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Desafios à conservação na Bacia do Paraopeba/MG: identificando valores
Desafios à conservação na Bacia do Paraopeba/MG: identificando valores
Desafios à conservação na Bacia do Paraopeba/MG: identificando valores
E-book470 páginas4 horas

Desafios à conservação na Bacia do Paraopeba/MG: identificando valores

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Sobre este e-book

O trabalho que deu origem a este livro foi finalizado no ano de 2015. Naquele ano, que ora parece tão longínquo, o Brasil via aprofundar uma crise política que se articulava ao cenário econômico e social. Somada a esse cenário prolongava-se uma seca que ameaçou de forma significativa os grandes centros urbanos da região centro-sul do país. Em verdade, longe de expressar o negacionismo da existência da mudança do clima (acredito que não se trata de uma discussão para este lugar), a seca expôs as fragilidades das bases do modelo de desenvolvimento nacional e, mais do que isso, a tessitura de poder que o sustenta.
Analisando a bacia do Paraopeba, tornou-se observável uma vocação de sua complementariedade espacial com o Quadrilátero Ferrífero e a bacia do Velhas.
Cabe reconhecer, portanto, que sua importância tende a se acentuar nos contextos regional e nacional. Essa posição tem custos e precisa de sustentação econômica e, portanto, exige planejamentos de longo prazo. Os recursos aí existentes precisam ser valorizados e potencializados, com vistas, em último caso, ao benefício geral de sua população.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento31 de mar. de 2021
ISBN9786588547090
Desafios à conservação na Bacia do Paraopeba/MG: identificando valores

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    Pré-visualização do livro

    Desafios à conservação na Bacia do Paraopeba/MG - Alecir Antonio Maciel Moreira

    capa do livro

    Desafios à conservação na Bacia do Paraopeba/MG:

    identificando valores

    Antonio Maciel Moreira

    Desafios à conservação na Bacia do Paraopeba/MG: identificando valores

    Editora PUC Minas

    Belo Horizonte

    2020

    © 2020 Alecir Antonio Maciel Moreira

    Todos os direitos reservados pela Editora PUC Minas. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida sem a autorização prévia da Editora.

    Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

    Grão-Chanceler • Dom Walmor Oliveira de Azevedo

    Reitor • Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães

    Pró-reitor de Pesquisa e de Pós-graduação • Sérgio de Morais Hanriot

    Editora PUC Minas

    Direção e coordenação editorial: Mariana Teixeira de Carvalho Moura

    Comercial: Paulo Vitor de Castro Carvalho

    Projeto gráfico e diagramação: Eduardo Ferreira

    Formatação digital: Ábner de Marcos Neves

    Conselho editorial: Édil Carvalho Guedes Filho, Eliane Scheid Gazire, Ev’Ângela Batista Rodrigues de Barros, Flávio de Jesus Resende, Jean Richard Lopes, Javier Alberto Vadell, Leonardo César Souza Ramos, Lucas de Alvarenga Gontijo, Luciana Lemos de Azevedo, Márcia Stengel, Meire Chucre Tannure Martins, Mozahir Salomão Bruck, Pedro Paiva Brito, Sérgio de Morais Hanriot.

    Elaborada pela Biblioteca da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

    M838d

    Moreira, Alecir Antonio Maciel

    Desafios à conservação na Bacia do Paraopeba/MG: identificando valores [recurso eletrônico] / Alecir Antonio Maciel Moreira. Belo Horizonte : Editora PUC Minas, 2020.

    E-book (271 p.: il.)

    ISBN: 978-65-88547-09-0

    1. Bacias hidrográficas - Conservação. 2. Recursos hídricos. 3. Proteção ambiental. 4.!Paraopeba, Rio (MG) - !Legislação - Aspectos ambientais. I. Título.

