Assassinato No Palacete Bolonha
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Assassinato No Palacete Bolonha - Zulemay Ramos
Assassinato no Palacete Bolonha
um dos
vencedores do prêmio Literatura Moderna 2011
categoria NOVOS TALENTOS pelo
International Institute of World Literature
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Copyright © 2012 by Zulemay Ramos
Contatos: zulemayramos@oi.com.br
Belém - PA
ZULEMAY
ASSASSINATO NO PALACETE
RAMOS
BOLONHA
1ª Edição
3
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Prefácio
Esta história acontece na cidade de Belém capital
do estado do Pará.Em tupi Pará quer dizer mar. É
o nome local do braço direito do rio Amazonas,
que ao confluir com o Tocantins se alarga de
maneira desmedida. Daí o nome Grão-Pará,
denominação da capitania criada em 1616. A
imagem oceânica evoca a imensidão do território e
dos rios que sulcam a Amazônia.
Situa-se na região Norte, onde ocupa uma área de
1.253.165km2, e é atravessado de oeste a leste
pelo rio Amazonas, que desemboca no oceano
Atlântico, no nordeste do estado. Limita-se ao
norte com a Guiana, o Suriname e o estado do
Amapá, ao sul com o Mato Grosso, a noroeste
com Roraima, a oeste, Amazonas, e a leste com o
Maranhão e Tocantins. É típico da região o clima
quente e úmido, temperado pela chuva e pela
vegetação luxuriante. São duas as estações,
marcadas pelas precipitações pluviais: verão, de
julho a outubro; e inverno, de novembro a junho,
época das grandes chuvas.
Há quem diga que Belém é a mais acolhedora de
todas as cidades neste grande Brasil.Sua
vegetação é rica em produtos tradicionalmente
explorados e que já constituíram a base da
economia regional: a seringueira e outras árvores
produtoras do látex (sorva, maçaranduba), a
castanheira-do-pará, as madeiras de lei, malva,
palmas diversas, timbó, guaxima e outras fibras.
Com a abertura das grandes rodovias (Belém-
Brasília, Transamazônica), a floresta nativa foi
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muito devastada para a abertura de campos para
agricultura e pecuária. Como no caso de outras
regiões da Amazônia, as agressões ao meio
ambiente suscitaram constantes denúncias e
preocupações.
O Amazonas recebe no estado do Pará, pela
margem direita, fluentes de grande porte, como o
Tocantins, o Xingu e o Tapajós. Entre os da
margem esquerda, bastante menores, figuram o
Jari, o Trombetas, o Paru, o Jamundá e o Maicuru.
Nos limites com o Maranhão corre o rio Gurupi. Na
várzea do Amazonas, próximo à divisa com o
estado do Amazonas, encontram-se numerosos
lagos, entre os quais , o Grande do Curuaí, o de
Itandeua e o do Poção. Na ilha de Marajó, existe
ainda o lago Arari.
À medida que se constituiu, a população do Pará
compôs-se
principalmente
de
caboclos,
resultantes da mestiçagem de índios e europeus.
A partir do século XVII, acrescentou-se o
contingente dos negros. No início da década de
1990, a densidade demográfica do estado
permanecia muito baixa, mas observavam-se
fortes desníveis populacionais entre as diversas
áreas.
É dentro deste maravilhoso cenário que esta
narrativa ficcional foi criada, misturando estilo
policial com suspense e destacando um dos mais
belos patrimônios culturais da capital paraense,o
inigualável Palacete Bolonha,um prédio em estilo
art noveau,com características clássicas da época
do Ciclo da Borracha.
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CAPÍTULO I - O inicio
Em outubro acontece uma grande festa religiosa,
já tida como cultural, em todo o Norte-Nordeste
que é a de Nossa Senhora de Nazaré,período este
em que se realiza a procissão do Círio, que atrai
verdadeiras multidões de fieis e curiosos é neste
contexto cultural ,que começa nossa intrigante
história. Sebastiana morreu na noite de sexta-feira,
de 08 para 09 de Outubro. Foram chamar-me às
oito horas da manhã de sexta-feira, 09 de outubro
de 1990. Nada havia a fazer; estava morta havia
algumas horas. Quando voltei para casa, passava
das nove. Abri a porta da entrada com a chave,
entrei, sentei no pequeno sofá da sala, onde
permaneci alguns instantes, propositadamente.
