América Em Moedas

De Adeilson Nogueira

Ainda que sejam numerosos os estudos e as hipóteses em relação ao «invento» da moeda, ninguém acertou ainda em dar uma resposta definitiva. Naturalmente, a importância de um sistema de intercâmbio tão difundido, que promoveu contatos, relações comerciais e circulação de ideias entre os povos, é objeto de debates e se presta à criação de lendas e mitos. Muitos fazem remontar as primeiras moedas de ouro a Creso, rei de Lídia no século VI a.C. A riqueza de Creso tornou-se lendária, e a lenda, como acontece sempre, contém um fundo de verdade: A Lídia, uma região da atual Turquia asiática, encontra-se numa posição privilegiada porque atua como ponte entre o Oriente e o Ocidente. Além do mais, é muito rica em minas de ouro, como lembra Heródoto, grande historiador do século V a.C: «Quanto as maravilhas são dignas de serem lembradas, Lídia não possui muitas em comparação com outros países, exceto as fibras de ouro que provêm do Tmolo» (montanhas de Anatolia). Outro aspecto importante no apoio desta tese é que a Lídia tem pouco terreno cultivável: seus habitantes dedicaram-se desde muito cedo ao comércio, primeiro em forma de troca, e depois, consoante as diversas modalidades de intercâmbio que constituem a origem da moeda. Outros afirmam que o berço da moeda encontra-se na região costeira de Ásia Menor, onde floresceram as primeiras colônias gregas, tão importantes na mediação entre as culturas helênica e oriental. Estas colônias, fronteiriças com a Lídia, também desenvolviam intenso tráfico comercial. Mas, além das discussões acadêmicas sobre a zona exata de nascimento da moeda, ressalte-se, em qualquer caso, que a região da Ásia Menor terá sido o âmbito mais propício para a criação e desenvolvimento de uma forma de intercâmbio prática e rápida, apta a promover relações tanto comerciais como culturais entre os povos próximos ao Mediterrâneo. Os conhecimentos atuais baseiam-se nos achados de moedas de elétron (uma liga natural de ouro e prata) principalmente em Éfeso, na costa da Ásia Menor. Hoje, pensa-se que as primeiras emissões da moeda se efetuaram no Oriente (século VII a. C.), estendendo-se à Grécia.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 22 de fev. de 2022

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AMÉRICA EM MOEDAS

Adeilson Nogueira

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AGRADECIMENTO

Ao amigo e empresário Kaká Santos, companheiro nesta viagem pelo conhecimento.

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO......................................................................................06

AMÉRICA DO NORTE:

CANADÁ..............................................................................................08

ESTADOS UNIDOS...............................................................................12

MÉXICO...............................................................................................15

AMÉRICA DO SUL:

ARGENTINA.........................................................................................22

BOLÍVIA...............................................................................................25

BRASIL.................................................................................................29

CHILE...................................................................................................34

COLÔMBIA..........................................................................................38

EQUADOR...........................................................................................43

GUIANA...............................................................................................46

PARAGUAI...........................................................................................49

PERU...................................................................................................51

SURINAME..........................................................................................57

URUGUAI............................................................................................60

VENEZUELA.........................................................................................64

AMÉRICA CENTRAL:

ANTÍGUA E BARBUDA.........................................................................67

BAHAMAS..........................................................................................70

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BARBADOS..........................................................................................73

BELIZE.................................................................................................77

COSTA RICA.........................................................................................79

CUBA...................................................................................................83

DOMINICA..........................................................................................86

EL SALVADOR......................................................................................89

GRANADA...........................................................................................94

GUATEMALA.......................................................................................98

HAITI.................................................................................................102

HONDURAS.......................................................................................104

JAMAICA...........................................................................................106

NICARÁGUA......................................................................................111

PANAMÁ...........................................................................................113

REPÚBLICA DOMINICANA.................................................................116

SANTA LÚCIA.....................................................................................118

SÃO CRISTÓVÃO E NÉVIS...................................................................122

SÃO VICENTE E GRANADINAS...........................................................125

TRINIDAD E TOBAGO.........................................................................129

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INTRODUÇÃO

Ainda que sejam numerosos os estudos e as hipóteses em relação ao «invento» da moeda, ninguém acertou ainda em dar uma resposta definitiva. Naturalmente, a importância de um sistema de intercâmbio tão difundido, que promoveu contatos, relações comerciais e circulação de ideias entre os povos, é objeto de debates e se presta à criação de lendas e mitos.

