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"Tu vens"
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E-book171 páginas1 hora

"Tu vens"

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Sobre este e-book

Esse livro é uma homenagem e um registro de que nesse tempo e nessa vida houve muito amor.
Amor capaz de nos levar à divina cura que há em nós quando recebemos sua anunciação.
O amor incondicional vira sol quando dia, ilumina, esquenta, fortalece, reflete e entra por todos os cantos levando luz.
Quando noite, vira lua, farol de esperança, brisa de fé.
"Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte. E também ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Ao contrário, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os que estão na casa. Assim, brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento2 de jun. de 2022
ISBN9786588927915
"Tu vens"

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    "Tu vens" - Mariana Corsini P. Pitol

    Apresentação

    Esse livro é uma homenagem e um registro de que nesse tempo e nessa vida houve muito amor.

    Amor capaz de nos levar à divina cura que há em nós quando recebemos sua anunciação.

    O amor incondicional vira sol quando dia, ilumina, esquenta, fortalece, reflete e entra por todos os cantos levando luz.

    Quando noite, vira lua, farol de esperança, brisa de fé.

    Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte. E também ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Ao contrário, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os que estão na casa. Assim, brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus.

    !Viva México!

    Dizem que o tempo na terra é relativo, que passa rápido observado de outros pontos no planeta.... Complicado dizer isso para quem está vinculado ao aqui e agora.

    Quando, depois de 25 anos separados geograficamente, no maravilhoso cenário ensolarado do México, especificamente em Monterrey, ela, mineira em intercâmbio, recém formada em Psicologia e ele, paranaense em programa de trainee, formado em Administração, se atraíram e encontraram, não houve força maior.

    Mariana e Guilherme, como ímãs, fundiram-se.

    Era inverno em Monterrey, dois dias antes, Mariana tentava pagar o aluguel para a proprietária do apartamento que acabara de locar, em um bairro universitário de nome Tecnológico, mesmo nome da renomada universidade de Monterrey.

    Ao ver sua dificuldade por não dominar o idioma, uma outra inquilina percebeu que também era brasileira.

    Brasileiros quase sempre sentem um acalento quando reconhecem outro longe de suas terras natais.

    Essa intercambista, de nome Makely, era uma paulista com um sorriso aberto, sede de vida e muito simpática.

    Logo ficaram amigas e Makely teve a ideia de convidar um amigo também brasileiro para fazer uma festinha entre brasileiros.

    Este, de apelido Glick, era o xará e companheiro querido de festas e de vida fora de casa do Guilherme. Também de Curitiba, estava sempre pronto para a balada.

    Mari e Gui gostavam de contar que na história deles, o conto de fadas da modernidade substituía o cavalo branco por um carro branco, cor do carro que o Guilherme tinha na época.

    Guilherme de fato foi o príncipe que bateu à porta de Mariana por intermédio desses amigos brasileiros que decidiram se reunir.

    Tinham exatos oito dias que ela havia desembarcado no México.

    O Gui, por sua vez, estava aguentando firme fazia seis meses em Monterrey, dizia aos amigos do Brasil que estava a ponto de retornar, pois não aguentava mais estar tão sozinho.

    Mas para nossa felicidade, aguentou!

    Mariana gostava de lembrar como o Guilherme estava lindo quando o viu pela primeira vez na porta de seu apartamento.

    Usava um suéter azul que os acompanhou pela vida.

    Ela, por sua vez, usava um moletom confortável, pois fazia muito frio em Monterrey. Guilherme gostava de lembrar o quão linda ela estava de pijaminha. Ele dizia que isso foi o que mais o atraiu, a simplicidade e o jeito bonito sem ser provocativo.

    O Gui tinha lindos olhos de biloca como a Mari gostava de dizer, tinha cabelos castanhos, sobrancelhas grossas e bem marcadas, uma cicatriz no meio da testa de estripulia de criança, estatura mediana, um dorso bem bonito, era magro, tinha uma pintinha na nuca que a Mari amava e uma manchinha na barriga também.

    Era risonho, apesar de rabugento, todo mundo se encantava e queria estar perto dele, mas a recíproca nem sempre é verdadeira.

    Gui dizia que não gosta de perder tempo com as pessoas, não gosta de se relacionar com qualquer um para ter amizade, extremamente seletivo e crítico, gostava de ter por perto pessoas que acrescentam.