Para dizer a verdade, sentia-me perturbado, mal-
humorado. Não pretendo dizer, com isto, que
previsse os acontecimentos que iriam desenrolar-
se pouco depois; devo declarar, mesmo, que não
tive qualquer sensação definida. O meu instinto,
entretanto, pressentia que estava para acontecer
algo, que no mínimo, levar-me-ia da tristeza ao
desespero.
Da sala de jantar, à esquerda, chegava o tinido
de copos e de louça e o tossir de minha querida e
curiosa irmã, Caroline.
- Quem está ai? - perguntou.
Pergunta inteiramente inútil; quem havia de ser?
9
Era minha irmã a causa daquela demora na
sala.
Li em algum lugar que o lema das doninhas na
Índia é: Corre e descobre.
Se tivesse de aconselhar minha irmã a adotar
uma divisa, seria, sem dúvida, esta, com uma
doninha rampante; mas sem a primeira parte:
Caroline
consegue
ajudar
em
qualquer
investigação, permanecendo tranquilamente em
casa. Não sei como o faz, sei, porém, que o
consegue sempre. Tenho uma vaga desconfiança
de que a criadagem e os fornecedores constituem
as suas fontes de informações. Quando sai, não é
para colher notícias, mas para difundi-las; e
também nisto se revela de uma perícia admirável.
Era precisamente essa última particularidade do
seu caráter que a mantinha suspensa num estado
de viva incerteza. O que quer que eu dissesse a
propósito da morte de D.Sebastiana, tinha a
certeza de que, dentro de hora e meia, o máximo,
seria conhecido em toda a região. Na minha
qualidade de médico, dou, naturalmente, valor à
discrição; por isso contraí o hábito de ocultar de
minha fiel escudeira qualquer notícia, pelo menos
até onde me for possível. É verdade que ela chega
a saber tudo, igualmente, mas tenho pelo menos a
satisfação moral de dizer que não foi por mim que
o soube.
10
O marido de Sebastiana morrera havia pouco
mais de um ano, nesta época ele estava
desempregado,contentava-se em ajudar a esposa
nos serviços domésticos.É bom lembrar que ele
parecia-me muito feliz em poder dispor de tal
ajuda. Morte inexplicável,esta.Caroline sempre
sustentara, embora a sua convicção não tivesse o
mínimo fundamento real, que a esposa o
envenenara.
Recusava-se, desdenhosamente, a aceitar a
minha invariável declaração de que o marido, da
então cadáver, morrera de gastrenterite aguda,
agravada pelo abuso constante de bebidas
alcoólicas. Concordávamos em que os sintomas
da gastrenterite e os do envenenamento arsênical
se assemelham, mas minha irmã alicerçava as
suas acusações em argumentos bem diversos.
- Não precisas mais do que fitar-lhe o rosto -
disse certa vez.
D. Sebastiana , embora não muito jovem, era
cheia de energia,e sabedora da história e cultura
da sociedade paraense como ninguém, tanto que
trabalhava como guia turística no local onde fora
encontrada já sem vida. O Palacete Bolonha, uma
obra construída pelo arquiteto Francisco Bolonha
para a esposa, a pianista Alice Tem-Brink, em
1905. Do quarto andar do Palacete, há uma visão
fantástica para a Baía do Guajará. Toda em estilo
eclético, a construção tem elementos de art
11
nouveau, neoclássicos, góticos e barrocos, em
formato de agulha.
Além do casal, o Palacete foi residência de
pessoas da sociedade paraense e funcionou,
inclusive, como sede da Prefeitura de Belém.
A sofisticação desse patrimônio reflete novidades
arquitetônicas europeias da época, trazidas para
Belém por Bolonha. O arquiteto uniu vários estilos
no palacete, adaptando-o às suas necessidades
de trabalho. Mesmo desprezando o estilo barroco
português, ainda usado na época, Bolonha deu ao
palacete
certas
características
do
barroco
brasileiro em sua estrutura, como o Rococó; usou
o decorativismo intenso e fez a cobertura à la
mansard, com telhas pintadas propositadamente
para dar jogo visual à distância. A influência gótica
é observada nas agulhas do teto (influência do fim
do século XIX), no porão, grades e revestimentos
florais.