    SIB PUC MINAS

    Ficha catalográfica elaborada por Fernanda Paim Brito - CRB 6/2999

    Sumário

    Agradecimentos

    Lista de figuras

    Lista de quadros

    Lista de siglas

    Capítulo 1

    INTRODUÇÃO

    Capítulo 2

    ASPECTOS HISTÓRICOS DA CONSERVAÇÃO

    2.1 Degradação ambiental e estratégias de conservação

    2.2 Conservação na perspectiva de atores públicos e privados

    2.2.1 O Brasil e a questão ambiental no sistema internacional

    2.2.2 Atores internos e a proteção ao ambiente

    Capítulo 3

    ASPECTOS LEGAIS DA CONSERVAÇÃO: A LEGISLAÇÃO AMBIENTAL BRASILEIRA

    3.1 A legislação ambiental brasileira

    3.2 A legislação e proteção ambiental de Minas Gerais

    Capítulo 4

    ASPECTOS TEÓRICOS E TÉCNICOS DA CONSERVAÇÃO

    4.1 Breve contexto das pressões ambientais contemporâneas

    4.2 Fundamentos da biologia da conservação

    4.3 Aspectos geográficos da conservação

    4.4 O pensamento geográfico e a questão ambiental

    4.5 Unidades de Conservação: objeto de análise geográfica

    4.6 A Teoria Geral de Sistemas como suporte teórico-metodológico para o tratamento das questões ambientais

    4.7 O geoprocessamento e o tratamento da informação espacial

    Capítulo 5

    METODOLOGIA

    5.1 A metodologia de identificação dos HCVs

    Capítulo 6

    A BACIA DO PARAOPEBA EM PERSPECTIVA

    6.1 Localização da área de estudo

    6.2 A fisiografia da bacia

    6.3 A geomorfologia da bacia do rio Paraopeba

    6.4 Morfologias especiais – feições cársticas

    6.5 Circulação atmosférica e climatologia regional

    6.6 Aspectos bióticos da bacia do rio Paraopeba

    6.7 O Paraopeba – Um pouco de história

    Capítulo 7

    IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS DE ALTO VALOR DE CONSERVAÇÃO NA BACIA DO RIO PARAOPEBA

    7.1 HCV 1 – concentração de biodiversidade

    7.1.1 A flora da bacia

    7.1.1.1 Angiospermas da bacia do Paraopeba

    7.1.1.2 Peridófitas da bacia do Paraopeba

    7.1.2 A fauna da bacia

    7.1.2.1 A mastofauna

    7.1.2.2 A avifauna

    7.1.2.3 A herpetofauna

    7.2 HCV2 – Áreas extensas no nível da paisagem, dotadas de cobertura vegetal relevante no contexto abordado, de modo a propiciar a manutenção de populações viáveis de espécies

    7.3 HCV3 – Áreas que contenham ecossistemas únicos no contexto de interesse, tais como cavernas e sítios arqueológicos

    7.4 HCV4 – Áreas que prestem serviços ambientais básicos em situações de extrema importância, tais como a captação de água e controle erosivo, potencial hidrogeológico, áreas de recarga e/ou nascentes

    7.5 HCV5 – O Índice de Vulnerabilidade de Saneamento e Meio Ambiente (Ivsma)

    7.6 HCV6 – Áreas de extrema importância para a identidade cultural tradicional de comunidades locais (áreas de importância cultural, ecológica, econômica ou religiosa)

    7.7 HCV7 – Conectividade e síntese: áreas de alto valor de conservação na bacia do rio Paraopeba.

    Capítulo 8

    CONSIDERAÇÕES FINAIS

    Posfácio

    Referências

    Anexo

    À minha mãe, pelo apoio incondicional e por me dar todas as referências do Paraopeba.

    AGRADECIMENTOS

    Serendipity é uma expressão inglesa que não encontra tradução perfeita para o português. Ela remete às descobertas afortunadas feitas, aparentemente, ao sabor do acaso. Talvez o tema aqui tratado seja um desses casos. Uma descoberta afortunada que me permitiu escrever sobre um tema e uma causa nos quais aprecio e acredito. Afortunada também por ter podido, de alguma forma, retornar na forma de trabalho material o afeto que sempre tive por esse vale – o Paraopeba. Reaprendi aqui que o Paraopeba são, de fato, três. E o que fala mais de perto ao meu coração é o baixo. Lá pelos lados do Mocambo, da Lapa, do Cedro Velho, do Saco da Pedra, aprendi a ter uma relação de afeto com a natureza. Encontrei, na aspereza do cerrado, a paisagem da minha infância, beleza e inspiração sem fim. E com certa tristeza pude vê-la desaparecer aos poucos. Lá, peguei o gosto por escutar e contar causo. E quanto causo tem! Tem a luz andeja, que ainda amedronta quem costuma passar nas estradas à noite; histórias de assombração do casarão da fazenda do Mocambo (que nem está mais de pé); tem o pequizeiro em forma de cruz (também mal-assombrado). Agora, revisitar tudo isso com outro olhar... foi um desses casos de serendipity. Faz-me pensar, inclusive, em um compromisso espiritual com essa terra. E esse será mais um causo que terei para contar. Então, para começar, só posso agradecer a Deus pela oportunidade que essa vida me deu.

