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A Santidade
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E-book398 páginas10 horas

A Santidade

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Sobre este e-book

A santidade é a condição imanente de Deus que é compartilhada com suas criaturas morais eleitas por Ele para serem santificadas até atingirem a imagem e semelhança de sua santidade e caráter.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento3 de dez. de 2020
A Santidade

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    A Santidade - Silvio Dutra

    Santidade

    Parte 1

    Irmãos, é somente quando se está em comunhão com Deus que Ele comunica graça e poder ao nosso espírito, para que se encontre no mesmo estado de santidade em que Ele se encontra - isto, e somente isto é que nos capacita à santificação.

    Assim, a santidade é muito mais do que simplesmente não praticar o mal, porque então, de muitos animais se poderia dizer, serem santos.

    A santidade demanda esta escolha consciente entre mal e bem, por se rejeitar o primeiro e escolher e praticar o segundo.

    Toda santificação existente nos seres morais, quer sejam homens, quer anjos; é o fruto, o resultado da infusão da graça santificante nos mesmos por Deus. Esta graça santificante opera de maneira que nosso espírito, coração e vontade sejam inclinados para a comunhão amorosa com Deus.

    Daí ser dito por Ele,  já nos dias do Velho Testamento.

    ... Eu sou o Senhor que vos santifico. [Lv 20: 8].

    Esta verdade é confirmada por Jesus em Sua oração sacerdotal, em João 17, onde roga ao Pai que santifique os crentes, na verdade.

    Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.                     [Jo 17: 17]

    Temos então, na oração de nosso Senhor, a indicação direta do meio que é usado por Deus para nos santificar, a saber, a Sua Palavra, a qual é a verdade. Sem o conhecimento e prática da Palavra não é possível haver verdadeira santificação.

    O pecado é exatamente o oposto a este estado de espírito bom e adequado de santidade; por isso Deus tanto o detesta, porque é a condição que busca a destruição da própria vida de Deus, porque Ele é santo, e o pecado é a inclinação oposta a tudo quanto Deus é em Si mesmo.

    A santidade é a inclinação de espírito para o bem; o pecado é a inclinação de espírito para o mal.

    Sendo Deus a única fonte da santidade, não é de se admirar que sejam tantas as exortações bíblicas no sentido de que se busque a santidade, não apenas por um exercício em deveres morais, mas essencialmente e sobretudo, por um caminhar com Deus, um andar no Espírito, uma busca de Cristo para que Ele viva em nós, porque não há outra forma para se vencer a concupiscência da carne, e todas as formas de tentação a que estamos sujeitos.

    Daí serem abundantes as exortaçãos que achamos na Palavra de Deus quanto a buscarmos a santificação, como as seguintes:

    Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. [Efésios 6: 10]

    Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne. [Gálatas 5: 16]

    A graça do Senhor Jesus Cristo seja com o vosso espírito. [Filipenses 4: 23]

    mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências.

    [Rm 13: 14].

    permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim.

    Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. [Jo 15: 4,5]

    Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. [Mt 26: 41]

    Em face de tudo isto, tendo-o experimentado em sua caminhada com o Senhor, com o qual falava face a face, Moisés assim se expressou em relação à pessoa de Deus:

    Ó SENHOR, quem é como tu entre os deuses? Quem é como tu, glorificado em santidade, terrível em feitos gloriosos, que operas maravilhas? [Êx 15: 11]

    Este último versículo que acabamos de citar é uma das descrições mais sublimes da majestade e excelência de Deus em toda a Escritura.

    É uma parte da obra de Moisés, ou canção triunfante, depois do que Deus fez por eles em sua libertação do Egito. Aquela libertação foi apenas uma amostra de algo mais excelente a ser trabalhado no tempo do fim, quando as pragas do Senhor serão derramadas sobre os poderes anticristãos, que devem reavivar o mesmo cântico de Moisés na igreja, conforme se vê em Ap 15: 2, 3.

    O cântico de Moisés afirma, que Deus é glorioso em santidade. Ele é exaltado ou honroso em santidade.

