Bia e eu

De Alice Sá e Beatriz Sá

O livro de poemas e reminiscências "Bia e eu" apresenta uma biografia lúdica e poética que nos convida a transitar entre versos, memórias, histórias e afetos.
Como hóspedes guiados a quatro mãos pelas autoras Alice e Beatriz, nós, leitores, corremos o prazeroso risco de esbarrarmos em brinquedos, rimas, cãezinhos, musas do Olimpo, avós, parques, papais, aviões, gaitas, irmãozinhos e outras tantas gostosuras.
Nesse tecer de palavras, as autoras nos conduzem por uma rede lúdica que compõe não apenas as lembranças e o imaginário das autoras, mas que perpassa também nossas narrativas, nossos próprios quintais da alegria.
"Casa de ferreiro, espeto de aço", Alice rasura o dito popular para demonstrar como o amor pelas letras pode ser transmitido de mãe para filha. Entretanto, comprovando mais uma vez que o paradoxo é uma das imagens mais caras à literatura, é a atração pelo traço das palavras da filha Bia que inspira a mãe a compor o livro, e o espeto de aço vem tecer páginas de seda neste livro de memórias delicadas, uma ciranda de quatro mãos.

"Dedico a nós, pais, que muitas vezes nos esquecemos que antes de sermos excelentes profissionais, precisamos ser pais presentes na vida de nossos filhos."

"Dedico às pessoas mais importantes na minha formação enquanto ser humano: meus pais, meus avós, meu irmão Víctor. Espero que este livro sirva de incentivo aos iniciantes no processo da escrita."

• Idioma: Português
• Editora: Editora Buqui
• Data de lançamento: 25 de ago. de 2020
• ISBN: 9786586118476

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Brasil

Prefácio

Bia possui a divinação do belo que inspira os poetas sob os céus cacheados de estrelas. Sua poesia atravessa o silêncio da noite e foge, em carruagem de fogo, para o outro lado das cordilheiras, onde valentes cavaleiros semeiam a lágrima da paz. Trata-se de um cristal que estrala em luz, um perfume derramado das mãos de um velho ermitão. Ela jura paixão pela poesia e a trata com ternura e benquerença de rainha. Mãe e filha desatam os nós da poesia nas horas quebradas das noites miúdas, povoadas de tristeza e solidão, noites deixadas lá fora, nas curvas do mundo, onde os poetas cantam a dor e a saudade dos infelizes. Eis aqui um livro escrito a quatro mãos, uma síntese profética do amor ilhado em sonhos e esperanças, tecido em filigranas de ouro. Mãe e filha vivem, aqui, a cumplicidade da poesia derramada pelos lábios dos poetas errantes. Bia nos conduz ao Monte Olimpo e nos fala das maravilhas eternas da Grécia Antiga, das musas e dos deuses, divinizados em sábios e cavaleiros, poetas e filósofos, guerreiros e heróis imortalizados nos cantares de Homero. Seus versos haverão de reboar nos céus de Conquista, animados pela velocidade dos ventos que passam assoviando novos tempos de colheita. As crônicas e poesias, reunidas nestas páginas, irradiam candura e nos devolvem ao território lírico da poesia. Que os arlequins da rua façam a partilha das