    À minha família pelo suporte. Mãe, irmãs, sobrinhos, Soraia, pelo amor incondicional. Agradeço ao meu orientador, Alexandre Magno Alves Diniz, pelo estímulo e pelos empurrões ao longo do tempo, pelos conselhos e por me fazer acreditar que era possível. Não posso deixar de agradecer, nessa passagem, ao professor Oswaldo Bueno Amorim Filho (meu primeiro orientador) pelos mesmos motivos supraditos.

    À Fundação Biodiversitas pela cessão do banco de dados para a realização da pesquisa. Nesse grupo, obrigado especial à Gláucia Moreira Drummond, ao Cássio Soares Martins, à Roberta Maini. Sem vocês não teria sido possível. Agradeço ao Marcos Coutinho pela cessão das fotos do sobrevoo à Bacia. Agradeço igualmente ao Adriano Paglia, Markus Gastauer, Gustavo Pezzuti, Alexandre Salino e Gustavo Malacco pelos ensinamentos, trocas e materiais de pesquisa.

    Ao Cedefes, Ministério do Meio Ambiente, IEF, Iepha e Iphan pela disponibilização de dados que subsidiaram a construção do banco de dados da pesquisa.

    Aos meus amigos, pela paciência e pela compreensão das minhas ausências. Em verdade meu coração nunca esteve ausente. Em especial, agradeço ao Flávio Cândido pelo apoio e pelo estímulo. Ao Eduardo Garcia pela viagem à Pontinha e pelas fotos. Obrigado Luís Cláudio!

    Aos meus colegas José Flávio Morais Castro e João Henrique Rettore Tuttore pelas orientações e conselhos. Aos professores do Colegiado do Curso de Geografia, Marcelo Eduardo Zanetti, Magda Maria Diniz Tezzi e César Azevedo Carneiro, agradeço pelo apoio. Ao Rodrigo Teixeira, meu sincero agradecimento. Tem um pouco de vocês aqui!

    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1

    Mapa da bacia do rio Paraopeba-MG: ottobacias.

    Figura 2

    Mapa de localização da bacia do rio Paraopeba no Estado de Minas Gerais.

    Figura 3

    Mapa do Índice de Desenvolvimento Humano na bacia do rio Paraopeba – 2000.

    Figura 4

    Mapa do Índice de Desenvolvimento Humano na bacia do rio Paraopeba – 2010.

    Figura 5

    Serra de Ouro Branco (MG).

    Figura 6

    Foto áerea da mineração aos pés do pico do Itabirito.

    Figura 7

    Mapa geológico da bacia do rio Paraopeba (MG).

    Figura 8

    Mapa de unidades hidrogeológicas da bacia do rio Paraopeba (MG).

    Figura 9

    Foto do aspecto da morfologia do baixo Paraopeba.

    Figura 10

    Mapa hipsométrico da bacia do rio Paraopeba (MG).

    Figura 11

    Foto do rio Paraopeba ao cruzar o alinhamento do Curral.

    Figura 12

    Foto aérea do alinhamento da Serra do Curral.

    Figura 13

    Foto da Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte, na comunidade quilombola de Boa Morte – Belo Vale (MG).

    Figura 14

    Mapa da riqueza total de espécies distribuídas por município.

    Figura 15

    Mapa da distribuição de riqueza total de espécies de angiospermas por municípios.

    Figura 16

    Mapa de registro de espécies-alvo de angiospermas na Bacia.

    Figura 17

    Mapa da distribuição de riqueza de espécies de pteridófita por município.

    Figura 18

    Mapa da distribuição de espécies-alvo de pteridófita na bacia do Paraopeba.

