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Educação Profissional e Tecnológica Pública: Relatos de Experiências
Educação Profissional e Tecnológica Pública: Relatos de Experiências
Educação Profissional e Tecnológica Pública: Relatos de Experiências
E-book214 páginas2 horas

Educação Profissional e Tecnológica Pública: Relatos de Experiências

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Sobre este e-book

A educação profissional e tecnológica é fundamental tanto para atender a demanda por profissionalização quanto para suprir as necessidades sociais de formação de profissionais que a sociedade requer. As práticas interventivas nesse âmbito assumem, por conseguinte, grande relevância e ganham destaque por contribuírem para sanar dificuldades de aprendizagem dos discentes, incentivando a qualidade, a criatividade, entre outras características essenciais para a atuação dos futuros profissionais no mercado de trabalho. As experiências nessas áreas ganham uma importância fundamental para refletir, repensar, socializar, as práticas interventivas existentes. O livro organizado por Darlene Vieira, Cleibiane Peixoto e Cleiliane Peixoto tem o mérito de unir reflexões e experiências sobre essa temática. As experiências realizadas no âmbito do Curso de Especialização em Docência para a Educação Profissional e Tecnológica – Docente EPT, do Instituto Federal de Goiás, são resgatadas aqui sob a forma de relatos que buscam promover reflexões sobre essa temática e instigar novas experiências e aprendizagens nesse processo.
IdiomaPortuguês
EditoraRagnatela
Data de lançamento19 de fev. de 2023
ISBN9786584983069
Educação Profissional e Tecnológica Pública: Relatos de Experiências

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    Pré-visualização do livro

    Educação Profissional e Tecnológica Pública - Darlene Vieira

    Pessoas em fila segurando livros e eletrônicos

    Educação Profissional e Tecnológica Pública: Relatos de Experiências

    DARLENE ANA PAULA VIEIRA

    CLEIBIANE SUSI PEIXOTO

    CLEILIANE SISI PEIXOTO

    (ORGANIZADORAS)

    Logosmall

    Conselho Editorial

    Dr. Denis Castilho/UFG

    Dr. Eguimar Felício Chaveiro/UFG

    Dr. Gabriel Carvalho Bungenstab/UEG

    Dr. Jair Araújo de Lima/PUC-MG

    Dr. Jean Isídio dos Santos/UEG

    Dr. José de Lima Soares/UFCAT

    Dr. Lisandro Braga/UFPR

    Dr. Lucas Maia dos Santos/IFG

    Dr. Mário Maestri/UPF

    Dr. Matías Artese – UBA (Universidade de Buenos Aires)

    Dr. Renato Gomes Vieira/UFG

    Dr. Ricardo Pereira de Melo/UFMS

    Dr. Rodolfo Bezerra de Menezes Lobato da Costa/UFPR

    Logosmall

    Educação Profissional e Tecnológica Pública:

    Relatos de Experiências

    © 2023, Editora Ragnatela

    Capa: Rodrigo Dutra

    Revisão: Paulo Martins

    Diagramação: Alexandra Viana

    Ficha Catalográfica

    V658e

    VIEIRA, Darlene; PEIXOTO, Cleibiane; PEIXOTO, Cleiliane (orgs.).

    Educação Profissional e Tecnológica Pública:

    Relatos de Experiências. Goiânia: Ragnatela, 2023.

    ISBN: 978-65-84983-06-9

    1. Educação profissional. 2. Educação tecnológica. 3. Formação Técnica Profissional. 4. Escolas e Institutos de Formação Profissional. 5. Prática docente.

    CDD 378.013

    CDU 377

    Índices para catálogo sistemático:

    1. Educação Profissional. 2. Educação Tecnológica. 3. Relatos de Experiência.

    SUMÁRIO

    PREFÁCIO

    INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA SOBRE AGRICULTURA ORGÂNICA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL

