

    8.1.1 Informações do exame oftalmológico e optométrico 97

    8.1.2 Informações sobre

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