    Figura 19

    Mapa da distribuição de riqueza de espécies da mastofauna por município

    Figura 20

    Mapa da distribuição de espécies-alvo da mastofauna na bacia do Paraopeba.

    Figura 21

    Mapa da distribuição de riqueza de espécies da avifauna por município.

    Figura 22

    Mapa da distribuição de espécies-alvo da avifauna na bacia do Paraopeba.

    Figura 23

    Mapa da distribuição de riqueza de espécies da herpetofauna por município.

    Figura 24

    Mapa da distribuição de espécies-alvo da herpetofauna na bacia do Paraopeba.

    Figura 25

    Mapa de espécies da fauna ameaçadas da bacia do rio Paraopeba, segundo o Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção.

    Figura 26

    Mapa da distribuição normalizada de espécies da fauna ameaçada da bacia do rio Paraopeba, segundo o Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção.

    Figura 27

    Mapa da distribuição normalizada da riqueza de espécies da fauna e flora (alvos totais) ameaçadas da bacia do rio Paraopeba.

    Figura 28

    Foto do cachorro-do-mato- vinagre (Speothos venaticus)

    Figura 29

    Foto do sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita)

    Figura 30

    Mapa-síntese de HCV1 para a bacia do rio Paraopeba.

    Figura 31

    Mapa de remanescentes florestais da bacia do rio Paraopeba.

    Figura 32

    Mapa de distribuiçãoa normalizada de áreas de alto valor para a conservação bacia do Paraopeba

    Figura 33

    Foto da Floresta estacional semidecidual na borda sudeste da bacia do rio Paraopeba (Ouro Branco – MG), de propriedade de companhia mineradora.

    Figura 34

    Em primeiro plano, campo rupestre quartzítico, com a ocorrência de Velózias e, ao fundo, fragmento de florestal estacional semidecidual, no interflúvio Paraopeba-Doce (Ouro Preto – MG).

    Figura 35

    Foto de remanescente florestal protegido (APAM, APEE) às margens do reservatório de Rio Manso (à esquerda).

    Figura 36

    Mapa de remanescentes de vegetação nativa da bacia do rio Paraopeba.

    Figura 37

    Foto de Vereda com seu buritizal característico – situada no BRP, município de Papagaio (MG).

    Figura 38

    Mapa-síntese de HCV2 para a bacia do rio Paraopeba.

    Figura 39

    Mapa de localização de cavidades naturais registradas da bacia do rio Paraopeba (Cecav, 2010).

    Figura 40

    Foto do interior da Gruta Rei do Mato (município de Sete Lagoas – MG).

    Figura 41

    Mapa de cavidades naturais por ottobacia, normalizado para a bacia do rio Paraopeba.

    Figura 42

    Foto de Couraças ferruginosas no PESRM, que recobrem importantes superfícies do QF. Em suas bordas podem se desenvolver cavidades, por processos dossolutivos em litologias não carbonáticas.

    Figura 43

    Fotografia de pintura rupestre encontrada no teto da Gruta Rei do Mato, no município de Sete Lagoas (MG).

    Figura 44

    Mapa da distribuição por municípios de sítios arqueológicos tombados pelo CNSA-SGPA Iphan, ano base 2010.

    Figura 45

    Mapa de Áreas Prioritárias para a Conservação na bacia do rio Paraopeba (MG).

    Figura 46

    Mapa de distribuição normalizada de Áreas Prioritárias para a Conservação, em Ottobacias.

    Figura 47

    Mapa-síntese de HCV3 para a bacia do rio Paraopeba.

    Figura 48

    Mapa dos tetos orográficos da bacia do rio Paraopeba. Foram considerados tetos orográficos todas as superfícies cuja altimetria fosse superior a 1000m.

    Figura 49

    Mapa de distribuição normalizada de tetos orográficos por ottobacia, para a bacia do rio Paraopeba.

    Figura 50

    Foto de mineração de calcário no município de Fortuna de Minas, no MRP. A intensificação da mineração do calcário nos últimos anos guarda relação com a aceleração do crescimento econômico. O calcário é insumo importante para a indústria da construção civil.

    Figura 51

    Mapa de distribuição normalizada de potencial hidrogeológico por ottobacia, para a bacia do rio Paraopeba.

