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Nas Veredas Da Poesia
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E-book133 páginas1 hora

Nas Veredas Da Poesia

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Sobre este e-book

A antologia Nas veredas da poesia”, a segunda publicação que é organizada pela Academia Afogadense de Letras (AAL), marca uma nova etapa da AAL. Essa nova antologia nasce com o objetivo de trocar saberes, valores, homenagear pessoas queridas que nos deixaram e transformar sentimentos, memórias e histórias em poesia. Poesia em versos , em narrativas que levam o leitor a trilhar (enveredar) caminhos conhecidos, poucos conhecidos ou não percorridos. Enfim, é um convite, mais do que um livro...
IdiomaPortuguês
Data de lançamento24 de mai. de 2022
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    Nas Veredas Da Poesia - Antonio Dos Anjos E Outros

    INFORMAÇÃO DE DIREITOS E REGISTRO INTELECTUAL NAS VEREDAS NA POESIA

    E-mail: aaletras@yahoo.com.br

    Copyright ©2022 by Academia Afogadense de Letras

    Todos os direitos reservados aos autores. Nenhuma parte desta publicação pode ser armazenada, fotocopiada, reproduzida por meios mecânicos, eletrônicos ou outros quaisquer sem a prévia autorização dos autores .

    ______________________________________________ _______________________

    EQUIPE RESPONSÁVEL PELA PRODUÇÃO

    Digitação Autores e Autoras Capa & Diagramação Antonio dos Anjos Imagem da Capa Priscylla Carvalho

    Revisão Dênis Venceslau & Gilberlândio Francisco Produção editorial Dos Anjos Serviços

    ___________________________________________________________________ _____

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

    _________________________________________________________________________

    Letras, Academia Afogadense de

    Nas Veredas da Poesia/ Academia Afogadense de Letras – 202 2 184 f.: 1ª Ed.

    Poesia Popular – Editora Clube de Autores – 202 2

    ISBN: 978-65-00-45877- 0

    1. Literatura brasileira; 2. Antologia; 3. Poesia Popular; 4. Outros; I. Título CDD. 3869.1 CDU. 869.0 (81)- 1

    REVISADO CONFORME O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO. Editora Clube de Autores Publicações S/A

    CNPJ: 16.779.786/0001- 27

    Rua Otto Boehm, 48 Sala 08, América

    Joinville/SC, CEP 89201- 700

    www.clubedeautores.com.br

    SUMÁRIO

    ANTONIO DOS ANJOS

    DÊNIS VENCESLAU

    CÂNDIDA NUNES

    GILBERLANDIO FRANCISCO

    JAILSON MENDES

    JOÃO DOMINGOS

    MARIA RITA

    MANOEL GOMES

    SOCORRO MENDES

    VERONICA SOUTO

    HOMENAGENS PÓSTUMAS

    HOSANA DE SOUSA

    VANDA WALDEMARIM

    BENEDITO FERREIRA DE PAULA

    GONZAGA BARBOSA

    A leitura é a melhor f orma De humanizar a humanidade . (Antonio dos Anjos)

    ANTONIO DOS ANJOS

    Antônio dos Anjos, natural de Afogados da Ingazeira – PE. Em 2001, lançou seu primeiro livro MARCAS DE UM AMOR (independente). 2008, lançou o livro , FILOSOFANDO A VIDA. Em março de 2009, é eleito Presidente da Academia Afogadense de Letras. 2010, lançou em

    Portugal o livro de poesias

    SENTIMENTALISMOS. Nesse mesmo ano, torna-se membro efetivo da União Brasileira de Escritores/PE. Colunista do Jornal Correio de Notícia e do Jornal da AAL. Participação nas antologias Entrelinhas (Scortecci) e Amor Em Letras (All Print Editora). Em 2012, lançou o romance O DOSSIÊ DE UM FIEL (Editora Livro Pronto). Em 2016, lançou OLHOS DO ABISMO (Arwen Editora). Em 2018, publica seu primeiro livro pelo Clube de Autores, O CLUBE DAS AMIGAS INSEPARÁVEIS, e relança pela mesma editora o romance O DOSSIÊ DE UM FIEL e a novela literária A RESSURREIÇÃO DA ESPERAÇA.