Aliás, a decoração floral também está presente na
entrada, nas salas de banquete e de jantar e no
teto dourado – executado na Europa, com
molduras de influência grega. No piso, a
decoração ficou por conta dos ladrilhos. Em todo o
primeiro andar, predominam elementos ecléticos e
neoclássicos, com destaque para o Art Noveau. Já
no segundo andar há o banheiro principal, com
ferragens
inglesas,
banheira
em
mármore
neoclássico, piso em mármore branco e preto com
pastilhas
azul-branco
e
rosa-branco.
Neste
12
segundo piso está também a sala de costura. No
terceiro andar há uma capela em homenagem à
Nossa Senhora de Nazaré, transformada em sala
de banho por um outro proprietário,o que sintetiza
a alma religiosa paraense
do arquiteto Francisco
Bolonha.Esse era o ambiente de trabalho da pobre
mulher, que se dedicou a este lugar até a morte.
Enquanto permanecia indeciso, revolvendo na
mente estas circunstâncias, ouviu-se a voz de
Caroline, desta vez um tanto aborrecida:
- Dr. Jorge, porque não vens almoçar?
- Já vou - apressei-me a responder.
Pura verdade: não podia deixar de conceder-lhe
razão. Entrei na sala de jantar e, depois de,
ignorar qualquer comentário, sentei-me diante do
prato delicioso com frango e tucupi que para mim
foi preparado.
- Tu precisastes fazer uma visita muito cedo,
esta manhã - observou a eficiente e curiosa.
- Sim - respondi. – A senhora Sebastiana , a guia
turística do Palacete Bolonha.Que lutava pela
conservação de um dos patrimônios históricos do
Pará mais importantes e desejáveis, a casa do
lago do palácio número 29, conhecidíssimo como
Palacete Azul ou Palacete Antônio Lemos... foi
encontrada caída ao chão da sala de banquete do
Palacete ao contato direto com os tão famosos
13
ladrilhos, como uma tela emoldurada pelo dourado
do teto sobre seu corpo.
- Já sei.
- Como soubestes?
- Foi Lúcia quem me contou.
Lúcia é uma das jovens que fazem a delicada
limpeza do local. Jovem simpática, mas tagarela
impenitente.
Houve uma pausa, durante a qual continuei o
meu almoço. A ponta do nariz de Caroline, longo e
subtil, começou a vibrar nervosamente, o que
acontece todas as vezes que está interessada
num assunto.
- Então? - perguntou.
- Um caso triste. Nada pude fazer. Deve ter
morrido algumas horas antes de ser encontrada.
- Já sei - disse novamente a curiosa mulher.
Desta vez, abespinhei-me.
- Não podes saber - respondi secamente. – Eu
próprio não sabia, antes de lá chegar e ainda não
o contei a ninguém. Se a tagarela da Lúcia sabe,
então é porque adivinha!
- Não foi Lúcia quem contou. Foi o carteiro, que
soube do caso pela cozinheira do restaurante a
14
quilo da esquina que por sua vez soube pela moça
que trabalhava na recepção.
Como já disse, não é necessário que saia para
caçar notícias. Deixa-se ficar em casa e as
notícias chegam até ela.
- De que morreu? Doença do coração? -
continuou.
- O carteiro não lhe informou? - perguntei com
sarcasmo.
O sarcasmo não a afeta. Toma tudo ao pé da
letra.
- Não sabia - explicou.
Cedo ou tarde saberia. Não importava, portanto,
que lhe dissesse.
- Morreu por ter ingerido uma dose muito forte de
relaxantem. Tomava-o já há tempos para
combater stress. Deve ter tomado muito.
- Qual! - interrompeu Caroline. - Foi de propósito.
Pensas que acredito nisso?
Estranho! Quando alguém tem uma convicção
íntima e secreta que não quer admitir nem para si
mesmo, se acontece que outro a descobre, pode
ter-se a certeza de que procurará negá-la
energicamente. Foi por isso que investi contra
minha irmã, com os mais vivos protestos.
15
- Eis que te entregas de novo aos teus
despropósitos - disse-lhe. - Por que motivo havia
D.Sebastina de atentar contra a própria vida?