    A santidade de Deus é a Sua glória, como a Sua graça é a Sua riqueza; a santidade é a Sua coroa, e a Sua misericórdia é o Seu tesouro.

    Essa é a bem-aventurança e nobreza de Sua natureza; Ele tributa como glorioso em Si mesmo, e glorioso para Suas criaturas que entendem qualquer coisa desta adorável perfeição.

    Santidade é uma gloriosa perfeição pertencente à natureza de Deus; por isso, na Escritura  é dito dEle muitas vezes, ser o Santo, o Santo de Jacó, o Santo de Israel - e muitas vezes intitulado o Santo, que é Todo-Poderoso, e estabelecido por esta parte de Sua dignidade mais do que por qualquer outra.

    A santidade é afixada como um epíteto ao Seu nome, mais do que qualquer outro atributo.

    É neste sentido que Ele é chamado de luz; como impureza é chamada escuridão -  desta forma ambos são opostos um ao outro, Ele é uma luz pura e sem mistura, livre de toda a mácula em Sua essência, natureza e operações.

    A natureza de Deus não pode ser racionalmente concebida sem a santidade.

    A noção de Deus não pode ser concebida, sem separar dEle tudo o que é impuro, tanto em Sua essência e ações.

    A criação manifesta a existência e a glória de Deus, mas é especialmente pela experiência da Sua santidade em nós mesmos, que podemos conhecer quem Ele é realmente em Sua essência e glória - e nisto, também consiste a nossa própria glória, porque é em sermos santificados pelo Senhor, que podemos nos gloriar em justiça e em verdade.

    Foi a isto que o Senhor se referiu, quando o revelou através do profeta Jeremias, nas seguintes palavras:

    Assim diz o SENHOR: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte, na sua força, nem o rico, nas suas riquezas;

    mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o SENHOR e faço misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o SENHOR.   [Jr 9: 23, 24]

    E nosso Senhor Jesus Cristo, ainda em Sua oração sacerdotal, cujo tema gira em torno da unidade e santidade de Deus com Seu povo, relaciona a glória do conhecimento do amor do Pai, com a santidade, pois Ele diz:

    Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos;

    eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim.

    Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo.  [Jo 17: 22-24]

    Nada soa tão sublime com tal solenidade, e tão frequentemente por anjos que estão diante de Seu trono, como este atributo da santidade.

    Onde você encontra algum outro atributo triplicado nos seus louvores, como se vê em;

    E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória; [Is 6: 3]

    Os quatro seres viventes, tendo cada um deles, respectivamente, seis asas, estão cheios de olhos, ao redor e por dentro; não têm descans, nem de dia nem de noite, proclamando: Santo, Santo, Santo, é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, aquele que era, que é  e há de vir. [Ap 4: 8]

    Seu poder ou soberania, como Senhor dos Exércitos é apenas uma vez mencionada, mas com uma repetição terna de Sua santidade.

    Você ouve, em qualquer canção angelical, qualquer outra perfeição da Natureza Divina repetida três vezes?

    Onde lemos sobre o clamor Eterno, eterno, eterno, ou Fiel, fiel, fiel Senhor Deus dos Exércitos?

    Qualquer outro atributo é deixado de fora, mas com esse, Deus teria que encher as bocas de anjos e espíritos abençoados para sempre no céu.

    Ele escolhe o atributo da santidade para jurar, como vemos em; no ;

    Uma vez jurei pela minha santidade (e serei eu falso a Davi?) .  [Sl 89: 35]

    Jurou o Senhor Deus, pela sua santidade,...  [Am 4: 2]

    Ele jura duas vezes pela Sua santidade, e uma vez pelo Seu poder em;

    "Jurou o Senhor pela sua mão direita e pelo seu braço poderoso: Nunca mais darei o teu cereal por sustento aos teus inimigos, nem os estrangeiros beberão o teu vinho, fruto de tuas fadigas.  [Is 62: 8]

    E, de uma vez por todas, quando Ele jura por Seu nome; Portanto, ouvi a palavra do Senhor, vós, todo o Judá, que habitais na terra do Egito: Eis que eu juro pelo meu grande nome, diz o Senhor, que nunca mais será pronunciado o meu nome por boca de qualquer homem de Judá em toda a terra do Egito, dizendo: Tão certo como vive o Senhor Deus.  [Jr 44: 26]

    Aqui, Ele coloca Sua santidade para prometer a garantia de Sua promessa, como o atributo mais caro e mais valorizado por Ele, como se nenhum outro pudesse dar uma garantia paralela a Ele, nesta promessa de uma redenção eterna que lá, é  falada.