    A SÍNDROME DO ANONIMA TO

    Certo dia dois amigos conversavam sobre diversos temas. Quando começaram a falar sobre Literatura Brasileira. Um deles tirou do bolso um papel amassado, meio sujo e amarelado pelo tempo. Pediu a atenção ao companheiro e começou a ler um belo poema retratando o homem como um ser egocêntrico, mostrando a nossa realidade política, socia l, cultural e econômica, transferindo toda a responsabilidade de mudança para o próprio homem. Quando terminou a leitura perguntou ao amigo ouvinte o que achava do poema.

    − É uma obra perfeita, nunca ouvi nada comparado a este poema.

    − Que bom que você gostou, eu também acho que é um excelente poema − comentou o amigo leitor.

    − Quem é o autor deste maravilhoso poema? – quis saber o amigo ouvinte.

    − É do poeta Tomás Antonio Gonzaga. − respondeu o amigo leitor.

    O amigo leitor percebendo o entusiasmo e fascinação do outro resolveu lhe contar a verdade:

    − Brincadeira de minha parte, este poema é de minha autoria, já faz alguns dias que eu o fiz. Em um momento crítico da minha vida peguei a caneta e comecei a escrever, dando assim vida a este poema, desculpe por não ter lhe dito antes.

    − É possível que seja seu − indagou o amigo ouvinte.

    − Mas não acabastes de me dizer que ficou um poema maravilhoso?

    − É, ficou mais ou menos, você tem futuro, mas...T u precisas melhorar um pouco. Não estou te criticando, apenas contribuindo com a minha opinião. Já está tarde, tenho que ir embora. Até outro dia.

    O amigo ouvinte saindo apressado, sem olhar pra trás , desaparecendo na primeira esquina que encontrou, deixando o amigo leitor feliz com a sua adorável comprovação dos reais fatos que regem a sociedade brasileira.

    Antonio dos Anjos (20 de abril de 2001 )

    O MISTERIOSO CASO DA GARRAFA QUEBRADA

    Vera Santos era uma mulher na faixa etária dos cinquenta anos de idade. Morava sozinha, depois que fora abandonada no altar não se permitiu mais um relacionamento amoroso. Sua devoção era totalmente para a igreja e o trabalho. Era gerente de uma filial de uma grande marca internacio nal, cuja matriz ficava na capital do Estado. Vera nunca era contestada em suas decisões, só prestava conta dos atos aos superiores da matriz. Na última sexta-feira de cada mês, exceto feriados, reunia a equipe na sua sala para uma reunião de avaliação, não era bem uma avaliação, e sim, um espaço ond e ela soltava as novas regras que seriam adotadas no mês seguinte. Ninguém era capaz de discordar da chefa, mesmo se estivesse com razão preferia aderir à opinião da superiora que defender o próprio ponto de vista. Sua palavra era lei. Além de administrar nos moldes de uma ditadura, era capaz de demitir um funcionário por menor que fosse o erro. Muitos haviam sidos suspensos por deixar clipes no chão ou quebrar, mesmo sem intenção, qualquer objeto de expediente. Todos ainda sentiam saudades de Ana Lúcia, uma funcionária exemplar. Modelo de eficiência. Foi demitida porque quebrou em suas mãos um grampeador portátil. Quem trabalhava ali só aguentava a pressão porque não havia alternativas de emprego. Com a economia cada dia mais instável fazia crescer cada vez mais o número de desempregados.

    Nos raros dias que ela se ausentava, os funcionários festejavam. Logo se formava os grupinhos de fofocas. Os

    sagrados cinco minutos do cafezinho diário na cantina se transformava em vinte. Aquele ambiente não era visitado pela nostalgia. A paz momentânea era festejada mais que noite de réveillon. O mais exaltado dos funcionários era um negro de sorriso fácil e espontâneo. Abelardo, ou Abel como era conhecido, se sentia como um rei posto na ausência de Vera. Mas quando ela estava no recinto, sentia-se como um escravo do mais baixo escalão. Naquela manhã circulou que Vera não iria trabalhar, fora convidada para comparecer à matriz em caráter de urgência. A euforia foi geral. Era bom demais pra ser verdade.

