A prática do yoga em alunos com necessidades especiais na Ilha da Madeira
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Sobre este e-book
Mónica Oliveira Neves
Mestre em Ciências da Educação pela Universidade Fernando Pessoa – Porto/PT. Pós-graduada em Educação Especial pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias – Lisboa/PT. Licenciada em Ensino de Física e Química. Formação em Yoga, como Instrutora e Professora, com o Curso Avançado Especial do Yoga pela Confederação Portuguesa do Yoga – Lisboa/PT.
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A prática do yoga em alunos com necessidades especiais na Ilha da Madeira - Mónica Oliveira Neves
PARTE I
REVISÃO DA LITERATURA
Capítulo 1
Necessidades Educativas Especiais (NEE)
A história que antecede o século XII simplesmente rejeita e condena todo e qualquer indivíduo diferente do normal
, sendo esse o século em que se começaram a envidar esforços com o objetivo de tornar acessível a educação aos que dela estavam afastados
(Sanches e Teodoro, 2006, p.66), ou seja, implementou-se a ideia de que os diferentes
também têm direito a uma Educação: Educação Especial.
A Educação Especial apresentou igualmente uma evolução, podendo ser dividida em três fases: fase assistencialista (até ao século XIX); fase de cariz Médico-Terapêutico (entre 1950 e 1960); e fase da Integração (desde a década de 70 até início dos anos 90 do século XX) (Bairrão, 1998). Todos estes momentos representaram importantes passos da luta contra a exclusão dos jovens com deficiência, pois permitiram a consciência gradual de que os alunos com NEE [conseguem] alcançar sucesso nas classes regulares, (…) podendo, assim, fazer parte integrante do sistema regular de ensino
(Correia, 2003b, p.19). Foi na última fase da Educação Especial - Integração que surgiram as noções de direito à educação (Declaração dos Direitos da Criança e Declaração dos Direitos do Homem), direito à igualdade de oportunidades e direito a participar na sociedade, havendo criação de equipas de ensino especial integrado que trabalhavam nas escolas regulares com o objetivo de promover a integração familiar, social e escolar das crianças e jovens com deficiência
(Correia, 2003a, p.7), onde o apoio dado era diferenciado e individualizado, trabalhando-se no sentido de tornar os alunos diferentes
, o mais normais
possíveis - princípio da normalização.
Em 1975, nos EUA, surgiu a lei "Education for All Handicapped Children Act" que ficou conhecida por Public Law 94-142, a qual dá garantia legal à educação gratuita e adequada a todas as crianças. Em 1990, este documento foi renovado, dando origem à lei "Individuals with Disabilities Education Act" (IDEA), que passou a defender que todas as crianças deficientes devem ser educadas num ambiente o menos restrito possível, promovendo a igualdade de oportunidades educacionais para todas.
O conceito de NEE surgiu em finais da década de 70, no Reino Unido, no relatório Warnock Report (1978), no qual se refere que os alunos com NEE são aqueles que apresentam uma ou mais incapacidades (com ênfase no tipo e no grau de problemas de aprendizagem ao nível psicopedagógico e não ao nível médico). Estes condicionamentos podem ser físicos, emocionais ou sociais e, por isso, comprometem as aprendizagens, sendo necessário adaptar alguns ou todos os meios de acesso ao currículo (Lima Rodrigues et al., 2007). Para que tal seja possível, as crianças devem ser educadas em escolas regulares o que implica maior coordenação entre serviços de saúde, educação e participação dos pais.
Só em 1986, com a publicação a Lei de Bases do Sistema Educativo (LBSE), se iniciaram as transformações no conceito de Integração que pretendiam assegurar às crianças com necessidades educativas específicas, devidas designadamente a deficiências físicas e mentais, condições adequadas ao seu desenvolvimento e pleno aproveitamento das suas capacidades
(art. 7º). Para colocar em prática a LBSE, foram criadas as equipas de educação especial que abrangiam todo o sistema de educação, incluindo o ensino superior (Correia, 2003a). Estavam, assim, dados os primeiros passos rumo à Inclusão uma vez que uma Escola Inclusiva é regida por uma Educação Inclusiva na qual a heterogeneidade é encarada pelos profissionais como um desafio à sua criatividade. Este tipo de educação, sendo bem implementada, poderá oferecer enormes vantagens para toda a comunidade escolar (Sanches e Teodoro, 2006). Segundo Leitão (2006), uma Educação Inclusiva centra-se em nove dimensões fundamentais: 1. Direitos – direito a viver com as suas famílias, frequentar a escola da sua comunidade com os seus vizinhos, amigos e irmãos, participando, sempre que possível, nas atividades; 2. Qualidade – garantir todos os apoios e serviços técnicos que beneficiem os alunos e famílias; 3. Diferenciação – responder às necessidades individuais de cada um, apostando na heterogeneidade e diversidade de atividades e contextos sociais; 4. Liderança – os órgãos de gestão escolar devem assumir uma liderança pedagógica que conduza à partilha, participação, solidariedade e ajuda mútua de toda a comunidade escolar; 5. Cooperação entre profissionais – parcerias pedagógicas, partilha de objetivos e projetos que resultem numa planificação de atividades para toda a turma; 6. Cooperação entre alunos – formação de grupos de aprendizagem nos quais sejam promovidas interações face-a-face e seja desenvolvida a responsabilidade individual dentro do grupo, favorecendo a interdependência positiva entre alunos; 7. Cooperação escola-família – não só com o objetivo de preparação de estratégias que beneficiem o aluno, como também no sentido de ajudar a superar as dificuldades vivenciadas pelas famílias resultantes de possíveis discriminações sociais; 8. Desenvolvimento profissional – realizar uma formação contínua que apele ao desenvolvimento de práticas inclusivas e cooperativas; 9. Valores – a escola deve assegurar a produção de valores de cidadania, solidariedade, ajuda mútua, aceitação e respeito pela