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Crônicas Da Conquista
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Crônicas Da Conquista
E-book99 páginas1 hora

Crônicas Da Conquista

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Sobre este e-book

Quando, no ano de 1523, o conquistador do império asteca, Hernán Cortez, enviou seu oficial Pedro de Alvarado e um contingente de seiscentos homens para o território que hoje constitui a Guatemala, os nativos opuseram feroz resistência aos invasores, graças ao férreo comando de seu chefe Tecún Umán. Na batalha decisiva, diz a lenda que Alvarado lutou corpo a corpo contra o brioso indígena, e já estava prestes a abatê-lo quando um pássaro verde, de beleza incomum, desceu como um lampejo sobre os combatentes, procurando atingir o espanhol com golpes de asa e afiadas garras. Entretanto, o esforço do nobre animal não conseguiu mudar o destino do bravo Tecún Umán, que tombaria traspassado pela espada do conquistador. Cheia de dor, a ave pousou sobre os ferimentos do guerreiro moribundo, procurando reanimá-lo e fazê-lo retornar ao combate. Era tarde, porém. Tecún Umán já estava morrendo e, com ele, morria, também, a liberdade de um povo. Desde então, prossegue a lenda, este pássaro, que possuía um canto de beleza incomparável, emudeceu em sinal de luto pela liberdade perdida. Nunca mais cantou e só voltará a fazê-lo quando os nativos guatemaltecos conseguirem expulsar os europeus de sua pátria.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento20 de jan. de 2022
Crônicas Da Conquista

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    Crônicas Da Conquista - Adeilson Nogueira

    CRÔNICAS DA CONQUISTA

    Adeilson Nogueira

    1

    Todos os direitos reservados.

    Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, de qualquer forma ou meio eletrônico, e mecânico, fotográfico e gravação ou qualquer outro, sem a permissão expressa do autor. Sob pena da lei.

    2

    AGRADECIMENTO

    Ao amigo e empresário Kaká Santos, companheiro nesta viagem pelo conhecimento.

    3

    ÍNDICE

    INTRODUÇÃO......................................................................................05

    CRÔNICAS DA CONQUISTA..................................................................07

    DEUSES E SANGUE..............................................................................12

    O POÇO DOS MARTÍRIOS.....................................................................19

    NOITE TRISTE......................................................................................27

    MASSACRE NO TEMPLO MAIOR..........................................................31

    A TRILHA PERDIDA DOS INCAS............................................................37

    TESOUROS..........................................................................................55

    A AGONIA INCA...................................................................................79

    4

    INTRODUÇÃO

    Quando, no ano de 1523, o conquistador do império asteca, Hernán Cortez, enviou seu oficial Pedro de Alvarado e um contingente de seiscentos homens para o território que hoje constitui a Guatemala, os nativos opuseram feroz resistência aos invasores, graças ao férreo comando de seu chefe Tecún Umán.

    Na batalha decisiva, diz a lenda que Alvarado lutou corpo a corpo contra o brioso indígena, e já estava prestes a abatê-lo quando um pássaro verde, de beleza incomum, desceu como um lampejo sobre os combatentes, procurando atingir o espanhol com golpes de asa e afiadas garras.

    5

    Entretanto, o esforço do nobre animal não conseguiu mudar o destino do bravo Tecún Umán, que tombaria traspassado pela espada do conquistador.

    Cheia de dor, a ave pousou sobre os ferimentos do guerreiro moribundo, procurando reanimá-lo e fazê-lo retornar ao combate. Era tarde, porém.

    Tecún Umán já estava morrendo e, com ele, morria, também, a liberdade de um povo.

    Desde então, prossegue a lenda, este pássaro, que possuía um canto de beleza incomparável, emudeceu em sinal de luto pela liberdade perdida.

    Nunca mais cantou e só voltará a fazê-lo quando os nativos guatemaltecos conseguirem expulsar os europeus de sua pátria.

    6

    CRÔNICAS DA CONQUISTA

    Lendo as crônicas da conquista, principalmente devido à Bernal Diaz del Castillo, participante cativo e emocional, percebendo a coragem, ousadia e decisão de um punhado de espanhóis, fiéis ao gênio de seu líder, fez a conquista do grande império.

