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Uma Restauração Sem Reparação
Uma Restauração Sem Reparação
Uma Restauração Sem Reparação
E-book123 páginas1 hora

Uma Restauração Sem Reparação

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Sobre este e-book

Há uma obra em curso desde a fundação do mundo da formação de uma nova criação que descrevemos neste livro, e contra cuja realização há muita oposição e perseguição. Temos muito para aprender com Neemias quanto à forma de liderar sem recuar em face de quaisquer oposições ou perseguições que possamos sofrer. Na ocasião da escrita deste livro eu mesmo me achava debaixo de graves oposições quanto à obra que vinha realizando para o Senhor. Foi-me então muito encorajador e consolador escrever sobre este assunto tendo por base o livro de Neemias. Do mesmo modo que fui muito abençoado com esta experiência, gostaria de compartilhá-la especialmente com aqueles que se encontram debaixo de aflições, e que necessitam perseverar no trabalho que estão realizando, e isto faremos melhor se conhecermos os fundamentos deste trabalho.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento27 de nov. de 2015
Uma Restauração Sem Reparação

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    Uma Restauração Sem Reparação - Silvio Dutra

    Introdução

    Bem-aventurado é todo aquele que topou com o verdadeiro e real sentido da vida.

    Caminhamos neste mundo com os olhos vendados, cobertos por um espesso véu que nos impede de enxergar não somente o que está fazendo o Grande Criador segundo o seu plano eterno, bem como qual seja a nossa missão em relação àquilo que ele faz.

    É o Criador por excelência pois tudo o que faz é sempre bom e novo, conforme a sua própria natureza.

    Por isso disse ao ter concluído a criação original que tudo era muito bom, e quanto à nova criação que ainda se encontra em curso diz na sua conclusão: Eis que faço novas todas as coisas.

    Isto sucede porque é um restaurador e reformador, ou seja, que gera nova vida e que traz tudo à sua forma original, conforme ele havia planejado desde antes dos tempos eternos.

    Assim, reconstrói sem usar o que é inerente ao velho, pois a partir do que envelheceu ou se estragou, faz tudo novo.

    Gera de uma velha criatura, uma nova criatura, e não uma criatura reparada.

    Quando enviou Neemias a Jerusalém, não foi apenas para reconstruir um muro que havia sido destruído por Nabucodonozor, à forma de reparos da estrutura antiga, mas para fazer um novo muro, e mais do que um muro, reconstruir a vida da própria nação de Israel que havia se corrompido com a idolatria antes da sua ida para o cativeiro.

    Um novo Israel seria criado para recepcionar o Messias prometido, que estava prestes a se manifestar ao mundo.

    O vaso da visão dada a Jeremias não foi reparado pelo oleiro, mas inteiramente destruído para que dele fosse feito um vaso novo.

    Isto se aplicava à nação de Israel quando do seu retorno do cativeiro, como também a nós, em relação à nova vida que recebemos por meio da fé em Jesus Cristo.

    O velho homem está sendo despojado, e no seu lugar Deus está construindo um novo homem, do qual nos tem revestido progressivamente.

    Ele está trabalhando com um vinho novo e uma veste nova. E se houver algum remendo para ser feito na veste nova, a rigor, não é um remendo, mas uma correção, um aperfeiçoamento em maturidade da nova natureza que recebemos do alto.

    Então, em meio a um mundo que foi arruinado pelo pecado, Deus está produzindo a sua grande obra prima, ainda maior do que a primeira criação dos seis dias, pois aqui está construindo um edifício espiritual eterno, com pedras vivas e renovadas, a partir de um material velho e estragado pelo pecado.

    Isto traz grande glória ao seu nome, e exalta o seu poder, e a nós dá o grande privilégio de sermos cooperadores desta nova criação, entendendo que é este o grande objetivo da nossa vida, a saber, estarmos empenhados na nossa própria renovação e restauração, como na de muitos.

    Esta foi a missão de Neemias em Jerusalém – não trabalhou apenas para si mesmo, mas para a glória de Deus e do novo Israel que ele estava restaurando.

    Agora, uma nota de destaque deve ser feita, pois se não houve qualquer resistência ou oposição na criação original dos seis dias, ou pelo menos não somos informados disto, todavia, quanto à nova criação que está ainda em curso, há muita oposição e resistência à mesma, especialmente por parte dos espíritos das trevas.

    E nisto também Deus é glorificado e revela o seu grande poder, pois dispôs todas as coisas para isto mesmo, de modo a revelar que nada poderá impedir a conclusão perfeita e final da grande obra que ele está realizando pela nossa associação com Jesus Cristo.

    A glória do Senhor encherá toda a Terra.

    A sua lei será estabelecida de uma forma final e perfeita em todos os corações que o amam.