    Era meio egoísta como a Mari costumava dizer. Casca grossa de quem sempre teve que se defender na vida. Sentia-se forte perto da Mari e podia ir deixando as armaduras de lado.

    A Mari também tinha olhos grandes e castanhos, um narizinho lindo como o Gui costumava dizer, com um piercing pequeno e um cabelão longo e preto que ele adorava se entrelaçar.

    Gui tinha uma mania que adquiriu com a babá, e adorava enrolar os dedos nos cabelos da Mari para desestressar, passar o tempo ou dormir.

    A Mari tinha uma sobrancelha arqueada bem característica de sua personalidade. Soltava uma gargalhada gostosa, Gui sempre falava que adorava a risada dela. Tinha um dentinho torto que ela dizia ser charme, já pensou em corrigir, o Gui até a encorajou, mas depois achou que gostava dela daquele jeitinho.

    A Mari era mais expansiva, comunicativa, falava com todo mundo e era muito curiosa. Gui dizia que ela desperdiça sua energia com quem não deveria e se metia em confusões por não ouvir ele.

    Ela era muito sensível, sensitiva e chorona e perto do Gui se sente cada vez mais forte e corajosa.

    É alta, quase do tamanho dele, de pele branca, com sardinhas e algumas tatuagens.

    Gui dizia que eram perfeitos um para o outro, quando se conheceram, tinham quase o mesmo peso e altura.

    Como yin yang, se completavam, somavam, evoluíam. O lado grosso do Gui, suavizava-se pelo lado distraído e meio inocente da Mari.

    O lado inconsequente da Mari, moldava-se ao lado sensato do Gui, e ela abandonava, pelo caminho, os artifícios que arrumou para se esconder da vida.

    A vida sempre nos acha para extrair o que há de melhor em nós mesmos.

    Vida é o apelido carinhoso que se chamavam Mari e Gui.

    A Mari é a vidinha do Gui e o Gui, a vidinha da Mari.

    Construíram seu forte no equilíbrio onde ninguém além deles mesmos conseguia adentrar.

    Apaixonar, viver amores, se encantar, é privilégio de muitos. Amar de verdade, incondicionalmente, atravessar o céu e o inferno por alguém, é dádiva das almas gêmeas, encontro raro, requer coragem, força e amor além da carne.

    Gui aplicou o golpe do tarô como a Mari gostava de dizer. Quando descobriu que ela sabia ler as cartas, apesar de extremante cético e descrente, ele disse: vamos para o seu quarto pra você ler pra mim.

    Mari nunca chegou a ler o tarô para o Gui, a magia aconteceu de outra forma, tiveram uma linda noite juntos, Gui disse que nunca havia se sentido tão bem e a Mari sentiu o mesmo. Dormiram abraçados e quentinhos naquela noite fria e desde então nunca mais se desabraçaram.

    Duas chamas gêmeas com personalidade e essência próprias, mas que juntas formavam uma fogueira inapagável.

    E foi assim que após dois meses que se conheciam, já moravam juntos.

    Só almoçar não bastava, almoçar e jantar também não, acrescentaram café da tarde, saída do trabalho, ceia. Não foi o suficiente.

    Mariana morava com seu amigo Murilo, que acabara de ser aprovado em um processo seletivo na cidade de Mexicali e se mudaria na próxima semana.

    Foi então que, antes de começar a procurar uma kitnet para morar sozinha, Gui a convidou para morarem juntos.

    Comprou uma sapateira nova e um roupeiro para recebê-la.

    Tudo transcorreu tão natural como se já morassem um no outro desde tempos remotos.

    Felizes que acordariam sempre juntos, desfrutavam Monterrey, no estado de Nuevo Leon, próximo ao Texas.

    Viviam no bairro San Jerónimo, colônia no alto da cidade, cercada por montanhas e muita poluição.

    Nessa época, a Mari trabalhava do outro lado da cidade como hostess bilíngue em um restaurante.

    Gui sentiu-se seguro para contar para a Mari que era portador de uma doença genética, ou seja, nasceu com ela, chamada fibrose cística.

    A Mari nunca tinha ouvido falar e então começou suas pesquisas sobre o assunto.

    A partir daí, tornou-se uma companheira de fibra, foi tirando aos poucos a vergonha que o Gui sentia por causa da doença. Quanto mais seguro se sentia com o amor da Mari, mais tranquilo ficava para realizar sem desconforto perto

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