    Gicelia Xavier da Silva

    Darlene Ana de Paula Vieira

    DISCUSSÃO SOBRE CONSUMO E CONSUMISMO NA DISCIPLINA DE GESTÃO AMBIENTAL

    Ivanete Dias dos Santos Valente

    Darlene Ana de Paula Vieira

    SANEAMENTO BÁSICO E MEIO AMIENTE: condições atuais em Formosa - Goiás

    Cleibiane Susi Peixoto

    Cleiliane Sisi Peixoto

    Pablyne Ferreira da Silva

    Vânia Aparecida Silva Nóbrega

    ALIMENTAÇÃO COMO OBJETO HISTÓRICO-CULTURAL

    Fabrinny Modesto Perini

    Darlene Ana de Paula Vieira

    AMBIÊNCIA E BEM-ESTAR ANIMAL NA SUINOCULTURA

    Cleibiane Susi Peixoto

    Cleiliane Sisi Peixoto

    Tatiana Saraiva Torres

    ORIENTAÇÃO AO PLANEJAMENTO DE ESTUDOS NA DISCIPLINA DE BIOLOGIA

    Fernanda Andrea Lima Silva

    Darlene Ana de Paula Vieira

    USO DAS OPERAÇÕES BÁSICAS DE MATEMÁTICA PARA ALUNOS DO CURSO TÉCNICO EM AGRICULTOR FAMILIAR – UEMANET NO MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS- MA

    José Marreiros de Souza Neto

    Darlene Ana de Paula Vieira

    TECNOLOGIA ASSISTIVA PARA PESSOAS COM NECESSIDADES AUDITIVAS NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: UMA ANÁLISE SOBRE O HAND TALK

    Leandro Eustáquio de Almeida Silva

    Lemuel da Cruz Gandara

    Waldeyr Mendes Cordeiro da Silva

    ENSINO REMOTO EMERGENCIAL NO IFG: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

    Waleria Rodovalho

    Lemuel da Cruz Gandara

    CONTRIBUIÇÕES DA PRÁTICA TEATRAL PARA A EDUCAÇÃO DAS CRIANÇAS

    Cleibiane Susi Peixoto

    Cleiliane Sisi Peixoto

    Luciana Costa Loureiro

    UTILIZANDO O QUIZLET EM UMA INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA AULA DE TOPOGRAFIA DO CURSO TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES

    Kácia Henderson Barbosa

    Darlene Ana de Paula Vieira

    Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo.

    Paulo Freire

    PREFÁCIO

    Cleiliane Sisi Peixoto

    Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.

    Paulo Freire

    No âmbito docente, pouca clareza se tem sobre os princípios norteadores da prática interventiva no processo de ensino e aprendizagem. Em síntese, pode-se dizer que se trata de uma ação pedagógica realizada por profissionais da educação ao identificarem nos discentes alguma dificuldade de aprendizagem de determinado conteúdo, constatada mediante a aplicação de atividades formativas e/ou avaliativas.

    Nesse caso, é preciso repensar as estratégias pedagógicas e buscar metodologias de ensino e aprendizagem cujo cerne sejam os alunos, de modo tal que estes assumam o protagonismo da construção do seu próprio conhecimento, desenvolvendo a autonomia, a interação, o dinamismo, dentre outras habilidades, e, consequentemente, tenham as suas necessidades educacionais efetivamente atendidas.

    Na educação profissional e tecnológica, as práticas interventivas evidenciam considerável relevância, haja vista que, além de sanarem as dificuldades de aprendizagem dos discentes, propiciando-lhes uma formação de qualidade, estimulam a criatividade, a autoconfiança, a liderança, a responsabilidade, entre outras características essenciais para o sucesso na atuação como profissionais no mercado de trabalho.

    Devido à inquestionável pertinência do conhecimento e da experiência no âmbito da intervenção pedagógica para o currículo docente, em 2021, foi proposta a aplicação de práticas interventivas em instituições públicas de educação profissional e tecnológica aos alunos do Curso de Especialização em Docência para a Educação Profissional e Tecnológica – Docente EPT, do Instituto Federal de Goiás, para a produção do trabalho final de curso, cujos resultados são propulsores desta publicação.

    Assim, este livro reúne alguns relatos de experiências docentes com práticas interventivas em diversas áreas do conhecimento, a fim de promover significativas reflexões acerca deste tema e instigar a realização de ações educativas coerentes com as necessidades educacionais dos discentes, colaborando com a formação de professores, pesquisadores e demais leitores interessados na temática, a quem este trabalho se dirige.

    INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA SOBRE AGRICULTURA ORGÂNICA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL

    Gicelia Xavier da Silva

    Darlene Ana de Paula Vieira

    INTRODUÇÃO

    Muito se tem discutido acerca de produtos alimentícios orgânicos, sendo uma atividade praticada e registrada em mais de 150 países. Sua rápida expansão, em especial no Japão, EUA, Europa, Austrália e América do Sul, foi impulsionada pelos problemas ambientais e de contaminação de alimentos causados pela agricultura convencional ou industrial (Dos Santos et al., 2013).