    Serão criados um novo céu e uma nova terra nos quais habita somente a justiça.

    Todas as demais coisas passarão, mas a nova criação não apenas não passará como será estabelecida para todo o sempre.

    Assim, temos muito para aprender com Neemias quanto à forma de liderar sem recuar em face de quaisquer oposições ou perseguições que possamos sofrer; pois importa que seja cumprida a qualquer custo a missão de sermos cooperadores de Deus na obra de restauração que ele está realizando no mundo.

    1 - Restaurando Vidas

    (Neemias 1)

    Cristãos maduros e fiéis se sentem tal como Neemias se sentia em Susã, onde se encontrava o palácio real persa, como podemos verificar neste primeiro capítulo de seu livro, que estaremos comentando, pelo fato de o povo de Deus em Judá encontrar-se em grande aflição e opróbrio, estando o muro de Jerusalém derrubado e suas portas queimadas (Ne 1.3).

    Não é incomum que se encontrem muitos cristãos como que vendo suas Igrejas em grande ruína espiritual, com os muros da reverência e temor devidos a Deus derrubados e queimados, e assim, se sentem em grande aflição e opróbrio, por esta ruína espiritual ao seu redor.

    Esta é uma condição para ser confessada, lamentada, e pela qual devemos jejuar e orar permanentemente, tal como fizera Neemias, até que, pela graça divina, possamos ser os agentes de transformação deste estado de coisas a que nos referimos.

    Neemias não somente chorou e lamentou por alguns dias, como continuou a jejuar e a orar perante Deus, até que este respondesse as suas orações, movendo-o às ações que deveria empreender.

    Ele começou sua oração afirmando a majestade celestial de Deus, e o seu poder, que o tornam inteiramente digno de ser temido.

    Ele afirmou a fidelidade do Senhor em guardar a aliança que fez com o seu povo, e de usar de misericórdia para com aqueles que o amassem e guardassem os seus mandamentos (Ne 1.5).

    Ele se sente um com o povo do Senhor de todas as épocas, e por isso, ao confessar os pecados deles, confessou-os como se fossem o seu próprio pecado, e suplicou para ser ouvido pelo Senhor, na intercessão que vinha fazendo dia e noite (v. 6).

    E definiu os pecados com que haviam procedido perversamente contra o Senhor, como sendo a transgressão dos seus mandamentos, estatutos e juízos que havia ordenado através de Moisés (v.7).

    Neemias declarou que Deus foi justo em tê-los espalhado pelas nações, por causa da sua transgressão, porque havia proferido este juízo na sua Lei, (v. 8) mas apresentou argumentos, honrando a própria Palavra e promessa do Senhor, pedindo-lhe que lembrasse que também havia dito que caso o povo se convertesse a ele e guardasse os seus mandamentos e os cumprisse, ainda que fossem rejeitados até a extremidade do céu, de lá os ajuntaria e tornaria a trazê-los para o lugar que havia escolhido para ali fazer habitar o seu nome (v.9).

    Ainda que em grande desolação e opróbrio, eram o povo do Senhor, que ele havia resgatado do Egito, com mão poderosa (v. 10).

    Finalmente, Neemias pediu a Deus, que ouvisse não somente a sua oração, como também a dos seus demais servos que estavam orando, e que se deleitavam em temer o seu nome.

    Também pediu, especificamente, que lhe fizesse prosperar no seu projeto, dando-lhe graça perante o rei persa, de quem era copeiro na ocasião (v.11).

    Neemias conhecia o temor do Senhor e demonstrou que possuía este temor na oração que fez.

    O empreendimento para o qual pediu ao Senhor que lhe fizesse prosperar, não estava relacionado aos seus próprios interesses, mas aos do Senhor, que ele conhecia perfeitamente, porque sabia qual era o seu caráter, conforme havia aprendido na sua Palavra.

    Quando Neemias concluiu sua oração, chamou o rei de este homem, porque quando estamos na presença do Senhor todos os grandes da terra não passam aos olhos dele senão como meros homens limitados, imperfeitos, dependentes do seu favor e misericórdia.

    Ele não o fizera por motivo de irreverência para com o rei, mas porque diante do Senhor o temor que temos dos homens se dilui completamente, porque vemos que eles podem se tornar meros instrumentos nas mãos do Deus todo poderoso, para a realização da sua soberana vontade.

    Deste modo, a misericórdia que pediu a Deus, que se achasse no rei em relação ao seu empreendimento, não era propriamente a misericórdia do homem, mas a misericórdia de Deus, que moveria o rei a atender o pedido que lhe faria.

    Esta oração é muito didática, e nos revela que nada ocorre por acaso.

    Que obstáculos não são vencidos sem que nos esforcemos em lutar com o Senhor

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