    Figura 52

    Mapa-síntese de HCV4 para a bacia do rio Paraopeba. As ottobacias mais importantes para a conservação dos recursos hídricos encontram-se relativamente dispersas.

    Figura 53

    Índice de Vulnerabilidade de Saneamento Básico e Meio Ambiente dos municípios da bacia do Paraopeba, ano 2000.

    Figura 54

    Índice de Vulnerabilidade de Saneamento Básico e Meio Ambiente dos municípios da bacia do Paraopeba, ano 2010.

    Figura 55

    Mapa-síntese HCV5 – Vulnerabilidade de Infraestrutura de Saneamento e Meio Ambiente (IVSMA). Distribuição normalizada por ottobacia para a bacia do rio Paraopeba.

    Quadro 8

    Comunidades quilombolas da bacia do rio Paraopeba, por município.

    Figura 56

    Mapa da distribuição normalizada de comunidades quilombolas na bacia do rio Paraopeba por ottobacias.

    Figura 57

    Foto da Igreja Nossa Senhora da Boa Morte – Comunidade Quilombola da Boa Morte, Belo Vale (MG).

    Figura 58

    Mapa de distribuição de bens materiais tombados, na bacia do rio Paraopeba (Iepha, 2010).

    Figura 59

    Mapa da distribuição normalizada de bens materiais tombados na bacia do rio Paraopeba, por ottobacias.

    Figura 60

    Foto aérea do PESRM e minerações do entorno, tomada em junho de 2009. À esquerda se observa o estreito interflúvio sobre o qual se assenta a rodovia que corta a UC. O PESRM é uma das poucas UCs de proteção integral da bacia do rio Paraopeba.

    Figura 61

    Mapa de Unidades de Conservação na bacia do rio Paraopeba e áreas circunvizinhas – são 34 UCs e a APEE Rio Manso é a de maior extensão.

    Figura 62

    Fotos do faveiro-de-wilson (Dimorphandra wilsonii Rizzini), espécie ameaçada e rara.

    Figura 63

    Frutos do faveiro-de-wilson.

    Figura 64

    Pilhas de rejeito de ardósia, parcialmente colonizadas, às margens do rio Paraopeba. Papagaios (MG).

    Figura 65

    Foto de eucaliptal na região de Curvelo (MG).

    Figura 66

    Maciços de eucalipto avançam por sobre áreas de vegetação natural de Cerrado no BRP.

    Figura 67

    O Cerrado está se tornando uma feição cada vez mais rara no BRP. Sua manutenção se deve sobretudo à exigência de formação de reservas legais, conforme reportado pelo Sr. Lico Rocha, proprietário da área, no município de Curvelo.

    Figura 68

    Mapa-síntese: Áreas de Alto Valor para a Conservação na Bacia do Rio Paraopeba.

    Figura 69

    Foto do Santuário do Bom Jesus do Matosinhos, Congonhas (MG).

    Figura 70

    Foto da Serra de Ouro Branco (MG).

    Figura 71

    Foto do rio Paraopeba correndo em leito rochoso, na localidade de Maracujá, próximo à sua nascente.

    Vista aérea da represa de Três Marias – foz do rio Paraopeba.

    LISTA DE QUADROS

    Quadro 1

    Cronologia da Relação Homem/Natureza

    Quadro 2

    Grau de Vulnerabilidade à Extinção.

    Quadro 3

    Relação entre Unidades Geológicas e Hidrogeológicas

    Quadro 4

    Taxa de Recarga

    Quadro 5

    Classificação de Unidades Hidrogeológicas como possuidoras de elevados valores de conservação

    Quadro 6

    Critérios para Construção do Índice de Vulnerabilidade em Infraestrutura e Meio Ambiente

    Quadro 7

    Distribuição de Tipos de Solos na Bacia do rio Paraopeba

    LISTA DE SIGLAS

    abr

    abril

    ANA

    Agência Nacional das Águas

    Arsae

    Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário

    ago

    agosto

    ARP

    Alto rio Paraopeba

    a.C.

