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Microbiota Bacteriana Entérica: na saúde e na doença
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Microbiota Bacteriana Entérica: na saúde e na doença
E-book314 páginas3 horas

Microbiota Bacteriana Entérica: na saúde e na doença

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Sobre este e-book

A microbiota intestinal vem sendo considerada o "órgão esquecido", tamanha sua importância na manutenção da saúde geral do organismo. Este livro traz um ampla revisão da literatura científica, compilando informações relevantes sobre os mecanismos envolvidos na intercomunicação entre microbiota intestinal, seus metabólitos e os demais sistemas do organismo.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento13 de mar. de 2023
ISBN9786556233444
Microbiota Bacteriana Entérica: na saúde e na doença

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    Microbiota Bacteriana Entérica - Andréa Wieck

    MICROBIOTA BACTERIANA ENTÉRICA E DEPRESSÃO

    Renan Oliveira de Melo

    João Pedro Gallina

    Sabrina Comin Bizotto

    Gabriel Aude Bueno da Silva

    Nicolas Karpouzas Vicentini

    Marcos Felipe de Borba Engster

    Eduarda Druck Magadan

    Bárbara Dewes Silva

    Luiz Eduardo Leal Canton

    Ana Paula Pereira Lima

    Rodrigo Pasa

    Lisiê Valéria Paz

    Laura Tartari Neves

    Andréa Wieck

    Léder Leal Xavier

    1 Transtorno depressivo

    Os transtornos de humor são alterações do comportamento, do raciocínio e do processo cognitivo que impactam profundamente a vida cotidiana do paciente. Dentre os diversos transtornos de humor descritos, a depressão é o mais comum deles, sendo considerada o mal do século pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Ainda, estima-se que esse transtorno afete cerca de 322 milhões de pessoas no mundo, sendo 27% no sudeste da Ásia, 21% na região do Pacífico Ocidental, 16% no Mediterrâneo Oriental, 15% no continente americano, 12% na região europeia e 9% no continente africano. Os mesmos dados mostram que a incidência é maior em mulheres do que homens e em pessoas entre 60 e 64 anos.

    Segundo os dados do último relatório da OMS (WHO, 2022), cerca de 970 milhões de pessoas no mundo vivem com algum transtorno mental; dentre estes, 28,9% são transtornos depressivos. O número de pacientes diagnosticados com transtornos de humor vem crescendo no mundo. Segundo esse mesmo relatório, é possível observar um aumento de 28% nos casos de depressão e 26% nos casos de distúrbios de ansiedade ao comparar dados pré-pandemia e dados do primeiro trimestre de 2022. Acredita-se que a crescente no número de indivíduos acometidos por depressão seja decorrente do aumento e do envelhecimento populacional, principalmente, em países de baixa renda, que parecem não estar estruturalmente preparados para lidar com a ampliação da população idosa. Além desses fatores, a mudança do estilo de vida também se tornou um dos principais contribuintes para o aumento da prevalência dos transtornos de humor no mundo. Ainda segundo a OMS, a depressão será, em 2030, a doença mais incapacitante no mundo e, também, a principal responsável pelo aparecimento de outras patologias. Dessa forma, é necessário tratar tal transtorno como um problema de saúde pública e ampliar as investigações quanto às suas origens.

    Embora os transtornos de humor acompanhem a humanidade ao longo de toda a sua história, foi somente no século XIX, após o desenvolvimento de técnicas de análises apropriadas, que os estudos das bases morfológicas, fisiológicas e bioquímicas desses transtornos se tornaram frequentes. Compreender as múltiplas abordagens do quadro depressivo, além da patologia em seu estado latente, configurou-se como uma das principais demandas dos setores de pesquisa espalhados pelo mundo. A melhor compreensão da fisiopatologia da depressão auxiliará na identificação daqueles indivíduos mais vulneráveis, permitindo intervenções precoces e, assim, a redução da incidência desse transtorno de humor que torna os indivíduos mais frágeis, apáticos e desestimulados.

    O diagnóstico do quadro depressivo é baseado no seu perfil sintomatológico e possui duas fundamentações teóricas, uma pela Organização Mundial da Saúde (OMS), através da décima edição do Manual de Classificação Internacional de Doenças (CID-10) (WHO, 2016), e outra pela Associação Americana de Psiquiatria (American Psychiatric Association – APA), por meio da quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM-5 (APA, 2014). Esses critérios são utilizados para a triagem dos sintomas, aliando-se a informações quanto às experiências pessoais prévias, predisposição genética e fatores ambientais.

    Os sintomas mais comuns podem ser agrupados em déficits cognitivos, comportamentais e motores persistentes. De acordo com a OMS, o episódio depressivo é graduado nas intensidades leve, moderada e grave. Dentro do espectro sintomático, a origem da doença pode estar restrita ao fenômeno depressivo em si, assim como, ter causas secundárias, associada a alguma doença prévia.

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