    O dia transcorria para ser o mais feliz do mês. Conversas eram ouvidas em todos os cantos. A fofoca cotidiana reinava no ambiente. Ninguém lembrava a existência de Vera. Precisavam aproveitar o máximo que pudesse, pois tinham certeza que no dia seguinte a música tocaria em outro ritmo. O relógio do tempo marcava nove horas, momento sagrado para o cafezinho. Cinco minutos diários para recarregarem as baterias físicas e psicológicas. Porém naquele dia não era necessário cumprir o horário. Todos estavam alegres na cantina degustando cada segundo da alforria. Nada parecia ser capaz de manchar tamanha beleza daquele momento. Melhor dizendo, quase nada. Porque um fato inusitado fez brotar o silêncio ameaçador. Clara, uma moça tímida, nunca participava das brincadeiras. Temia ser ridícula ao abrir a boca. Nunca arrumara um namorado. Escolhida pela turma da fofoca como a feia da repartição. Ela no alto da sua timidez tomou posse da garrafa de café. O líquido

    escorria sobre a toalha de renda, indo se alojar no piso, formando uma pequena lagoa no canto da sala.

    ─ Ela quebrou a garrafa ─ gritou Germano, o contador. Clara olhava atônita para os companheiros com olhos nadando em lágrimas. Tomada por um surto de gagueira tentou se defender.

    ─ Nã...nã...não fu...fu...fui eu.

    ─ Calma. Nós vimos que a garrafa já estava quebrada quando você a tocou.

    Antes que mais alguém falasse, o telefone tocou. O susto foi geral. Cada um que corresse mais para atender o aparelho que insistentemente pedia para ser atendido. Todos temiam que fosse Vera e na verdade era.

    ─ Empresa de Telecomunicações, bom dia, Abelardo.

    ─ Arrumem tudo. Que a megera está subindo ─ falou o porteiro do prédio onde funcionava a empresa, que muitas vezes participava das farras na ausência da chefa.

    Abel repassou a informação recebida. Todos apressadamente ocuparam os lugares. Uns olhavam papéis, como se analisassem algum dado. Outros fingiam digitar no computador. Ninguém estava desocupado quando Vera entrou no ambiente. Em silêncio, passou direto para a sua sala. E antes que alguém conseguisse respirar ela estava de volta, passando direto para a cantina. Os olhares se cruzaram. Ficaram preocupados com o trabalho que se esqueceram totalmente da garrafa quebrada. O medo reinava absoluto quando a voz estridente de Vera rasgou o véu do silêncio.

    ─ Todos na minha sala. Agora !

    Pouco tempo depois a sala da chefa estava abarrotada. Como não havia assentos suficientes, a maioria ficou de pé. Todos os olhares direcionados para Vera. Ninguém tinha a ousadia de perguntar qual o motivo daquela reunião extraordinária. Porém, todos já sabiam que no final daquela tarde alguém perderia o emprego. Era notória a apreensão na fisionomia de cada um.

    ─ Talvez alguém saiba o motivo desta convocação ─ falou Vera dando uma pausa para fixar o olhar em cada subalterno. ─ Alguém nesta sala sabe quem quebrou a garrafa de café? ─ O silêncio foi a resposta. Vera antes de prosseguir limpou os lábios com o auxílio de um lenço.

    ─ Vocês sabem que a garrafa não caiu sozinha, pois é um objeto inanimado. E sabem também que o responsável será punido severamente, exceto se ele for réu confesso não haverá penalidade. Quem entre vocês assume o crime?

    Novamente o silêncio foi dado como resposta. Todos sentiam que Vera estava perdendo a calma.

    ─ Pois bem, vou dar uma semana para o autor da infração se reportar a mim. Se dentro deste prazo ninguém assumir

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