    Aquele que jura, jura por um maior que ele; Deus não tendo maior que Ele, jura por Si mesmo; e aqui, por Sua santidade;  o que dá a entender que a santidade equivale a todos os Seus outros atributos somados, como se Ele estivesse mais preocupado com a honra da santidade, do que com todo o resto.

    Se a santidade é de tal importância suprema, seremos sábios e prudentes em nos esforçar para conhecer tudo o que for possível sobre a mesma e, de fato obtê-la e viver nela todos os dias de nossas vidas, pois não há outra forma de se agradar a Deus e fazer Sua vontade.

    Não admira a ênfase que nosso Senhor e todos os apóstolos deram à santificação, e a sua grande importância, como podemos ver nas seguintes passagens dentre outras:

    Finalmente, irmãos, nós vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus que, como de nós recebestes, quanto à maneira por que deveis viver e agradar a Deus, e efetivamente estais fazendo, continueis progredindo cada vez mais;

    porque estais inteirados de quantas instruções vos demos da parte do Senhor Jesus.

    "Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição;

    que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra, [I Ts 4: 1-4]

    Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor,

    "atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados;

    nem haja algum impuro ou profano, como foi Esaú, o qual, por um repasto, vendeu o seu direito de primogenitura. [Hb 12: 14-16]

    O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.        [1 Ts 5: 23]

    Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus.

    [2 Co 7: 1]

    Muitas outras passagens das Escrituras sobre o dever da santificação poderiam ser citadas, mas, por enquanto, nos fixaremos apenas nestas, e daremos prosseguimento a este assunto em nossas próximas ministrações, se o bendito Senhor e Deus assim o permitir.

    Finalmente, só para que possamos entender melhor o significado da santificação de forma prática, observamos que em em todos os textos bíblicos citados anteriormente, que é o próprio Deus o agente ativo de toda a nossa santificação - o que significa senão, que o trabalho é feito inteiramente por Ele, por meio da ação do Espírito Santo; trabalho este que consiste principalmente, na implantação do fruto do Espírito em nós.

    Veja o caso do domínio próprio, por exemplo, do qual se afirma, ser parte do fruto do Espírito.

    Alguns crentes o obtêm instantaneamente, na conversão inicial, ou mesmo depois de passado um tempo considerável em sua caminhada na vida cristã?

    Podemos dizer por nós mesmos, que nunca é assim. Alguns, até mesmo não conseguem alcançá-lo em medida adequada, enquanto se encontram neste mundo.

    Qual a razão disto?

    É, porque Deus dificulta a concessão dos Seus dons e Sua graça a nós?

    De maneira alguma.

    Como a santificação é um processo em graus, e depende muito da nossa consagração ao Senhor na devida consideração à Sua Palavra, esta somente pode se transformar em poder, em nossa experiência prática de vida, por meio de nossa busca da renovação progressiva da mente, de forma que o Espírito Santo encontre um caminho para poder operar em nosso interior.

    Quando isto ocorre de fato, nós veremos de forma prática quão grande será a diferença em nosso viver, quando alcançamos o fruto do Espírito Santo chamado domínio próprio.

    Poderemos ficar alarmados em princípio, quando as tribulações se apresentarem a nós, mas logo o Espírito operará com Seu poder, livrando-nos de toda ansiedade, temor, e fazendo com que possamos dizer juntamente com o salmista:

    "Firme está o meu coração, ó Deus! Cantarei e entoarei louvores de toda a minha alma.  [Sl 108: 1]

    E por que isto?