Muitos fazem remontar as primeiras moedas de ouro a Creso, rei de Lídia no século VI a.C. A riqueza de Creso tornou-se lendária, e a lenda, como acontece sempre, contém um fundo de verdade: A Lídia, uma região da atual Turquia asiática, encontra-se numa posição privilegiada porque atua como ponte entre o Oriente e o Ocidente. Além do mais, é muito rica em minas de ouro, como lembra Heródoto, grande historiador do século V a.C: «Quanto as 6

maravilhas são dignas de serem lembradas, Lídia não possui muitas em comparação com outros países, exceto as fibras de ouro que provêm do Tmolo» (montanhas de Anatolia).

Outro aspecto importante no apoio desta tese é que a Lídia tem pouco terreno cultivável: seus habitantes dedicaram-se desde muito cedo ao comércio, primeiro em forma de troca, e depois, consoante as diversas modalidades de intercâmbio que constituem a origem da moeda. Outros afirmam que o berço da moeda encontra-se na região costeira de Ásia Menor, onde floresceram as primeiras colônias gregas, tão importantes na mediação entre as culturas helênica e oriental. Estas colônias, fronteiriças com a Lídia, também desenvolviam intenso tráfico comercial.

Mas, além das discussões acadêmicas sobre a zona exata de nascimento da moeda, ressalte-se, em qualquer caso, que a região da Ásia Menor terá sido o âmbito mais propício para a criação e desenvolvimento de uma forma de intercâmbio prática e rápida, apta a promover relações tanto comerciais como culturais entre os povos próximos ao Mediterrâneo.

Os conhecimentos atuais baseiam-se nos achados de moedas de elétron (uma liga natural de ouro e prata) principalmente em Éfeso, na costa da Ásia Menor. Hoje, pensa-se que as primeiras emissões da moeda se efetuaram no Oriente (século VII a. C.), estendendo-se à Grécia.

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AMÉRICA DO NORTE

CANADÁ

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As moedas, ainda mantendo uma iconografia solidamente vinculada à casa da moeda real inglesa e à simbologia unida a ela, também podem ser confundidas facilmente, pelo peso e pelos nominais, apesar de alguma pequena diferença- com suas irmãs norte-americanas.

Muito abundante é a série comemorativa e para colecionadores, composta por peças de platina, além de ouro, e numerosos dólares de prata dedicados a diversos temas. Entre as últimas peças comemorativas, são características as moedas de 20

dólares, dedicadas à história da aviação, cunhadas em prata, com a inclusão de um pequeno «camafeu» oval de ouro, contendo o retrato dos pilotos dos aparelhos representados.

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1 CENT

No anverso aparece o perfil coroado de Isabel II. No reverso, a

«maple leaf» a folha de plátano, símbolo de mais de um século do Canadá e a figura central na bandeira nacional. Em baixo, consta a data e o pequeno signo da casa da moeda. Esta moeda, assim como os cents americanos, com os quais sáo tão parecidas, é cunhada em bronze.

5 CENTS

Esta moeda também apresenta no anverso o retrato de Isabel II.

No reverso, aparece um castor, típico representante não só da fauna local, mas também da história da economia canadense, cujo desenvolvimento começou precisamente com a exportação das peles deste animal.

10CENTS

No anverso aparece o perfil habitual de Isabel II. No reverso representa-se um barco à vela. Esta peça e a de 5 cents são cunhadas em cupro-níquel.

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ESTADOS UNIDOS

DA AMÉRICA

As atuais moedas metálicas dos Estados Unidos são as seguintes: A de valor mínimo é a de 1 centavo, de cobre, com a efígie do presidente Abraham Lincoln (1809-1865) no anverso, e no reverso o Lincoln Memorial, o mausoléu dedicado a ele