    Antes de Cristo

    AAS

    Anticiclone do Atlântico Sul

    Apm

    Anticiclone Polar Móvel

    APP

    Área de Preservação Permanente

    APA

    Área de Proteção Ambiental

    APE

    Área de Proteção Especial

    Apem

    Área de Proteção Especial do Manancial

    Art.

    artigo

    Anpec

    Associação Nacional de Centros de Pós-Graduação em Economia

    BRP

    Baixo Rio Paraopeba

    CAR

    Cadastro de Ambiente Rural

    Cedefes

    Centro de Documentação Eloy Ferreira da Silva

    Cecav

    Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas

    CBH

    Comitê de Bacia Hidrográfica

    CPRM

    Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais

    CAD

    Computer Aided Design

    CCMA

    Conselho Consultivo de Meio Ambiente

    Conama

    Conselho Nacional de Meio Ambiente

    Cibapar

    Consórcio Intermunicipal da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba

    CDB

    Convenção da Biodiversidade

    CR

    Criticamente em Perigo

    DD

    Dados Insuficientes

    dez

    dezembro

    EM

    Em Perigo

    spp

    espécie

    EX

    Extinta

    EW

    Extinta na natureza

    fev

    fevereiro

    fig.

    figura

    Flona

    Floresta Nacional

    FSC

    Forest Stewardship Council

    FP

    Frente Polar

    FBCN

    Fundação Brasileira para Conservação da Natureza

    Feam

    Fundação Estadual do Meio Ambiente

    FJP

    Fundação João Pinheiro

    FNDF

    Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal

    GEF

    Global Environmental Fund

    GIS

    Geographic Information System

    HAB

    habitante

    hectare

    HCV

    High Conservation Value

    HCVA

    High Conservation Value Area

    ICMS

    Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços

    IDH

    Índice de Desenvolvimento Humano

    IDHM

    Índice de Desenvolvimento Humano Municipal

    IVSMA

    Índice de Vulnerabilidade em Infraestrutura de Saneamento e Meio Ambiente

    Ivima

    Índice de Vulnerabilidade em Infraestrutura e Meio Ambiente

    IBGE

    Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

    IBDF

    Instituto Brasileiro do Desenvolvimento Florestal

    Ibama

    Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

    ICMBio

    Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

    Iphan

    Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

    IEF

    Instituto Estadual de Florestas

    Iepha

    Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico

    Igam

    Instituto Mineiro de Gestão das Águas

    IUCN

    International Union for Nature Conservation

    jan

    janeiro

    jul

    julho

    jun

    junho

    Ipea

    Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

    L

    Leste

    MP

    Medida Provisória

    MRP

    Médio Rio Paraopeba

    m.

    metro

    mm.

    milímetro

    MG

    Minas Gerais

    Mona

    Monumento Natural

    MMA

    Ministério do Meio Ambiente

    NE

    Não Avaliada

    NCGIA

    National Center for Geographical Inventory and Analysis

    NE

    Nordeste

    NO

    Noroeste

    N

    Norte

    nov

    novembro

    O

    Oeste

    ONU

    Organização das Nações Unidas

    ONG

    Organização Não Governamental

    out

    outubro

    p.

    página

    PESRM

    Parque Estadual da Serra do Rola Moça

    Pnad

    Pesquisa Nacional por Amostragem Domiciliar

    PDRH

    Plano de Desenvolvimento de Recursos Hídricos

    PNMA

    Política Nacional de Meio Ambiente

    PDI

    Processamento Digital de Imagens

    PIB

    Produto Interno Bruto

    Pnud

    Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

    QF

    Quadrilátero Ferrífero

    NT

    Near Threatened

    Km

    quilômetro

    RMBH

    Região Metropolitana de Belo Horizonte

    RL

    Reserva Legal

    Resex

    Reserva Extrativista

    RPPN

    Reserva Particular do Patrimônio Natural

    Sema

    Secretaria Especial para o Meio Ambiente

    LC

    Least concern

    s/d

    sem data

    SFB

    Serviço Florestal Brasileiro

    set

    setembro

    SIG

    Sistema de Informação Geográfica

    Seuc

    Sistema Estadual de Unidades de Conservação

    Sisnama

    Sistema Nacional de Meio Ambiente

    Snuc

    Sistema Nacional de Unidades de Conservação

    SIVMA

    Somatório do Índice de Vulnerabilidade em Infraestrutura e Meio Ambiente

    SE

    Sudeste

    SO

    Sudoeste

    S

    Sul

    TGS

    Teoria Geral de Sistemas

    UC

    Unidade de Conservação

    UP

    Unidade de Planejamento

    UHE

    Usina Hidroelétrica

    VU

    Vulnerável

    Zcas

    Zona de Convergência do Atlântico Sul

    ZEE

    Zoneamento Ecológico Econômico

    Meandro abandonado do rio Paraopeba

    Fonte: Carlos Bernardo Mascarenhas Alves, 2009.

