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Piedade Genuína
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E-book84 páginas1 hora

Piedade Genuína

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Sobre este e-book

A leitura deste livro é recomendada a todos aqueles que estão interessados em saber em que consiste verdadeiramente a vida cristã.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento6 de mai. de 2017
Piedade Genuína

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    Piedade Genuína - Silvio Dutra

    PREFÁCIO

    Aliviar as ansiedades dos pobres laboriosos, e aumentar a felicidade do povo comum, é o objetivo sincero do escritor deste Tratado. Como método mais eficaz para realizar este objetivo desejável, ele deseja recomendar a eles e a suas famílias - o conhecimento e o amor da religião real; totalmente persuadido, de que só isso pode apoiar suficientemente suas mentes sob os vários males a que são expostos diariamente.

    Muitas são as armadilhas da pobreza e severas as dificuldades experimentadas por aqueles que são colocados nas posições inferiores da vida. Quando sofrendo sob agonizante solicitude, ou negligência cruel, ou todas as circunstâncias humilhantes de dependência arrogante; quando a vasilha de farinha é consumida, e as crianças choram pelas provisões que seus pais necessitados são incapazes de comunicar; quando a doença une-se à pobreza para tornar as suas habitações sombrias; quando aquele em cujo trabalho suas esperanças estavam centradas, é perfurado pelas flechas da morte - como é lamentável então o estado de tais famílias! Mas muito mais lamentáveis ainda, se, sob essas calamidades, eles permanecem estranhos às alegrias satisfatórias, e às esperanças animadoras do cristianismo; se viveram nos tristes hábitos da impiedade, ou cresceram em todas as misérias da ignorância; se, em meio a suas complicadas provações, sentidas e lamentadas, eles estão destituídos das consolações que permitem aos crentes triunfar no meio da adversidade.

    Tal ignorância da verdadeira religião dificilmente pode deixar de ser produtora de prodigalidade e miséria. Aqueles que nunca foram ensinados a buscar a felicidade nos caminhos de Deus, ainda estão ansiosos por conforto, e são naturalmente levados a colocar todas as suas expectativas de desfrutá-lo nas intoxicações do vício; sua pobreza, unida à sua ignorância, os envolve em muitas armadilhas, os apressa a todos os terríveis excessos da iniquidade, e afoga-os finalmente na culpa e eterna perdição! Ao passo que, se tivessem sido treinados nos caminhos da piedade e da justiça, poderiam ter mantido um caráter honrado em meio a todas as armadilhas da pobreza e desfrutado de serenidade interior em meio a todas as adversidades da vida.

    Tentar, portanto, a libertação de muitos desta miséria, e procurar dirigi-los para a frente nos caminhos da sabedoria e da paz, não pode ser um objeto não apto a uma mente benevolente. Com este desígnio, e de um desejo ardente de promover um objeto tão importante - um amigo apresenta ao povo comum em nossa terra, um diretório simples e monitor, escrito para sua instrução, e enviado ao mundo com súplicas fervorosas ao Pai de todos, pelo seu sucesso na promoção dos melhores interesses da humanidade.

    Introdução pelo Tradutor:

    Nós vemos o apóstolo Paulo se dirigindo a Timóteo para que se exercitasse pessoalmente na piedade (I Tim 4.7), uma vez que viriam tempos trabalhosos em que os homens teriam a forma de piedade, mas negariam o seu poder (II Tim 3.5), dos quais ordenou a Timóteo que se afastasse deles.

    Os dias seriam difíceis por causa desta aparência de piedade religiosa sem que a fosse de fato, de maneira que muitos seriam enganados e conduzidos a um modo de vida cristã que não poderia de modo algum agradar a Deus.

    Com o intuito de fundamentar os crentes na verdade todos os apóstolos dirigem sérias advertências em suas epístolas quanto ao dever de se crescer na graça e no conhecimento de Jesus para que se tenha um testemunho de vida cristã verdadeiro e maduro, apto para o serviço de Deus e para a comunhão entre os crentes em amor.

    É a isso que o apóstolo Pedro se refere em sua segunda epístola quando, com vistas a tal crescimento espiritual rumo à necessária maturidade, aponta os degraus de graças nos quais o crente deve avançar rumo à citada maturidade:

    "5 E vós também, pondo nisto mesmo toda a diligência, acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude a ciência,

    ⁶ E à ciência a temperança, e à temperança a paciência, e à paciência a piedade,

    ⁷ E à piedade o amor fraternal, e ao amor fraternal a caridade.

    ⁸ Porque, se em vós houver e abundarem estas coisas, não vos deixarão ociosos nem estéreis no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo." (II Pedro 1.5-8)

    Como não poderia deixar de ser, ele começa com o degrau da fé, pelo qual os crentes tiveram acesso à conversão, com a justificação e a regeneração, e com a qual devem também prosseguir na santificação progressiva durante toda a sua jornada espiritual.

    À fé deve ser seguida por um viver segundo as excelências de Cristo, ao qual ele chama resumidamente de virtude (erete no grego), palavra que designa aquele que sabe distinguir o  vil do precioso.

    Mas, há ainda outros degraus na vida espiritual que devem ser acessados com o tempo de nossa caminhada no Senhor. E o próximo citado pelo apóstolo é a ciência, ou conhecimento da vontade de Deus, especialmente a revelada na Palavra, que o instrumento da nossa santificação pelo Espírito.

    Tendo alcançado estes degraus, o próximo em ordem é a temperança, ou domínio próprio, um fruto do Espírito Santo, obtido pelo exercício da negação do nosso ego, para sermos conduzidos pela mente de Cristo, segundo instrução e direção do Espírito.

    Alcançado este ponto, estamos em condições de avançar para exercer o próximo degrau que se refere à paciência cristã, e sobre a qual todo um compêndio poderia ser escrito, mas que podemos resumir como sendo particularmente a imitação da longanimidade de Deus, sendo tardios para nos irarmos, e para falar, e prontos para ouvir, conforme o dizer do apóstolo Tiago. Está em foco aqui, a capacidade aprendida em diversas provações e exercícios espirituais, a suportar ofensas, ingratidões e toda sorte de danos e perseguições, sem perder a paz e alegria de Cristo no coração.

    Este já é um grau de crescimento espiritual bastante recomendável, mas falta ainda ser-lhe acrescentado os degraus da piedade e do amor, que são apresentados pelo apóstolo Pedro, nesta ordem. A piedade está relacionada à vida de devoção a Deus, não apenas externa, mas sobretudo interna, de coração, quanto à adoração, louvor, oração, ações e reações cristãs especialmente na comunhão dos santos. E amor, cujas características essenciais são destacadas pelo apóstolo Paulo em I Coríntios 13, dispensa maiores comentários.

    Concluímos então que a plenitude do amor de Cristo não poderá ser vista no crente ou na congregação de crentes em que tais

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