    Esses mesmos autores afirmam que a Agricultura Orgânica vem sendo reconhecida como sistema de produção de base ecológica que pode proporcionar não somente benefícios à biodiversidade e ao meioambiente, como ao ser humano. Admite-se que os alimentos orgânicos podem ser mais nutritivos e não serem cultivados com componentes químicos, como agrotóxicos, antibióticos e fertilizantes químicos, sem oferecer resíduo algum desses compostos para nosso organismo, sendo mais seguro para a nossa saúde.

    O conhecimento sobre a Agricultura Orgânicas é de fundamental importância para os discentes do Curso Técnico em Agroindústria, pois são pessoas que vão trabalhar nas indústrias de transformação dos produtos agrícolas. De acordo com Vygotsky, o homem nasce com habilidades e aptidões iguais e, no decorrer do tempo, conforme a sua cultura e com o meio em que vive, cada um desenvolve suas próprias habilidades.

    Para Vygotsky (1988), o ser humano caracteriza-se como um sujeito capaz de construir e modificar o meio em que vive e ser modificado por ele em uma relação dialética, sendo o ser humano produto do contexto social e histórico ao qual está inserido. Segundo Vygotsky (1988), o ser humano se diferencia dos outros animais que, ao nascerem já trazem suas habilidades e se desenvolve na idade adulta. No caso do ser humano, ele precisa aprender as habilidades que poderá desenvolver.

    Segundo Vygotsky (1988), desde os primórdios da humanidade o homem não parou de transformar suas condições de vidas e a si próprio. Diferentemente dos outros animais, que não mudam as suas formas de construir suas casas, suas maneiras de caçar seus alimentos, basta observar as aves, veja o João de Barro, que, desde o princípio, faz sua casinha do mesmo jeito, ao passo que o homem, durante a sua evolução, está sempre se modernizando. E, ao mesmo tempo, em que ele adquiriu conhecimentos, também não parou de transmitir de geração em geração, possibilitando a história. Conforme Vygotsky (1988, p. 138):

    Essa transformação de uma geração para outra dos conhecimentos, aptidões e habilidades que foram sendo criadas ao longo da história só se tornou possível devido há uma forma de atividade absolutamente própria dos homens: a criação de objetos externos da cultura – os instrumentos de trabalho, às máquinas, a arte.

    O conceito de Agricultura Orgânica é uma das bases para o entendimento da educação ambiental, que não é um campo do conhecimento e de ação isolada, mas de conexão permanente entre as questões culturais, políticas, econômicas, sociais e religiosas, além dos determinantes da relação com o meio ambiente, conforme salienta Munhoz (2004).

    Se realmente pensamos em uma educação ambiental para a construção de um mundo ambientalmente melhor temos que, necessariamente, avançar para um outro olhar sobre a realidade socioambiental, pois, se mantivermos a visão simplificadora e reducionista de mundo, não estaremos atuando na perspectiva transformadora; só estaremos tentando resolver, usando da mesma lógica, os problemas que se apresentam diante de nós devido a esta forma de concebermos e agirmos o/no mundo" (VIÉGAS, 2002).

    A escola é um ambiente que ajuda a cultivar indivíduos responsáveis que podem contribuir para as questões sociais e tomar decisões, restaurando sua relação com o meio em que vivem. A educação ambiental tornou-se, portanto, uma prática necessária para fortalecer a relação entre as pessoas e o meio ambiente (FLORES, 2013).

    Essa proposta de intervenção foi realizada com os alunos do 2º ano do Ensino Médio voltado para o Curso de Agroindústria que visa não somente possibilitar o aluno a conclusão do ensino básico, mas uma formação em uma área específica e voltada a uma profissão a sua escolha. Este público visa a profissionalizar-se em uma profissão e, dessa forma, preparar-se para as transformações e oportunidades que a sociedade e o mercado de trabalho venham lhes oferecer.

    Problematização: para introduzir o tema fizemos a pergunta: de que forma a educação ambiental e a Agricultura Orgânica podem desenvolver a consciência para um estilo de vida menos impactante sobre o meio ambiente?

    Este trabalho teve como objetivo evidenciar e discutir a respeito dos benefícios da Agricultura Orgânica para a sociedade e para o meio ambiente, além dos desafios de sua produção. Os objetivos específicos foram analisar se os discentes conhecem a evolução e os sistemas utilizados na Agricultura Orgânica de produção de base agroecológica e educação ambiental; descrever técnicas fundamentais da Agricultura Orgânica; descrever os fatores que levam os produtores a adotarem o sistema de produção orgânica.

    FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

    Agricultura

    Evolução tecnológica na agricultura e análise histórica do processo

    De acordo com De Assis (2005), o início da agricultura está ligado a uma série de transformações que levaram ao aparecimento das sociedades históricas, sendo uma atividade recente (10.000 anos) dentro da história humana (1.000.000 de anos), cujo surgimento se deu progressivamente por uma confluência de três fatoresbásicos: sedentariedade; mudança de o hábito alimentar com a entrada de cereais na dieta humana; e, surgimento de ferramentas.

    Para Almeida Jr. (1995), os primeiros agricultores já dispunham de conhecimento bastante amplo sobre os vegetais. Evidentemente, esse era inicialmente muito diverso daquilo que atualmente chamamos conhecimento, mas já pressupunha algum entendimento sobre fatores ambientais, como solo, clima e estações do ano, ede outros ligados a práticas agrícolas, como o papel das sementes na reprodução vegetal, o momento do plantio e da colheita e outras operações técnicas de manipulação.

    No sistema agrícola tradicional, o ambiente natural é transformado em um ambiente alterado porque uma única espécie de planta é plantada em uma grande área, semeada em solo nu, e fertilizantes químicos inorgânicos e solúveis e agentes corretivos são adicionados. Nesse solo, parcial ou totalmente exposto, ele é revirado por ferramentas agrícolas e exposto à luz solar direta, que reduz a umidade e aumenta o calor. Assim, a capacidade de reter água é vital para todos os seres vivos.

    Nessas condições, os microrganismos que decompõem a matéria orgânica não conseguem mais encontrar condições de vida no solo e outros organismos benéficos (como insetos, aranhas, fungos, bactérias, vírus) são inimigos naturais dos parasitas e até mesmo dos predadores de insetos nocivos.

    Para Bernal e Martins (2015), há solos que são mais predispostos e outros mais tolerantes às ações de degradação. Os autores afirmam que alguns solos têm mais nutrientes em razão da rocha que os originou e de sua história. Veja as afirmações dos autores: Os nutrientes concentram-se no corpo dos seres vivos (plantas e animais) e voltam para o solo quando eles morrem sendo decompostos pela vida, ou seja, com a ciclagem dos nutrientes. (BERNAL e MARTINS, 2015, p. 46 v. 05). Em outras palavras, é a natureza fazendo a parte dela trabalhando em seu próprio benefício.

    De acordo com Bernal e Martins (2015), grande parte dos solos brasileiros é identificada com baixos teores de nutrientes. Afirmam os autores que os nutrientes que dão riqueza às florestas brasileiras estão na vegetação e na biomassa vegetal, isto é, nos troncos, folhas e frutos. Conforme os autores em relação à agroecologia, cuidar dos solos é condição primordial para que a agricultura progrida, que ela produza alimentos nutritivos sem que seja necessária a utilização de agrotóxicos e fertilizantes químicos.

    O que precisa ser enfatizado é que a agricultura desempenha um papel importante na economia de um país. Segundo Barriga, (1995) a agricultura representa as atividades econômicas e sociais básicas de todo o país, e, se não for sólida, produtiva e de alta eficiência para dar base ao desenvolvimento nacional.

    Agricultura Orgânica

    Já o conceito de Agricultura Orgânica surgiu no período de 1925 a 1930, a partir dos estudos e pesquisas do inglês Sir Albert Howard realizados na Índia, onde permaneceu por muitos anos. Para ele, deve-se considerar como importante a utilização da matéria orgânica e da manutenção da vida biológica do solo (Planeta Orgânico, 2010).

    Para Fonseca (2009), a institucionalização da Agricultura Orgânica no mundo se iniciou na década de 1972 com a criação da (IFOAM) Federação Internacional dosMovimentos da Agricultura Orgânica, sendo publicadas as primeiras normas no final da década de 1970.Segundo a autora, no Brasil, desde a década de 1970, desenvolvem-se práticas seguindo os princípios da Agricultura Orgânica. Ressalta ela que, em 1994, principiaram-se os debates acerca da regulamentação da Agricultura Orgânica no país, a qual foi reconhecida em maio de 1999 após debates entre a sociedade civil e o poder executivo, com a publicação da Instrução Normativa nº 007/99, do MAPA (BRASIL, 1999 apud. FONSECA 2009, p. 28).

    No Brasil, o sistema de cultivo orgânico em

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