Preto Ozado
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Preto Ozado - Lucas de Matos
PREFÁCIO
á é muita ousadia desse preto iniciar o seu livro impondo o pretoguês tão abordado pela nossa filósofa negra Lélia González. Preto Ozado traz a linguagem rebuscada do comunicador que o escreve, sem abandonar uma linguagem baiana, preta e periférica.
Intercalando seus poemas com protesto, doçura e muita lírica, Lucas de Matos apresenta-nos uma fala que alcança crianças, jovens e adultos. Sua forma, sua métrica, sua rima, seu gingado, sua dor falaram com os meus. Todos me encantaram e em alguns momentos me fizeram chorar. Porque é disso que o nosso poeta trata: comunicar o sentir. É isso que eu percebo ao percorrer gostosamente as páginas deste livro tão terno, tão duro, tão livre e tão sério.
Ser poeta na atualidade brasileira não pode ser um exercício de preocupação com a perda do halo
, ou seja, com uma poesia pura e sem engajamento. Principalmente quando se trata de nós, poetas pretos e pretas. A poesia pura que nos perdoe, mas estamos chegando de voadora
. Não foi Lucas de Matos quem disse isso, mas ficaria bem em seu texto e na sua boca, pois, na sua poética, a lírica se faz de acordes dissonantes que ressoam a partir de uma contemporaneidade que ainda precisa lidar com o fascismo, o racismo, a LGBT+fobia e a equivocada superioridade do ser humano diante da natureza que o sustenta. A pureza apresentada no texto escrito por esse jovem poeta negro e periférico se dá pela insistência em manter o lindo sonho de um Brasil melhor, de um mundo melhor.
Lucas de Matos abre seu livro com o poema que o intitula. Nesse poema, o Preto Ozado
referencia as conquistas obtidas pelo povo preto brasileiro por meio da pressão popular, principalmente o acesso ao ensino superior. Mas, como mulher negra, o que me toca sobremaneira nesse poema é a validação que o poeta faz aos ensinamentos da intelectual negra baiana Vilma Reis. E logo em seguida, em outro poema, faz homenagem a Carolina Maria de Jesus, deixando entrever que o poeta reconhece a severa e perpétua luta das mulheres negras na nossa sociedade, destacando-a e pedindo licença a essas mulheres com suas vozes fortes para poder dar continuidade às outras tantas grandes lições de respeito à diversidade presentes neste belíssimo livro.
O poeta segue fazendo reverência às mulheres negras quando lindamente escreve à sua mãe, reconhecendo as renúncias que a maioria das mulheres-mães têm de fazer para criar