    INTRODUÇÃO

    1INTRODUÇÃO

    O rio Paraopeba nasce nas vizinhanças de Queluz e, após um curso de cerca de 60 léguas, lança-se no São Francisco, entre os rios Pará e Abaeté. As margens do Paraopeba, na parte mais próxima de suas nascentes, são tidas como de grande fecundidade, sendo elas que fornecem uma parte dos víveres que se vendem em Mariana, Sabará e na capital de Minas. O distrito de Paraopeba, diz Eschwege, poderá ser chamado de o celeiro de Vila Rica... [...] Mas aqui, acrescenta o mesmo autor, o mineiro e o cultivador querem em um só ano tirar de seu terreno tudo o que ele pode produzir; é esse um dos traços do caráter nacional. Encorajados pelo consumo de seus produtos, e vivendo a hora presente, os agricultores vizinhos de Paraopeba semeiam mais do que pode comportar a extensão de suas propriedades; o solo não tem tempo para produzir novas matas e, como nunca é adubado, desseca-se, esgota-se... e campos fecundos se transformam logo em um carrascal de samambaias e gramíneas de má qualidade. Tal é o estado em que se encontra hoje a maior parte da região de que se trata. (SAINT-HILAIRE, 1830, p.101).

    O relato da viagem de Saint-Hilaire às Minas Gerais no início do século XIX é de extraordinária atualidade. A presença constante das lavras de minerais diversos e um descontínuo de campos cultivados e pastos maltratados se alternam no diário de viagem. Mas a riqueza biótica, as matas e as montanhas se assemelham a uma obra de ficção. No longo lapso do tempo passado, a Bacia do Paraopeba parece ter repetido a vocação funcional herdada no processo de conquista e colonização, só parcialmente transformada com o advento da industrialização moderna. Talvez a previsão de Eschwege [1] da condição de celeiro de produção das Minas Gerais não tenha se cumprido, mas o Paraopeba manteve sua importância econômica, cultural e geográfica marcante, no contexto estadual.

    Do ponto de vista cultural, a Bacia do Paraopeba encarna o sertão roseano, fornecendo paisagens reais e compostas, caminhos reais e fantásticos, personagens e modos de falar e de agir e todo um universo social bem característico do interior brasileiro. Este sertão real e imaginário é parte fundamental da invenção do Brasil (COUTINHO, 1983). Cordisburgo, Paraopeba, Caetanópolis e Curvelo são municípios que ajudaram a compor o imaginário de Guimarães Rosa. O rio das Velhas, o Paraopeba e o Jequitinhonha dividem as águas que vertem desse sertão.

    Do ponto de vista econômico, o Paraopeba concentra boa parte do cinturão produtor de hortifrutigranjeiros que abastece Belo Horizonte, principalmente nas sub-bacias dos ribeirões Sarzedo e Manso. A pecuária é particularmente importante no médio e baixo cursos, onde se destacam os municípios de Pompéu e Curvelo. As atividades minerárias ocorrem em toda a Bacia e são extraídos dela: minério de ferro, manganês, areia, ardósia e argila. Entre as mineradoras instaladas estão a Companhia Siderúrgica Nacional (CNS), a Gerdau, a Ferrous e a Namisa.

    A indústria é importante nos municípios de Conselheiro Lafaiete, Ouro Branco, Congonhas, Ibirité, Betim, Contagem, Sete Lagoas, Cachoeira da Prata e Paraopeba. Importantes plantas industriais foram aí instaladas, a exemplo da Fiat, da Petrobrás através da Refinaria Gabriel Passos (Regap), dentre outras (FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE, 2011).

    Isoladamente, a Bacia abriga mais de 2.000.000 habitantes, distribuídos em 48 municípios (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2010). Somente o médio curso abriga cerca de 1.500.000 pessoas, onde se destacam os municípios

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