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Corações Floridos
Corações Floridos
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E-book158 páginas27 minutos

Corações Floridos

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Sobre este e-book

Corações floridos é um misto de lembranças, retratadas em singelas histórias de uma infância feliz. Nestes meus escritos, recheados de cores, sabores e perfumes, estão a “Dona da Casa”, representando minha mãe – Herta – e minhas avós – Maria Luiza e Wanda. O “Sr. Opa” surge como uma carinhosa referência a meu pai, Abilio, e aos meus avós Carlos e Gottfried. Completando o time, o inesquecível “Tião”. Nas entrelinhas, também estão meus irmãos, primos, tios e padrinhos. Para ilustrar, desenhos viraram “bordados”, com a simplicidade de básicos pontos desta linda e milenar arte de trabalhar com fios, técnica esta esplendidamente usada pelas mulheres de minha família. A todos que fizeram parte da minha caminhada até aqui, meu respeito, carinho e admiração. Irene Boll de Araujo Bastos
IdiomaPortuguês
Data de lançamento18 de jul. de 2022
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    Corações Floridos - Irene Boll De Araujo Bastos

    A CASA

    Na Rua Araçá, numa chácara com belos jardins, entre muitas árvores de flores e de frutas, havia uma casa...

    de paredes bem clarinhas,

    portas e janelas verdes,

    um janelão no sótão,

    pequenas e misteriosas

    janelinhas no porão...

    O telhado, bem alto e

    muito inclinado,

    coberto com telhas

    marronzinhas,

    tinha madeirinhas recortadas

    que pareciam uma renda,

    contornando todas as beiradas.

    Para o lado direito,

    estendia-se uma varanda

    e, entre muitos vasos com

    samambaias e avencas, ficavam uma

    mesinha pintada de azul e as altas

    e esguias cadeiras com assento e espaldar

    de palha trançada.

    Lugar mais que perfeito para um

    delicioso chá com bolo.

    Ao redor, muitas hortênsias, com lindas nuances de azul, rosa e lilás,

    disputando espaço com as

    samambaias escadinha-do-céu.

    Avistavam-se daí o gramado verde,

    verdinho...

    e o mundo colorido do jardim!

    Na chaminé do fogão a lenha da cozinha,

    diariamente, havia uma fumacinha,

    e um cheiro bom de cravo e canela,

    noz-moscada,

    alecrim, louro ou hortelã

    esparramava-se

    através da janela...

    Pão de aipim, geleia de amora,

    gotinhas de leite condensado

    no café

    passadinho na hora.

    Bolo de baunilha,

    todo em gominhos,

    num elegante prato

    de cristal

    azul-turquesa...

    Flores nos vasos,

    limonada fresquinha.

    Um abraço apertado e

    um beijo estalado

    sempre esperando

    na porta

    ou no portão!

    O POÇO

    Uma calçadinha feita de tijolos

    dividia os canteiros de muitas flores

    e continuava indo em direção

    ao velho e grande galpão,

    serpenteando por entre os vasos

    da coleção de cactos, a calçadinha

    passava ao lado do poço,

    de água muito limpa e fresquinha,

    seguindo, ainda, sob a sombra

    do frondoso parreiral,

    onde, durante os meses do verão,

    havia uma grande produção de

    uvas pretas, miudinhas,

    rosadas, bem graudinhas,

    e as brancas, que eram,

    na verdade, verdinhas.

    O SÓTÃO

    Uma comprida escada

    de madeira marrom,

    corrimão todo torneado

    e degraus que rangiam

    sempre que alguém neles pisava,

    era o caminho para o sótão!

    Lá em cima, um imenso salão,

    quase um museu...

    Lugar preferido da Dona da Casa

    para costurar, bordar,

    fazer suas lindas flores de tecido...

    Em grandes caixas, ficavam guardados

    chapéus, vestidos,

    luvas, bolsas e sapatos antigos...

    verdadeiras relíquias,

    muito disputadas pelas crianças

    quando queriam montar

    suas peças teatrais.

    Nas estantes, misturavam-se

    retalhos de tecido,

    novelos

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