    Estas crônicas descritas em detalhes durante quase três anos de heróico empenho da partida dos navios de Santiago de Cuba, em 13 de novembro de 1518, até a entrada final do pequeno exército na capital asteca em 13 de agosto de 1521 e três anos durante os quais houve numerosos dias de sinais encontrados, o mais significativo dos quais foi a noite triste e a batalha de Otumba.

    7

    Quando os espanhóis chegaram a Tenochtitlan, a capital mexicana, em 08 de novembro de 1519, depois de superar muitas dificuldades e perigos a eles apresentados a partir da aterragem no lugar onde eles fundaram a costa de Veracruz, o imperador Montezuma tinha-lhes preparado alojamento no suntuoso palácio que tinha pertencido a seu avô, Axayacatl. Depois de alguns dias, pensou Cortez em construir uma capela ao lado, onde celebraria uma missa oficiada pelo capelão da expedição, o padre Olmedo.

    Buscava-se o local mais adequado para instalar o altar, quando o soldado-carpinteiro, Alonso Yánez, disse que uma das portas estava fechada com tábuas, e sugeriu aos presentes a ideia de que fosse a entrada para o recinto onde o tesouro dos antepassados de Montezuma foi guardado. Ao tomar conhecimento, Cortez, ordenou a abertura, silenciosamente, e penetraram. Depois de ser acesa a câmara escondida, acompanhado por alguns dos seus oficiais, todos ficaram deslumbrados com a constatação de que era verdadeira a informação: montes de joias de ouro, pedras preciosas e pérolas belíssimas, incluindo as chamadas chalchivis ou esmeraldas; placas e discos.

    Cortez determinou que nada fosse tocado, no que todos concordaram em manter em secredo, e, quando o céu abriu, deixando tudo como estava como era antes, retiraram-se solenemente, de modo que nem Montezuma nem qualquer de sua corte poderia suspeitar que tinha acontecido achado tão incomum, que constituía perfeitamente a melhor prova de que neste país havia ouro em abundância. Para isso, não só os espanhóis iriam para os lugares onde dissessem que havia algum tesouro, mas aonde a produção de ouro centrava-se.

    8

    Essa busca foi extrema quando Montezuma, ao abdicar da sua autoridade à Coroa da Espanha, ofereceu presentes e homenagens oriundos do tesouro guardado na chamada Casa de las Aves, estimado em oitocentos mil ducados.

    As províncias também contribuíram com quantidades significativas, e Capitão Pedro de Alvarado forçou o cacique de Texcoco para entregar-lhe como verdadeira alegria. Quando estavam juntas todas as contribuições, Cortez informou o assunto ao Rei-Imperador, reivindicando o pagamento do quinto real a ser lançado principalmente sobre joias e objetos ouro, devendo ser separado, em seguida, o quinto de Cortez, a quantidade consumida pelo comandante na Marinha e, finalmente, o valor dos navios afundados.

    A atitude pacífica dos índios tornou-se hostil, principalmente por causa da intemperança de Alvarado, o capitão que tinha ordenado destruir o santuário onde os astecas comemoraram seu culto idólatra.

    O ódio na cidade tornou-se manifestamente acentuado contra os espanhóis, liderados por Cuauhtemoc, então Cortez percebeu que não havia outra solução senão evacuar. Então eu foi decidida a saída, sob a cobertura da escuridão e silêncio, mas não podia evitá-lo foi à custa de grandes perdas, dada a pressa de índios, enfim apercebidos da fuga.

    O colapso de uma ponte sobre o canal no seu caminho para fora da cidade não só derrubou o terrível Regajal, seus homens e cavalos, mas também a artilharia, o tesouro e documentação 9

    valiosa. A perda de todos os fundos recolhidos pela expedição, a partir do dia em que pôs os pés no continente, tornou-se mais dolorosa que a derrota, justificando a noite triste, dada em 1ª

    de Julho de 1520.

    Montezuma, finalmente, como consequência de ferimentos, morreu em um tom de harmonia e de apaziguamento. Como a distribuição de ouro feita meses antes não era suficiente para atender as apetências da tropa de Cortez, os soldados espanhóis chegaram a incentivar a suspeita de que Guatemuz ou Guatrimocin, nomes que deram a Cuauhtemoc, havia escondido a parte principal do tesouro de seus antepassados, e, portanto, eles exigiram que Cortez aprisionasse o imperador asteca, atormentando-o para arrancar-lhe a confissão de onde essas riquezas estavam. O general

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