    Somente, porque sentimos e reconhecemos que não foi por nossa própria capacidade, mas pelo poder do Espírito que nos foi possível retornar à calma e à paz.

    Mas, esta é apenas uma pequena parte do trabalho da santificação, que sendo buscada nos levará a adentrar também na posse da alegria, do amor, da paz, da misericórdia, da bondade, da longanimidade, da fé inabalável, e de tantas outras virtudes que não são deste mundo, mas que podem ser encontradas somente em Jesus Cristo, quando permanecemos em comunhão com Ele.

    Bendito seja o Seu santo nome, para sempre!

    Amém!

    Santidade

    Parte 2

    Irmãos, de tal sorte é a importância da santidade, como pudemos verificar já na primeira parte da nossa exposição, anterior a esta, que quando Deus jura, Ele o faz por Si mesmo ou então por Sua santidade, e nunca por qualquer outro atributo; isto  significa que Ele penhora a Sua segurança, e se compromete com aquilo de que nunca irá se separar, se fosse possível que Ele fosse despojado de todo o resto.

    Ora, se é de tal ordem o valor, a importância, e a necessidade prioritária da santidad; como poderíamos negligenciar a chamada que Ele nos faz para sermos completamente santos?

    E como podemos proceder em verdadeira santidade de vida, se sequer compreendemos qual seja o seu significado?

    Já não falamos anteriormente, que na vida cristã não é possível queimar etapas quanto ao que se refere ao nosso amadurecimento na mesma?

    Quem pode se transformar em um pequeno espaço de tempo, de um bebê para um adulto?

    Quanto mais na vida espiritual, em que o crescimento não é automático e assegurado, conforme na vida natural!

    Ser santo demanda busca do alimento espiritual adequado e verdadeiro, que pode ser encontrado somente em Jesus e na Sua Palavra, mas ainda assim, ficamos na dependência de Deus trabalhar nas circunstâncias que contribuirão para a nossa renovação progressiva.

    Lembram do exemplo que apresentamos, quanto ao fruto do Espírito Santo chamado domínio próprio?

    Ainda que venhamos a estudar o assunto na Bíblia e em bons comentários bíblicos, até o ponto de dominá-lo suficientemente, não significa que somente com o conhecimento intelectual poderemos ver aplicado, o citado fruto na nossa experiência prática diária; pois para tanto, é preciso ser trabalhado e visitado pelo Espírito Santo, a fim de aprendermos a ter de fato, o domínio próprio que procede da parte dEle para nós.

    Mas, aqui deve ser devidamente considerado, que não estamos falando de sociologia, psicologia ou de qualquer outra ciência natural, para explicar aquilo que devemos buscar e alcançar. As coisas aqui referidas, não são deste mundo, não são naturais, mas espirituais, que somente podem ser experimentadas se permanecermos em comunhão com Jesus, como Ele mesmo afirma; que não podemos frutificar se não permanecermos nEle, e Ele em nós, pois sem Ele nada podemos fazer, especialmente no que se refere a estas realidades espirituais, celestiais e divinas, que operam na nova criatura nascida na conversão, através da operação do Espírito Santo.

    Entendem por que nos é ordenado a orar e a vigiar em todo o tempo? E de igual forma, quanto à meditação e prática da Palavra de Deus?

    Como poderei ser santificado, se não luto realmente contra o pecado? Se não vigio em relação a ele, e às tentações? Como poderei aprender a ser gentil em todo o trato, se não refreio meus impulsos precipitados, tanto no comportamento quanto no falar?

    Não posso me aprovar naquilo que a Palavra de Deus reprova.

    Logo, não é sem motivo que nos é ordenado também, a aceitarmos mansamente toda disciplina e correção que procedem da parte de Deus, e nos esforçarmos diligentemente para buscar em primeiro lugar o reino de Deus e a Sua justiça.

    Aquele que fez a promessa de nos santificar em tudo é poderoso e fiel para fazê-lo, e toda falha e atraso neste assunto sempre será por nossa negligência, e nunca pela falta de desejo de Deus em nos santificar.

    Toda a beleza natural está fadada a terminar, mas a beleza da santidade é eterna e cresce mais e mais.