Viúva, ainda regularmente jovem, em boas
condições, com boa saúde, nada mais tinha a
fazer do que viver alegremente e gozar a vida. É
absurdo o que dizes.
- Concordo,mas Tu também deves ter notado
que ultimamente estava muito diferente. Essa
mudança datava de há seis meses. Parecia
atormentada por um pesadelo. E acabas de dizer
que não podia relaxar. Como eras tu médico de
confiança,deve-lhe ter contado algo que não
sabemos.
- Qual é então o teu diagnóstico? – perguntei
friamente. - Talvez um enredo amoroso que
terminou mal?
Caroline sacudiu a cabeça.
- Remorsos! - exclamou com ênfase.
- Remorsos?
- Certamente! Não quiseste acreditar-me,
quando te dizia que ela envenenara o marido.
Agora, estou mais do que convencida.
- Mas que lógica há em tudo isto? - observei.
- Se essa mulher tivesse praticado o que dizes,
estou certo de que lhe não faltaria o sangue-frio
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necessário para gozar os frutos, sem se
abandonar a essa fraqueza sentimental que é o
remorso.
Caroline sacudiu de novo a cabeça.
- Talvez existam mulheres com tal qualidade,
mas D. Sebastiana não era desse tipo. Só tinha
nervos. Um instinto irresistível arrastou-a a
desembaraçar-se do marido, porque era uma
dessas naturezas que não podem suportar
qualquer sofrimento; e podes ter a certeza de que
a mulher de um homem como Osvaldo Andrada
deve ter sofrido, e não pouco!
Concordei.
- E, depois da morte do marido, deve ter vivido
na obsessão do crime praticado. Coitada! Não
posso deixar de compadecer-me dela.
Não creio que minha irmã tenha experimentado
um sentimento de comiseração pela senhora
Sebastiana, enquanto esta vivia. Agora, porém,
encontrava-se
num
mundo
em
que
(verosimilmente) não se usam as habilidades de
tal senhora, e Caroline sentia-se disposta a deixar-
se vencer pelos mais brandos sentimentos de
piedade e de indulgência.
Disse-lhe que as suas suposições eram
absurdas.
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E insisti, com mais firmeza, pelo próprio fato de
sentir-me forçado a admitir, em parte, o que ela
dizia, já que junto ao corpo um belíssimo Punhal
Tunisiano foi encontrado e pelo que consta na
história e histórico do Palacete esse não é um
objeto que faço parte desse acervo.
Mas não queria que chegasse a descobrir a
verdade, baseando-se, apenas, em hipóteses e
em interrogações; não pretendia, de modo algum,
encorajar aquele seu modo de proceder. Tinha a
certeza de que iria expor pela vila as suas
conjecturas, e todos ficariam julgando que se
baseava em dados e informes médicos fornecidos
por mim. Infelizmente, a vida reserva-nos muitas
amarguras!
- Dizes que as minhas palavras são absurdas-
prosseguiu, respondendo às minhas críticas. -
Verás!
Queres apostar em como deixou uma carta em
que faz plena confissão?
-
Não
deixou
carta
alguma
-
respondi
secamente, sem prever as consequências de
semelhante declaração.
- Ah! Então interessaste-te? Creio que, no fundo,
Jorge, pensas como eu. Conheço-te bem; sabes
disfarçar!
18
- Não podemos afastar a eventualidade de um
suicídio! - afirmei em tom conciliador.
- Farão um inquérito?
- É possível. Se puder declarar-me convencido
de que o veneno foi ingerido acidentalmente, o
inquérito poderá ser dispensado.
- E estás convencido? - sondou.
Não respondi. Abandonei a mesa.
CAPÍTULO II - O DIA
O grau de urbanização, em 1990, ainda era
reduzido,
com
a
população
dividida
aproximadamente em partes iguais entre as áreas
urbanas e a zona rural. A maior cidade é a capital,
Belém, e as demais são bem menores: Santarém
(segunda cidade do estado), Marabá, Altamira,
Itaituba,
Castanhal,
Abaetetuba,
Bragança,
Paragominas.
Belém,
verdadeira
metrópole
regional da Amazônia, redistribui por toda a
Amazônia alimentos e outros bens de consumo
oriundos de outros estados e do exterior. Sob sua
influência direta encontram-se quase todas as
cidades do Pará e algumas cidades do Amazonas
e de Tocantins. Escapam a essa influência direta,
no estado, apenas alguns municípios que se
servem de Santarém e Macapá AP. Mais de
19
metade da mão-de-obra ocupa-se de atividades
agropecuárias e extrativas.
