O Coração estendido pela cidade
()
Sobre este e-book
Fernando Machado Silva
Fernando Machado Silva, Lisboa, 1979. Licenciado em Estudos Teatrais, mestre em Literatura e Poéticas comparadas, doutorando em Filosofia Contemporânea. Actor/performer, assistente de encenação, professor, investigador e cozinheiro. Publicou em 2012 os livros Primeira Viagem (Orfeu, Livraria Portuguesa, Bruxelas) e Passageiros Clandestinos (Companhia das Ilhas, Ilha do Pico). Tem poemas e ensaios publicados em várias revistas da especialidade. Vive actualmente em Berlim.
Relacionado a O Coração estendido pela cidade
Ebooks relacionados
O coração estendido pela cidade Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAs palavras trocadas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNotas de rodapé Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAquele que tudo devora Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPoemas, Pedras E Vícios Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPoetrices Nota: 0 de 5 estrelas0 notasBichos contra a vontade Nota: 5 de 5 estrelas5/5AFOGADO: Fragmentos nos olhos: o mar Nota: 0 de 5 estrelas0 notas(um)a lusíada Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Santuário Que Habito No Meu Silêncio Que Ergui Para Adora-la Nota: 0 de 5 estrelas0 notasÁgua para borboletas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPoeresia: Amor Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNão Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCorvos cobras chacais Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEstrangeiro no País de Mim-Mesmo: Balada do Amor Concreto com Credo poético Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDevaneios II Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Livro de Elysa Fragmentos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDe Mapas, Lenços E Exílios Nota: 0 de 5 estrelas0 notasUma Oração Da Fronteira Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Progênie Da Noite Nota: 0 de 5 estrelas0 notasGris Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO lado esquerdo do dia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPoemas 1999-2014 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasÁguas desnecessárias Nota: 0 de 5 estrelas0 notaspequenas palavras Grandes Sentimentos Nota: 5 de 5 estrelas5/5O Oco E O Homem Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAntigo Tarot Litoral Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOutros Ossos Desterrados Nota: 0 de 5 estrelas0 notasVersejos E Outras Sertaníces Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFratura Primária Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Poesia para você
Se você me entende, por favor me explica Nota: 5 de 5 estrelas5/5Pra Você Que Sente Demais Nota: 4 de 5 estrelas4/5Alguma poesia Nota: 4 de 5 estrelas4/5Melhores Poemas Cecília Meireles (Pocket) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAristóteles: Poética Nota: 5 de 5 estrelas5/5Sede de me beber inteira: Poemas Nota: 4 de 5 estrelas4/5As palavras voam Nota: 5 de 5 estrelas5/5Tudo que já nadei: Ressaca, quebra-mar e marolinhas Nota: 5 de 5 estrelas5/5o que o sol faz com as flores Nota: 4 de 5 estrelas4/5Eu tenho sérios poemas mentais Nota: 5 de 5 estrelas5/5Emily Dickinson: Poemas de Amor Nota: 5 de 5 estrelas5/5meu corpo minha casa Nota: 5 de 5 estrelas5/5Poesias para me sentir viva Nota: 4 de 5 estrelas4/5O Profeta Nota: 5 de 5 estrelas5/5Antologia Poética Nota: 5 de 5 estrelas5/5Sentimento do mundo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTodas as flores que não te enviei Nota: 5 de 5 estrelas5/5Poemas selecionados Nota: 5 de 5 estrelas5/5A Odisseia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTudo Nela Brilha E Queima Nota: 4 de 5 estrelas4/5Poemas de Álvaro Campos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO amor vem depois Nota: 4 de 5 estrelas4/5Desculpe o exagero, mas não sei sentir pouco Nota: 5 de 5 estrelas5/5Melhores Poemas Cora Coralina Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA flauta e a lua: Poemas de Rumi Nota: 1 de 5 estrelas1/5Para não desistir do amor Nota: 5 de 5 estrelas5/5Reunião de poesia: 150 poemas selecionados Nota: 4 de 5 estrelas4/5Sonetos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Autoconhecimento em Forma de Poemas: Volume 1 Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Categorias relacionadas
Avaliações de O Coração estendido pela cidade
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
O Coração estendido pela cidade - Fernando Machado Silva
mapa
de um
coração
solitário:
lisboa
praça olegário mariano
as mãos tacteiam a geometria
da solidão as linhas da madeira
ainda nenhuma aranha te atou
em seus dois fios sinónimos
cobre-se de pó estrelas mortas
esta via de olhos percorrida
tão pouca casa e nela um dédalo
depões o rosto pela máscara
ariana cede-me o teu fio iça-me
à cesta do navio de espelhos
ou desce-me um pouco mais
até ser do teu horizonte o horizonte
rua heróis de quionga
conheço a língua dos algerozes
o seu murmurejar nos musgos
rumam de boca a boca um nome
pelas negras artérias reticulares
lança um barco de papel
recolhe o afogado
não olhes o azul do seu corpo repara
encontras-te onde a morte te esquece
jardim constantino
desterrados de língua e sexo
estes homens estas mulheres
fazem morada no jardim
que és suyo y de los niños
o tempo suspendido em bancos
de cartas batidas e futuro tinto
a estátua pensante vela-os
como o anjo da memória morta
a limitar uma imensa árvore
de raízes à flor da terra onde à vez
os corpos vertem os seus excessos
como se um segredo os sufocasse
tudo isto te aceita estranho
a ti e à tua sombra canina
porém para entrares
tens de perder a fala
graça
do monte agudo ao da graça
espera-te uma lisboa emudecida
das asas guardas o desejo
és um anjo caído demasiadas vezes
sentas-te no banco onde já tantos
souberam nada aguardar da vida
quando cá chegares do telhado
desta bebedeira ofereço-te o funâmbulo
gato passeando-se ao de lá da vista
um outro cais e a onda nele aportando
o coração a ser partido quando o amor
parte do coração a quem se ofertou
não leves o tempo até à