    Daí dizer-se em 2 Crônicas, que Deus deve ser louvado na beleza da santidade.

    Aconselhou-se com o povo e ordenou cantores para o Senhor, que, vestidos de ornamentos sagrados e marchando à frente do exército, louvassem a Deus, dizendo: Rendei graças ao Senhor, porque a sua misericórdia dura para sempre.  [2 Cr 20: 21]

    Davi deseja contemplar a beleza do Senhor, e habitar em seu santo templo.

    Uma coisa peço ao Senhor, e a buscarei: que eu possa morar na Casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a beleza do Senhor e meditar no seu templo. [Salmo 27: 4]

    Santidade era a beleza do templo;

    Fidelíssimos são os teus testemunhos; à tua casa convém a santidade, Senhor, para todo o sempre.  [93: 5]

    Como a sinceridade é o brilho de toda graça em um cristão, então a pureza é o esplendor de todo atributo na Divindade.

    Sua justiça é uma justiça santa, Sua sabedoria é uma sabedoria santa, Seu braço de poder um braço santo, Sua verdade ou promessa de uma santa promessa;

    Cantai ao Senhor um cântico novo, porque ele tem feito maravilhas; a sua destra e o seu braço santo lhe alcançaram a vitória.  [Sl 98: 1]

    Porque estava lembrado da sua santa palavra e de Abraão, seu servo. [Sl 105: 42]

    Santo e verdadeiro andam de mãos dadas;

    Clamaram em grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?

    [Ap 6:10).

    O nome dEle, que significa todos os Seus atributos em conjunto, é Santo.

    Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga ao seu santo nome. [Sl 103: 1)

    Sim, Ele é;

    Justo é o Senhor em todos os seus caminhos, e santo em todas as suas obras. [Sl 145: 17]

    A santidade é a regra de todos os Seus atos, a fonte de todas as Suas punições.

    Se todo atributo da Deidade fosse um membro distinto, a santidade seria a estrutura; e a alma, o espírito para animá-los.

    Sem isso, Sua paciência seria uma indulgência ao pecado; Sua misericórdia, mero carinho; Sua ira, uma loucura; Seu poder, uma tirania; Sua sabedoria, uma sutileza orgulhosa.

    É a pureza que dá um decoro a todos.

    Sua misericórdia não é exercida sem ela, já que Ele não perdoa ninguém, além daqueles que têm interesse, por união, na obediência de um Mediador, que era tão deleitável por Sua infinita pureza.

    Sua justiça, que o homem culpado é capaz de taxar como crueldade e violência no exercício da mesma, não é representada fora da esfera desta regra.

    Nos atos da justiça vingativa do homem há algo de impureza, perturbação, paixão, alguma mistura de crueldade, mas nenhum destes caem sobre Deus nos mais severos atos de ira.

    Quando Deus aparece a Ezequiel, na semelhança do fogo, significa Sua ira contra a casa de Judá por sua idolatria,

    Olhei, e eis uma figura como de fogo; desde os seus lombos e daí para baixo, era fogo e, dos seus lombos para cima, como o resplendor de metal brilhante. (Ez 8: 2)

    Seu coração é claro em Seus atos mais terríveis de vingança; é uma chama pura, com a qual Ele queima Seus inimigos - Ele é santo na aparência mais ardente.

    Este atributo, portanto é muito pouco aplaudido, como quando Sua espada foi atraída, e Ele manifestou a maior ferocidade contra Seus inimigos.

    A expressão magnífica e triunfante de Moisés em seu cântico, segue justamente a miraculosa derrota efetuada por Deus, e a ruína do Exército egípcio:

    Sopraste com o teu vento, e o mar os cobriu; afundaram-se como chumbo em águas impetuosas. [Êx 15: 10]

    Então segue:

    Ó Senhor, quem é como tu entre os deuses? Quem é como tu, glorificado em santidade, terrível em feitos gloriosos, que operas maravilhas?  [Êx 15: 11]

    E foi assim, quando celebrado pelos serafins;  "Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os

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