Na terra firme, cujos solos são mais pobres por
não estarem sujeitos a inundações, cultivam-se a
pimenta-do-reino e a mandioca. Essas culturas
desenvolvem-se principalmente na região nordeste
do estado (Bragança e Tomé-Açu).
Belém concentra praticamente toda a atividade
industrial
do
estado
(produtos
alimentícios,
tecidos, minerais não-metálicos, madeira). São
importantes produtos industriais, quanto ao valor
de produção, os tecidos de juta, a madeira serrada
(ou desdobrada), o cimento e vários tipos de
bebidas.
Também se exploram diamantes e cristal de
rocha, no vale do Tocantins. Perfurações no médio
Amazonas revelaram um dos maiores depósitos
de sal-gema do mundo. Em Paragominas,
Trombetas, Almeirim e Carajás, há vastos
depósitos de bauxita. As reservas de bauxita de
Carajás são consideradas gigantescas. O estado
conta, ainda, com expressiva produção de
alumínio.
O pobre que foi marido de D.Sebastiana trabalhou
durante longo tempo na extração de cristal de
rocha e depois veio para Belém trabalhar no
Museu Paraense Emílio Goeldi,este de fama
internacional, que efetua pesquisas sobre a
arqueologia, a fauna, a flora e a etnologia da
região amazônica e que mantém um aquário, horto
florestal, jardim zoológico e preciosa biblioteca
especializada e notáveis coleções arqueológicas,
20
etnográficas e artísticas tombadas pelo Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional.Esse foi o Cenário do
último emprego de Osvaldo Andrade . Fazia
serviços gerais até que um dia uma ação
irresponsável o fez ser demitido, a partir de então,
não conseguiu outro emprego
Antes de prosseguir no relato do que disse a
Caroline e do que Caroline me disse, vale a pena
dedicar algumas palavras ao que chamarei a
nossa geografia regional.Outros grandes museus
da capital paraense são os do Instituto Histórico e
Geográfico do Pará e o do Instituto de
Antropologia e Etnologia do Pará. As principais
bibliotecas são a Biblioteca e Arquivo Público e a
da Universidade Federal do Pará.
O Patrimônio Histórico e Artístico Nacional tombou
os seguintes monumentos, na capital do estado: o
Palácio Velho, na travessa Dom Bosco; a Casa
Azul, no largo do Palácio; a Casa do Barão de
Guajará, na praça Pedro II - hoje sede do Instituto
Histórico e Geográfico do Pará; a Catedral de
Nossa Senhora das Graças; as igrejas de Nossa
Senhora do Carmo (século XVII), de Nossa
Senhora das Mercês (século XVII), Nossa Senhora
do Rosário e São João Batista; a igreja de Santo
Alexandre e o antigo Colégio dos Jesuítas, anexo -
hoje
Palácio
Arquiepiscopal
(século
XVII).
Também é tombada a igreja da Madre de Deus,
em Vigia.
Além dos monumentos tombados, outros são
dignos de registro: o Forte do Castelo, primeiro
marco da fundação da cidade (século XVII); a
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igreja de S. Francisco Xavier, onde pregou o padre
Antônio Vieira; a basílica de Nazaré, construída no
início do século XX, onde fica a lendária imagem
de Nossa Senhora de Nazaré, cultuada no estado
desde o século XVII e que figura na famosa
procissão do Círio, instituída em 1793; o Palácio
Lauro Sodré, sede do governo do estado, do
arquiteto Antônio José Laredo e inaugurado em
1771; o Paço Municipal; e o Memorial da
Cabanagem, no quilômetro zero da BR-316.
Os principais pontos de atração no estado situam-
se na cidade de Belém. A beleza da capital, com
suas ruas arborizadas com mangueiras, seus
edifícios antigos, suas igrejas, o Teatro da Paz, o
famoso mercado do cais de Ver-o-Peso - onde se
encontram os mais variados produtos regionais -,
o Bosque Municipal Rodrigues Alves - com lago,
aquário, orquidário e aves da região -, a Cidade